X. O ômega em momentos quentes

Capítulo 10 - O ômega em momentos quentes

De quatro. Mãos firmes no colchão. Os lençóis estão embolados em meus dedos e eu os puxo enquanto que de minha boca aberta saem gemidos pelas sensações gostosas que sinto por estar preenchido por um dildo e chocando minhas coxas e bumbum nos do ômega que compartilha o brinquedo comigo. 

Ah, isso é muito excitante!

Nossos odores misturados espalhado no quarto, nossos corpos fervendo, pele chocando contra pele, nossas lamúrias e seus xingamentos em deleite nos tornam ainda mais insanos, um pouco até desesperados, só queríamos continuar e continuar sentindo as sensações prazerosas que nos fazem pulsar, estremecer, gemer alto... 

— Caralho! 

Ele rosna, aumentando o ritmo, provavelmente está próximo de seu ápice, também passo a mover o quadril com agilidade e pude sentir o dildo duplo, quando volta para meu lado - ele não para de se mover de acordo como nos mexemos -, acertando forte em meu interior.

Franzo o cenho, resfolegando cada vez mais, meu corpo já sofre espasmos. Levo a mão ao pênis, bombeando, intensificando o que sinto até não aguentar mais e gozar.

— Yoongi-ah! — aperto as pálpebras, sentindo as típicas vibrações, resmungando manhoso ao que ele continua, logo chegando ao limite também. 

Tiro o objeto de dentro de mim, me deitando cansado. Essa é nossa segunda vez hoje. Como fomos parar aqui? Voltemos um pouco no tempo. 

Durante a semana eu trabalhei e fui para a academia. 

Taehyung e Hoseok seguraram o fogo então foi tranquilo, tirando meus músculos doloridos.

Sobre Bachata, comentei com meu tio que me deu todo o apoio para eu continuar, fiz a matrícula mas as aulas só acontecem nas segundas e quintas. Eu esperei pela última. Nela eu vi Jimin, aprendi passos novos e ele me pediu para continuar empenhado que agora eu estava fluindo. Ssu conselho de parar de pensar, apenas sentir, funciona muito bem.

Mas no decorrer dos sete dias eu não fiz somente isso, afinal, tinha desafios a cumprir. 

Pesquisei bastante sobre flertes, li alguns livros eróticos que me mostraram bem como funcionam provocações, e fui tentar na prática. 

Flertar com alguém não foi difícil visto que agora tenho consciência da minha própria beleza. 

Aconteceu no mercado quando estava fazendo as compras do mês. Era uma beta, Chaeyeon, por coincidência uma antiga amiga do meu irmão, e eu tive essa desculpinha para puxar assunto com ela. Também tive sorte da mesma gostar de ômegas machos. 

Meus sorrisos, toques sutis, fala arrastada, mexeu com ela. Vi que meu charme tem potencial. Principalmente quando Chaeyeon me ofereceu ajuda com as compras. Eu aceitei e após deixarmos elas no meu apê, a beta me chamou para um jantar. 

Nós fomos a um restaurante italiano, comemos espaguete, jogamos papo fora, até que foi divertido. Nada de tão emocionante mas também nada sem graça, foi normal. E eu mantive os flertes, discretos, como quem não quer nada mas quer tudo. No fim da noite nos beijamos em seu carro... E eu não gostei de sua forma de beijar. 

Não encaixou. Não fluiu bem. Fiquei um pouco mal porque ela pareceu esperançosa, até me deu seu número para marcarmos um segundo encontro mas eu não fiquei tão afim de continuar pois eu não me senti atraído por ela o suficiente e não sou mais o Jungkook que se conforma com qualquer coisa ou o mínimo de algo.

Eu quero uma atração forte. Uma conexão real. Palpável. Alguém que me faça sentir os pés fora do chão. Se não for assim, sem tentativas de manter um relacionamento. 

