XV. O ômega provando do desejo intenso
Capítulo 15 - O ômega provando do desejo intenso
Jimin e eu saímos de Agust'D. Um vento se chocou contra nós, amenizando a quentura da noite. Ou será que eu quem, de repente, me encontrava com a temperatura mais quente que o comum, só de imaginar o que poderia vir pela frente e que, através da corrente de ar gélida beijando meu rosto, notei minhas bochechas acaloradas justamente por tais pensamentos?
— Aish. — ele resmunga ao meu lado.
— O que foi? — pergunto.
— Eu vim de carona com o Hoseok hyung hoje e você não tem carteira, certo? — assento, nem carteira, nem veículo, preciso cuidar disso em breve.
— Não tem problema, podemos pedir um táxi.
Isto foi feito. Quando o mesmo chega, adentramos o banco traseiro, o motorista pergunta o endereço e Jimin se vira em minha direção.
— Vamos para minha casa ou para sua?
A simples pergunta aumenta minha ansiedade.
— Para a minha se não se importar. — afinal, seu cheiro em meu lençol, no travesseiro ao lado, no meu quarto, por alguns comodos de minha residência, havia se esvaído quase por completo e eu queria deixá-lo vívido pois de certa forma me acalmava e, secretamente, aguçava meu desejo por ele.
Park sabia o endereço de cor então informou ao macho. Eu só conseguia pensar que seu corpo cheiroso estava perto e eu queria que ficasse ainda mais. Quem sabe em cima de mim. Ou atrás. Talvez de lado. Contanto que nossos corpos se tornem um só, tanto faz.
Me surpreendo com meu pensamento, afinal, estou admitindo com todas as letras que o quero, da forma mais íntima possível. Me surpreendo mais um pouco que eu estava planejando isso de forma velada desde cedo. E me surpreendo ainda mais ao não me assustar com a verdade.
— Obrigado. — ele agradece após pagar a corrida e, em seguida, me acompanha em silêncio da portaria do condomínio até o meu apartamento.
Minha promessa a ele de diversão não foi em vão, eu estou certo do que quero. Porém, sabendo o que esperar desta noite, me encontro tenso demais para tomar alguma atitude ou permitir que fizéssemos algo no momento. Acho que Jimin percebe pois sugere:
— Que tal uma massagem? Eu não sou um profissional, mas posso tentar.
— É uma boa.
Fomos para meu quarto, abri o guarda roupa, logo em seguida uma gaveta para pegar um óleo específico. A mesma emperrou. Merda. A forçando, deixei cair, assim como as coisas que estavam dentro dela. Apressado, grito um "não olhe!", tentando evitar que Park visse minha coleção de dildos e vibradores espalhados ao chão, para proteger minha vergonha. No entanto, é tarde demais.
O encaro, constrangido, murmurando:
— Isso... Er...
— Tudo bem, não precisa explicar. — sorri pequeno, gentil. — Aliás, é bom ter alguns brinquedos, principalmente para ajudar no cio.
Limpo a garganta, tentando limpar também o constrangimento repentino e momentâneo.
— Você tem? — pergunto, recolhendo aquelas coisas e vendo que o óleo que procurava sequer estava lá dentro. Ótimo. Passei vergonha atoa.
— Alguns. São diferentes. — imagino que seja porque ele não tenha o gosto de introduzir paus dentro dele. — Não uso muito, mas é bom quando passo o cio sozinho.
— E tem quanto tempo que passa sozinho? — ao menos o incidente vergonhoso me ajudou em algo: saber a quanto tempo Jimin não se envolve com alguém.
Me fingi de distraído, arrumando a gaveta no lugar.
— Dois anos, eu acho.
— Você...? — me viro para ele, surpreso. — Sendo esse alfa tão gostoso e interessante?
Ele sorri ladino, aproximando de mim, pegando o óleo que agora está em uma de minha mão.
— Então você me acha gostoso e interessante? — diz, todo flertante.
— Você sabe que é. Está sozinho a dois anos ou só não passa o cio com alguém nesse tempo?
— Estou sozinho a dois anos. — responde minha curiosidade, indo para a cama e se sentando com as costas apoiadas à cabeceira, se pondo a ler o rótulo do líquido que tinha em mãos.
— Posso saber o motivo? — como deixavam passar despercebido um alfa desses e não tentavam conquistá-lo? Acredito que não deixavam. Jimin é quem deve rejeitar a todos. Por que será? Estou curioso para saber mais dele.
