•• Capítulo 35 ••
Apareci!
Perdão pela demora, mas tudo está muito corrido na minha vida.
Prometo que vou terminar as histórias, só ter um pouquinho de paciência, não vão se arrepender!
Jimin on.
— O comandante Jeon, foi preso. — piada né?
— Ele acabou de ser algemado e levado. — Hobi continuou.
— Por que ele foi preso? — eu já fui saindo da sala, e Hobi atrás de mim. — Vocês continuem investigando.
— Sim, chefe!
— Isso eu não sei, mas ele foi preso. — seja piada.
— Tomara que seja piada. — fui direto para a sala onde passa os mandatos de prisão.
Meu pai.
Bati, entramos.
— Oi, Jimin! — falou sorrindo.
— Você que liberou para prenderem o Jungkook? — se foi, não quero te ver nunca mais.
— Prenderam o Jeon? — nem ele sabia.
Quem mandou prender meu namorado?
— Deixa eu ver qual agente prendeu ele. — digitou. — Foi o da corregedoria.
Só melhora.
Fomos direto para o andar da corregedoria, eu só venho aqui quando atiro em alguém.
Meu pai disse que ele estaria na sala de interrogatório.
Seguimos para lá, tem um agente na porta.
— Você é o agente Park? — ele perguntou.
— Eu mesmo. — só falta o Jungkook ter proibido eu de entrar.
— O comandante Jeon quer falar com você. — só eu pude entrar.
Jeon está sentado, algemado.
Até assim ele fica bonito, incrível isso.
— Oi, gatinho!
— Oi nada Jungkook, por que você foi preso? — perguntei.
— Eu não fui preso. — é mesmo.
— Essa algema aí me prova o contrário. — cada coisa.
— Me entreguei. — era só o que me faltava.
— Por qual crime? — seja um bem suave.
— Ser líder da Cobra&Dragão. — puta que pariu.
— Eu vou ter que ficar te visitando na cadeia. — até sentei. — Por que fez isso? Era só sair.
— Não, se eu saísse, os teria como inimigos. — grande diferença. — Eu me entreguei, e irei fazer um acordo.
Que acordo?
— Tem como chamar seu advogado, o meu é amigo dos meus pais, então. — tudo bem.
— Eu vou te tirar daqui rapidinho, prometo!
— Não vou chegar nem perto de uma cela, gatinho, fica tranquilo.
Não fico.
Eu saí da sala e liguei para o meu advogado.
— Por que ele foi preso? — Hobi me perguntou após eu desligar a chamada.
— Ele não foi preso, ele se entregou. — não sei se é pior ou melhor.
— Que crime?
— Ser líder da "Cobra&Dragão". — Hobi abriu a boca.
— Maluco! — também acho.
Esperamos os meus advogados chegarem, o Adrien entrou sozinho para falar com o Jungkook, depois saiu.
— Seu namorado é doido, completamente maluco! — me conte algo que eu não sei.
Ele foi até o agente.
— Chame o promotor. — Jin vai amar ver o ex. — Vamos gente, vocês têm muito o que digitar.
Ele entrou com a equipe.
Continuei ali com o Hobi, eu quase surtando e ele tentando me manter calmo.
Heron veio até nós.
— Soube que o Jungkook foi preso. — falou.
— Não, ele se entregou. — é diferente.
Jin chegou com a sua maleta.
— Eu ouvi errado no telefone, né? — perguntou.
— Não, ouviu certo. — balançou a cabeça.
— O que ele está fazendo? — pergunte isso a ele, porque eu não sei.
— Vai ter que perguntar isso a ele. — Adrien saiu da sala.
— Você não. — Jin falou, Adrien sorriu. — Jimin, leve seu advogado embora.
— Infelizmente ele não pode, sou o representante, quer dizer, um dos representantes do Senhor Jeon. — esse Adrien é muito debochado.
Por isso é meu advogado.
— Se demonstrar que não consegue trabalhar com seu ex, eles vão te trocar, e esse caso pode te levar a ser procurador geral. — Jin se interessou. — E não aja como se eu tivesse sido um péssimo namorado.
— Por que vocês terminaram? — perguntei.
— Ele escolheu ser promotor, e eu advogado, um defende o outro acusa. — ah! — Não daria certo.
— E você foi péssimo sim! — Jin falou. — Terminou comigo na véspera da formatura.
— Se eu não terminasse aquele dia, teria desistido de ser advogado para ficar com você, dessa forma você não encontraria seu atual marido, e eu não encontraria o meu. — cheio de argumentos. — Foi melhor como aconteceu.
— Foi mesmo, vocês teriam se destruído. — Heron falou. — Um se sentindo culpado pelo outro não estar onde queria.
Verdade Heron.
— Agora vamos ao que importa, meu cliente. — ele importa bastante. — Ele quer fazer um acordo.
— Qual? — excelente pergunta.
— Ele vai entregar toda a máfia Cobra&Dragão que está na Coréia, gerentes, comandantes, soldados, todos, em troca de total imunidade por ser o líder. — puta que pariu ele.
— Tenho que ligar para os meus chefes. — Jin se afastou para ligar.
— Ainda bem que nós ainda não tinha entrado. — Hobi falou.
— Ele não iria falar de nós, bocó. — dei um peteleco nele. — Adrien, quero falar com ele.
— Só se eu estiver junto, seu namorado agora vai viver comigo perto. — sorte sua que é casado e o Jungkook é incapaz de me trair, ou eu não deixava.
Entramos na sala.
— Um minuto, saiam. — eles saíram, Adrien sentou ao lado do Jeon, e eu de frente.
— Tem certeza que quer fazer isso? — perguntei segurando a mão dele. — Eu te tiro do país em meia hora.
— Está tudo bem gatinho, eu vou fazer isso. — enlouqueceu de vez.
— Vai entregar seus pais? — perguntei.
— Não, eles tem nomes coreanos, mas são chineses. — entendi. — Só quero que vejam tudo que construíram sendo derrubado em um piscar de olhos.
— Deviam ser pais excelentes para você falar assim. — eram ótimos!
Só que não.
Maltrataram meu neném.