Como venho dizendo a mim, estou bem comigo mesmo. E talvez ainda não esteja pronto para me envolver, ainda tenho alguns receios, por isso eu tenho que me controlar e não me jogar de cabeça como antes. Eu estou bem mais cuidadoso com meus sentimentos. 

Ao comentar com meus amigos no grupo que a atração não veio, eles disseram que tudo bem, isso acontece, e também quando uma só pessoa quer não adianta insistir. Tem que ser recíproco. Uma via de mão dupla. Eu não sou obrigado a ter um segundo encontro só porque ela gostou de mim. Levar as coisas adiante pode ocasionar em magoá-la ainda mais. 

Eles ficaram surpresos comigo ter conseguido concluir o tópico de flertar, paquerar, conseguir um encontro, um beijo, e até o número de alguém tão rápido. Eu comecei a perceber que de fato sou poderoso. Isso me deu incentivo para continuar.

Me dei a chance de conversar com vários lupinos, conhecer um pouco mais, quem sabe fazer mais amizades ou simplesmente flertar mais um pouco. O joguinho de interesses é divertido. Entendi o porquê do meu tio e o personal terem mantido aquela áurea de tensão sexual, cheios de trocas de olhares e frases insinuantes, que de primeiro me assustou e eu fugi para não ver. 

Eu, particularmente, prefiro ser mais sutil porém direto. Acho mais envolvente. Não sei. Só sei que dar confiança para o primeiro alfa que um dia cruzou meu caminho, a anos atrás, quando tive meu cio na igreja, não foi uma boa ideia. 

A gente se esbarrou no dia que fui no shopping com meus amigos, nós conversamos pouco, eu notei logo de cara que sentia atração por ele, a mesma que eu não entendi aquela vez, e como tudo estava parecendo tão fácil para mim eu pensei que não teria problemas em deixar o instinto falar mais alto. Já estava me realizando em tudo, esse salto seria importante, eu conseguiria, certo? Por isso, não pensei muito. Fui buscar apenas sentir.

Eis que quando vi já estávamos dentro do banheiro, em um dos reservados, nos agarrando. 

Eu me agarrando com um alfa! E um com o aroma de vinho maravilhoso! 

Eu fui totalmente no calor do momento, sem pensar, só tentando me permitir pois queria mais uma realização. Só de beijar ele já estava sendo um avanço. E ok. Constatei que ter o coração partido por uma alfa não me impede de beijar alguém dessa classe. Porém, ao que suas mãos vieram para meu corpo e ele começou a dizer o que iria fazer comigo foi diferente. 

Um calafrio tomou meu corpo, não de excitação, de medo que ele fosse capaz de realmente fazer o que estava prometendo de maneira tão chula e explícita. Não. Eu não quero o seu nó. Eu não quero que ele me foda até me deixar sem andar. 

Eu não estava pensando, estava sentindo, mas o sentimento não era bom. Logo veio Mari em minha mente dizendo o quão sujo eu estava sendo por estar me pegando e planejando fazer coisas com um alfa desconhecido, depois o sentimento negativo se expandiu dentro de mim. Eu não consigo. Eu não posso continuar. Um temor de que ele me faria mal, que eu ia sofrer, me dominou. Eu não queria sofrer em suas mãos. Eu não estou pronto para ir além com um alfa!

O pavor me fez interromper, mas eu busquei me manter firme para não surtar. Sorri, lhe dei um selar no pescoço o fazendo se arrepiar e disse um "até mais", o deixando lá com todo seu tesão. O meu já tinha sumido desde quando minha mente passou a gritar em alerta. 

Tudo bem. Eu consegui seduzir e deixar alguém na vontade, inclusive foi um alfa. Ainda que meu coração batesse forte e eu tivesse saído logo quando a coisa esquentou, deixá-lo para trás todo balançado por mim mexeu com meu ego.

Mas fiquei mal por não ter conseguido essa realização. Poxa, era uma das que eu mais esperava. Por que eu não pude ir além?

