O Celular de Jeongyeon

Jeongyeon:

- Que bom que te encontrei Jeongyeon, está tudo bem com minha filha?

Fui a primeira a acordar entre todas as pessoas que moram nesta fazenda onde o Sr. Im me encontrou nos currais alimentando o cavalo branco de Nayeon.

- Bom dia Sr. Im e sim está tudo bem com sua filha, ela é um amor.- Sorri hipocritamente.

- Que bom que ela te trata bem, ela ainda está com raiva de mim porque eu a protejo demais. Ela não entende que eu não quero que nada de ruim aconteça com ela, só quero o bem-estar dela - ele falou enquanto acariciava o cavalo. - E por que você está alimentando o cavalo? Esse não é o seu trabalho.

- Sua filha não está com disposição hoje, cansou de mim, cansou de eu segui-la pela fazenda e me mandou alimentar o cavalo dela.

- Olha, pare o que está fazendo, o fazendeiro vai cuidar disso, tem uma coisa que preciso conversar com você.

Fiquei em posição de sentido como se estivesse de frente para o seu coronel, tal como fiz no quartel.

- Você tem conhecimento do uso de armas pequenas e grandes?

- Isso mesmo senhor, estive no quartel lá aprendi a usar armas.

- Mostre-me - O homem tirou um revólver da calça.

Peguei o revólver, carreguei-o e levei alguns segundos para atirar em uma lata de cerveja que estava a poucos metros de nós.

- Nada mal, mas falta agilidade e velocidade. Se for atirar, não pense muito. - Ele pegou o revólver, recarregou e atirou em um pássaro que estava voando no céu. bom olho. - Se eu quiser que você me proteja, filha, quero que você faça isso bem e rapidamente, sem ir e voltar.

Meus olhos se arregalaram quando vi que o homem feriu um pássaro indefeso.

- Não se preocupe, minha intenção não era matá-la, a bala apenas a arranhou de ter sido ferida em uma de suas asas, você também tem que saber se é necessário matar ou ferir seu alvo.

- Espero que o pássaro esteja bem.

- Não se preocupe, quem manda é o fazendeiro, ele também é veterinário, Jisung!! - O homem chamou o fazendeiro e ele correu até ele.

- Sim chefe?

- Hoje você tem algo para fazer, vá ajudar aquele pássaro que está ali e depois alimente e dê um banho no cavalo da Nayeon que está fedendo até as moscas chegarem perto dele.

- Agora mesmo, senhor.

- Sigam-me Jeongyeon hoje os amigos e eu vamos te ensinar como usar muito bem essas lindezas.

Entramos em um caminhão com quatro homens, todos quase, quase meus “amigos”, saímos um pouco da fazenda e eles foram para o local de treino, descemos do carro e eles abriram o porta-malas cheio de armas, deixando-as sobre uma mesa.

- Primeiro, quero que você pegue aquela arma que está em cima da mesa e atire direto no ponto vermelho daquele corpo de madeira.

Desta vez não demorei muito para mirar, então acertei o ponto vermelho no círculo de madeira.

- Nossa, nada mal, talvez tenha sido apenas sorte, agora pegue um atirador e quero que você acerte o homem de madeira que está logo atrás daquela velha árvore. Você nunca sabe se em algum momento terá que usar uma dessas belezuras. - O homem apontou com o dedo para o alvo que devo atirar.

- É um pouco complicado quando tenho um obstáculo no caminho, é quase impossível acertar o alvo. - Deitei na grama fingindo que estava escondida e atirei, droga. Por azar acertei na árvore.

- Vejo que o seu forte não é atirar, hein.

- É só uma questão de prática, quase não usei um.

- Hahaha o que você quiser, você sabe Jeongyeon estou começando a gostar de você, espero que você fique aqui conosco, embora claro que você saiba que não vou deixar você ir tão facilmente - Ele colocou a palma da mão no meu ombro - Com o tempo você vai conheça mais sobre nós e se um dia você decidir ir embora, nós lhe daremos a melhor e mais amigável despedida que você já teve em sua vida.