— Tive um relacionamento ruim, precisei de um tempo para superar e depois ninguém foi o suficiente para chamar minha atenção. — conta, despejando o óleo nas mãos e as esfregando como pedia nas instruções. — Vem cá.
Eu fui.
Me sentei entre suas pernas mas não colado ao seu corpo. Retirei a camiseta branca, a parte superior da lingerie preta que vestia, corando ao notar seu olhar atento através espelho no meio do guarda roupa ao qual havia passado despercebido por mim. Mas ele logo desviou o olhar, tocando meus ombros gentilmente com os dedos e com as palmas espalhando o molhado e morno na minha pele, para então começar a apertar com precisão.
Jimin não é mesmo como um profissional, mas massageia melhor que muitos lupinos comuns.
Aos poucos, ao ter as mãos sendo firmes, aplicando uma boa força em meus ombros, também se fechando em punho e movendo em minhas costas, eu ia me relaxando. Tanto que, sem perceber, fui inclinando para trás em busca de maior contato.
— Estou indo bem? — a fala baixa, próxima ao meu ouvido, junto de seus dedões deslizando por minha coluna até o cóccix, arrepiou minha pele.
— Uhum. — murmuro uma concordância, o sentindo subir os dedos, abrir as palmas nos meus ombros e descer pela frente, passando pela clavícula, deslizando sobre meu peito... Ofego, tombando ainda mais, deitando as costas em seu abdômen.
Sua boca carnuda e macia toca a ponta do meu lóbulo, aproveita para entreabrir, o ar quente chocando ao meu ouvido e arrepiando tanto quanto a mordidinha deixada ali ou quando, ao passo que as pontas de seus dedos subiam pelo meu torso em uma carícia sutil, foi deixando um rastro igualmente arrepiante por onde passava.
Isso me fez fechar os olhos. Me sentia de fato relaxado, mesmo sabendo que ele está levando a antes massagem para outros ares pois a promessa de me aliviar de outra maneira ainda existia, achando impressionante que seu mínimo toque é capaz de aguçar minha expectativa e, claro, a excitação.
Um beijo gostoso abaixo da minha orelha, no pescoço, enquanto os dedos desciam e subiam sutilmente pelo meu abdômen liso. Abro os olhos, encontrando os seus felinos através do espelho.
— Eu quero que me toque com sua língua. — me pego confessando o segredo ao qual vinha pensando a um tempo e havia sonhado em algumas noites.
No entanto, ao invés de fazer o que pedia, ele buscou uma forma de se levantar.
Agora em minha frente retira os sapatos e apoia os joelhos no colchão, as mãos ao redor do meu rosto, e me encara, de forma que pergunte com o olhar "tem certeza?".
— Por favor. — disse com toda minha ansiedade.
Jimin expõe a língua longa, erótica, abaixa o rosto, me vejo hipnotizado, incapacitado de não fazer o mesmo e tentar tocá-la com a minha. Mas ele ri na curva de meu pescoço onde se enfiou e era seu objetivo desde o início. Não tive tempo de reclamar pois no passo seguinte o músculo macio, quente como seu hálito e molhado estava tocando minha pele, o maxilar, indo abaixo, passando pela curva e chegando ao ombro direito onde firmou os dentes e mordeu com certa delicadeza.
— Ah — resmungo, meu ombro desviando de sua boca pela surpresa. Mas ele o encontra, beijando com os lábios macios onde antes estavam os dentes, selando minha pele... Na clavícula ele lambe, indo à outra ponta, subindo pelo outro lado do pescoço e, de repente, parando.
— Posso chupar? — pergunta com a voz baixa já carregada de desejo.
— Eu nunca recebi um chupão antes...
— Me avise se não gostar. — oh, ele é cuidadoso, eu gosto.
Seus lábios sugam minha pele, bem em cima da glândula de cheiro, justo nesta área sensível. Eu gemo falho, alcançando seus ombros e apertando conforme ele lambe o anterior e me chupa outra vez em mais um local - estava claro que eu tinha gostado de receber um chupão, por isso ele daria mais.
Meu corpo treme, não de completa ansiedade, e meu pau contrai como lá atrás ao que ele vai descendo selares, lambidas e os malditos chupões em direção ao meu peito. É aqui que noto o quanto me encontro duro com tão pouco. Esse é o poder de Jimin sobre mim. Um toque seu ou, agora, um chupão e já estou completamente acesso... E molhado.