Essa pergunta ficou em minha mente enquanto eu via um filme no cinema do shopping com meus amigos até o instante em que acordei no outro dia. Para minha sorte era sábado, dia de ir ao consultório.

Conversei com a minha psicóloga, dra. Boyeon. Ela disse que não posso me pressionar. Eu já conquistei muita coisa em pouco tempo e esse pavor é mais complexo do que parece visto que tenho traumas enraizados lá no fundo do meu ser. Preciso ter calma. 

O fato de eu não conhecer o alfa, não estar em um local confortável e que me deixasse bem para continuar, e os temores negativos sobre me entregar, contribuíram para bloquear minha vontade.

Comentei com ela que, mesmo com essa falha, não estou afim de recuar. Eu gosto e quero ficar com alfas. Eles me fazem sentir quente, cheio de desejo, os acho intenso, meu lobo clama para tê-los.

Boyeon me disse que se eu quisesse tentar, teria que esvaziar a mente e ir aos poucos. Nada de pressa. E toda vez que meu subconsciente sentir perigo, meu cérebro vai me fazer fugir, mas tudo bem, não sou obrigado a estar pronto para tudo. 

Cada um tem seu momento. Não importa se eu sou, em partes, virgem aos vinte e dois, isso não é sinônimo de vergonha. Eu não posso fazer só por fazer. Preciso ter paciência que o momento certo vai chegar. E, segundo ela, pode parecer clichê, mas vou sentir quando for a hora. Até lá, vamos fazer um tratamento específico no consultório nos sábados de manhã e eu vou ir devagar. 

Ela me propôs fazer uma amizade com algum alfa primeiro. Contei que tenho Seulgi e agora estou me aproximando de Jimin que parece ser tranquilo. Ganhei parabéns, segundo Boyeon isso é importante. Assim eu posso conviver com eles e notar que não preciso do meu medo irracional, ainda que ele não me domine por completo apenas em partes sexuais.

Lhe disse que ontem não foi de tudo ruim, eu percebi que, ainda que lembre da minha mágoa, posso sim aproximar e até beijar, só não consigo intimidades maiores. Então ela me perguntou se eu queria intimidades maiores. Afirmei que sim. A próxima questão foi: entre a alfa e o alfa que falei, qual deles me atraia mais? 

Eu tirei um tempo para pensar... 

Seulgi é simpática, gosta de ajudar, tem o porte físico alto e possui curvas por ser alfa fêmea. Mas eu a vejo como uma grande amiga. Me imaginar beijando ela  me causou uma careta. Seria estranho e eu provavelmente cairia na risada. 

Então eu pensei em Jimin. Pelo o que notei nos dias das aulas aos quais estive mais próximo dele, é gentil, altruísta, engraçado, às vezes sério mas até essa expressão - que antigamente esse algo tão simples me fazia tremer e abaixar a cabeça pois antes da Hana meu medo era pior - parecia bonita. Ele também é alto. Ou eu quem sou baixo demais e acho todos altos. Seu corpo é bem trabalhado, seu rosto charmoso. Eu o acho atraente. E seu cheiro ao qual senti enquanto ele aproximou suado é muito gostoso. 

Percebi que noto naturalmente o cheiro do lupino se estiver curioso ou atraído. O último aconteceu com o Yoongi. Com o alfa de ontem que não me preocupei em saber o nome. E com Jimin, apesar de que ainda não consegui ter um contato maior para desvendar todas as notas de seu odor. Caso contrário, não fico prestando atenção. 

Então, é, eu sinto algo pelo Park.

Ela me aconselhou, caso eu sinta confortável ao seu lado, sinta que possa confiar, que sei que não irá ultrapassar meus limites, que irá me ajudar e não fazer esse meu pavor aumentar, tentar ir além com ele. 

Alfas tem no instinto dominar e penetrar. Mas alguns podem permitir, por exemplo eu ficar por cima, não para penetrar pois meu lobo diante de um alfa se eu deixar fica literalmente de quatro e fala põe, mas controlando os atos. 

