•• Capítulo 6 ••

Jimin on

— Achei — falei.

— Mande a localização para esse tablet — mandei e Jeon com Tae saíram.

Estava quase morrendo assistindo o menino ter a crise, espero que Jeon não chegue lá muito tarde para salvar ele.

— Eles foram de helicóptero — Yoongi falou — Já devem estar chegando.

Suspirei aliviado, sentei novamente continuei assistindo no meu monitor, em cinco minutos Jeon apareceu após chutar a porta.

Agressivo e gostoso!

— Vai babar — Hoseok falou.

— Shiu — falei.

Jeon precisou reanimar o menino, ele fez um ok para câmera indicando que o menino está bem.

— Tae falou que os paramédicos já estão lá e vão levar o menino para o hospital — Namjoon falou — Em dez minutos eles estão de volta.

Pela câmera assisti os criminalistas forenses coletando provas, devem estar procurando DNA e impressão digital.

— Ele não estava lá — ouvi a voz de Jeon, olhei para ele — Parece que fugiu ao ouvir a sirene da ambulância, precisamos achar ele antes que pegue outra criança como substituta.

Voltei olhar minhas telas, coloquei o fone e preciso ver se ele deixou algum rastro.

— Onde consigo aquele quadro que tem na sala do Jeon? — perguntei para o Hoseok.

— Espera aí — com telefone na mesa dele ligou para alguém — Prefere branco ou transparente?

— Transparente — respondi.

— Já estão trazendo um quadro para você, o que pretende fazer com ele? — perguntou.

— Preciso ver de uma forma diferente, algumas informações não batem — falei.

— Para um primeiro dia você está se saindo muito bem, sabe de muitas coisas — elogiou.

— Assisti séries de crimes, muitas delas — falei — Até li alguns livros, como montar perfil de um suspeito, linguagem de expressão, essas coisas toda.

— Você poderia ser agente de campo, apenas Jeon e Tae é, o resto de nós somos nerds demais para isso — falou — Se você fizer o treinamento de um mês pode sair com os outros dois, Jeon está procurando mais agentes para sair com eles.

— Ele não me aceitaria como agente de campo — eu com uma arma? Nunca que ele aceitaria.

— Ele está procurando, mas quem aprova é o diretor e pelo jeito você o conquistou — concordo.

— Seu quadro Hoseok — uma moça falou atrás de nós.

— É para ele — apontou para mim.

— Obrigado — ela saiu.

Uma caneta preta e uma vermelha, com um apagador.

— Imprime isso que passei para seu computador — Hoseok tem uma impressora e eu não, ainda.

Após imprimir com fita coloquei no meio do quadro, fui escrevendo tudo que não faz sentido ligado a ele para entender.

Encostei na mesa após terminar, olhei e não tem mais espaço vazio.

— Porra, eu só fui pegar café — Hoseok falou olhando meu quadro — Estou tentando entender seu raciocínio, mas ainda não fez sentido.

— Não tem raciocínio, o que está aí realmente não faz sentido — falei — Vou te mostrar.

Me aproximei do quadro e ele sentou para ouvir, Yoongi se aproximou com Hwasa.

— Não fala nada e só explica — falou porque sabia que eu iria provocar.

— Então, a agente Mancini falou que quem assiste são pedófilos sádicos isso torna ele um sádico pela atitude final do quinto dia — comecei explicar — Prender a vítima em um quarto faz sentido, assistir ela sofrendo faz sentido, torturar para outros sádicos assistirem também, mas o final da história está errada.

— Por quê? — Hwasa perguntou, você ainda me dá medo vai devagar.

— Sádicos não se importam como o corpo vai ser encontrado, é da natureza deles não se importar, se excitam e querem reviver o que aconteceu — csi me contrata — Como ele vai reviver o que fez com a vítima completamente limpa e vestida? Tem algo de errado, eu vou descobrir o que é.

— Não deu nem quarenta e oito horas com o Jungkook e já está assim, em breve ele não dorme para resolver todos os casos — Yoongi falou e os outros dois concordaram — Ou um dorme enquanto o outro trabalha, almas gêmeas.

— Você é um gênio, Yoongi — falei.

— Sou? É, eu sou — doido.