A língua, a qual descobri que de fato aprecio ter percorrendo minha pele, passa por cima do meu mamilo esquerdo e eu arqueio as costas, a mão subindo imediatamente à sua cabeça, embolando os dedos em seus fios claros e o impedindo de afastar. Era um pedido de "por favor, não ouse parar, lambe mais, com mais gana", afinal, o arrepio de tesão que me acometeu, junto do calor que me subiu e a pulsação instantânea lá embaixo foi ainda mais deliciosa que a sensação vinda dos chupões.
Para a minha alegria, ele não se afasta, usa a língua em círculos leves então a pressiona no pontinho, me obrigando a ofegar pela sensação instigante e a gemer mudo, rolando os olhos de extrema excitação ao morder o local sensível e em seguida soprar.
— Ahn... — me tremo, pulsando todo. — Jimin-ah... — murmuro, mais afetado e submisso do que esperava, afagando seu cabelo - na verdade bagunçando - sentindo não só o mamilo úmido completamente eriçado mas ambos. E o outro não demora a ficar úmido também. Úmido como meu rabo e rígido como meu pau.
A boca que gosta de chupar e morder junto da língua instigante alternam passeios pelo meu tronco, minha barriga... Sinto outro lugar sensível: meu umbigo. Ele descobre, claro. E aproveita para demorar com a língua por ali, me causando mais resmungos, ondas quentes de tesão e espasmos.
— Você deveria colocar um piercing aqui, será ainda mais excitante. — comenta com um meio sorriso.
Talvez eu coloque mesmo.
Antes de fazer a afirmação, ele enfia os dedos no cós da minha calça e a puxa para baixo sem nenhuma delicadeza o que me causa um arfar surpreso por isso além de um sorriso malicioso, sexy, que dominou seu rosto.
— Desgraçado. — ao ouvi-lo rir sacana, meus olhos se arregalaram, eu havia dito o pensamento em voz alta.
— E se eu fizer isso?
Então ele, com toda a áurea devassa e sedutora que adquiriu de repente, simplesmente abaixa, me encarando no fundo dos olhos com os seus graciosos, mordendo a renda, puxando, e rasgando minha calcinha. Bem assim. Com. Os. Dentes.
Eu não tive reação, apenas fiquei boquiaberto em um misto de surpresa, admiração, excitação.
Vendo isso, Park sorri e, me deixando ainda mais boquiaberto, coloca meu pau na boca. Todo ele. Não era tão difícil devido ao fato de eu ter um falo menos avantajado como qualquer ômega, o que me abriu a boca foi a surpresa repentina e, claro, a sensação deliciosa de sentir sua cavidade quente ao meu redor.
Ele me olha com um brilho provocante nos mirantes que só agora percebi ter cor de avelã, como se me desafiasse dizendo "duvido você não gemer só de me olhar". E é claro que eu não sou capaz de segurar. Solto minha voz vergonhosamente alto, sentindo a boca dele ir e vir, me dando um prazer que se espalha por todas as minhas células e me faz apertar os lençóis ao meu redor.
Yoongi já havia me permitido as sensações de um boquete com direito a dedadas, aliás, elas são incríveis, e lembro de dizer que não era qualquer um que gostava de chupar, principalmente alfas que tem a mania de querer apenas receber... Só que, obviamente, esse não é qualquer alfa.
E o ômega que me perdoe mas eu prefiro a forma como Jimin me chupa, por um único e crucial detalhe: é dele que vem esse olhar travesso e ao mesmo tempo predador enquanto se empenha em ser bom para mim. O mesmo olhar que me desafiava a não gemer - o que eu não fui capaz sequer de tentar - e o mesmo que continha uma promessa oculta de "vou te degustar por inteiro".
Ele rodeia com a língua o freio que divide a cabeça do restante e eu tremo. Em seguida, gemo outra vez alto, me sentindo pulsar, quando ele lambe e depois suga a glande. Minhas pernas quiseram se fechar pela sensibilidade mas ele não deixou, as forçou a ficarem separadas e continuou a me chupar, alternando com o vai e vem pelo comprimento.
Eu me sentia todo derretido de prazer, se tivesse em pé, provavelmente desabaria devido as pernas bambas.