Logo, Boyeon pediu para que eu conversasse com Jimin e visse se ele é capaz de permitir que eu descubra o que quiser. No início, eu tocando, eu dando as cartas, porque assim posso provar ainda mais de minha autoconfiança e, de quebra experimentar, talvez ir mais além do que um dia já fui. E eu me empolguei com a ideia. 

Tanto que a tarde liguei para ele. Eu decidi fazer um teste. Vou tentar a última coisa da lista. Se Jimin se comportar e não me fazer sentir vontade de correr, eu vou sim cogitar a hipótese de pedir um acordo.

Alô? — sua voz parecia mais grave na chamada, quase me arrepiei.

— Olá, é o Jungkook. 

— Que surpresa, não esperava uma ligação sua. — seu tom demonstrou que realmente estava surpreso e acho que curioso também. — Como vai?

— Estou bem mas preciso de algo, seria possível? — mordi o lábio, ansioso.

Se estiver ao meu alcance.

— Está em casa? 

Estou. Quer vir aqui? — perguntou um pouco afobado.

— Não irei incomodar?

— De forma alguma.

O alfa me passou seu endereço e eu garanti que mais tarde estaria lá.

Tomei um banho, sequei meu cabelo, passei meu hidratante corporal, o dos lábios, troquei o esmalte já descascado e ao que pra esperava secar fui na internet pesquisar algumas coisas para tirar minhas dúvidas sobre como fazer um boquete.

Memorizei algumas coisas que julguei importantes, vesti um conjunto de lingerie que me deu uma confiança maior, coloquei um vestido preto básico e andei até a casa de Park. 

Andando de salto alto até meu destino percebi o quanto precisava de uma moto ou carro para facilitar as coisas. E também notei o quanto estava curioso para testar o que andei pesquisando há alguns minutos atrás.

Ao chegar, respirei fundo e toquei a campainha com um frio em meu estômago, as mãos quase tremendo, acho que meu nível de adrenalina aumentou por conta do que eu estava pretendendo fazer.

Jimin logo apareceu com o cabelo bagunçado de jeito atraente, usando uma camiseta de algodão, bermuda e descalço. 

— Boa noite. — disse um tanto tímido e quase me xinguei por isso. Eu quero ser sensual, não bobo. Ok. Não se pressione, Jungkook. É normal sentir vergonha visto que é a sua primeira vez nessa casa, sozinho com o alfa, pensando em fazer coisas nada puras.

— Boa noite. — sorriu leve, me dando passagem para entrar. Eu o fiz, deixando meu sapato na entrada e minha bolsa em cima do sofá. — Quer alguma coisa para beber? — ofereceu simpático, sem fazer a mínima ideia do que eu planejava.

— Uma água, por favor. — afinal, cansei de andar até aqui. 

O vendo de costas, Park tem uma postura impecável, ombros largos, nádegas volumosas, panturrilhas definidas... Mordi o lábio. Eu poderia apalpá-lo todinho, quem sabe fazer uma massagem e apertar aquela bela bunda? 

Meu Deus, hoje estou me sentindo um safado. E, para minha surpresa, não é uma constatação ruim. Acho que minha líbido nunca esteve tão em dia quanto atualmente.

Me distraí prestando atenção no cômodo. É espaçoso, simples e aconchegante, ainda fica em um ótimo bairro. Sem dúvidas é um bom lugar para se morar.

— Com limão ou sem? — perguntou da cozinha. Fiz careta com a menção. Não gosto.

— Sem!

Ele logo apareceu, me entregou o copo, ficando com um que tinha algumas rodelas da fruta. O observando melhor, pude perceber que o peitoral estava apertado naquela camiseta, assim como os bíceps nas mangas. Lamentei a bermuda ser larga porque gostaria de ver mais daquele corpo musculoso e gostoso. Todavia, se meus planos dessem certo, veria isso e muito mais.