— Quer que eu faça algo? — perguntei. — Tipo avisar a Luana.
— Eles já estão longe da Coréia, foram embora essa madrugada, um país sem ligação com a Coréia. — ótimo. — Jae já planejava sair, nunca passamos muito tempo perto dos nossos pais.
— Que bom!
— Mas preciso que faça algo. — o quê?
Me passou uma lista de nomes.
— E o Jin? — Adrien abriu a boca.
— Até o Jin? — pois é.
— Ele faz parte, mas não tem nome dele em nenhum papel, sempre agiu por debaixo dos panos. — menos mal. — Entendeu o que fazer, gatinho?
— Sim, algo mais? — vai que tem mais.
— Apenas isso. — como se fosse pouco.
— Tudo bem. — lembrei de algo, perguntei para ele.
— Infelizmente, vai ficar bem com isso? — posso me acostumar.
— Eu vou! Cuide bem dele, Adrien, eu juro que te mato se ele for preso. — está avisado.
— Com clientes assim, inimigos é desnecessário. — exato.
Saí da sala com Adrien.
— Que ligação demorada. — Adrien falou ao ver que Jin ainda está falando com os chefes, voltou com a equipe para dentro.
Eu voltei à central com Heron e Hobi.
— Encontro vocês depois. — entrei na sala do Jungkook.
Achei o que ele pediu para eu pegar, assinei de acordo o que ele falou para cada nome.
Saí e fui à Central de Comando, entrei, vi Taehyung.
Caminhei até ele, toquei seu ombro, olhou para mim, mostrei o que preciso entregar.
Ele levantou e foi para fora.
Também fui.
— Toma. — entreguei o novo passaporte. — O cheque.
— Então a máfia vai acabar? — confirmei.
— Tae, o que faz aqui? — Yoongi chegou perguntando, viu o passaporte. — Não.
— Sim, chegou o dia. — primeiro deixei os dois se despedirem.
— Pronto? — confirmaram. — O seu Yoongi, Jungkook sabia que você poderia querer ir atrás depois.
— Você é mal, Jimin! Deixou eu chorar para depois falar. — talvez eu seja.
— Faz parte, agora sumam daqui. — os dois se foram.
Entrei na central, fui até a Eun, me olhou.
— Você não vai embora, não tem seu nome em papéis da máfia. — falei. — Oficialmente é a líder dessa equipe, os agentes antigos irão permanecer por enquanto, depois as mudanças começam, Jeon falou que se você der bola fora, morre.
— Sim, senhor! — senhor não.
Tenho dezenove anos, cara.
— Você vai ficar na equipe? — perguntou.
— Por enquanto eu vou estar liderando a força tarefa, depois se o Jungkook já estiver liberado, iremos sair, se não, aí eu fico mais um tempinho. — espero que não. — Boa sorte!
— Pode comunicar isso a eles? — por que eu? — Ainda estou digerindo que vou ser líder agora.
Ah.
— Um minuto de atenção. — olharam para mim. — Acredito que vocês já saibam, o Jeon se entregou, foi preso.
Tadinho do meu neném.
— Oficialmente ela será líder de vocês, os agentes antigos continuarão aqui por um tempo. — pouco. — Não levantem calúnia, ou fofoca contra o Jungkook, eu continuo agindo como um hacker, e agora armado. Logo todos saberão o motivo dele se entregar, por enquanto, guardem os seus achismos para si.
Todos entenderam.
Saí de lá e segui pela central distribuindo passaporte e cheque, o tanto de agente que era da máfia, não é brincadeira.
Comandantes até.
A central ficará desfalcada!
Precisei ir em delegacias, eu andei a cidade entregando passaporte e cheque.
Passei em casa, dei comida ao Mochi e enchi o comedouro automático.
— Mais tarde o tio Joseph vem pegar você.
Fui para o aeroporto, o avião já estava me esperando.
Minha sorte é que a Coréia é pequena, não é mais de uma hora e meia para atravessar ela de avião.
Passei a noite inteira viajando pela Coréia, entregando em mãos o passaporte a quem o Jungkook não quer que seja preso.
Na hora do almoço o avião estava pousando em Incheon, última cidade. Entreguei mais cinco, e os últimos. De carro me levaram para Seul.
Cheguei quase desmaiando de cansaço.
Mas preciso ir ver o Jungkook.
Passei no apartamento só para tomar banho, eu comi no voo.
A Central está agitada como sempre, segui até onde espero ver o Jungkook.
Heron estava lá.
— O que faz aqui? — perguntei.
— Te passar tudo que aconteceu desde que saiu. — fale. — Aceitaram o acordo do Jungkook, ele ser completamente inocentado em troca de todos os nomes da Cobra&Dragão.
Preciso sentar.
Ele me ajudou sentar no banco do corredor.
— Jeon está até agora falando tudo que sabe. — vai desfalecer. — Mas hoje de manhã, já cumprimos mais de cem mandados de prisão.
— Agitada a manhã de vocês. — não mais que a minha.
— Juízes foram presos, gente na prefeitura, chefes da polícia, agentes federais, e muitos soldados. — nossa. — Sabe como Jin vai conseguir a promoção? — neguei. — Dois dos procuradores gerais foram presos, só gente do alto escalão da sociedade, e a noite vamos começar a prender pessoas do governo.
— Sério? — confirmou. — Algo mais aconteceu?
— Seu pai veio te procurar. — veio? — Você não pediu, mas eu testei ele, o mesmo que fiz com a sua mãe.
— Então, posso confiar nele? Ou deixo isso para lá? — perguntei com medo.
Eu quero muito ter um pai normal.
— Pode confiar nele. — respirei até melhor. — Ele fez um quarto para você na casa dele, caso conseguisse que sua mãe fosse morar com ele, mas o dia que ele foi buscar vocês, ela estava na clínica, e você desapareceu.
A história da minha infância poderia ter sido melhor, mas alguém impediu isso.
— Hobi chorou ouvindo. — a cara dele chorar. — Ele mostrou a foto do seu quarto, deveria dar uma chance para ele.
— Vou fazer isso, mas primeiro tenho que tirar meu namorado daqui. — Jungkook chegou primeiro.
