Jantar
Nayeon:
Passamos quase o dia inteiro andando na "Cidade Proibida" então todos ficamos entediados porque também estávamos cansados.
Todos concordamos que voltaríamos ao nosso quarto para recarregar energias para dormir e depois sairíamos novamente para jantar.
Jeongyeon e eu entramos em nosso quarto, mas não antes de pedir a Jeongyeon que me comprasse alguns biscoitos que eu tanto amo.
Ela me pediu para dividir, então eu a convidei, mas da minha boca e ela aceitou sem hesitar.
Então o momento ficou muito quente, pelo menos para mim.
Foi lá que Jeongyeon teve minha aprovação para fazer qualquer coisa comigo, embora não fosse além de algo como penetração.
Nós duas descansamos e ligamos o alarme.
Pouco depois senti o alarme tocar, então acordei e Jeongyeon ainda estava dormindo.
Acordei ela com um beijo na boca, ela abriu os olhos e me abraçou para me perguntar se eu descansei bem.
- Você quer que eu faça algo por você? Amor.
- Não jeongnii, estou bem assim.
- Então vamos jantar, seu pai deve estar esperando.
A porta bateu e Jeongyeon reagiu rapidamente saindo da cama e eu fui para a minha.
- Você está pronta para ir jantar?
Bocejei esticando os braços.
- Acabamos de acordar mas colocamos um alarme para isso.
- Bem, então estarei de volta em 15 minutos.
Jeongyeon fechou a porta ao ver meu pai saindo.
- Coloque algo confortável amor.
- Estou bem assim.
- Então vá lavar o rosto.- Ela beliscou minha bochecha, me soltou e se afastou de mim, mas não antes de espancá-la.
- Ai, isso doeu, filho da puta. - Ela esfregou a bunda quando entrou no banheiro.
Abri minha maleta onde havia deixado minhas coisas do banheiro, então tirei sabonete líquido, escova e pasta de dente.
Entrei no banheiro e Jeongyeon tinha acabado de limpar.
Escovei primeiro os dentes e depois o rosto. Depois me enxuguei com uma toalha que já tinha pendurada ali.
Saí correndo na ponta dos pés e deixei minhas coisas no lugar, então num impulso de carinho abracei Jeongyeon por trás. Ela riu carinhosamente.
- O que aconteceu, meu amor? - Jeongyeon sorriu feliz.
- Nada, só quero te abraçar.
- Isso é tudo?.
- Sim.- Eu a abracei ainda mais forte.
Eu a soltei e ela se sentou na cama para amarrar as botas de couro.
- Vamos - Ela se levantou sacudindo o traseiro.
- Você pode me dar um beijo? - Parei na frente dela antes que ela abrisse a porta e ela me deu alguns beijos nos lábios.
- Pronto, vamos.
- Vamos.
Abri a porta e apenas papai estava parado atrás da porta prestes a bater na porta.
- Tão rápido? Então vamos lá.
Saímos do hotel e queríamos comer comida de rua "exótica". É a forma como o pai se expressa quando comemos na rua e não num restaurante conhecido.
Jantamos numa esquina da rua, o lugar me deu sensações estranhas, senti um medo então me apeguei ao papai para me sentir protegida.
- Dê-me uma... uma costela agridoce. Vocês pedem o que quiser.
Todos pediram de acordo com seus gostos, então chegou a minha hora de pedir meu jantar, pois fiquei indecisa sobre qual escolher.
- Acho que... rolinhos primavera.
- E para você, Jeongyeon? - Papai perguntou.
- Costelas agridoces também.
A garçonete anotou o pedido e nos deixou sozinhos na mesa.
Papai falava sobre seus "negócios" com os amigos enquanto eles riam e murmuravam entre si.
Eu estava conversando com minha guarda-costas.
- Senti algo parecido com isso... como posso explicar para você.
- Sentir o quê?
- É só que... não, acho que não é isso que estou pensando.