Nos sentamos. Ele em uma poltrona e eu no sofá. Cruzei as pernas, o vendo descer o olhar por um instante e umidificar os lábios. Sorri ladino. Se tivesse aprendido certinho sobre os sinais, diria que o alfa gostou do que viu. 

Terminei de beber a água, deixando o copo na mesinha de centro. 

— Posso saber o que deseja? — perguntou, educado como sempre e ainda curioso.

— É algo simples mas que pode te deixar assustado no primeiro instante...

— Pode dizer. — garantiu.

— Me deixa ver seu pênis, Jimin-ssi? 

O que aconteceu a seguir foi um alfa se engasgando, cuspindo no copo e o abandonando em cima da mesinha. Me levantei preocupado, parando ao seu lado, afagando suas costas e perguntando se ele estava bem.

— S-sim, estou. — ainda tossiu um pouco até voltar a respirar e falar normal. — Por que isso tão de repente? — me encarou com os olhos saltados, uma expressão perdida, ele ficava um tantinho fofo assim.

— Eu só quero... Analisar.

— Você tem o próprio pênis, Jungkook. — argumentou.

— Oh, não. Tem que ser de um alfa. — seu cenho franziu em confusão. — É uma longa história.

— Mas por que eu? 

— Porque no momento você é o único por quem sinto atração e estou querendo dar um voto de confiança, mas antes eu preciso testar algo. É importante para mim. 

— Pode me falar mais sobre isso? — além de confuso ele parecia extremamente curioso. 

— Uhm... — fingi pensar. — Só se prometer me deixar ver seu pênis. 

Ele riu. Negando. 

— Eu não acredito nisso — estou olhando para ele com tanta esperança, vamos, diz que sim... — Tudo bem. Eu prometo. Mas você primeiro.

— Ok. — assenti. — Não sei se reparou no dia do jantar de véspera, mas minha mãe é complicada.

— Sendo sincero, achei ela antiquada e um tanto contraditória.

— Sim, não dá para saber exatamente o que Mari pensa, só que ela tem muitos preconceitos, ideais bem conservadores e traumas, estes que ela acabou passando para mim. Ainda que não concordasse com tudo o que ela dizia, eu sempre abaixei a cabeça e aceitei. Não por ser covarde mas porque me foi ensinado desde meu nascimento a ser muitas coisas, dentre elas submisso. Eu tentava fazer de tudo para agradar e ser perfeito. Achava que não tinha problema porque minha mãe estava querendo o meu bem... Mas o que ela pensa que é bem, não é tão bem assim, entende? 

— Imagino. 

— Então isso me trouxe consequências. Eu me reprimi muito, principalmente sexualmente. Assim como desenvolvi um temor em ir além com alfas. E na época que comecei a namorar com a Hana, ela sabia que eu tinha a mentalidade influenciada totalmente pela minha mãe, sabia que Mari e também o meu pai, Bon-Hwa, eram muito religiosos, e concordou em esperar até o casamento. Só que passou o tempo todo tentando algo a mais, querendo que eu me entregasse mas eu nunca me sentia pronto. Fora que tinha em mente ser pecado fazer sexo antes de nos casar. Apesar de que, no fundo, eu levava isso como desculpa por ter medo de me entregar. Esse foi o principal motivo do nosso término. Ela descumpriu a promessa da castidade, me traiu, e aproveitou a discussão para me humilhar.

— Eu sinto muito. — disse com o olhar triste.

— Não sinta. Transformei essa mágoa e raiva que comecei a ter em determinação. Eu decidi mudar. Estou me desconstruindo e reconstruindo, seguindo um novo caminho. Venho conseguindo muitas conquistas, mas a respeito de contatos íntimos... Ah, é complicado. Então minha psicóloga me deu alguns conselhos e eu quero testar algo. Dependendo da sua atitude, eu tenho ou não uma proposta para te fazer. Mas relaxa que não vou te pedir em casamento, ok? — brinquei, o fazendo rir, dissipando um pouco do clima tenso.