— Agora ele está almoçando, Jin foi para casa tomar banho e almoçar, Adrien está aí. — claro. — Ele é legal.
— O Adrien? — confirmou. — Ele é.
— Ele tomou banho no banheiro dos agentes, mas disse que não sairia. — outro doido.
Levantei, bati à porta.
— Entra. — o coreano do Adrien é horrível.
Entrei.
— Continua no inglês, Adrien, seu coreano é péssimo. — Jungkook me olhando. — Oi neném, como você está?
Sentei, cansado eu já percebi.
— Cansado, e com sono. — falou. — E você, conseguiu fazer tudo?
— Sim, estão todos fora da Coréia. — quem eu avisei ontem já deve estar longe.
— Agora vai descansar, gatinho, está nítido seu cansaço. — devo estar horrível.
— Tô feio? — perguntei.
— Nunca, você está cansado, e não é pelo seu rosto, veio usando minha blusa. — olhei meu tronco, nem percebi. — Volte para o apartamento e durma.
— Mas e você? — não quero dormir enquanto ele está aqui.
— Adrien falou que vamos terminar nesta tarde, então vamos para o hotel com proteção. — bom mesmo. — Fique com o celular ligado, eu vou te ligar.
— Tudo bem. — ainda queria ficar.
Já sei.
Eu fui para a sala dele, tem um sofá bem grande, deitei ali e dormi.
Acordei com o Hobi me chamando, sentei, quem me cobriu e colocou um travesseiro?
— Quem fez isso? — perguntei, passei a mão no cabelo.
— Seu pai. Agora vamos que o Jungkook vai para o hotel.
Peguei na gaveta bala, enchi a boca com bala.
— O que está mastigando? — dei uma para ele.
— Cadê o Heron? — perguntei.
— Cumprindo mandato na casa azul, seguranças do presidente eram da máfia. — onde não tinha mafioso nesse lugar? — Já está em todos os jornais sobre as prisões que estão sendo feitas, ainda ninguém sabe o nome de quem anda entregando eles.
Peguei a parte debaixo da camiseta longa do Jungkook, e dei um nó na frente, fazendo ficar curta.
Subimos até o andar da corregedoria, Jungkook estava saindo da sala de interrogatório, com Adrien.
— Gatinho, você não foi para casa né? — passei nem perto.
— Já está indo? — confirmou. — Que hotel?
— Ninguém sabe. — como assim? — Será um aleatório.
— E a força tática fazendo a segurança durante a noite, Jeon colocou gente muito poderosa na cadeia. — e eu sinto que o plano não acabou por aí.
Nós descemos até o andar do estacionamento, que foi esvaziado, nenhum agente pode ficar.
— Seu carro, comandante Jeon. — blindado.
Ele entrou e Adrien com ele.
— Vai para casa, gatinho! — ele falou.
— Sabe que não vou fazer isso. — fechei a porta. — Se algo acontecer com ele na segurança de vocês, estarão mortos antes do sol nascer.
— Sim, senhor! — odeio que me chamem de senhor.
Entrei no carro, Hobi já me esperando, seguimos eles.
— Pararam. — apontou os carros.
— Esse é o hotel. — ficamos olhando.
Saíram dos carros e entraram, esperamos.
— Olha. — no céu. — Levando para outro lugar, inteligente seu namorado.
— Ele é. — confirmei. — Vamos embora.
Fomos para casa, estacionei o carro e nós saímos.
— Tente dormir, Jimin, ele vai ficar bem. — Hobi falou.
— Não sei se consigo dormir sem ele na cama. — fico preocupado.
Peguei o Mochi no apartamento deles e subi para o meu, deixei ele no chão.
— Seu outro pai não está aqui. — falei após ele miar me olhando. — É, ele não virá hoje.
Foi miando para o quarto.
Tá triste, oh dó.
Fui até a cozinha, comi algo fácil. Da cozinha segui direto para o quarto, tomei banho, ao sair passei hidratante na pele que foi tatuada.
Escovei os dentes, antes de deitar de roupão.
Meu celular tocou, peguei e já atendi.
— Oi, gatinho! — ouvi a voz dele.
— Oi, neném! Já está deitado? — perguntei.
— Sim, estou na cama. — ótimo! — Você já deitou, comeu algo?
— Comi, e estou deitado. — a cama parece enorme, ela é grande, mas sem ele fica maior. — Você jantou?
— Jantei, gatinho. — que bom! — Meus pais te ligaram?
— Graças a Deus não. — melhor que continue assim. — Ainda não acredito que eles são péssimos, não pareciam isso quando os conheci.
— Até eu achei estranho como te trataram, mas era só uma tentativa de manipular para eu sair da liderança e deixar a Luana. — misericórdia. — Você está bem, gatinho?
— Não, queria estar com você! — falei.
— Eu também quero estar com você! O Mochi, como está? — perguntou do gato.
— Dormindo no meio das suas roupas. — parece até que o Jungkook que resgatou ele no dia de chuva.
Judas!
— Sentindo minha falta. — muita.
— Você vai precisar ir ao tribunal para testemunhar? — perguntei.
— Tudo que eu forneci à promotoria, é suficiente para montarem um caso forte sem precisar que eu pise no tribunal. — perfeito! — O mágico apareceu?
— Continua no apartamento do namorado. — isso que é sede de sexo.
— Quando isso acabar, vamos passar uma semana sem sair do apartamento. — olha só.
— Neném safado! — ele riu.
— Não é para isso que pensou gatinho. — sei. — Vamos assistir filmes, ficar conversando, tem a sala de jogos, curtindo a companhia do outro, estou detestando ter que ficar longe de você.
— Eu também! — talvez eu chore antes de dormir.
— Mas faço qualquer coisa para te manter em segurança. — eu sei. — Até me abster de ter seu corpinho pequeno abraçado comigo a noite inteira.
— Não sei se vou conseguir dormir. — a cama está enorme.
— Você precisa dormir, gatinho, não vai demorar para estarmos juntos. — ainda assim. — Quero meu gatinho saudável e sem olheiras.
— Tá! — exigente.
— Como está em relação a termos que mudar de país? — perguntou.