— Hoseok imprime outro desse — é um rosto com um ponto de interrogação na frente, colei no quadro com fita.

— Não entendi — Hoseok falou.

— São dois suspeitos, enquanto Yoongi falava sobre mim e o Jeon que um dorme enquanto o outro trabalha, isso pode acontecer com eles por isso não bate as atitudes — expliquei — Um é o dominante sádico e outro é o submisso que se preocupa com os corpos, mas pegar um já estava difícil agora são dois.

— Detesto admitir, mas o Jimin tem razão — Yoongi falou — Jeon não vai deixar nós irmos embora.

— Por que eu faria isso? — olhamos para ele, está com Taehyung e a agente Mancini.

— Na hora que ouvir o que Jimin descobriu vai entender — Hwasa respondeu.

— O que descobriu, agente Park? — se aproximou os três.

O mesmo que falei para os outros, falei para eles e expliquei minha teoria, que tenho certeza ser verdade.

Prestaram atenção em tudo que falei, Jeon sério como sempre olhando meu quadro.

— Uma agente chegou fazer a pergunta do porquê os meninos parecem dormir quando encontrados, diferente da cena que ele faz no quarto, agora já temos a resposta — sou demais mesmo — Jeon, vou roubar Jimin para minha equipe.

— Não, ele pertence a essa equipe — agora me quer né filho da puta, cada coisa — Vamos tirar esses dois da rua.

Mas se não for duas pessoas e sim... Não, isso é loucura.

Voltei para meu computador, minha pesquisa relacionada ao rastro na internet, muito burro para limpar o histórico.

Agora eu só preciso buscar o dono desse histórico, não confie que sua internet realmente garante essa privacidade toda, eles sempre estão te vendo e ouvindo o que faz.

Cuidado!

Rompi as barreiras de privacidade para saber o nome, a ficha dele apareceu na tela, com certeza esse é o dominador.

— Jungkook, tenho algo para você — estava falando com Namjoon, se aproximou da minha mesa — Te apresento Seo Sang-hun, quarenta anos, não tem passagem pela polícia, é inspetor em uma escola primária o rastro do vídeo leva até ele.

— Como vai fazer para achar o paradeiro dele? — perguntou — Esse é o dominante?

— Com certeza — respondi — Para achar ele vou precisar de uma coisa.

— Ele quer invadir algo, tenho certeza disso — Hoseok falou.

— Quase isso, vou precisar de todas as câmeras da cidade a disposição, até aquelas que os donos costumam não deixar a polícia usar — falei — Vou colocar um programa de reconhecimento facial em todas ligado ao meu computador, quando ele passar por uma iremos saber o lugar exato que estiver.

— Faça isso — permitiu.

Saudade de invadir algo, você sai do mundo do crime, mas tem raízes malignas que continuam lá.

— Terminou? — confirmei — E agora?

— Agora esperamos, não tem mais nada para fazer — só esperar — Isso não demora, Seul tem câmeras para todo lado, vai apitar em menos de uma hora.

— Verdade, tem um documentário sobre Seul que fala que se você andar um quilômetro pelo menos vinte câmeras capturaram seu rosto — Namjoon falou.

Eu coloquei no telão para quando apitar todos saberem, agora estamos olhando e esperando apitar.

Quando isso terminar eu vou comer, tô com fome!

Um barulho despertou todos, apitando sem parar.

— Você não falou que o barulho dava vontade de ser surdo — Yoongi falou.

— Já vou desligar — desliguei — Ele está perto de uma escola.

— Tablet — única coisa que Jeon falou, passei tudo e ele vai continuar vendo em tempo real por cada câmera que o suspeito passar.

— Vou ir comer — falei após ele sair com Tae e a agente Mancini.

— Também vou — Hoseok me acompanhou.

Fomos para cozinha, antes de comer qualquer coisa tomei mais dois comprimidos.

— Já se sente melhor? — Hoseok perguntou.

— Sobre apanhar? — confirmou — Sim, esse remédio faz milagres.

Tem várias coisas para escolher hoje, coloquei o que queria comer e sentei com minha bandeja.

— Por que aquela mesa está olhando para cá? — Hoseok sussurrou para mim.

— Qual? — perguntei.

