•• Capítulo 32 ••

Jimin on.




Acordei durante a madrugada, por que esse quarto está tão quente?

Acendi a luminária e peguei o controle do ar-condicionado, deixei mais frio, devolvi o controle para o lugar que ele estava.

Olhei para o lado, Jungkook acordado olhando o teto.

— O que ainda faz acordado? — perguntei, me sentei e acabei gemendo.

— Exatamente por isso. — olhei o relógio, quatro horas da manhã, ele ainda não dormiu.

— Meu sono foi uma delícia. — levantei e fui até o banheiro, pensando em ir para a academia.

Escovei os dentes, lavei o rosto, arrumei a tiara na cabeça. Saí, sentei na cama e abri a gaveta da mesa de cabeceira. Procurando meu carregador, tenho certeza que coloquei aqui ontem.

— Gatinho. — beijou minha nuca, mãos na minha cintura me levaram para perto dele. — Meu castigo já acabou?

— Não. — safado. — Eu fiquei muito triste quando soube que estava me testando.

— Perdão, gatinho! — beijou meu pescoço. — Mas não tem outro jeito de me castigar?

Pensei.

— Só esse mesmo. — cruzei os braços. — Quando eu soube as coisas que você dizia antes de me conhecer, eu te procurei e perguntei se realmente gostava de mim, ou só queria vingança, era para você fazer o mesmo quando ficou com medo que eu te deixasse após o sexo.

— Eu sei gatinho, mas eu não sabia que você ficaria tão triste. — errou. — Foi o Heron que te contou?

— Sim. — lógico que ele contaria. — Quando estava fazendo esse teste idiota, eu cheguei a pensar que você não me achava bonito o suficiente para fazer sexo comigo, e era tudo um teste.

— Você é a pessoa mais bonita do mundo! Nunca vai existir beleza igual a sua, gatinho. — abraçou minha cintura, seu peito nas minhas costas, e sua cabeça apoiada no meu ombro. — Quantas vezes preciso pedir perdão? Mil vezes? Eu peço.

— Falar qualquer um fala, quero que prove que se arrependeu. — tomara que ele ache um jeito de fazer isso.

— Eu vou tatuar perdão em dez línguas diferentes. — olhei assustado para ele. — Isso provaria que me arrependi?

— Sim, mas é loucura. — ele não vai fazer isso, né?

— Não ligo, não quero que fique chateado comigo. — pensei.

— Se estiver fazendo isso, só para transar comigo, eu te bato Jungkook.

— Gatinho, eu não tatuaria meu corpo só para ter sexo. — é bom mesmo. — Só quero que veja que realmente me arrependi.

— Espero mesmo.

— Pega meu celular ali. — peguei na mesa de cabeceira e entreguei para ele.

— O que vai fazer? — perguntei.

— Já vai ver. — ele entrou nas mensagens, e foi em um contato, foi escrevendo e eu lendo. — Pronto, tatuagem marcada.

— Não acredito que vai fazer isso. — parece mentira.

— Se para ter seu perdão eu precisasse tatuar um perdão na testa, eu faria. — olhei para ele.

Ele não está mentindo, maluco!

— Agora vai me perdoar? — perguntou.

— Eu já tinha te perdoado, só fiquei chateado. — beijou meu pescoço.

— Se você estava chateado, por que se deu como presente? — perguntou e voltou a marcar meu pescoço.

— Queria ver se seu teste tinha acabado, e tinha. Sorte a sua, ou você iria apanhar como presente. — fingido. — Não vamos transar, eu vou para a academia.

— Claro que vai. — continuou me beijando.

— É sério, eu vou mesmo. — falei.

— Tá! Pode ir. — suas mãos subiram da minha cintura entrando no cropped, dedos nos meus mamilos sensíveis.

— Eu vou ir agora. — gemi no final quando apertou.

— Vai. — eu não vou a lugar nenhum, né?

Fica difícil sair quando ele está estimulando o lugar certo.

— Não sabia que você poderia ficar mais gostoso, gatinho. — eu sempre posso. — Você é a personificação de perfeito!

— Obrigado! — suas mãos se afastaram de mim, mas por segundos, me fez deitar. — Eu ainda tenho que ir para a academia.

— E você vai.

Não tá parecendo.

Me beijou, eu sinto que não vou para a academia.

— Sem preliminares, só me fode logo. — vai que assim eu consigo ir.

— Como quiser. — voltou a me beijar.

Senti o plug saindo, gemi em sua boca.

— Ocupando meu lugar. — todo seu. — O lubrificante está na gaveta?

— Sim. — ele pegou.

Não demorou para sentir entrando, fechei os olhos.

— Seja rápido.

— Não prometo nada. — bati em seu peito. — É sério.

Suas mãos em meu quadril, vai voltar a ter marcas aí.

Quatro horas da manhã e eu fazendo sexo, ele já foi mais neném.

[...]

— Essa é a última! — falei após ele me virar.

Fiquei de quatro, e ele meteu sem dó.

— Que horas são? — olhei o relógio.