— Eu estou bem, já iria embora antes de te conhecer. — não era para a China, mas me adapto rápido.
— Certeza? Porque posso dar um jeito de ficarmos. — não.
— Ficar no país onde todos que você colocou na cadeia estará? Não, prefiro mudar. — já basta gente atrás de mim, atrás dele não. — Não precisa se preocupar comigo, vou me acostumar a morar na China.
— Se algo mudar, me avise. — sim senhor.
— E onde vamos morar, casa ou apartamento? — perguntei.
— Casa. — interessante. — É bem parecida com o apartamento, toda essa tecnologia que você colocou no apartamento, tem na casa.
— Qual a diferença entre a casa e o apartamento? — quero saber mais do lugar que vou morar.
— A casa é maior. — misericórdia. — Tem mais quartos, a cozinha é mais espaçosa, a sala de estar também.
— Já vou adiantando que não vou limpar. — ele vai contratar uma pessoa, porque eu não vou mover um músculo.
— Eu sei gatinho, já tem pessoas contratadas para limpar. — excelente.
— Neném, por que não me contou que iria se entregar? — perguntei.
— Eu te conheço, gatinho. — sei disso. — Você iria me sequestrar e levar para outro país.
— Lógico, faria de tudo para impedir que fizesse isso. — no caso, sequestrar o Jungkook. — Você já vai estar fora no meu aniversário, né?
— Sim, gatinho, iremos ficar juntinhos. — ou eu já vou começar a chorar agora.
Agora faltam três semanas para o meu aniversário.
— Precisa dormir, gatinho. — discordo.
— Você que precisa, deve estar esgotado. — não dormiu desde que se entregou.
— Sim, mas minha prioridade sempre será você. — como que dorme sendo que não estou ouvindo isso pessoalmente? — Vai dormir gatinho.
— Eu vou. — só que não. — Boa noite, neném! Descanse!
— Boa noite, gatinho! — eu desliguei.
Fiquei um tempo encarando o teto, até ouvir um barulho.
Levantei e fui ver se era o Mochi, mas continua no meio dos ternos do Jungkook.
Peguei minha arma e saí do quarto, em passos lentos, não tem ninguém na cobertura.
Olhei a porta, a luz ficando vermelha e apagando.
Estão digitando a senha errada.
Fui até o meu escritório, peguei o iPad, acessei a câmera do elevador, percebi de quem se tratava.
Voltei ao meu quarto, troquei de roupa, coloquei um conjunto de moletom. Com a arma no cós da calça, me dirigi até a porta.
Abri, eles entraram.
— Você não é o tio Jungkook. — o menino falou.
— O que faz nesse apartamento? — a mulher perguntou.
— Eu moro aqui, e você? Por que estava tentando invadir? — perguntei.
— Jungkook permitiu que eu ficasse aqui até achar um lugar. — e ele deveria ter me falado. — Quem é você?
— Eu sou o namorado do Jungkook, Jimin. — respondi. — Você deve ser a ex cunhada dele.
— Sim. — por isso ele queria que eu fosse dormir.
Sinceramente, se ela estivesse sozinha, mandava ir para um hotel.
— O quarto de hóspedes é por aqui. — acompanhei eles até o quarto. — Ele dorme com você?
— Prefere o que filho? — perguntou.
— Outro quarto. — apontei o que fica ao lado. — Tio Jungkook é bicha.
— Desculpe por ele. — ela se desculpou.
— Claro. — a primeira impressão é ótima. — Fica à vontade!
— Obrigada! — ela entrou no quarto.
Fui até o escritório do Jungkook, tranquei, assim como o meu, e me fechei no quarto.
Entrei no closet, subi ao segundo andar, tranquei a outra porta.
Desci, e peguei meu celular, liguei para o último número.
— Gatinho, por que ainda não foi dormir? — por que será?
— Jeon Jungkook, como você tem a coragem de tentar me colocar para dormir enquanto tentam invadir a cobertura? — sem vergonha.
— Quem fez isso? — sonso.
— Não seja sonso, você sabe muito bem quem foi, mandou sua ex cunhada e o sobrinho para cá. — sinceramente. — Por falar nele, ele te chamou de bicha.
— Eu não me importo com o que um adolescente fala de mim. — sério? — Gatinho, eu disse para ela ficar aí, porque minha mãe a odeia, então ela não tem onde ficar com o meu sobrinho.
— Já ouviu falar de hotel? Você está em um, por que ela não pode ir? — cada coisa que eu passo. — Porque a primeira impressão foi péssima.
— Dê uma chance a eles, por mim. — jogou baixo. — Se não gostar mesmo, eu mudo eles para um hotel, até o apartamento ficar pronto.
— Tá! Mas da próxima vez que pensar em colocar um estranho na minha casa, venha me perguntar o que acho disso, porque eu quase atirei neles. — faltou pouquinho.
— Tudo bem, gatinho! Agora vai dormir. — me despedi dele e desliguei.
Deitei na cama, apaguei a luz, me cobri e tentei dormir.
Acabei ligando a televisão, coloquei em um filme. Só consegui dormir mais de três horas da manhã.
[...]
Mesmo com o horário que fui dormir, acordei com o despertador, desliguei.
Passei um tempo na cama, criando coragem para levantar, ao lembrar que preciso ir à Central hoje, levantei.
Fui ao banheiro, tomei banho e lavei meu cabelo, escovei os dentes ao terminar. Saí enrolado na toalha, Mochi está na porta querendo sair para comer.
— Já vou filho.
Entrei no closet, passei creme e desodorante antes de me vestir, calça cargo e blusa de gola alta, preta.
Arrumei meu cabelo, passei perfume.
Calcei uma bota militar preta, olhei no espelho, ótimo!
Será que o Jungkook já acordou?
Peguei meu distintivo e a arma, coloquei no coldre.
Saí do quarto com Mochi me seguindo, ao chegar na sala, vi o adolescente na mesa comendo, e a mãe dele colocando mais coisas.
— Bom dia! — falou.
— Bom dia! — quem vai comer todas essas coisas?
— Ontem não deixamos uma boa impressão, quis fazer o café da manhã como um pedido de desculpas, espero que não se importe. — é, não deixou mesmo.