— Tem uma menina de cabelo azul — nem precisei olhar para saber.

— Conversei com eles no café da manhã, deve ser por isso — me concentrei na comida, estava realmente com fome — Como chama o lugar que ficamos?

— Central de comando, ou centro de comando — respondeu.

Estávamos quase terminando quando algo com ele apitou, ele olhou.

— Vamos, conseguiram pegar ele — falou se levantando.

— Ainda falta a sobremesa — me levantei e fui com ele, mas fiz ele parar na sala de Jeon para eu pegar pirulito.

Está acabando, Jeon precisa comprar mais.

— Agora vamos, formiga — saímos da sala e fomos para o centro.

— De onde sai todos esses pirulitos? — Yoongi perguntou, apontei para Jeon — Também quero!

Invejoso!

— Não chegue perto da minha mesa — Jeon falou para ele.

— Por que o Jimin pode? — sou o futuro marido dele, tenho privilégios.

Ele só não sabe que vai ser meu marido, mas isso são apenas detalhes.

— Porque o Jimin não pede, apenas pega — isso aí, se pedir ele vai negar.

— Onde o sádico está? — perguntei.

— Na sala de interrogatório, precisava das provas que apontam ele como o responsável pelos crimes — sentei na minha cadeira, passei para o Hoseok imprimir tudo e colocar em uma pasta — Espero que isso seja suficiente para ele entregar o parceiro submisso.

Saiu com a agente Mancini, Tae nos chamou para acompanhar e assistir o interrogatório.

É igual das séries mesmo, estar desse lado do espelho é o máximo.

Jeon entrou e ficou em pé enquanto a Mancini se sentou, começou as perguntas de sempre, ele é o culpado, mas precisa do parceiro para provar que agiam em dois.

Mordi o pirulito, no lixo que tem aqui joguei o palito.

— Jimin nem pisca — Hoseok falou.

— Shiu — estou observando como o suspeito age na presença de outra presença dominante.

Por que ele está se sentindo intimidado por Jeon? Ele também é um dominante, está errado!

Está acuado e a voz é baixa, não olha nos olhos de Jeon, sempre evitando responder perguntas que envolvem o parceiro.

— Algo está errado — resmunguei.

— O que foi dessa vez? — Yoongi perguntou.

— Ele claramente seria o dominante, mas age como o submisso, Jungkook está o intimidando sem nem fazer esforço — falei.

Jeon e Mancini saíram da sala e vieram para esse lado do espelho, continuei olhando o suspeito.

— Ele não vai entregar o parceiro, muito submisso para isso — Jeon falou.

— E agora? Precisamos do outro para uma condenação de perpétua, ele não pode pegar uma que possa sair — Mancini falou.

O que foi aquilo? Eu sabia que algo estava errado.

— Eu sei onde está o parceiro dominante — olhei para eles.

— Como consegue descobrir tudo tão rápido? — Yoongi perguntou.

— Sou inteligente e minha memória é perfeita — falei — O parceiro está ali.

Apontei o submisso sentado olhando para os lados com medo.

— Não entendi — Hwasa falou.

— Ele tem dupla personalidade, a que estamos vendo é a submissa a outra é a dominante — respondi.

(Transtorno de múltiplas personalidades: Transtorno caracterizado pela presença de dois ou mais estados de personalidade distintos. O transtorno dissociativo de personalidade, chamado antigamente de dupla personalidade, geralmente é uma reação a um trauma como forma de ajudar uma pessoa a evitar memórias ruins. Só para terem uma noção mais ampla.)

— Sua teoria é interessante, como provar isso? — Jeon perguntou.

— Quando vocês saíram algo mudou em seu rosto por dois segundos, a expressão de submisso assustado sumiu, e isso não deveria acontecer — expliquei — Ele ficou estressado com todo interrogatório, não sabia mais o que fazer, eu acredito que o dominante só apareça em situação de estresse.

— Está sugerindo que deixemos ele mais estressado para outra personalidade aparecer? — confirmei — Mas, e se nada acontecer?

— Simples, eu dou um jeito de achar na internet, mas eu não costumo errar o coloque na parede que o dominante vai aparecer — até hoje só errei em dormir com a merda de um mafioso.