— Bem que você disse que era uma longa história. — falou divertido.

— E olha que eu resumi. — caminhei até ficar no meio de suas pernas, como estava sentado ele levantou o olhar para poder encontrar o meu. O vendo daqui eu senti que estava com o poder em mãos. Sorri, com os olhos brilhando em desejo de fazer o que eu tinha em mente e meu instinto - o lado lobinho - se revirando em ansiedade. — Agora é a sua vez. Prometeu, tem que cumprir. 

Sem jeito, o alfa pigarreou. 

— Você quer que eu tire a roupa? — perguntou, acho que para ter certeza, como se não acreditasse que o acordo que fizemos era real.

— Eu quero que você fique quieto. — pedi. 

Espero muito que obedeça, ainda que o seu instinto seja dominar, afinal, vai me ajudar a continuar. 

No momento ele ficou então eu ajoelhei em sua frente, levando as mãos até o cós de sua bermuda, puxando para tirar. Precisei de uma ajuda, visto que se ele não levantasse o quadril a peça não ia sair. Encarei sua cueca boxer de cor vinho. Ok, Jungkook. É só um pênis. Pensando nisso a retirei, também com sua ajuda. 

Jimin não estava completamente ereto, porém não estava dormindo como imaginei que estaria. Acredito que a situação era estranha para ele, eu aparecer de repente, exigindo ver seu órgão genital, só que excitante também. No entanto, prefiro pensar que sou lindo e gostoso, então é claro que ele ficaria duro por mim.

Elevei meu olhar, o encontrando me fitando com seus olhos puxadinhos e pela sua expressão estava um pouco envergonhado.

— Posso tocar? — perguntei com a cabeça tombada de lado, novamente esperando com toda minha esperança e ansiedade que a resposta fosse sim. O vi engolir em seco para então assentir.

Eu não toquei seu comprimento pois na minha pesquisa vi que se torna mais intenso para o outro alguém se você não ir direto. É mais divertido instigar antes. Portanto, minhas mãos tocaram suas coxas, as arrastei por ali e apertei. O ouvi suspirar pesado. Levei os lábios até o músculo firme, dando selares por ali, indo rumo a sua virilha, ainda afagando suas pernas torneadas. 

O olhei e vi que ele mordia o lábio, sorri, trocando de lado e dando mais beijinhos. 

Ele está mesmo gostando? Por que eu estou.

Uma de minhas mãos, um pouco trêmulas de adrenalina, tocaram seus testículos, massageando, Jimin se remexeu abrindo mais as pernas. Com a outra mão, a palma aberta sem deixá-lo encostar nas minha unhas pois unhar a pele sensível não seria legal - isso eu soube por experiência própria -, finalmente o envolvi. Segurei o falo, movendo para cima e para baixo, o sentindo latejar e crescer.

Coloquei a língua para fora a fim de experimentar logo, indo da base até o topo suavemente, descendo, subindo, espalhando saliva. 

Outra dica foi brincar com o freio onde parece ligar a glande ao corpo do pênis, disseram ser uma sensação provocante. Levei a língua até lá, passando com delicadeza. Jimin grunhiu. Acho que posso continuar. Fiz movimentos nesse fiozinho que circula a glande e sua respiração ficou ainda mais pesada. 

Voltando ao pênis, o masturbei, brincando com aquela parte mas logo fechando a boca e chupando a cabecinha sensível. Olhei para cima. Pude vê-lo franzir o cenho, entreabrir a boca carnuda, arfando, e suas mãos se firmaram nos braços do sofá. Ele ofegou, mordendo o lábio, me fitando com os olhos brilhando de desejo, enquanto eu fazia suaves movimentos de sucção ainda movendo o punho em todo o falo. 

Desci a cabeça lentamente, com cuidado, ainda movendo a língua e tendo cuidado com os dentes pois li que não seria bom eles entrarem em contato com essa parte sensível.

