v. Sua ultra violência
5, Sua ultra violência
(temporada um, episódio 1)
TW - relacionamento abusivo, violência, chantagem
ERA O DIA APÓS A FESTA, Sophia foi acordada pelos raios de sol da cama de Sarah
Aparentemente, após aquela caótica briga, resultando em disparos de um certo pogue loiro, a garota veio parar na casa dos Cameron
Era definitivamente o pior lugar para se estar naquele momento
A morena sentou-se na cama confortável, que continha lençóis cor de rosa, coçando sua cabeça, na esperança de se lembrar de algum vestígio na noite anterior
Ela se lembrou
Se lembrou muito bem, do que havia acontecido
— Droga! - resmungou
Checou seus pulsos, conferindo se não era sua imaginação fértil demais
Não, não era
Rafe tinha a machucado
De novo
Haviam roxos e marcas de seus dedos no braço da garota
Um brinde por ter tentado separar Thorthon e Booker
Deitou-se na cama novamente, ela tinha que colocar um ponto final nisso, só lhe faltava coragem
Ela nunca teve o suficiente, para enfrentar-ló sóbrio de vez
Pois com ele bêbado era relativamente fácil, o difícil é a conversa do dia seguinte
Mas ela estava exausta daquilo, cansada de pedir desculpas pelo o que não fez
Era sua única chance de parar com aquilo, ela não podia perder
— Bom dia dorminhoca! - Sarah disse encostando-se no batente da porta de madeira
— Nem vem! não dormi tanto assim! - falou indignada
— S! Já ' tá na hora do almoço! - Martin fez uma careta
— Admito! dormi demais! - escondeu-se colocando a coberta por cima de sua cabeça - Aliás! como vim parar aqui? - riu
— Nem eu sei... bebemos demais!
— Percebi! minha cabeça ' tá estourando - colocou a mão na testa, se arrependendo por tomar todos aqueles copos de bebida - Rafe me traiu ontem... de novo... por isso bebi
Cameron a encarou com pena, ela sabia das traições, e como a amiga sofria com isso
— Que babaca! - abraçou Sophia, como se transferisse a dor dela para si mesma
— Sarah... eu tenho que te agradecer por me salvar ontem! obrigada... ele vem me machucando... há muito tempo... mas nunca contei para ninguém... tenho medo de me julgarem por não conseguir terminar com ele, definitivamente, eu tento sabe? mas você conhece seu irmão... parei de tentar acabar com tudo, porque saio com um novo machucado
Ficaram em silêncio, não um silêncio desconfortável, muito pelo contrário, Sarah a acariciava, como uma forma de dizer que a amiga estava segura
— Sophia... você tem que conversar com ele... por mais que... seja muito difícil - a Cameron sussurrou
— Eu sei...
— Isso não é certo... isso tem que acabar, de vez - Martin concordou
— Eu na verdade terminei com ele sim... só que quando ele estava bêbado
— Mas você sabe que... ele não se lembra, certo? - Sarah questionou
— Sim...
Uma batida na porta foi ouvida, as duas meninas pularam da cama, se calando, Sarah sabia que Alisson não queria que alguém descobrisse qualquer coisa sobre a conversa entre ambas, devido ao risco daquilo chegar nos ouvidos de Cameron, seria impossível o impedir de fazer algo!
— Sarah, o café... Sophia?
— Eu vou descendo!
— Rafe, eu quero...
As mãos da Martin suavam frio, ela estava com medo de realmente contar o que sente, ou também do que iria acontecer se ela dissesse a verdade
Que ela não o queria mais
Que ela não suportava tudo mais, tinha se cansado dos hematomas, das brigas e das chantagens
Suspirou, pensando "lá vamos nós"
— ...conversar com você! vamos até o jardim por favor
Rafe a encarou, decifrando o quão sério ela estava falando
Ao chegarem no local ele fez um gesto para prosseguir
— Bom... eh... eu acho que deveríamos terminar Rafe! e-eu não gosto do jeito que você me trata!
— Que jeito? - o menino agarrou a garganta da menina, a empurrando para a parede mais próxima - Esse jeito?
Sophia não conseguia respirar, não tinha uma passagem suficiente para isso, sua garganta se fechava aos poucos, a cada vez em que ele fazia mais pressão, sua pupila estava fraca
Tudo estava fraco
Ela piscava lentamente, tentando achar uma saída para aquele grande problema, ele não podia simplesmente á matar-lá apenas por querer romper o relacionamento, ou podia?