— Tudo bem, não vejo problemas em assustar um assassino sádico — Mancini falou, os dois voltaram para o outro lado.

Jungkook se transformou, essa sala ficou quente de repente.

O culpado bateu as mãos com o punho fechado na mesa, o olhar é o mesmo que vi de relance, achamos o parceiro.

— Você estava certo — Namjoon falou — Mas como prendemos um pelos assassinatos e o outro por desovar os corpos sendo que estão no mesmo corpo? Que dó do meu marido.

— Se ele confessar, até agora ele só está falando que surgiu para proteger a personalidade submissa de si mesmo — falei.

— Ele vai, Jeon é ótimo em fazer culpados confessarem — Taehyung falou.

Mais dez minutos o culpado estava falando tudo, contando todos os detalhes e o porquê fazia aquilo, ele sentia que ao machucar aqueles meninos machucava quem um dia feriu o submisso.

Doentio, mas triste.

Saímos da sala e voltamos para o centro, me sentei cansado em minha cadeira.

Espero que não apareça outro caso tão cedo, preciso descansar, tomar um banho e dormir.

Jeon passou com a Mancini, foram para frente do telão, se for outro caso eu me demito.

— Conseguimos resolver um caso em menos de vinte quatro horas, parabéns para todos — Mancini falou — A divisão de crimes contra menores agradece, se precisarem de nós estamos disponíveis.

Espero não trabalhar com vocês de novo, nada pessoal, não gosto de ver criança sofrendo.

— Agente Park — se aproximou da minha mesa — Você foi a melhor contratação desse ano, espero que possamos trabalhar juntos mais vezes, e às vezes você pode ajudar minha equipe entre em contato — colocou o cartão dela na minha mesa.

Peguei e olhei, nome dela com o número.

— O que é isso? — Hoseok me perguntou apontando o cartão.

— Agente Mancini me deu — falei.

— Estranho, ela não costuma fazer isso — falou — Na verdade, ela só pediu nossa ajuda porque o diretor mandou, ela não gosta de trabalhar com nossa equipe.

— Por quê? — coloquei o cartão no bolso, Jeon está lá na frente falando com Taehyung e Hwasa.

— Não conta para ninguém — se aproximou mais para falar — Ela e o Jeon não se gostam.

— Não pareceu isso — eles não pareciam sentir isso.

— Eles pensam que ninguém sabe, mas toda inteligência coreana sabe que Jeon odeia a agente Mancini e ela o odeia — estou chocado — Quando Jeon entrou ele trabalhou com ela um mês, mas ele notou que ela fazia coisas diferentes para prender alguém, o diretor colocou ele como nosso comandante e ela foi para divisão de crimes contra menores.

— Como nasceu o ódio? — perguntei.

— Ela queria essa equipe, mas após a denuncia do Jeon ela perdeu a chance e ele assumiu — é, estou muito chocado — E ele odeia ela porque uma vez, ela se intrometeu em um dos nossos casos dizendo que era outro suspeito e nós prendemos ele, no final não era o que ela falou e o verdadeiro matou mais três meninas por culpa dela se intrometer.

— E por que será que ela quer eu trabalhando e ajudando ela em outros casos? — ainda não penso que sou um excelente agente, é meu primeiro dia.

— Sabe o Yoongi e a Hwasa? — confirmei — Eram da equipe dela, o Jeon não roubou os dois pediram transferência, mas nunca contaram o motivo.

— Então ela me quer para Jeon sentir o que ela sentiu ao perder dois agentes? — confirmou — Vai ficar querendo, não vou sair dessa equipe nem amarrado sob ameaça de morte.

— Assim que se fala, toma cuidado com ela — alertou.

— Vou tomar — falei.

— Tomar o quê? — Jeon perguntou.

— Remédio, estou com dor nas costas — menti.

— Sei, vamos? — chamou.

— Espera um segundo — desliguei meus computadores — Tchau! Até amanhã.

— Até, se não aparecer outro caso e você voltar antes — falou.

— Vira essa boca para lá, que ninguém morra antes das minhas oito horas seguidas dormindo — falei.

— Mandar um aviso para os assassinos não matarem enquanto você dorme — debochado.

— Já podemos ir? — Jeon perguntou, confirmei.