— Tudo bem. — peguei a comida do Mochi.
— Vocês tem um gato? — o menino perguntou me olhando com a ração na mão.
— Sim. — chamei Mochi, pulou no meu colo. — Mochi.
— Nossa, ele é enorme. — não só o tamanho, a largura também, come muito.
Deixei o gato descer, coloquei comida para ele.
Fui ao meu escritório, peguei meu MacBook e voltei, sentei à mesa.
Servi suco e bolo para mim. Vou resolver alguns assuntos, antes de ir.
— Então Jimin, como conheceu o Jungkook? — ela perguntou.
— Ele tentou me prender, assim que o conheci. — respondi sem parar de digitar com uma mão.
— Qual crime você cometeu? — são tantos.
— Hacker. — o centro dos meus crimes.
— Você é hacker? — agora o adolescente se interessou.
— Sim, o melhor da Ásia e Europa. — graças à aposentadoria do Heron.
— O que você já fez como hacker? — ele mudou de cadeira para sentar do meu lado.
— Já entrei no sistema do governo e vendi informações sigilosas para a Rússia, Estados Unidos também já invadi, a CIA, e muitas outras coisas. — algumas.
— Nossa! E você pode invadir o que quiser? — exatamente. — Até o sistema da Coréia do Norte?
— Sim. — mesmo que nunca tenha feito isso por pura diversão, mas já invadi lá.
— Invade algo para eu ver? — deixei meu copo na mesa, estralei os dedos.
Comecei a digitar um código antigo, faz tempo que não uso ele. Primeiro mudei minha localização, tô no meio do oceano pacífico, depois espelhei a localização para saber onde deveria ser a brecha.
Entrei no sistema da Coréia do Norte.
— Pronto. — ele olhou minha tela.
— Você é um gênio! — eu sei. — Me ensina a fazer isso?
— Só se a sua mãe deixar. — não posso ensinar um menor ser hacker sem a autorização da mãe.
— Mãe, deixa?
— Sim, mas nem pense em fazer isso com o sistema da sua nova escola. — eu fiz isso.
— Tá!
Ensinei a ele algo mais simples, nada governamental, um sistema de banco foi melhor.
— Agora você precisa praticar, e vai conseguir fazer sozinho. — foi assim comigo.
— Obrigado, tio Jimin! — e correu para o quarto, voltou com o próprio MacBook.
Foi para a sala de estar.
— Obrigada Jimin! — ela me agradeceu.
— Pelo que? — perguntei.
— Ele não é de confiar facilmente em figuras masculinas, por conta do pai dele. — entendo. — Mas gostou de você.
Os Jeons costumam gostar de mim.
Menos o mais velho, aquele não gostou.
— Não precisa me agradecer. — terminei o suco. — Preciso ir à Central, fique à vontade. — levantei. — E obrigado pelo café.
Peguei o que sujei e levei para a cozinha, deixei na pia. Voltei ao meu quarto, só para escovar os dentes.
Coloquei meu celular no bolso, e minha chave.
Devolvi meu MacBook para o escritório e tranquei, tem coisa muito perigosa ali dentro.
Mochi está miando lá em cima, procurando o Jungkook.
— Jimin, você vem para o almoço? — pensei.
Tenho que me atualizar do Jungkook, da força tarefa, e só isso.
— Sim, mas não precisa fazer, posso comprar na volta. — o bolo dela não é ruim, mas vai que a comida é.
— Eu insisto em fazer. — espero que tenha suco no almoço, ajudar a descer se for ruim.
— Tio Jimin. — quanto sobrinho eu arrumei, culpa do Jungkook. — Posso ir com você?
— Se sua mãe deixar. — hoje não vou fazer nada demais.
— Mãe, posso ir? — perguntou.
— Não encha o Jimin de perguntas, e nem dê trabalho. — a primeira opção será difícil, adolescente ama perguntar.
— Tá!
— E vai trocar de roupa. — ele correu para o quarto. — Por que o Mochi está miando?
— Procurando o Jungkook, ele é muito apegado. — parece até que é o dono.
Gato traíra!
— Mochi. — chamei ele, veio miando pela escada. — Se comporte, e nada de comer muito. — miou e foi para a sacada.
Gato afrontoso!
Esperei o sobrinho do Jungkook, o nome dele é Jeon Seung.
Bem parecido com o Jungkook, menos o sorriso, não tem os dentinhos de coelho, o sorriso e a boca parece da mãe.
— Vamos? — confirmou.
Saímos da cobertura, descemos de elevador até o estacionamento.
— Qual é o seu carro? — perguntou, apertei o botão no controle, meu lindo Lamborghini rosa, roncou. — Nossa, o tio Jungkook que te deu? Porque ele é muito rico.
Inocente.
— Não, eu comprei. — falei. — Também sou muito rico.
— Mais que o tio Jungkook? — pensei.
— Coisa de alguns milhões. — em dinheiro. — Em imóveis seu tio é mais rico.
Eu não tenho tantas prioridades, o Jungkook tem muitas.
— Venha. — fomos até o carro, ele abriu a porta com o maior cuidado.
Entrei, ele também, fechou a porta bem devagar.
— Coloque o cinto. — fiz o mesmo.
— Pronto. — liguei o carro e saí do estacionamento. — Pode abrir a janela?
— Claro. — ele tocou na tela para o vidro descer.
— Quantos anos você tem? — perguntou.
Eu disse que ele não ouviria a mãe dele sobre não me encher de perguntas.
O tio dele está namorando um homem, eu também iria perguntar muito.
— Tenho dezenove até o dia treze. — respondi. — Você tem quinze, né?
— Catorze e meio. — entendi. — Tem irmãos?
— Sim, duas irmãs mais novas. — tenho que ver elas. — Lyra e Flora.
— Elas são crianças? — confirmei. — Quantos anos?
— Uma tem seis e a outra tem oito, mas faz nove em novembro. — respondi.
— Novas demais. — resmungou.
Deus é bom!
— Foi você que matou meu pai? — confirmei.
— Seu tio não te contou? — perguntei.