Subindo. Descendo. Subindo. Descendo. Com cuidado. Movendo a língua. Sentindo suas veias saltadas. Usando minha mão para masturbá-lo, afinal, eu não consigo deixá-lo ir fundo. É grande. É um belo mastro de um alfa.

Aliás, seu cheiro amadeirado típico está forte, se espalhando cada vez mais pelo cômodo. A fragrância amadeirada vinha com tom fresco, picante, como uma mistura de especiarias, junto de menta e canela. Muito gostoso. Sexy. Excitante. Eu já estou duro e também molhadinho.

Minha boca produzia muita saliva nesse momento, eu estou cheio de tesão, quero saboreá-lo por inteiro e vê-lo se entregar completamente ao prazer que estou proporcionando. Por isso, aumentei o ritmo. Chupando. Sem parar de mexer a língua. Empenhado. Sem parar de tocá-lo. Ofegando. Sem parar de engolir até onde consigo sem engasgar. Gostando. Até ronronando em tê-lo dessa forma. 

Park grunhia, resfolegando, balbuciando coisas com a sua voz baixa, rouca, arrepiante, que eu não compreendia pois estava mais focado em chupá-lo do que entender seus resmungos.

Meus olhos curiosos o fitaram, ele estava puxando o cabelo para trás, tão sexy, me senti ferver e pulsar. Ainda mais quando ele encontrou meu olhar, praguejando, ficando as unhas e apertando a poltrona com força. Jimin está tentando se controlar. Entretanto, eu gosto de seu descontrole.

Alternei as chupadas, o sobe e desce, com sucções na glande. Quando eu estava na última, o olhava cheio de prazer e excitação de estar nesse ato, segurando meu sorriso amplo e malicioso por vê-lo tão afetado, se segurando tanto para permanecer quieto como eu pedi. 

Decidi ousar, o masturbando a base, tentando ir mais a fundo. Jimin gemeu alto ao tocar a minha garganta. Eu consegui o feito por poucos segundos, acabei engasgando e afastando. Respirei fundo, ignorando as lágrimas que surgiram nos meus olhos e tentando fazer de novo. 

— Porra! — rosnou, socando a poltrona. O senti latejar na minha língua. Acho que ele está chegando no limite. 

Aumentei mais o ritmo das chupadas, o punhetando e resmungando com ele na boca enquanto a outra mão estava firme em sua coxa grossa e meu corpo se movia. Eu estava sentado sobre o calcanhar, rebolando para sentir algum alívio diante tanto calor, tanto tesão. Merda. Eu queria sentar nesse alfa. Mas preciso me controlar. Não é o momento. Se concentra, Jungkook.

Tenho que fazê-lo gozar.

O fitei com toda minha excitação, focando em sugar a cabecinha molhada de saliva e pré gozo, inchada, tão latejante quanto o comprimento. Eu ronronei novamente. Eu gosto de chupá-lo. De lhe dar prazer. Da sensação eufórica que não sei explicar mas que estou sentindo. Jimin rosnou, se descontrolando de vez, apertando a poltrona com força e sem querer a rasgando.

— Tira. — diz grave. — Eu não sou bom em controlar... Uhm... O nó. 

— Pois controle.

Porque eu já estou aqui. Quero fazê-lo gozar na minha boca. Quero sentir o seu sabor. 

Continuei, de certa forma, mamando em seu pau que pulsou ainda mais e liberou jatos quentes que desceram pela minha garganta, acumulando um pouco na boca, ao que seu corpo vibrava e Jimin arfava alto. O gosto não é muito interessante mas tem um leve tom picante do seu cheiro, bem lá no fundo, então foi suportável. 

Como foquei em degustar, perdi sua expressão na hora H e fiquei um tanto chateado por isso. Mas tudo bem. Jimin foi um bom alfa. Eu não posso dar uma decisão agora pois me encontro fora de mim de tanto tesão, mas talvez possamos ter outras vezes.