Saímos do centro e fomos direto para o estacionamento, entrei no carro após ele destrancar, coloquei o cinto.

Tirei meu celular do bolso e desliguei o despertador, resolvemos o caso bem antes do previsto. Aproveitei e tirei meu crachá, coloquei no bolso da calça.

— Você se saiu bem — me elogiou enquanto o carro sobe.

— Obrigado, nunca pensei que iria trabalhar com quem um dia me caçou, emocionante — falei empolgado.

— Eu também não esperava trabalhar com você, pensei que não iria saber de nada e acabar atrapalhando, no final resolveu quase tudo sozinho com teorias bem interessantes — isso, levante mais meu ego — Onde aprendeu essas coisas?

— Já li alguns livros, e assisti muitas séries — respondi — Recomendo, tem uma das minhas preferidas que o chefe parece com você na personalidade, mas ele é casado e tem um filho.

Se quiser te ajudo ficar parecido nessa parte também, não vejo problemas em me casar e ser pai.

— Como é personalidade dele? — perguntou.

— Rabugento e mandão, um pouco chato também — respondo a pergunta.

— Eu não sou isso — claro que não.

— Lógico, você é um amor e muito legal — fui sarcástico.

— Se eu fosse chato você não estaria na minha casa, mas você está — porque seu chefe e o Jin falaram que a ideia era boa — E também não te aceitaria na equipe.

— Tudo bem, você é um pouco legal — falei.

— Obrigado, sou mesmo — é nada.

Segui o resto do caminho observando tudo na janela e pensando na vida, me sinto em um filme.

Saltei do carro quando ele estacionou, fechei a porta.

— Já está ótimo para pular desse jeito — falou.

— Sim, o remédio é perfeito — entramos no elevador — Seu irmão é demais.

— Não acho — resmungou.

Ir para a cobertura hoje foi mais rápido, não tivemos que parar para alguém entrar, subimos direto.

Já decorei a senha do apartamento, minha memória é excelente!

Entramos e mochi está deitado no sofá, mas veio nos receber ao notar nossa chegada, a caixa de areia dele Jeon deixou na lavanderia e com certeza ele achou já que não sinto cheiros estranhos.

— Está com fome filho? — abaixei fazendo carinho nele — Papai vai dar ração para você, e vai ser pura já que o Jungkook não trouxe seu petisco.

— Petisco? — o citado perguntou.

— Sim, ele costuma comer com petisco — respondi, fui até a cozinha peguei a ração e coloquei para o gato.

Miou em agradecimento e foi comer, aproveitei e já troquei a água.

— Eu preciso da minha cama — resmunguei indo para o quarto, mas ainda preciso tomar banho.

Tirei minha bota e guardei no closet, aproveitei já guardei a jaqueta e as roupas, fui para o banheiro tirei a cueca para tomar banho.

Minha costa realmente está doendo, ficar sentado muito tempo é horrível, apesar de pegar costume por ficar horas sentado invadindo sistemas, servidores, empresas, governos, se pagasse bem eu estava invadindo.

Fiquei um bom tempo debaixo da água quente, relaxou minha costa.

Saí do banheiro enrolado na toalha, entrei no closet para me vestir. Coloquei calça moletom rosa e a blusa do pijama de gatinho, levantei a blusa para passar a pomada acabar de uma vez com esses hematomas horríveis.

Estava penteando meu cabelo quando ouvi batidas na porta, permiti que entrasse.

— Prefere piza ou jajangmyeon? — entrou no closet perguntando, com o celular na mão.

— Os dois você iria pedir? — confirmou — Segunda opção, comi piza ontem.

— Tudo bem, média ou grande? — eis a questão, consigo comer as duas, mas não sei se estou com fome suficiente para comer a grande — Vai chegar em uma hora.

— Tudo isso? — nossa, que demora — A grande, se eu estiver vivo até lá para comer.

— Dramático — saiu do quarto, ouvi a porta fechando.

Saí do closet, eu precisava de umas coisas que estão na minha casa, coisas importantes ainda estão lá.

Peguei meu celular e saí do quarto, fui para sala sentei no sofá, Jeon está na mesa mexendo no notebook.

— Até agora você não me deu a senha do wi-fi — falei.