- Minha lealdade será até que você decida se me aposentarei ou não, senhor.

- Eu confio em você Jeongyeon, aliás a galinha aí quer que você ensine a ele suas técnicas de luta chinesas.

- Quem é a galinha?

- Aquele magrelo que você vê aí, é tímido mas bom nessas coisas de combate, o nome dele é Félix.

- Você quer... que eu lhe ensine artes marciais?

- Isso mesmo, Galinha, vem aqui!

Felix se aproximou de mim e me cumprimentou timidamente, como se tivesse medo de mim.

- Eu já falei para Jeongyeon te ensinar artes marciais, vá com ela, quero ver você praticar.

- Sério? Obrigado chefe!

Felix me seguiu alegremente e fomos em direção a um enorme gramado.

- Vai doer? - Peguei Felix inesperadamente colocando um dos meus pés entre os pés de Felix, dando-lhe uma volta completa, caindo no chão - Ai, isso foi inesperado hahaha - ele riu de dor.

Passamos a tarde inteira praticando algumas técnicas que achei que poderiam ser aplicadas por alguém inexperiente na área de artes marciais. Fui clara que para ser bom nisso tudo era preciso passar anos praticando, então fizemos apenas o básico.

O sol estava começando a se pôr então havia pouca visibilidade pois estávamos em um local aberto e sem nada para nos iluminar.

- Muito bem, vamos todos!

O homem ligou para entrar no caminhão e voltar para sua fazenda.

- Há quanto tempo você vem travando essas lutas chinesas, Jeongyeon?

- Desde os seis anos comecei no Taekwondo.

- Nossa, você era muito jovem e como é que te matricularam nessa idade?

- Minha mãe viu que eu gostava de brigar com meus amigos de brincadeira claro, e embora ela não soubesse nada de combate ela viu que eu fazia bem, então ela viu isso como um talento e foi me matricular no Taekwondo.

- Então ninguém mexe com a Jeongyeon, ela é faixa preta galera - O homem e todos dentro do carro começaram a rir.

Chegamos na fazenda e todos se espalharam, cada um fazendo seu trabalho, fui direto sem procurar a Nayeon.

- Onde você estava? - Nayeon parou bem na minha frente saindo de um canto me fazendo pular de susto.

- Ah olá filha, levei a Jeongyeon lá no campo para praticar com essas lindezas.
- O homem me deu um tapinha no ombro e me deixou sozinha com a filha.

- E daí? algo estava errado comigo - Nayeon falou com raiva ao saber que não me tinha ao seu lado.

- Com licença senhorita, mas você estava cansada de ser vigiada o tempo todo e me mandou para o curral.

- Cale a boca e me siga.

- Obedeça sua chefe Jeongyeon hahaha, aquela garota não está com humor.- Uma colega de trabalho falou comigo quando ouviu Nayeon falar.

Andei atrás de Nayeon em completo silêncio, entramos na cozinha e vi que Nayeon não conseguia abrir um pote.

- Abra.- Ela me entregou a garrafa e disse sem me pedir "por favor".

- Eu não vou fazer isso.

- Obedeça - Ela olhou nos meus olhos tentando derrubar o domínio, mas ela sabia que estava perdendo a batalha quando viu meus olhos, eu demonstrei domínio e caráter.

- Não farei isso, senhorita, não até ouvir um 'por favor'.- Cruzei os braços, apoiando-me no balcão.

- Ash, ok, você pode por favor abrir esse pote de geléia, estou tão fraca que preciso de alguém forte o suficiente para poder abrir isso - Ela falou sarcasticamente enquanto fazia gestos adoráveis, algo que me pareceu terno.

- Aqui - Com um único giro abri o pote de geléia e deixei em cima do balcão.

- Obrigada, aliás minha amiga Jihyo me disse para dar seu número a ela, ela diz que está muito interessada em você, ela gosta de você - Ela sorriu.

