Alguns dias se passam, Minnie e eu continuamos sem nos falar.

Ela ainda está chateada com o que aconteceu e anda fazendo de tudo para me evitar.

Sana fez todo o possível para me animar. Ela me levou para mergulhar com os golfinhos e até para fazer parapente.

Eu me diverti, mas não consegui tirar da cabeça a minha briga com a Minnie.

- Eu tenho uma surpresa para você.

- Tem?

- O que você acha de um passeio de balão, champagne e morangos?

- Eu vou amar! - Ela sorriu. - Uau, você está me mimando demais, Sana. Já fizemos tantas coisas juntas que parece que estamos casadas há sete anos.

- É a nossa lua de mel. Nós temos que fazer coisas assim. E ver você sorrir faz tudo vale a pena. - Ela beijou minha cabeça. - Eu preciso tomar um banho rápido. Você pode ligar para a recepção e pedir para eles mandarem os ingressos?

- Eu posso ir buscar.

Chego ao saguão e imediatamente encontro alguns rostos familiares.

Tzuyu e Jonas!

Eu me escondo atrás de uma grande palmeira, esperando que eles não me vejam.

A primeira coisa que noto é como eles parecem... distantes.

- O que você tem para mim?

- Na segunda-feira, elas foram mergulhar.

- Então, elas ainda estão agindo como se fossem um casal?

- Com certeza. Notei que elas não andam falando com as amigas delas.

Eu sabia! O Jonas não é namorado dela... ela o contratou para nos espionar!

Entro ofegante no quarto e Sana me olha com uma expressão confusa.

- Você conseguiu os ingressos?

- Jonas é um detetive particular contratado pela Tzuyu para coletar evidências sobre nós! Quando desci para pegar os ingressos, vi os dois. Eu não estava com vontade de falar com eles, então me escondi atrás de uma palmeira. Eu ouvi a conversa deles... O Jonas é um detetive particular!

- Eu sabia! Ele estava nos espionando o tempo todo. - Sana aperta a mandíbula e fecha os punhos.

O olhar dela é intenso e assustador.

- Sana, calma. Ficar com raiva não vai resolver nada.

- Calma? A Tzuyu contratou um detetive para nos espionar, Miyeon! Ela foi longe demais. Eu estou farta desses dois.

Sana abre a porta com tanta força que ela bate na parede. Ela sai em um ataque de fúria.

Eu nunca vi ela assim antes.

Pego o cartão-chave do nosso quarto para não ficarmos presas do lado de fora e vou atrás da Sana.