— Que dó de você né? Você podia conseguir isso sozinho — calúnia, jamais faria isso — Um hacker pedindo senha do wi-fi, que engraçado.

— Vai Jungkook, a senha — ele me passou uma sequência de 0 e 1 — Sua senha tinha em um dos meus códigos para invadir sistemas de governos, só falta um zero.

— Eu sei, usei ela por isso mesmo — está vendo? Ele me ama.

— Posso te fazer uma pergunta? Tirando essa — larguei o celular para olhar apenas para ele.

— Fale, só não garanto que irei responder — revirei os olhos — Não revire os olhos para mim.

— Chato, por que apenas você e o Taehyung saem em campo? — perguntei.

— Nós servimos o exército, ele saiu antes de mim — respondeu.

— Mas isso todos os homens devem servir — os outros da equipe não serviram? Eu vi bastante rapazes na equipe.

— Todos ali foram dispensados, Hoseok pode morrer facilmente se ver um bicho tipo cobra, Namjoon desmaia se um inseto pousar nele — realmente são nerd demais para isso — E eles não passaram pelo treinamento para sair em campo, quem serviu não precisa, mas eu fiz mesmo assim.

— Como é o treinamento? — parou de digitar e olhou para mim.

— Por que está interessado? Está pensando em sair em campo? — droga, me descobriram.

— Não, só quero saber — menti na cara dura — E você não iria permitir eu sair em campo.

— Nunca falei isso — mas pensou — Difícil explicar o treinamento, só entende se fizer.

Voltou digitar e eu deixei ele em paz, preciso saber mais daquela agente Mancini.

Estava concentrado na minha pesquisa, me desliguei do mundo até Jeon chamar minha atenção.

— Diga — falei sem olhar para ele.

— Perguntei se você serviu — dei uma tossida de leve.

— Eu só tenho desenove anos se você esqueceu — falei.

— E daí? — falo nem nada para esse ser.

— Eu me alistei ao completar desenove, mas me dispensaram — contei a verdade.

— Por quê? Você não parece ter problemas — ainda bem!

— E não tenho, mas o Park Jimin que se alistou tem vários — eu não queria servir — Problema de pressão alta, diabete, e claustrofobia, como servir sendo tão fraquinho?

— Que mentiroso — obrigado, sou demais — Sua sorte é que saí do exército, eu aceitaria você iria saber que era mentira.

— Sorte a minha né? Por que saiu? — sou ótimo em tirar foco de mim.

— Ofereceram trabalho na inteligência, eu pretendia sair sargento, mas só consegui primeiro tenente por sair antes de uma promoção — ele deve ficar um gostoso de farda.

— Faz quantos anos que entrou para inteligência? — perguntei, quero saber mais do meu futuro marido.

— Quantas perguntas Jimin, qual o motivo do interesse? — perguntou voltando me olhar.

— Se fosse um pouco menos lerdo já teria percebido, agora a resposta da minha pergunta por gentileza — falei, ele que descubra sozinho.

— Nove anos — puta que pariu, quanto tempo.

— Você tem quantos anos? — no máximo vinte e cinco, com esse rostinho de novo.

— Não pesquisou minha idade? — neguei, isso não pareceu relevante, só sabia o nome e a posição na equipe — Trinta e dois.

— Mentiroso — falei rindo — É mentira né?

— Não, pensou que eu tivesse quantos? — bem menos que trinta e dois.

— Cheguei nem perto da idade real, o que você passa no rosto para não parecer ter tudo isso? Preciso disso, eu pareço ter mais que dezenove — a vida é tão injusta.

— Passo estresse e nervoso, realmente parece ter mais que dezenove — joguei uma almofada nele — Ei, é crime me agredir com uma almofada.

— Não me chame de velho, e isso não vai acontecer — só eu posso fazer isso.

— Eu não disse que você é velho, apenas concordei que não parece ter essa idade — grande diferença.

— Sei — ele jogou a almofada de volta, me deitei no sofá e usei ela como apoio para minha cabeça.

Voltei para o que eu estava fazendo, fuçando a vida da Mancini, não é casada, não tem filhos, nasceu na Coréia, mas os pais são da Itália.

