Capítulo 1
Mike realmente estava numa enrascada, sentando-se sobre a cadeira da cozinha tinha um olhar vazio para o nada, mais um emprego perdido, por que ele sempre perde as coisas? Caindo sobre as mãos bufando com certa tristeza, ficou olhando as contas se acumulando seu pouco salário ia para as dívidas e o aluguel o que ele faria?
Abby entrou na cozinha tarde da noite preocupada.
- Mike? – Sussurro o despertando da fumaça de preocupação.
- E ai garota. – Mike a ajudou com a cadeira ao seu lado. – Devia estar dormindo tem escola amanhã.
- Por que está tão triste? – Abby sabia que algo estava acontecendo e as vezes ficava chateada que Mike não lhe contava as coisas, mas realmente conseguia notar que seu irmão cada vez parecia mais destruído.
- Acho que estamos ferrados. – Mike pondero sobre o que dizer a Abby, ele não tinha um plano B, a única coisa que martelava em sua mente são aqueles papeis amarelos que sua tia Jane o tinha dado na última visita.
- Mike as palavras. – Sua doce inocência tiro o clima pesado que vinha do maior que encolheu os ombros em vergonha.
- Desculpa, mas estamos mesmo muito numa situação ruim. – Pegando o papel de desistência de guarda, vendo sua irmã se encolher enquanto seus olhos cansados iam as letras grandes e garrafais que tinham no título.
- Por que você tem isso? – o nervosismo que veio nas falas Abby fez o coração de Mike congelar e sentir o pior do mundo.
- Tia Jane me deu da última vez que veio aqui, - Mike sempre tentou ser bem transparente com Abby, sua única irmã que resto e seu elo familiar mais forte, talvez a única coisa que o mantivesse vivo. – Fui demitido de novo e ela sugeriu que você fosse morar com ela e...
- Não quero. – Abby já levantou da cadeira puxando o papel amarelo de Mike em forma de protesto. – Ela é má e cheira a cigarro. – Resmungo volto a Mike que tudo que fez foi a olhar. – Podemos dar um jeito. – Mike fez um carinho na cabeça da menina, os dois sempre estão bem juntos desde que a mãe deles os deixaram alguns anos atrás.
- Alguma ideia? – O sorriso cansado que vinha dele não abalou Abby que tudo que fez foi olhar pelas paredes buscando ideias ate que bateu em sua foto a antiga escola, a cidade natal de ambos, onde sua antiga professora sorria ao lado de sua mãe.
- Podíamos voltar para Hurricane, - Mike pondero a ideia. – Podemos voltar para casa e... – O bocejo que solto fez seu irmão a olhar distante.
- Vamos conversa disso melhor amanhã. – Determinou levantando-se. – Mas vou pensar na ideia sua. – Mike pegou aqueles papeis amarelos e jogo fora na frente de Abby que volto a sorrir radiante enquanto Mike tudo que fez foi voltar ao seu quarto cansado e doido para mais uma sessão de sonhos lúcidos atrás de seu irmão.
....
Voltar para a cidade que deixou a cinco anos atras trouxe um mix de emoções para Mike.
Abby por outro lado parecia muito mais feliz que ele.
Mike tinha deixado a mãe e o pai em algum lugar dessa cidade, sem conta que eles ainda não tinham quebrado porque vivia do aluguel que vinha da casa que vão ocupar e bem da pensão que Abby dava no final do mês, mas ainda é pouco para duas pessoas.
Chegar na casa de infância de ambos deixou Mike realmente encabulado.
Abby desceu suas coisas do carro com uma facilidade que ele não conseguiu fazer, entra na pequena cassa de tijolos e paredes brancas o deixava perdido, porque toda vez que entrava nessa casa tinha a impressão de que seu irmão ia surgir no meio das paredes para eles brincarem, ou seus pais iam perguntar como foi a escola? Mas não tinha isso, tudo que Mike encontro foi uma casa vazia de sonhos e esperanças que nunca iam se concretizar por causa daquela viagem que ele escolheu.
Mike entrou muito devagar, cada passo calculado como um gato.
A batente da porta já tinha as marcas deixadas com seus crescimentos, um M, G e um A, mostrando as três crianças que abitavam aquelas paredes.
- Mike? – A voz de Abby o desperto entrando e fechando a porta atrás de si.
....
A escola primaria deixa saudade para ambos que entraram sendo encontrados com a queria professora. Rosangela.