— Apenas disse que não foi ele que matou. — ah!
— Você teve algum contato com ele? — quero saber se matei um pai ruim.
— Era bem pequeno, não lembro de nada, mas sei que ele batia na minha mãe e que por causa dele que ficamos longe. — foi bom ter matado.
— Por que sua avó odeia sua mãe? — finalmente perguntei.
— Porque minha mãe contou ao tio Jungkook o que meu pai estava fazendo. — culpa a nora pelo filho ter matado o irmão.
O restante do caminho ele ficou me perguntando sobre computador, todo adolescente é curioso, incrível.
Vamos ignorar que não faz tanto tempo que deixei de ser adolescente.
A diferença é que eu não vivi tão bem minha adolescência, tive que criar maturidade mais cedo, já que estava sozinho e não tinha um adulto comigo, era só eu e eu.
Ao chegar na Central, estacionei, saímos do carro.
— Por que o elevador é uma árvore? — perguntou.
— Porque é a entrada para agentes, então disfarçaram, mas tem a comum. — expliquei.
Subimos alguns degraus.
— Aqui é enorme. — concordo.
— Oi Jimin! — Hobi e Heron.
— Oi Hobi e Heron! — os dois olhando o adolescente. — Esse é o Jeon Seung, sobrinho do Jungkook. — apresentei. — Seung, esses são meus melhores amigos, Jung Hoseok e Heron Moreau.
— Oi! — falou.
— Já ia perguntar se o Jungkook teve um filho, porque parece muito, menos a boca e os dentes. — Hobi comentou.
— É da mãe dele, Hobi. — Heron falou.
— Conseguiu o que eu queria, Hobi? — perguntei, tirou do bolso e me entregou.
Meu pai está vindo, se aproximou.
— Agentes, Jimin. — eu mesmo. — Quem é o garoto?
— Sobrinho do Jungkook, Seung. — apertaram as mãos. — Esse é quem manda em tudo, Yoo Ji-tae. — ia ficar só nisso, mas... — E meu pai.
— Parece o Jeon. — nós sabemos.
— O Jungkook e o irmão se parecem muito, muito mesmo, quase gêmeos. — levei um susto na hora que vi.
— Quer conhecer a Central, Seung? — meu pai ofereceu.
— Posso ir, Jimin? — concordei.
— Antes. — mostrei uma das caixinhas ao meu pai, ele pegou, tirou o tubo de dentro, o longo cotonete, passou dentro da boca.
— Prontinho. — me devolveu, e seguiu com o Seung.
Peguei o meu e fiz o mesmo.
— Leve ao laboratório, e diga que é urgente. — entreguei ao Hobi.
— Sim, chefe. — anda logo.
— Você não tem que ir para a sua Central? — perguntei ao Heron, quando me seguiu.
— Não temos caso. — ganhei um seguidor.
Subimos até o andar da corregedoria, pelos soldados na porta, já sei que Jungkook está aqui.
Bati, um da equipe de advogados abriu.
— É o Jimin. — avisou.
— Podem sair. — ouvi a voz do Jungkook.
— Nem pense em falar nada do caso. — Adrien, saiu os advogados e o Jin. — Nada do caso, Jimin.
— Eu já ouvi. — entrei e fechei a porta. — Neném!
— Gatinho. — levantou e eu abracei ele. — Senti a sua falta.
— Eu senti mais. — apertei.
— Você dormiu, gatinho? — claro.
— Sim. — bem pouco.
— A noite inteira? — isso não vem ao caso.
— Com certeza. — não.
— Está mentindo. — droga. — Segunda-feira já poderei ir para casa, e você vai dormir.
— Mas falta muito.
— Gatinho, hoje é sábado. — ainda é muito.
— Por que não pode voltar hoje? Ainda não terminou de entregar a máfia? — isso é tão injusto.
— Preciso detalhar tudo, gatinho. — que desnecessário.
Se afastou de mim.
— Quer passar seu aniversário aqui? — pensei. — Se não, em uma semana mudamos para a China. — meu Deus.
— É perigoso ficar aqui? — essa é a minha preocupação.
— Bom, com nomes que passei, tem gente fora da Coréia sendo extraditado, para julgar com risco de pena de morte. — só piora.
Ouvimos batidas no vidro, é Adrien, porque o Jungkook acabou de falar do caso.
— Vamos para a China. — quem quiser passar o aniversário comigo, vai viajar. — Avisando que você irá pagar a passagem de avião para quem for para lá no meu aniversário.
— Certo gatinho. — sempre.
— Como você está, neném? — perguntei.
— Eu estou bem, sabe que não me abalo por causa dessas coisas. — sempre esqueço da apatia, porque comigo ele é empático. — Quem se abala é você gatinho, como você está?
— Preocupado e querendo que volte logo para casa, assim como o Mochi. — não vai demorar para fazer greve de fome.
— Falta pouco gatinho. — não acho.
— Seus pais apareceram? — espero que não.
— Não, e vai continuar assim. — tomara. — Se eles aparecerem no apartamento, não os deixem entrar.
— Okay! A próxima vez que você esconder algo assim de mim, vai apanhar. — eu teria sequestrado ele.
— Eu não vou esconder nada.
— Você vai neném, é seu sistema de defesa desde que era criança, a forma de mudar isso, é se você fizer terapia para tratar seus traumas. — que não são poucos.
E tem gente que pensa que por ele não sentir nada, a vida é mais fácil, passa nem perto, é mais difícil.
— Então eu faço, não quero mais esconder as coisas de você. — tudo bem, eu também escondo coisas do meu passado.
Por isso não vou exigir que me conte, seria hipócrita da minha parte.
— Vou conseguir um psicólogo para você, a minha não dá. — ela estudou sobre outros traumas, o Jungkook precisa de um que entenda muito bem sobre apatia.
— Jimin, rápido aí. — ouvi a voz do Adrien.
— Só não demito ele, por ser o melhor. — e exibido. — Amanhã você não vem para cá, né?
— Não, amanhã vou até a suprema corte. — eu não.
— E abre no domingo? — jurava que não.
— Nesse caso, sim. — esqueci que o Jungkook desmantelou uma máfia com ligação nos maiores cargos do país.
