Outubro

Pessoal, dêem uma passada no canal do YouTube da minha namorada, está na minha bio do perfil e também no mural.

Outubro de 2002:

Nayeon:

Eu vi que Jeongyeon agarrou Soobin e o tirou da sala de aula, então me sentei no meu devido lugar, mas Jeongyeon demorou a voltar. Eu não queria ficar com ciúmes já que também tinha visto que Jihyo saiu depois ela, mas ela também não voltou.

Logo Jeongnii entrou; Estava claro que eu ficaria com ciúmes por demorar tanto.

Durante toda a aula eu ignorei Jeongyeon enquanto também olhava para ela seriamente.

Já era hora de sair e como é meu hábito sempre vou ao banheiro para me arrumar ou fazer algo necessário.

Mas quando saí vi Jihyo muito brincalhona com Jeongnii como se ela quisesse fazer um favor a ela ou algo assim. Caminhei em linha reta, ignorando aquelas duas.

- É melhor que seja amanhã.

Foi isso que ouvi Jeongnii dizer quando passei. Ela deixou Jihyo sozinha e veio correndo atrás de mim.

- Por que você está andando tão rápido?

- E o que te importa? É melhor ficar aí com Jihyo conversando sobre amanhã.

Chegamos ao estacionamento e entrei no carro assim que ela abriu a porta para mim.

Ela ficou quieta e dirigiu sem dizer nada no caminho para casa, deixando claras minhas suspeitas.

Quando chegamos em casa, ela abriu a porta do carro e eu a empurrei fazendo-a dar um passo para trás.

Andei com os braços cruzados fazendo meus passos soarem por causa da minha raiva e ciúme.

Ela entrou no meu quarto comigo e sentou na minha cama me observando andar de um lado para o outro enquanto procurava roupas confortáveis para usar em casa.

- E agora por que você está com raiva, o que eu fiz de errado?

- Fique quieta.

- Mas me diga o que você tem amor, vejo você com raiva. Primeiro você sai do banheiro, me ignora e quando chego em casa abro a porta do carro para você e você me empurra.

- Eu não quero te ver, saia do meu quarto.

- Mas hahaha aaamor, pelo menos me diga por que você fica assim. Por favor, amor, me diga o que você tem.

- Nada, não tenho nada.

- Eu sei que tem algo errado com você, agora vamos ver, me conte. Eu fiz algo que você não gostou?

- Então se você sabe que algo está errado comigo, por que está perguntando?

Ela se levantou e caminhou em minha direção para me abraçar, então eu estava tentando sair de seu abraço.

Movendo-me o melhor que pude enquanto também pisava em seu pé, mordi seu braço até que ela me soltasse.

- Aush, Coelho Mau.

- Eu não sou um coelho.

- Aham, claro que são, coelhos, para escapar do predador, tentem se mover como minhocas, eles chutam e mordem.

- E é isso que acontece comigo.

- E eles estão sempre no cio.

- Me deixe em paz, não quero falar com você.

- Eu não vou embora, me diga por que você está assim.

O tom de voz dela era sério, por um lado gosto que essa mulher use um tom de voz tão grosso para falar as coisas a sério. É como se eu estivesse começando a me molhar só de ouvir aquela voz.

- Você gosta da Jihyo?

- Jihyo? Eu não gosto dela e se você está assim porque me viu rindo e conversando com ela é porque eu me dou bem com ela.

- Saia. - Eu a empurrei para longe de mim e sentei na minha cama, ela fez o mesmo.

- Mas deixe-me completar a frase. Ela conversou comigo porque queria se confessar para a Sana, você sabe que a Sana é muito tímida, mas a Jihyo sempre tem que dar o primeiro passo em tudo. Até Jihyo foi quem deu o beijo primeiro e Sana pode ser uma paqueradora, mas ela nunca ousa fazer nada.

- E por que para você? Por que Jihyo fala com você e não com outras pessoas?

- Porque ela diz que seu plano era sequestrar Sana para que viajassem juntas já que, como você pode ver, seus pais descobriram seu relacionamento com Sana e agora estão proibidos de se verem.

- Sana e Jihyo estavam saindo? Achei que era só um jogo.

- Sim, e infelizmente uma professora os pegou no banheiro. Jihyo estava comendo ela... e não a boca de Sana. E naquela vez que fui pagar sua mensalidade, ouvi o diretor conversando sério com a Senhora Myoui.

- Não sei se rio ou me sinto mal por elas.