- Olha so o que o vento nos trouce? – A menina correu para os braços da mulher negra. – Fazia tempo que não as vias, como estão?
- Bem, estamos bem. – Abby podia conversar com Mike de vez em quando, mas tudo que Abby fez foi concorda enquanto a professora os puxou para os corredores. – Preciso arrumar ela antes que possa procurar outro emprego. – Murmuro enquanto Rosangela concordo com a cabeça.
- Ainda com dificuldade para arrumar emprego? – Rosangela já tinha lido seus últimos problemas no mercado de trabalho, mas os dois pareciam sempre vender as expectativas.
- Sim, e como aqui sempre tem alguns bicos decidimos voltar para ver se da certo agora. – Ele realmente não queria comentar sobre o shopping onde ele espancou o homem na frente do filho porque acho que era um sequestrador.
- Hm, acho que se posso opinar, tem um assistente de trabalho, um bem conhecido aqui na região, - Rosangela os guiou para sua sala. Onde Mike se sentou numa cadeira enquanto Abby foi para o quadro onde poderia desenhar. - Steve Raglan é um bom conselheiro sabe? – Rosangela decidiu realmente voltar ao Mike depois de entregar o cartão voltando para os papeis. – Ligue para ele depois que vocês se arrumarem, qualquer coisa estarei aqui. – Sorriu aos dois.
- Acho que quando tiver um trabalho terei que arrumar uma babá. – Mike resmungo ao longe, tinha que arrumar alguém para ficar de olho em Abby, já estava imaginando ter dois empregos e mantendo a menina longe das mãos da tia.
- Bom isso será para outro dia. – Rosangela tentou o mostra que primeiro ele tem que arrumar um emprego e depois, bom é depois.
- Se tiver. – Mike realmente não gostava de soar depressivo, mas sinceramente essa é sua existência.
Enquanto a professora ia fechar a cara, Abby já estava rindo da situação.
No meio do clima misto a porta da sala foi aberta por uma pessoa que Mike sentiu algo estranho, aquela cabeleira loira cheia de cachos entrando como um raio de sol, a moça tinha um sorriso divertido e feliz diferente da nuvem que tinha em cima da cabeça de Mike o deixando intrigado.
- Senhorita Rosangela estou atrapalhando? – Abby realmente ficou chocada com a mulher a sua frente, as roupas coloridas e com estampas chamativas deixava a mulher no centro das atenções, mas os olhos verdes bateram nos dois com incerteza deitando a cabeça para direita. – Oh, está com visita, foi mal. – Já recuando no mesmo instante, mas Rosangela levantou a mão no mesmo momento fazendo aquela bagunça loira parar no lugar.
Mike acabou sorrindo discretamente quando a viu congelada.
- Sim? – Pondero sobre a porta de madeira.
- Senhorita Emily, poderia acompanhar a senhorita Schmidt para a área de artes? – Abby encarou tudo de fora. – Abby, essa é nossa professora de artes, acho que vocês duas podem se dar bem, não é? – Aquela confusão loira tudo que fez foi sorrir divertida estendendo a mão e Abby fez uma coisa que surpreendeu ambos os adultos que a conheciam, ela caminhou devagar, mas quando a tocou segurou com firmeza.
- Pegada forte, - Murmuro distraidamente. – Pessoas assim tem coração forte. – Com um último aceno a bagunça loira sumiu da vista de Mike que viu o sorriso verdadeiro vindo de Abby o deixando espantado. – Vemos vocês depois. – E com aceno sua irmã o deixou para traz e um gosto azedo fez Mike fechar a cara.
- Não se preocupe, sra. Beatriz é boa com crianças tímidas. – Rosangela volto para Mike vendo através da aparência cansada do mesmo, uma aparência que mostrava alguém destruído pelas emoções. – Muitos dizem que ela é um raio de luz, acredita? – Mike continuou olhando para a porta, não notando o sorriso da professora. – Aquele raio de luz que atravessa as nuvens escuras. – Mike simplesmente volto para frente tentando ignorar a vontade de continuar encarando o nada.
- O que eu faço agora? – Mike queria tentar ignorar aquela queimação estranha em seu interior.
- Vamos assinar os papeis e com isso podemos acabar por aqui. – Rosangela pondero distante dos olhos escuros que vinham com o homem que um dia foi uma criança com um futuro brilhante a frente.
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