- Não estou interessada em ninguém agora, muito menos em uma garotinha como você.

- Como você é chata.

- Tenho uma responsabilidade neste momento e é muito maior do que ter um relacionamento amoroso.

- Ah sim, você tem filhos - Ela colocou um pouco de geléia em um pedaço de pão.

- Não, mas tenho que cuidar de uma menina de 16 anos, essa é minha única responsabilidade.

- Não sou menininha e também sei me cuidar, vou fazer 18 anos e farei o que quiser, viverei minha juventude e farei o que quiser.

- Acho que você não sabe se cuidar mas agora você vai ter que se acostumar com a minha presença pois estarei ao seu lado para sempre senhorita e estou indo embora, preciso tomar banho, hoje foi muito cansativo a tarde.

- Não é à toa que você fede.

∆ ∆ ∆

Nayeon:

- Agora pare de me seguir, estou entediada de você estar atrás de mim. Estou em casa, é seguro aqui.

- Meu dever é essa, senhorita.

- Uushh, é melhor você ir alimentar meu cavalo, ele deve estar com fome.

E finalmente Jeongyeon me deixou sozinha. Não senti mais como se alguém estivesse me seguindo.

Fiz uma videochamada o dia todo com Hyo falando sobre o quanto ela estava atraída por Jeongyeon. Cansei de ouvi-la quando ela mencionou aquela king kona. O sol se pôs e todas as luzes da fazenda acenderam automaticamente, levantei da cama e percebi que já era noite.

- Jeongyeon onde você está? - Saí para o curral e não tinha ninguém, estava escuro.- Você viu Jeongyeon? Ei, você tem um pombo morto nas mãos - perguntei ao fazendeiro que tinha um pássaro ferido ou morto, não sei.

- Ouvi dizer que o Sr. Im a levou para o campo de treino.

- Aish! ela deveria estar comigo e não com meu pai.

Eu estava andando pela casa até ouvir o carro do papai, fui em direção à saída e Jeongyeon simplesmente apareceu.

Perguntei onde ela estava mesmo já sabendo onde ela estava, só quero irritá-la um pouco.

- Abra.

Jeongyeon me fez dizer “por favor” para abrir um pote simples.

Enquanto preparava meu pão e geléia, mencionei o assunto da conversa que tive com Hyo.

Aparentemente Jeongyeon não estava interessada em Jihyo, bem, eu entendo já que ela é muito jovem para Jeongyeon.

Ela foi para o quarto mas havia esquecido algo, deixou o celular no balcão.

No começo eu não queria dar importância mas a curiosidade tomou conta então me aproximei do aparelho e por curiosidade liguei o celular e vi que o papel de parede da Jeongyeon era dela posando em uma cadeira com as pernas abertas, seus braços colocados atrás dela. Sua cabeça com um olhar sério, desliguei o telefone e levei-o para o quarto de Jeongyeon.

Bati na porta do quarto dela mas ninguém saiu, então, entrei chamando o nome dela mas não tinha ninguém, até que vi vapor saindo pela porta do banheiro e ela se aproximou de mim sem fazer barulho, abri a porta do banheiro que estava não trancada e eu coloquei meu rosto para fora da porta e então vi Jeongyeon de lado totalmente nua, ela tinha espuma no cabelo então ela estava massageando a cabeça e eu vi seus braços enormes cheios de músculos.

Meu olhar desceu para suas costas, vendo também seus seios, mas então fiquei sem palavras e chocada ao ver que ela carregava algo entre as pernas. Minha mente ficou estava totalmente em choque, confusa com mil emoções juntas. Jogue o telefone na cama dela, quicando quase caindo no chão e eu apertei as mãos.

- Eca, isso é nojento, isso é nojento, aquela coisa era rosa, aquela mulher não é normal, isso é nojento -  Falei enquanto escapava daquele quarto tentando limpar minha mente e tentar esquecer o que acabara de ver.

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