A verdade é que por dentro eu estava rindo por ter sido tão estúpido em foder no banheiro da escola, mas por outro lado me senti mais mal do que tudo por Sana, já que ultimamente a vi triste demais por ficar longe de Jihyo.

- Mas por que sequestrar Sana?

- Não sequestrar literalmente. É como se eu as estivesse ajudando a escapar.

- Você não tem minha autorização para ajudá-las.

- Eu disse isso a ela e depois disse a ela que talvez elas saíssem juntas, mas em segredo assim como você e eu.

- Espere, você contou para Jihyo que você e eu estamos namorando?

- Ah, amor, se ela foi a primeira a perceber isso.

Jeongyeon estava certa e meu ciúme também era óbvio toda vez que via Jeongnii conversando com Jihyo e muito antes de minha guarda-costas ser uma simples guarda-costas.

- Jeongnii mudando de assunto, será que amanhã você pode me deixar na casa do Soobin?

- Para quê?

- Tenho uma exposição com ele, ele é meu parceiro e bom... tenho que montar um flipchart.

Ela se levantou abruptamente da cama, colocando as mãos nos quadris.

- Amanhã vou conversar com aquela criança e dizer para ele vir AQUI fazer a lição de casa, não vou deixar você na casa de outra pessoa com uma criança que não tem cérebro ou simplesmente vou conversar com sua professora.

- Mas o que há de errado? Ele é apenas um colega de classe, além disso você é minha guarda-costas e faz tudo o que eu peço e se eu quiser que você me deixe sozinha com ele, você faz - Eu levantei.

Ela se virou e ficou na minha frente.

- Meu dever é proteger você, Im Nayeon, você não irá na casa de nenhum dos seus colegas. Não gosto de ninguém lá, começando por todo aquele grupo do Soobin.

- Jeongyeon, você está começando a parecer meu pai. Você está me superprotegendo.

- Não estou te protegendo demais, só estou cumprindo meu dever!

Ela levantou a voz para mim novamente, mas eu estava apenas começando a ficar mais irritada com ela.

- VOCÊ ACHA QUE É MEU PAI?! VOCÊ NÃO MANDA EM MIM! - olhei nos olhos dela, desafiando-a.

Pela primeira vez gritei mas não foi intencional já que estava começando a ficar chateada, odeio ser proibida do que fazer.

Nisso vi que Jeongyeon queria tirar o cinto da calça mas ela balançou a cabeça.

- Você é muito, muito mimada, Im Nayeon, eu deveria te corrigir e não com palavras bonitas. Algumas boas tapas  fariam você raciocinar.

- Você quer me bater? Bom, vá lá, me bata e eu direi ao papai que durante todo esse tempo, ele me deixou sozinha com você, você estava me batendo.

- É incrível o que estou ouvindo, Im Nayeon, incrível. Oh sério. Mentirosa.

Ela saiu do meu quarto com raiva e fechou a porta. Eu estava com o rosto vermelho de raiva, meu peito arfando de tanto tentar respirar e tentar acalmar meu coração, pois sentia que ele estava batendo muito rápido, como se eu tivesse corrido uma maratona.

Meu estômago começou a ficar muito estranho; como se eu não comesse nada há dias, então rapidamente entrei no banheiro e comecei a vomitar.

Minha cabeça latejava muito enquanto vomitava e expelia tudo o que havia comido. Minhas forças estavam me abandonando e minha visão estava começando a ficar embaçada.

Levantei-me lentamente para ir até a pia e me olhar no espelho; Minha expressão não era de forma alguma a de uma pessoa saudável. Eu parecia muito cansada, bebi um pouco de água e gargarejei para limpar a boca e depois joguei fora.

Fui até minha cama, sentei-me por um tempo, mas os sintomas ainda estavam lá, então gritei com Jeongyeon.

- JEONGNII.

Gritei com a pouca força que me restava, não sei o que estava acontecendo comigo mas minha cabeça doía pra caramba.

Ela entrou, ainda chateada com o que aconteceu há pouco, até que viu minha expressão e começou a se preocupar.

- Meu amor, meu amor. O que você tem?

- Minha cabeça dói Jeongnii, dói muito e eu quero vomitar.

Ela me colocou na cama e tocou minha testa, que estava muito fria.

- Mas sua testa está fria.

- Mas dói, sinto que está latejando.

- Já volto, vou fazer uma dose de remédio para você.

Balancei a cabeça e fiquei em posição fetal enquanto observava Jeongyeon sair do meu quarto.

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