Se dinheiro não fosse barreira

Nem existissem fronteiras

Com certeza exploraria o mundo.

Ver a beleza que produzimos nos tempos

Dá esperanças sobre a gente, estupidamente sapiens.

Infinitas são as possibilidades

Pois todo lugar esconde suas gemas

Do Omã a Cartagena

Senegal a Florença

De Manila a Portugal.

Todas as regiões têm suas belezas

Quando esqueço dos seus problemas:

Feiras caóticas, canções melódicas

Arquitetura emblemática, vidas extremas

E culturas com suas glórias apagadas pela história.

Mas para cada biblioteca de Alexandria

Há um Ouro Preto, uma Ponta Delgada

Um Parthenon, Westminster, Valência

Pompeia, Lhasa, Sumatra

Zanzibar, Nova York, Honolulu.

Como será estar em Bagdá

Fantasiar estar num filme no Central Park

Uma estrela do Rock na grande Londres

Admirar Lisboa e suas fontes

Ou viver Mumbai e seus horizontes?

Como é belo o nosso lar!

(Quando não acontece guerra nuclear)

(Eu, latino, não tenho visto negado)

(Direitos expropriados)

(Bosques queimados)

É, John Lennon

Ainda não chegamos nesse ponto

Ainda não.