— Quase seis horas, vai logo. — atingiu minha próstata, abri a boca. — Droga! Pode demorar.

— Você que manda, gatinho.

Eu não deveria ter falado isso.

Quando deu sete horas, ele gozou, me fazendo gozar.

Eu tô mortinho de canseira!

— Te amo! — um beijo nas minhas costas.

— Te amo! — três horas transando, três, eu deveria ter deixado essa fera dormindo.

— Vamos tomar banho? — perguntou.

— Me dê cinco minutos. — respondi.

Após um tempo recuperando o fôlego, ele me levou no colo para o segundo andar e fomos para a sala da jacuzzi. Enquanto esperava encher, ele desceu para alimentar o Mochi que já está fazendo um escândalo.

Tomei um banho na parte separada para isso, tirar os resquícios das atividades recentes.

Quando terminou de encher eu entrei, que delícia!

Jeon chegou com um copo, me entregou junto com compridos.

— O mesmo que tomou ontem. — tomei os dois, ele colocou o copo na bancada.

— Aqui é um excelente lugar para transar. — me olhou com um olhar muito sugestivo. — Agora não. — fez bico. — Que horas você vai para a Central?

— Oito horas, você não vai? — perguntou.

— Mais tarde, minha mãe quer tomar café comigo. — respondi.

— Já sabe o assunto? — neguei.

— Talvez seja sobre as minhas irmãs. — deve ser isso. — Queria perguntar logo por que ela me colocou na rua.

— Espera ela mesma te contar, às vezes é um tópico sensível para ela. — olhei o Jungkook.

— Você sabe? — dentro de seus olhos. — Você sabe! Me conta já.

— Não, isso é assunto para vocês se resolverem. — sem vergonha. — Mas ela não é o monstro que você sempre idealizou.

— Eu já imaginava. — fiquei cabisbaixo. — Ela não me protegeria do meu progenitor para depois me jogar na rua sem mais nem menos, tem um motivo muito obscuro por trás do que aconteceu.

— Pode ter certeza que sim. — pensando.

— Já descobriu algo sobre quem está atrás de mim? — perguntei.

— Poucas coisas, quando tiver informações sólidas, eu te conto todos os detalhes. — tudo bem.

Passamos um tempo na jacuzzi, até minha pele começar a enrugar.

Saímos e o Jungkook colocou o roupão em mim, depois nele.

— Mas você vai mesmo né gatinho? — está preocupado que eu não apareça na Central.

— Eu vou, só vou tomar café com a minha mãe e depois ir. — fácil e rápido.

Nós descemos pelo closet.

Separei minha roupa e fui para o banheiro, escovei meus dentes. Passei creme no rosto, olhei meu pescoço, gola alta de novo.

Pelo menos meu rosto tá livre de maquiagem hoje.

Voltei ao closet e ele estava abotoando a camisa, tem misericórdia de mim.

Hoje só transei porque estava excitado, mas sinto cheirinho da greve chegando.

Neném fingido!

— Por que está me olhando com raiva? — saí de meus pensamentos.

— Nada. — tirei meu roupão e coloquei a cueca, peguei meu creme e comecei a passar, nas pernas primeiro. — Para de me olhar!

— Não estava olhando. — sabe nem mentir.

Ao terminar, peguei a calça jeans branca que escolhi, blusa gola alta da mesma cor, com a bota off white nos pés. Passei um óleo no cabelo, e pente.

Me perfumei, perfume novo, gostei do cheiro.

Coloquei o distintivo no cós da calça, prendi o coldre da arma, e a Glock preta.

Mais um coldre na perna, mas esse eu coloco a arma depois.

Dois pente, bastante munição.

Saí e peguei meu celular. Tirei tudo da cama e subi para a lavanderia, coloquei na máquina de lavar e ela faz o restante.

Desci novamente, arrumei a cama com coisas limpas. Julia vem hoje dar uma limpada, não quero que encontre a cama mostrando que teve atividades nela.

Mochi já estava querendo comida de novo, esse gato deve estar ansioso.

Coloquei bem pouco, e deixei o recado para a Julia alimentar ele só duas vezes.

Almoço e café da tarde, está comendo demais!

Desci com o Jungkook para o estacionamento.

— Até, neném! — falei.

— Até, gatinho! — tive meu beijo de despedida.

— Você está muito safado, tira a mão daí. — tirou a mão da minha bunda. — Passou tempo demais sem transar.

— Se eu tivesse feito neste ano antes de te conhecer, teria atirado em mim, com munição de verdade. — pode ter certeza que sim. — Eu vou indo!

— Vá com cuidado! — entrei no carro, coloquei o cinto. Ele deu batidinhas no vidro, apertei o botão para abrir e coloquei meus óculos escuros.

— Não acelere tanto, gatinho! E vai devagar! — avisou.

— Claro amor. — liguei o carro e saí cantando pneu.

Uma máquina dessa seria até pecado ir devagar.