A medida que ele ia e vinha, ao passo que acariciava minhas pernas com as mãos firmes, eu ia perdendo todo resquício da tensão boba de "meu Deus, eu estou transando com um alfa" - se é que ela ainda existia - e me tornando hiper, mega, relaxado.
A verdade é que eu não penso em nada, apenas quero deixar meu instinto me guiar - ao qual clama cada vez mais, diria que enlouquecedoramente, por ele - e sentir.
Jimin corado pelo esforço, a boca toda molhadinha e escorrendo saliva, seus olhos brilhando no mais profundo tesão e sendo tão hipnotizantes, me dá muita vontade de gozar.
Em busca disso, levo a mão a sua nuca, então movo o quadril com agilidade, gemendo ao sentir meu ventre queimar e a vontade subir cada vez mais, assim como o slick que escorre... Porém, antes que chegasse ao fim, o alfa se afasta. O encaro confuso, principalmente ao vê-lo se deitando na cama. Mas minha dúvida é sanada quando ele diz:
— Quero que sente na minha cara.
— C-como? — eu ouvi certo? Isso é algum tipo de fetiche? Dá para se realizar? Porque me parece estranho mas tão tentador?
— Vem até aqui. — pede com um meio sorriso, a voz rouca soando bastante sexy e convidativa. Me pego obedecendo. — Segura na cabeceira, deixe seus joelhos nas laterais do meu rosto, e senta.
Eu ajoelho na cama, próximo, mas não em cima dele.
— Você tem certeza que quer que eu faça isso? — nunca tentei algo do tipo, sequer passou pela minha mente, por isso me sinto inseguro. — Não vou te sufocar?
— Vamos ter cuidado.
Assento, me pondo em posição mas não abaixando o quadril, Jimin se encarregou disso, e assim sinto sua língua, longa, macia, úmida e quentinha, escorregando pelo meu períneo.
— Porra! — aperto a cabeceira, firmando minhas coxas para não abaixar demais e o privar o ar enquanto o tinha rodeando meu orifício, coletando parte do slick que insistia em sair.
Jimin me lambe inteiro, dando sopradinhas de vez em quando e nisso meu pau pulsa de tesão.
É inevitável não rolar os olhos, morder o lábio com força quando ele, de repente, introduz a pontinha da língua e logo ela toda... Ah, caralho, eu me sinto tão excitado!
— Cretino desgraçado! — exclamo sem querer ao senti-lo mover dentro de mim, misturando meu slick com sua saliva quente. É tão... Íntimo. Safado. Intenso.
O estímulo é tão delicioso que me provoca contrações musculares e eu estremeço. Conforme ele vai abusando de movimentos com aquele músculo ágil e instigante, eu vou me perdendo cada vez mais nesse mundo libidinoso.
— Ah, seu... Argh! — rosno, rebolando, já estando embriagado de prazer. — Eu amo sua língua~ — alongo o "a" manhosamente.
É oficial, ela é incrível, e senti-la além do que imaginei, de forma tão íntima e satisfatória, está me deixando fora de mim!
Sinto um sopro vindo de seu hálito e sei que ele está rindo lá embaixo. Está se divertindo. Fico aliviado de estar cumprindo o que prometi.
Um formigamento toma conta das minhas coxas, elas doem pela posição, o pé da minha barriga também formiga, mas não é pelo esforço de me manter e sim de puro prazer pelas sensações deliciosas que agita todas minhas entranhas.
Eu me encontro quente, ficando mais, e cada vez mais eufórico, então sem que noto passo a descer, subir, rebolar com afinco em seu rosto, louco pelo meu alívio...
Quando ele vem, mais uma vez, é interrompido. Jimin sai debaixo de mim e eu caio sentado por falta de força nas pernas.
— Que inferno, hyung! Você não vai me deixar gozar? — jogo o cabelo úmido para trás, o olhando revoltado. Ele não se abala, apenas sorri lerdo, sedutor.
— Acredite, no fim você vai me agradecer por isso.
— Uhm. — não estou tão certo disso.
Me encontro irritado momentaneamente com ele então mantenho um bico nos lábios ofegantes, emburrado por estar todo melado de slick e pré gozo, todo inchadinho de excitação e privado do meu prazer.
Ele mantém aquele sorriso idiota, vindo sorrateiramente até mim, esfregando nossos narizes. Como não foi afastado, segura meu rosto, selando uma bochecha, depois a outra. Me olha nos olhos, os seus cor de avelã refletem seu desejo, mas eu... Eu sinto que tem algo a mais ali.