— Mas eu pensei que você não fosse ser julgado. — ainda mais por ser um informante confidencial.
— Não vou ser julgado gatinho, o caso só será firmado em frente ao juiz. — entendi. — Mas vai ficar apenas eu, o Adrien, o Jin e o Juíz, mais ninguém.
— Fica bem, te vejo na segunda-feira. — me despedi dele com um beijo.
— Até segunda, gatinho! — beijou minha testa.
— Tchau, neném! — beijei a bochecha dele, e saí da sala.
Os advogados e Jin entraram, Adrien ficou.
— Oh grude! — eu mesmo. — Então quer dizer que eu vou para a China.
— Sim, você vai. — onde eu for, ele vai, é pago para isso.
— Sua sorte é que meu esposo é chinês. — a sorte sorriu para mim. — Agora vou ir cuidar do seu namorado, enquanto o gatinho dele não pode.
— Vai logo, bicha chata. — entrou rindo. — Vamos Heron.
— China? — confirmei. — Vou também.
— Me surpreenda Heron. — já sabia.
— Deixa eu pensar. — lá vem. — Seu pai vai ficar com alguém próximo a você.
— Quem? — perguntei.
— Não sou vidente Jimin. — sei.
Descemos e fomos para a sala de reunião, onde está a força tarefa.
— Bom dia! — todos me cumprimentaram. — Homem ou mulher?
— Homem. — respondeu.
— Está solteiro Eric? — perguntei ao meu aprendiz.
— Sim, por quê? — nada.
Espera, meu pai vai ficar com um homem?
— O que temos hoje? — perguntei.
— Próximo caso da lista. — Hobi olhou no iPad. — É um incendiário, coloca fogo em casas enquanto as famílias dormem.
— Por que esse caso é nosso? Ele deveria ir para a divisão de casos com fogo. — Yoo mi perguntou.
— Nem deixou eu terminar. — fala, bicha devagar. — Ele colocou o próximo local que vai incendiar na internet com um vídeo da última casa, mas está em códigos.
— Querem que resolva quando?
— Hoje, já que o horário que ele disse que vai incendiar é em dez horas. — palhaçada.
— Então tenho que mandar o Seung para casa. — não vou almoçar em casa.
Saí da sala, por sorte meu pai com o Seung já estavam perto.
— Apareceu um caso Seung, então vou te mandar para casa. — contei.
— Não precisa, eu fico observando, nem vai notar minha presença. — entrou na sala.
— Ele gostou bastante de você. — meu pai notou. — Já sabe quando vai sair o teste de DNA?
— Ainda hoje. — eu espero.
— Quando sair, peça ao meu assistente para me chamar. — concordei e ele se foi.
Voltei a sala, Seung está sentado no canto olhando.
— Por onde começamos? — perguntei.
— Perfi... — Yuuki começou a falar, até eu olhar para ela.
— Pesquisar a vida das vítimas para saber o que motiva o incendiário. — meu aprendiz falou, aprende tão rápido.
— O que sabemos das vítimas? — parei na frente do quadro.
— A primeira família, são norte coreanos, estão no país faz quinze anos, o pai tinha um negócio próprio de comida, que a esposa mais os dois filhos ajudavam. — por enquanto anotando na minha mente. — Segunda família, mãe japonesa e pai coreano, trabalhavam na rua vendendo arte do Japão, sem filhos, mas dois cachorros.
— Me diz que ele não matou os cachorros. — o crime já é horrível, morte de bichinho pioraria tudo.
— Não matou, mas raspou os pelos dos cachorros. — menos mal. — Terceira família, Tailandeses, a mãe tinha uma confeitaria de doces do país, sem marido, mas três filhas que eram modelos.
— Tirando os cachorros, ninguém mais sobreviveu? — negou. — Então já sabemos o que motiva o incendiário, onde nasceu e a idade.
— Coreano. — Ju-hwan falou.
Digitei e apareceu no quadro.
— Entre 35 e 40 anos. — Yuuki falou.
Mais uma informação.
— O que motiva? — até sentei. — Heron, silêncio.
— Você acaba com a graça de saber.
Eu sei.
— Hobi? — olhei meu amigo.
— Nem venha, tô tentando decifrar o código. — continuou digitando.
— Eric? — vai meu aprendiz.
— Serem de fora do país? — isso.
— Exatamente. — adicionei a informação. — Então ele é coreano, tem entre 35 e 40 anos, tem ódio de imigrantes, isso significa que... — pensei.
Peguei meu MacBook, comecei a digitar atrás de uma coisa.
— O que ele está fazendo? — ouvi Seung perguntando.
— Algo que ele descobriu sozinho, e só saberemos quando ele tiver certeza. — Yoo mi respondeu.
— Sabia, vamos, e chamem os bombeiros. — levantei.
— Decifrou o código? — Hobi perguntou.
— No caminho eu explico. — levantaram. — Não, você não vai.
— Por que? — por que será?
— Tem catorze anos, não é treinado, e sua mãe me mataria. — motivos básicos.
— É só você não contar. — difícil isso.
— Você vai, mas não irá sair do carro forte. — saímos da sala.
Fomos até o carro, falei o endereço para o motorista, entramos, colocamos o colete a prova de balas.
Obriguei o Seung colocar um.
— Vai Jimin, abre o jogo. — Hobi.
— Sabendo que todas as vítimas são imigrantes, procurei um bairro com grande fluxo de pessoas não coreanas, e com donos que têm negócios próprios. — comecei a explicar. — Sobre o código, era para despistar, no vídeo tem exatamente o endereço.
— Tem? — assistiram de novo.
— Além da risada estranha dele enquanto grava a casa pegando fogo, o que mais ele gravou? — perguntei. — A rua, e só tem uma casa com imigrantes que têm negócio próprio.
— Você é um gênio? — Seung perguntou, confirmei.
Quando chegamos na rua.
— Ele chegou antes? — saímos do carro. — Como? — Yoo mi perguntou.
— Já vamos saber. — fui até o capitão. — Vocês chegaram faz quanto tempo?