- Aqui está seu pedido.
- Nossa, como eles atendem rápido aqui.
A garçonete chegou com uma bandeja enorme com nossos pratos e os deixou sobre a mesa. Todos começaram a comer, mas eu comia inquieta porque o que sentia era algo molhado na calcinha me fazia duvidar se era suficiente para mim ou os típicos líquidos normais.
- Com licença? - Perguntei à garçonete que por sorte estava ao lado da nossa mesa. - Eeeh...- Fiquei pensando já que não sei falar chinês então pedi ao papai para falar por mim. - Pergunte se há um banheiro por aqui.
- Claro.
Papai conversou com a garçonete e eu observei enquanto a garçonete apontava com a mão para onde eu precisava ir.
- Obrigada, muito gentil. Ela diz para andar em linha reta e você verá a placa da senhora e do senhor, esse é o banheiro.
- Obrigada pai, vou ao banheiro.
- Vamos.- Jeongyeon se levantou mas eu a impedi já que era desconfortável para mim ter que contar o motivo.
- Deixe Jeongyeon te acompanhar, filha.
- Não, pai, sério, está tudo bem assim. Basta ir ao banheiro e pronto.
Jeongyeon sentou-se, duvidando um pouco de mim mesma então corri para o banheiro, sempre aprecio ter um lenço higiênico na bolsa.
Entrei no banheiro, mas me pararam e falaram comigo em uma língua que eu não entendia, então tive que dar 1 dólar e a mulher não reclamou, apenas me deixou entrar no banheiro.
Entrei e vi que minhas suspeitas eram verdadeiras, tenho certeza que terei fortes cólicas.
Saí do banheiro e caminhei em direção ao restaurante onde todos estavam jantando quando de repente senti alguém vindo atrás de mim.
O homem colocou a mão no meu pulso e falou comigo em chinês, entrei em pânico porque senti falta de ar.
Queria pedir ajuda mas fiquei paralisada de medo, ao longe vi Jeongyeon e como que por instinto ela começou a me procurar até me ver caminhando ao lado do homem estranho.
Ela se levantou de seu lugar e correu em minha direção no meio da multidão.
- Jeong - Eu disse quando a vi agora perto de mim.
Ela agarrou o homem e deu um soco na cara dele e eu vi que o nariz dele sangrava, aí ela puxou meu braço e o homem fugiu.
- Você está bem, amor? - Ela perguntou preocupada, olhando para meus pulsos já que o homem havia deixado uma marca ao me apertar com força.
Eu estava tentando respirar por causa da cena que passei e Jeongyeon tirou um inalador da calça.
- Aqui.- Ela me deu mesmo eu tendo um na carteira.
E papai apareceu para me abraçar.
- Nayeon, você está bem? - Ele perguntou e eu tremi de medo nos braços do papai ao me lembrar de quando me sequestraram.
- Sim pai, estou bem graças a Jeongyeon.
- Eu queria acompanhar a Nayeon ao banheiro.
- Filha, ela é sua guarda-costas, é dever dela te proteger custe o que custar, mesmo que você não goste que ela te acompanhe em lugares como entrar no banheiro. Ela deveria estar ao seu lado porque esse é o trabalho dela, não quero que nada aconteça com você. Você entende isso?
Balancei a cabeça olhando para Jeongyeon.
Voltamos para a nossa mesa e a verdade é que a vontade de comer desapareceu quando me lembrei do que aconteceu comigo.
- A China é um país descartado, Nayeon. Não voltaremos aqui, se você quiser, voltaremos para a Coreia amanhã.
- Desculpe por estragar sua viagem.
- Não sei, se preocupe, senhorita Nayeon.
- Nós sempre nos divertimos onde quer que vamos.
- Sim, acalme-se.
Todos tentaram me acalmar, então sorri como uma resposta positiva.
- Faremos isso, amanhã de manhã voltamos para a Coreia, você ouviu?
- Como você comanda, chefe.
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