Ele selou minha testa, a qual cola na sua, depois suspira em meus lábios, dizendo:
— Eu não me canso de te olhar. Você é tão lindo e seus olhos brilham tanto... — encosta nossas bocas em um pequeno selinho cheio de afeto — Quanto mais de perto eu olho, mais belo fica.
Meu coração perde todo o compasso, sinto aquela fome no estômago que na verdade é o famoso nervosismo de paixão. Mesmo que o tesão não tenha sido esquecido, as coisas ficaram sentimentais de repente e... É bom.
— Você é tão belo quanto. — disse.
Isso é inegável, assim como é inegável o quanto ele me atrai e o quanto eu me sinto bem ao seu lado seja em nossos momentos mais quentes ou sentimentais. Não sei o porquê, também não me interessa, eu só quero que isso continue.
De igual para igual, seguro seu rosto em minhas mãos, sem querer, mas no fundo querendo, eu confesso: — Eu gosto de você, Jiminnie.
Vejo a surpresa em sua feição que no instante seguinte está toda abóbada. Ele sorri, amplo, mostrando os dentes brancos e bonitos, os olhos adoravelmente se fecham no processo.
— Eu gosto de você. — admite para mim.
Eu o beijo, cheio de paixão. Nunca imaginei que chegaríamos a esse ponto, mas estamos aqui e eu não estou afim de negar ou fugir.
Para minha surpresa, nós não nos beijamos lento e apaixonados, Jimin não me segura em seus braços delicadamente. Eu me ergo ficando ajoelhado no colchão e ele me agarra com intensidade. E eu entendo. Ainda estamos excitados. Temos fome um do outro. Por isso nossas línguas estão se enroscando sem nenhuma sutileza, é molhado, quente, erótico, um beijo cheio de chupadas no lábio e apertos no corpo, apesar de que sinto em seus toques um certo cuidado.
Não me desagrado de carinho delicado mas noto que prefiro em outros momentos. Nestes, prefiro uma pegada de verdade. Como ele tem. Gosto que me agarre, me aperte em seus braços, do jeito que eu neguei por bastante tempo por temer ao que desconhecia e pela repulsa de alfas que me obriguei a sentir só para não pecar ou quebrar o cristal que eu era... Ainda bem que as coisas mudam.
Agora eu quero ser destruído. Por ele. Dane-se. Eu quero algo a mais. Algo carnal e intenso. E sei perfeitamente que não estou errando, que posso sentir isso, e posso muito bem satisfazer meus desejos.
Por isso, retribuo seus apertos nas laterais de meu corpo, apertando suas costas. Jimin estremece, arfando em meus lábios, por algum motivo ele é sensível ali. Mordo e puxo seu lábio inferior para mim, roçando nossas pélvis e sentindo, por cima de sua roupa, o quão duro ele está.
O alfa se afasta apenas para pisar no chão, jogar longe a jaqueta que devia estar o sufocando a minutos, se livrando da blusa e logo da calça, se mantendo com uma boxer branca que denunciava seu estágio máximo de excitação: o pênis avantajado todo ereto, tão melado de pré gozo que grudou no pano e o deixou transparente.
Eu teria caído de boca ali e repetido a cena da poltrona em sua casa, mas antes mesmo que cogitasse o fazer ou contemplasse mais do corpo alto e musculoso, ele me agarra outra vez.
Ao me ver ali, sem roupa, com ele apenas de cueca tão colado a mim, noto que meu coração bate forte, eu sinto meu corpo tremer agora sim pela ansiedade do que teremos. Não me assusto ou o afasto, sei que são reações comuns, afinal, é a primeira vez que me permito ir até o fim com um alfa e primeiras vezes trás certo nervosismo.
Jimin me beija avassalador, abraçando meu corpo fortemente em seus braços como se para me impedir de fugir ou ter certeza que sou real e estou aqui. E, ah, esse corpo firme contra mim me deixa... Afetado. Tanto que se ele não me segurasse, eu sentia que poderia desmoronar.
Ele desliza a mão pelas minhas costas até o cóccix, eu me derreto mais quando murmura próximo ao meu ouvido:
— Me deixa te adorar por inteiro?
Eu solto o ar que nem sabia estar preso.
— Eu deixo.