Se tratando de Rafe Cameron, tudo era possível
Até mesmo o mais incorreto!
Seus par de olhos castanhos, foram se fechando como se Martin já tivesse desistido de tudo isso, da sua vida
De todos aqueles complexos problemas
Em instantes, o loiro a solta de uma vez, provavelmente percebendo o que iria causar
Ele se quer pede desculpas, apenas enrosca suas mãos pesadas e frias no cabelo macio de Sophia, a puxando para cima com agressividade
Sophia tem que assimilar os acontecimentos em instantes, enquanto tentava regular sua respiração
— Não vamos terminar! ' porra, toda vez é a mesma coisa! já ' tô cansado das suas merdas Sophia! você não vai sair disso, não adianta tentar, você é minha
Lágrimas desceram salgadas, ela realmente estava presa? aquilo não podia simplesmente terminar? ele não podia aceitar tudo de uma vez?
Porque ele não a deixa simplesmente ir? livre
Liberdade era o que ela mais queria!
— E eu? Eu tenho que aguentar as suas merdas Rafe? todas as traições, humilhações? e os hematomas? hum? eu mereço? diga, eu mereço? - ela inspirou fundo tirando toda sua coragem, cuspindo a verdade na face do menino
Ele a olhou como sempre faz, um olhar assustador, levantando suas mãos, lhe depositou um tapa estalado na bochecha da garota
— Você merece! - devido ao ato bruto do garoto, Sophia caiu na grama, fofa e verde, do jardim
— Para! Por favor para! - Rafe a chutava com força, enquanto gritava com a namorada
— Isso é um castigo por me desobedecer! sua vadia, eu te amo! você não percebe isso?
Sophia tinha esquecido tudo, apenas aceitou que iria morrer, ali mesmo, com surras de seu próprio namorado
— Você é violento! - murmurou, e aquelas foram suas últimas palavras antes de tudo tornar-se preto e escuro
— Sophia! Sophia?! acorda por favor! me desculpa! desculpa! - Rafe sussurrou choramingando
— Rafe! Rafe! o que você fez com ela?! o que você fez?! seu idiota! - Sarah correu desesperada, socando a barriga do irmão enquanto também chorava - Sophia? acorde por favor! S?!
A MORENA ACORDAVA MAIS UMA VEZ NAQUELA MANHÃ, mas dessa vez ela sabia o porque tinha parado naquela cama familiar
Hematomas e hematomas
Ela poderia fazer coleção deles, doloridos, verdes e roxos, amarelos e vermelhos
Antigos e recentes
Não importava, pois eles estavam marcados em sua pele, com memórias horríveis e obscuras
Levantou-se de uma vez, tudo o que pensava era em fugir daquela prisão
Não deu satisfação, correu o mais rápido que pôde, indo em direção á sua casa, lá ela estaria segura
Ou ao menos era o certo, ela deveria estar!
Mas com seu pai, e seu jeitinho, ela estaria em mais perigo ainda
Viu sua mãe virada, cortando legumes para o almoço, o cheiro estava delicioso
— Mãe! - gritou assim que a viu
— Sophia! que bom que voltou querida.... Sophia? Sophia?! o que aconteceu?
— Rafe R-Rafe - não conseguia terminar a maldita frase, lágrimas geladas chicoteavam em seu rosto
A mãe ficou paralisada, sabia do que se tratava, era impossível não notar todos aqueles machucados, mas não acreditava que isso estava realmente acontecendo
— Oh filha... eu-eu não sei o que lhe dizer - olhou no fundo dos olhos da garota, lacrimejando
— Mãe! eu vou... o que aconteceu? Sophia?! - Emma gritou
— Quem fez isso?
— Rafe - Clara lhe respondeu
Emma entrou em total choque, ela revisava cada machucado da irmã como se pudessem sumir de vez
— Rafe? Rafe não faria isso!
— Ele faz... toda vez que discutimos - riu entristecida
A caçula e a mãe se entreolharam, surpresas com a nova informação
Luke Martin entrou checando alguns papéis, ao perceber a cena, ele fez uma careta
— O que está acontecendo?
Clara olhou para a filha, a incentivando a dizer
Martin respirou, se preparando
A reposta poderia ser boa ou ruim, provavelmente palavras ruins, muito provavelmente seria algo absurdo de se aceitar
Ele nunca a defenderia! não nos dias normais
Mas talvez hoje fosse diferente?