A rede social dela é muito vaga, ela já teve um cachorro com o nome diferente "onim", morreu faz três meses.

Não posta fotos de si mesma, é mais paisagens, ela estava em Paris no mês passado pela fotografia da torre Eifel.

Ela deve ter viajado para superar a morte do cachorro, é um ótimo jeito.

Mas irei fazer ela se arrepender de ter feito essa escolha, deveria ter ido para outra cidade.

Espiei Jungkook, está concentrado no notebook.

Usei um velho truque para saber quando ela pousou e, quando saiu. Com acesso às câmeras consegui ver ela saindo do aeroporto pegando um táxi, e direto para o hotel.

Mas essa rota é muito familiar para mim, muito mesmo.

Já vi em algum lugar, só preciso de um fato para lembrar da informação completa.

O interfone tocou, Jungkook foi ver o que era pelo jeito nossa comida chegou, ele desceu para buscar. Continuei deitado até ele voltar, aí eu fui para a mesa.

— O seu — passou a grande para mim — Fiquei sabendo que não bebe refrigerante, suco para você.

— Obrigado — está bem quente a comida, abri e subiu a fumaça, peguei o hashi comecei misturar o molho com o macarrão.

Abri a garrafa de suco, provei um pouco e está bom. Jeon sentou na minha frente, tirou o notebook da mesa colocando em uma cadeira vazia.

— Por que a Mancini te deu o cartão dela? — até engasguei.

— Você viu? — ele estava prestando atenção em outra coisa, como percebeu?

— Quando uma comandante que está tentando roubar alguém da minha equipe o dia inteiro, fica muito próxima falando baixo eu passo prestar atenção, sim, eu vi — que maravilha não é mesmo, ele sabe.

— Ela falou que eu fui a melhor contratação do ano, que esperava trabalhar comigo de novo, e que eu ajudasse a equipe dela em outros casos algo assim — falei.

— Sabe que sou seu chefe né? — confirmei voltando comer — Não quero você trabalhando com ela, sem a equipe inteira não, se ela te procurar manda falar comigo.

Pode deixar chefinho, tenho outros planos para ela.

— Por acaso você sabe da viagem dela para fora do país? — questionei.

— Sim, ela estava de férias — respondeu — Como sabe disso? Invadiu o que Jimin? Não pode mais invadir nada.

— Eu não invadi nada, as câmeras do país que ela foi qualquer um tem acesso, e fiquei sabendo pela rede social dela que é pública — falei — Só entrei na câmera para saber o lugar que ela foi, e me pareceu muito familiar.

— Bom mesmo que não invadiu, perde seu acordo se fizer isso — eu sei, seu chato — Já viu em algum lugar o destino dela?

— Sim, estou buscando na memória, ainda hoje irei lembrar — continuei comendo e pensando sobre o assunto, preciso descobrir onde eu vi aquilo.

Após terminar jogamos no lixo, e eu fui para o quarto com um copo de água para tomar o remédio. Deixei ele na escrivaninha, e fui ao banheiro escovar meu dente.

Voltei para o quarto e deitei na cama, fiquei encarando o teto tentando lembrar de qualquer coisa que me leve às respostas que preciso.

— Já sei — peguei meu celular e entrei novamente nas gravações das câmeras, voltei uns vinte minutos.

Agora eu não entendi, reconheço as pessoas da câmera, mas não entendi o motivo para ela seguir eles.

Prevejo merda!

Levantei da cama, coloquei minha pantufa e saí do quarto fui direto para o escritório do Jeon. Abri a porta com tudo e ele nem se moveu, escutou eu patinando pelo corredor.

Mochi está deitado em cima da mesa dele, folgado! Eu não dei essa criação para ele.

— Por que não bateu? — perguntou, continuou olhando um arquivo de algum caso.

— É importante, lembrei onde já vi o destino dela — agora ele olhou para mim, me aproximei de sua mesa.

— Onde viu? — perguntou.

— Na investigação de vocês sobre mim, alguém acabou deixando algo que não era para estar lá — por isso eu não entendi o motivo.

— Estou começando entender e não gostei — vai piorar.

— Alguém da sua equipe deixou a localização de onde vocês estariam no meu arquivo, ela estava seguindo vocês...........................















































Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!

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