Com a minha confirmação, seu sorriso se abriu.
Meu lobo está eufórico, sinto tantas coisas nesse instante que meu peito está apertado de uma forma inexplicável e gostosa. Eu gosto dele. Deve ser por essa razão que tudo parece ainda melhor.
Nossos lábios se tocam perfeitamente em um encaixe difícil de encontrar. O beijo é um pouco mais calmo, porém, tão quente e envolvente quanto o anterior. Nossas línguas se enlaçam gostosamente e nossos corpos vão se deitando sobre a cama, se esfregando de forma indecente, deixando tudo instigante ao extremo.
Eu sinto que temos uma harmonia incrível. Dá para ver em cada beijo, cada toque, que temos uma química que, falando por mim, nunca foi encontrada antes.
Talvez seja por isso que eu quero mais. Eu quero continuar sem pensar, seguindo apenas meu instinto. Eu só quero ter mais prazer. Eu só quero senti-lo da forma mais carnal possível.
— Por favor... — murmuro um tanto manhoso, esfregando nossos pescoços intimamente, minha glândula de cheiro na sua, misturando nossos feromônios, esperando que atenda a minha vontade quase que suplicante.
Ele arfa, perguntando, apenas para ter certeza: — Você quer mesmo?
— Sim, me adore por completo. — imploro.
Park se levanta para tirar a cueca e eu me estico até a mesinha de cabeceira. Não sei se é necessário lubrificante visto que estou muito molhado mas por via das dúvidas o pego, junto de camisinhas de tamanhos diferentes pois ainda que soubesse que ele tem um membro grande, não sei o seu tamanho correto ou a textura que prefere.
Enquanto ele escolhe, eu fecho os olhos, respirando fundo, buscando me manter na calmaria que estava durante todo esse tempo... Isso faz com que a fragrância amadeirada junto da mistura do tom fresco e picante da menta e canela adentre minhas narinas. Seu cheiro, ainda que exalando muita sensualidade no momento, me trás paz.
Eu tenho plena noção de que confio nele então seguir em frente não será um sacrifício.
Nós não conversamos, só trocamos olhares e surpreendentemente eu entendo. É melhor assim, em silêncio, pois não quero falas e sim ação. Nada de pensar, só sentir.
E eu sinto. Sinto ele me penetrar com os dedos, indo e voltando, adicionando mais um, indo e voltando, fazendo movimentos para me alargar. Jimin me prepara bem. Ele é cuidadoso e gentil. Mas meu instinto diz que preciso tê-lo. Não aguento mais adiar algo que hoje, desde mais cedo, venho sutilmente e secretamente esperando.
— Hyung... — manho.
O mesmo compreende que estou precisando dele nesse momento e não demora a retirar os dedos e colocar o preservativo, despejando boa quantidade do lubrificante artificial no pênis a fim de me privar de incômodos ainda que não precisasse, afinal, percebo que já me encontro completamente encharcado.
Mas, de toda maneira, ainda que ele penetre todo cuidadoso, eu sinto a ardência típica e a estranha noção de estar, de repente, cheio.
A sensação parece com qualquer penetração que eu tenha feito anteriormente por isso não me assusta e difere de um dildo pois o alfa é tão quente, grande, e pulsa tanto...
Me forço a ficar de olhos abertos - ainda que eles estavam semicerrados por estarem a fim de se fechar - então vejo um Park de lábio preso entredentes levantar e segurar uma de minhas pernas, terminando de forçar e, nossa, eu realmente me sinto tão... Cheio. É tão excitante que chego a pulsar.
— Ah... — solto.
— Tudo bem? — pergunta, o cenho franzido, metade em preocupação e com certeza metade com deleite de estar em meu interior.
Assento, envolvendo minhas pernas em sua cintura e o incentivando a me cobrir com seu corpo másculo. Subo minhas mãos pelos braços fortes ao meu redor que sustentam seu corpo, passando pelos ombros e deslizando pela nuca, rumo a cima, onde recheio os dedos com seu cabelo e puxo, sorrindo libertino e soltando:
— Não se contenha.
Talvez eu me arrependesse mais tarde devido a dor que viria, mas no momento não me importei. Inclusive, amei ver os olhos avelã brilhando animalesco no mais puro desejo.