— Pai... R-Rafe... e-ele... ele me bateu
— Não seja estúpida Sophia, você lhe deu um motivo! não se finja de santa! - gritou
Sophia ficou paralisada naquele exato momento, as palavras cruéis de se repetiam milhares de vezes em sua mente, como um inferno privativo
Ela nunca teve uma relação boa e muito menos saudável com seu pai, mas nunca esperaria uma fala dessas, no momento em que ela só precisa de afeto, e muito consolo
Pensava se realmente ela estava errada, mas afinal não teve culpa do que aconteceu
— Luke? ela é sua filha! ela foi machucada! aja como um pai decente! - aquilo logo virou uma briga entre seus pais
Luke nunca foi um pai decente, as filhas nunca recebiam muito afeto, ou palavras de consolo, por qual motivo ele viraria um no momento em que Sophia mais precisa?
— Não faça isso! ela deve ter feito algo! Rafe é um homem decente! fez com um motivo! eu tenho certeza que houve um ótimo motivo! Estou errado Sophia?
Ela o encarou, irritada, deu uma rápida checada ao redor
E mais uma vez correu, sem rumo
Sem lar, sem lembranças boas
Apenas ela e suas lágrimas, e claro as malditas palavras de todos, que eram impossíveis de esquecer
Impossíveis
Lembrou-se de John B, era sua melhor opção no momento
Seu fôlego estava comprometido, ela havia corrido quilômetros de casa
Sem nem perceber
Bateu na porta, na esperança de poder ser compreendida
Não esperava ser atendida pela pessoa que mais odeia
— Ah... eu pensei que... bom deixa pra lá... cadê o pessoal? - disse com a voz embargada
— Foram comprar comida... escuta, o que é isso? - a menina fez uma careta - sabe... os hematomas
— Ah sim... isso... hm nada... eu me machuquei... n-na mesa, isso na mesa! - Sophia falou tentando esconder o que tinha acontecido, ao mesmo tempo uma lágrima escorreu por sua bochecha
— Sophia eu já usei essa desculpa antes, fala logo! - JJ disse
— Rafe... não se preocupa, é normal! - Sophia sorriu entristecida - que idiota, porque você se importaria né? você me odeia ...
— Bom... ham... não deveria ser - a menina fixou seu par de olhos naqueles bem azuis, não acreditando
— Hm... eu sei
James fechou e abriu a boca várias vezes, decidindo o que iria fazer
— Entra! irei ajudar com esses machucados... mas você tá me ' devendo uma
— Você terá muito trabalho... são muitos - riu sem graça
Maybank sentiu pena da menina (pela primeira vez em sua vida) viu seu reflexo de estar totalmente sozinho após levar grandes socos de seu pai, ele a odiava é claro, por muito motivos, mas tentou se controlar uma vez na vida, para que pudesse a ajudar, para que pudesse ser aquele em que sempre precisou nos momentos como esses
Seria essa a forma mais racional de conduzir a situação?
A olhou com dificuldade por um bom tempo, tentando decifrar seu olhos cor de mel
— Tudo bem, temos tempo...
— Quer me contar... o que aconteceu?
Na realidade não estava muito afim de ouvir a conversa mas tentou ser gentil
Provavelmente se deixasse sua mente conduzir a conversa a relembraria que seu namorado não era a pessoa mais legal para se envolver e como era fácil resolver a situação
— Ah ugh... uma longa, longa história, mas eu tentei fazer o possível... eh bom... ham - sorriu de canto ironicamente
— Sinto muito
Não mentiu, ele realmente sentia
— Não precisa fingir...
— Não estou fingindo - eles trocaram olhares, como se em horas atrás estivessem como cachorro e gato
Era diferente o sentimento, a situação de estar cara a cara com a princesa kook, vulnerável e fragilizada
Nunca confessaria mas reparou que ela era menos chata em situações assim, teria ele se precipitado rápido demais?
Limpou a garganta um pouco arrependido de ter escolhido abrir sua boca
Porque raios se comoveu tanto assim?
Porque não simplesmente a deixou entrar e se sentou no sofá?
não me matem! capítulo pesadinho né? 🫣🫣 i'm sorry gente, mas não se preocupem que agora vai ser só amor! mentira, vai ter um negocinho 😶🌫️ mas vai dar tudo certo hehe
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