— Dez minutos, a casa já estava pegando fogo. — odeio quando isso acontece. — Já chamei o investigador de incêndios, para saber onde começou o fogo.
Esperamos eles apagarem o fogo, e o perito entrar. Fomos em seguida, até o lugar de origem.
— Começou aqui, devia ser uma mesa de fotos. — apontou. — Se alastrando pelo rastro de gasolina até o restante dos cômodos.
— Quantos mortos? — perguntei.
Minha equipe olhando e anotando.
— Duas crianças. — respondeu.
Mata crianças, misericórdia.
— Mas era uma família de seis pessoas. — entendo.
Ele saiu.
— Procurem provas. — se espalharam.
Fiquei na mesa de fotos, coloquei as luvas e fui tirando todas do quadro, fotografei com meu celular, analisar todas após recuperar digitalmente.
— Que cheiro ruim! — olhei a porta.
— Falei para você ficar no carro criatura.
— Estava chato. — eu sei. — Pessoas da Mongólia.
— Como sabe? — apontou na parede, olhei algo meio queimado.
— Isso aí é da cultura deles. — entendi. — Quem morreu?
— Duas crianças. — respondi olhando ao redor.
— Quantos anos tinham?
— Quatro e seis. — pensando em algo.
Peguei o rádio.
— Voltem para cá. — ouvi eles voltando. — Vamos embora!
Saí da casa com eles atrás, ouvi algo interessante.
Nós voltamos para a Central.
— Por que estamos aqui? Ainda tinha muita prova lá. — Yoo perguntou.
— Já que o incendiário teve que fazer às pressas.
— Não teve, ele queria matar só as crianças. — tá piorando tão rápido. — Ele sabia quando estaria só os dois em casa.
— Mas as crianças são coreanas, nasceram aqui. — pois é.
— A mensagem que ele quis passar foi "Mesmo nascendo aqui, não muda suas origens, não te vejo como um coreano puro". — sou muito inteligente. — E eu já sei quem é.
— Quem? — perguntaram juntos.
— Vocês não ouviram algo familiar quando estávamos saindo? — pensaram.
— A risada, a mesma risada estranha do vídeo. — Seung respondeu.
— Está dizendo que o incendiário estava lá? — sim. — Era um bombeiro?
— Não, o perito em incêndio. — cara estranho.
— Por isso deixou o Heron e a Yuuki lá? — sim Ju-hwan.
Mandei mensagem ao Heron, liberando para prender o perito.
Nós esperamos eles virem com o incendiário, e eu fui interrogá-lo.
Como o esperado, algum estrangeiro ferrou com a vida dele, agora culpa todos.
Sempre tão previsíveis.
— Você está preso por múltiplos homicídios, tem o direito de permanecer calado, se abrir mão desse direito tudo que disser pode e será usado contra você no tribunal, tem direito a um advogado, se não puder pagar o Estado indicará um. — algemei ele, foi levado para ser autuado.
Saí da sala de interrogatório e fui até a sala do Jungkook, fazer relatório.
O Seung está com Hobi e Heron, a chance de voltar falando "e aí bicha" é grande.
Fiz o relatório e enviei para o chefão.
Procurei pelos três, achei na central de comando, cumprimentei os outros agentes, me despedi do Hobi e do Heron.
Caminhamos para o estacionamento até alguém me gritar.
— Agente Park. — virei na direção da voz.
Veio até mim.
— O que pediu mais cedo. — entregou o envelope.
— Obrigado! — agradeci, se curvou e foi embora.
— Jimin. — Hobi vinha com Heron. — Ainda não foi?
Mostrei o envelope.
— Eu não consigo abrir. — entreguei para ele. — Dê isso a quem pode ser meu pai, se for ele, passe meu endereço.
— Okay.
Entrei no carro com o Seung, saímos da grande central.
Na volta ele também fez perguntas, mas sobre casos.
Assim que estacionei, ele saiu do carro, saí em seguida. Subimos até a cobertura, coloquei minha digital e a porta abriu.
Entramos no apartamento, vi Mochi deitado no meio da escada.
Gato espaçoso!
Senti cheiro de comida, avisei que iríamos demorar um pouco mais, mesmo assim ela fez comida.
Tirei meu sapato e calcei uma pantufa.
— Mãe, chegamos! — Seung avisou.
— A comida está quase pronta. — eu tô com fome! Mesmo se for ruim, vou comer.
— Mochi deu trabalho? — perguntei.
— Não, ele só dorme e come. — sim, e bastante. — Já pediu comida cinco vezes.
Misericórdia.
— Você não vai jantar hoje, Mochi. — ele finge que não é dele que estou falando, sonso.
Parece seu pai.
— E você, Seung, se comportou? — um anjo.
Caído.
— Sim, ele é tranquilo.
— Lá é demais mãe, e o Jimin é super inteligente, ele resolveu um caso sozinho. — tá falando demais Seung.
— Você ficou olhando eles resolvendo um caso? — jamais.
— Só olhando mãe, não fiz nada. — porque eu não deixei.
Fui para o meu quarto, enquanto ele conta tudo sobre a Central.
Troquei de roupa, vesti calça moletom e cropped, rosa.
Por isso prefiro não ter gente em casa, agora eu estaria de shortinho, ou só cueca e uma camiseta do Jungkook.
Nós almoçamos, e ela colocou o Seung para lavar a louça, eu ajudei só para ficar de olho, vai que quebra alguma coisa.
Soltei o aspirador de pó na casa, vai aspirar e passar pano.
Fiquei no quarto, estava deitado mexendo no celular. Acabei cochilando um pouco, coisa de três horas.
Quando acordei, entrei no banheiro e tomei banho. Escovei os dentes antes de sair. No closet, eu passei creme no corpo, principalmente nas tatuagens.
Ainda me acostumando com elas, às vezes até esqueço.
Vesti uma roupa, calça de flanela rosa, e camiseta branca.
Passei desodorante e um pouco de perfume, calcei minhas pantufas e saí do quarto.
Ao chegar na sala, vi Hobi e Heron.
E o chefão, que agora é certeza, ele é meu pai!.....................
Para quem quiser ver como é o pai do Jimin, só ir no cast, ele está lá.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!
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