Minhas palavras acenderam o único pavio que se mantinha intacto dentro dele e o fazia ser cuidadoso, Jimin deixa de ser gentil. Ele investe sem dó, com toda sua vontade acumulada, e tudo o que pude fazer foi gemer, apertando seus fios em meus dedos, gostando da sensação de tê-lo entrando e saindo, muito mais quente e intenso que qualquer pênis artificial que tenha usado no cio ou em brincadeiras com Yoongi.
O alfa move o quadril para frente e para trás em uma agilidade impressionante. O prazer do ato ia dominando meus poros, assim como acontecia com ele, e era tão gostoso que soltávamos lamúrias, ofegantes, cada vez mais alto.
Enquanto ele investia precisamente em meu interior, eu acariciava e puxava levemente as madeixas loiras, arfando pelas sensações deliciosas e inebriantes que estava tendo.
Como nossos rostos estavam próximos, nossas respirações pesadas e quentes se chocavam e se misturavam se tornando uma só. Como nossos corpos. Como nossos cheiros. Como nossos suores. Como nosso sentimento mútuo de tesão e deleite.
Puta que pariu. Esse alfa me fodendo é tão gostoso, que me faz delirar. É tão gostoso, que meu pau pulsa a cada estocada. Ele clama por atenção, mas não vou tocá-lo, quero ter a honra de vir apenas por sentir o seu massageando intensamente minhas pregas.
— Oh, Jimin...!
Sua respiração agora está em meu pescoço, ele investe freneticamente, dando tudo de si, realmente sem se conter, e obter tantas sensações indescritíveis mas deliciosas, é embriagante. O prazer está tão grande que talvez eu esteja em êxtase... Ele não muito diferente.
— Jungkook-ah — grunhe, estremecendo quando minhas mãos encontraram e apertaram suas costas com unhas fincando em sua pele. Eu quero descontar as coisas insanas que sinto ao tê-lo me fodendo tão bem.
Nós soltávamos sons roucos, másculos, os meus bem manhosos por sinal, ao passo que éramos consumidos pela euforia do ato.
Eu não sei dizer quando mas nos perdemos. Não sabíamos mais de onde viemos, onde estávamos, só sabíamos o nome um do outro, como gemer e grunhir no mais puro e intenso prazer.
— Eu estou perto. — ele avisa, segurando um rosnar que acaba sendo solto ao que unho suas costas com força visto que ele atinge um ponto dentro de mim que me mostrou estrelas. Não. Toda a Via Láctea!
Mais uma vez. De novo. E de novo. Meus olhos rolam em puro prazer e minhas costas arqueiam enquanto eu exclamo seu nome o mais alto, aposto que todo o condomínio ouviu.
Park afasta o tronco, ajoelhando nos próprios pés e puxando meu quadril, assim investe bem mais rápido e forte, buscando seu alívio e me levando próximo ao meu, arfando, quase rosnando, demonstrando o quanto está apreciando meu interior. Eu franzo o cenho, apertando o lençol, buscando descontar, em vão, toda a loucura que sentia.
— Jimin-ah... Ah! — como nunca, choraminguei de prazer, literalmente pois lágrimas até acumularam em meus olhos fechados.
É tanta atração e desejo que torna as coisas intensas. Mais intensas para mim visto que me negligenciei as sensações insanamente deliciosas de ser fodido por muito tempo... Aliás, é tão gostoso quando confio e me entrego, ainda mais a alguém que sabe o que faz, então... Por que? Eu não devia ter me negado a isso. Mas sei que cada coisa acontece em seu melhor momento. Era para ser aqui. Agora. Com Park Jimin.
Já me encontro fora de mim. Tudo o que sinto em tamanha grandiosidade, junto dos feromônios misturados, do sons obscenos que saem de nossos lábios, o barulho de nossos corpos se chocando e a cama batendo na parede... É demais para mim. Não consigo aguentar mais. Os espasmos constantes denunciam isso.
O calor e o formigamento típico sobem pela pélvis...
— Oh, hyung! — me sinto vibrar por inteiro, rolando meus olhos, arqueando as costas, gozando tudo o que me foi impedido e um pouco mais quando ele rosna, vindo também, liberando seu nó que não é tão gostoso quanto imaginei, na verdade, dói, porém, como tive um orgasmo muito intenso isso se perdeu.
Eu me sinto no paraíso.
Será que foi por essa razão que ele disse antes que eu o agradeceria? Bem, ficaria para mais tarde pois me vi apagando, completamente satisfeito, molinho e cansado.
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