Limpei os cantos da boca que continham porra e saliva escorridas, me levantei, peguei minha bolsa, e calcei o sapato a fim de sair dali antes que cedesse ao meu instinto e me forçasse a fazer coisas as quais possa me arrepender. 

Não contive a vontade de olhá-lo. Jimin estava jogando para trás, a cabeça encostada no estofado, de olhos fechados e ofegante. Ele conseguiu controlar o nó. Não o permitiu se fazer. Ignorando minha vontade de ir até ele, deixá-lo pronto para outra e pedir para ele saciar meu desejo e apagar meu calor, deixei a residência.

Meu corpo está borbulhando, as partes íntimas pulsantes e doloridas. Eu me encontro quase subindo pelas paredes. Preciso me aliviar logo. Porém, estava com tanto tesão que não seria suficiente fazer sozinho. Então abri o chat onde o nome Yoongi brilhava na tela. 

Eu

|Peguei seu n° com a Jooeun. Eu estou carente. Vamos foder?

Ansioso, andei até em casa, pensando nas possibilidades dele negar e eu fingir que a mensagem era pra outra pessoa ou corrigir para "vamos se ver?" sem maldade. Chegando na portaria meu celular apitou uma mensagem que me deixou muito feliz.

Yoongi

|Na minha casa ou na sua?

Foi então que eu o peguei com vontade. E depois me saciei ainda mais com ele e o dildo duplo. 

— O que deu em você? Estava cheio de fogo. Seu cio está próximo?

Neguei.

— Eu fiz algo que me acendeu.

— Fodeu com o Jimin. — abro a boca, surpreso. — Eu sabia! Você estava cheirando a ele.

— É... Eu estava com o Jimin mas... Na verdade, eu o chupei. 

— Você me beijou depois de chupá-lo? — estreita os olhos. 

— Qual o problema?

— O fato dele ser praticamente como um irmão para mim. Imaginar isso é como se estivéssemos em um threesome e ele gozou e você me beijou. Ou seja: nojento.

— Você pensa longe.

Ele ri, me olhando... Diferente.

— O que? — pergunto com um meio sorriso.

— Imagino que foi o seu primeiro "bola gato". Ele gostou? — "bola gato" é um termo novo para mim.

— Eu sou novo nessa de linguagem corporal, ainda mais em sexo, mas aparentemente sim.

— Claro que gostou. — soa sarcástico. Só não sei se a intenção é dizer que eu mando bem nas coisas que faço ou se... O que poderia ser? 

Antes que perguntasse, ele continua: 

— O que você acha do Jimin?

— Por que está me perguntando?

— Para o caso de eu ser substituído.

— Ah... Não sei se te daria um pé na bunda... Eu meio que tenho medo de me envolver com alfas principalmente sexualmente.

— Mas você boquetou ele.

— Foi um desafio e uma espécie de teste. Longa história.

— Mas foi bom?

— Sim, ele é muito gostoso. E eu não pensei nada demais, nem surtei, só segui minha vontade e ele não ultrapassou o limite que eu impus entre nós. Acho que minha psicóloga tem razão. Estar com alguém que você confia mais que em um desconhecido qualquer, que respeita seu lado e te deixa agir como você sente confortável, ajuda muito.

— Então você não tem motivos para não continuar. Por que não testa mais coisas com ele? Vai perder fácil o medo de alfa. Jimin é um amorzinho. Aposto que te deixa fazer ele de gato e sapato.

— Eu não estaria abusando demais da boa vontade dele? Nós nem somos amigos. Ele pode achar que eu sou um doido que só quer usar o corpo dele.

— E não é? — brinca. — Só acho que você deveria tentar. Converse com o Jimin. Tenho certeza que ele topa te ajudar.

Eu disse que ia pensar, ainda com o receio de estar emocionado e vindo a tomar decisões que poderiam me fazer arrepender. Mas meu lobo, lá no meu interior, soprava que sim, eu deveria entrar em algum acordo com Park Jimin.

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