Fui até a casa da minha mãe, dentro de um condomínio luxuoso. Estacionei em frente e saí, caminhei até a porta, apertei a campainha.

— Olá senhor Park. — a governanta abriu a porta.

— Só Jimin. — entrei, troquei a bota pela pantufa.

— Por aqui senhor. — acompanhei ela até a sala de jantar, minha mãe estava sentada tomando chá. — O Jimin chegou, senhora.

— Obrigada! Pode ir descansar. — falou a governanta, se curvou e saiu. — Sente filho.

Coloquei os óculos na cabeça e me sentei.

— Bom dia, mãe! — falei.

— Bom dia! — ela serviu chá pra mim. — Você amava esse chá quando criança, não sei se ainda gosta, mas posso fazer outro senão gostar mais.

Senti o cheiro ao aproximar da boca.

— Ginseng. — resmunguei, tomei um pouco. — Com mel.

Tive lembranças da minha infância, minha mãe fazendo esse chá antes de me colocar para dormir.

— Faz muito tempo que eu não tomo esse chá. — comentei. — Obrigado por fazer, trouxe boas lembranças.

— Que bom que gostou! — ela sorriu, me fez ver como nossos sorrisos são parecidos. — Hoseok me contou que você está fazendo academia e não come mais comida de manhã, então fiz coisas leves para o café.

Bolo com cobertura, panqueca, pão, pão recheado.

Onde estão as coisas leves?

— Minhas irmãs vão comer? — perguntei.

— Não, elas já foram para a escola, é só para nós dois. — misericórdia.

Hoje eu me mato na academia.

— Parece gostoso. — realmente parece.

— O que quer comer primeiro? — apontei o bolo, ela cortou um pedaço generoso e colocou no pratinho de porcelana para mim.

Dei a primeira garfada, senti os sabores, mais uma.

Esse bolo...

Preciso ter certeza, mais uma.

— Eu fiz esse bolo uma vez quando você tinha sete anos, na época não estávamos bem financeiramente, por vários motivos. — ela começou a contar, e eu só mastigando. — Você viu um parecido em uma confeitaria, e eu não tinha dinheiro pra comprar, mas consegui os ingredientes e fiz pra você.

É, eu me lembrei.

— Está muito gostoso, mãe! — bebi do chá, ajudar engolir o nó que se formou na garganta. — Por que a senhora estava chorando enquanto fazia esse bolo?

Olhou-me assustada.

— Memória afetiva. — falei.

— Seu progenitor já tinha morrido, e eu não conseguia emprego porque não queriam contratar uma mãe de filho pequeno. — ela fala tudo séria, mas eu vejo a tristeza em seus olhos. — Fiz o bolo com as últimas coisas que tinha em casa.

— Como a senhora conseguiu comprar uma casa e me sustentar? — perguntei.

— Jungkook não te contou? — respondeu assim.

— Não.

— Antes de levar seu progenitor para dar um fim, ele disse ao monstro que cuidaria de você, porque o morto tentou argumentar que tinha um filho pequeno. — sinto nojo. — Na tarde após fazer seu bolo, ele deixou uma maleta na nossa porta com um bilhete.

— O que tinha? — perguntei.

— Eu ainda tenho, quer ler? — confirmei. — Volto em minutos.

Ela saiu.

Terminei meu pedaço, quase chorando.

Eu julguei minha mãe boa parte da vida e ela não era o monstro que pensei.

Voltou em cinco minutos com uma caixa de madeira, sentou, me entregou o bilhete.

Li o que estava nele.

— Quanto dinheiro tinha? — perguntei.

— Um milhão, eu acho. — respondeu. — Não gastei tudo, uma parte eu coloquei no banco para você fazer uma faculdade ou gastar como desejasse ao fazer dezenove, se ainda quiser...

— Não precisa mãe, obrigado! Pode deixar para as minhas irmãs. — falei, devolvi o bilhete. — O que tem mais na caixa?

Peguei uma panqueca.

— São fotos suas quando criança, algumas tem na sala com as fotos das meninas, mas outras eu guardo aqui para não estragar. — pegou três e me entregou.

Todas dentro de plásticos próprios para guardar foto e evitar estragar.

— A primeira você tinha cinco anos, era seu primeiro dia na escolinha de criança grande como você falava. — olhei a foto com atenção.

— O que é isso no meu cabelo? — perguntei.

— Uma presilha rosa. — sempre amando rosa. — Você voltou chorando porque um menino pegou essa presilha, mas no dia seguinte você bateu nele e eu fui chamada na escola.

— O que a senhora fez? — perguntei.

— A mãe desse menino queria que te batesse, fez um escândalo, você ficou todo encolhido atrás de mim, abraçando minha perna enquanto eu gritava de volta. — ela me defendeu. — Você sempre teve uma personalidade autêntica, única, era um aluno muito elogiado.

— Queria lembrar mais. — da minha infância. — E essa segunda foto?

— Aí você estava com oito anos. — eu não sorria para a foto, me pegou distraído enquanto comia. — Almoçando seu prato preferido daquele tempo, depois você passou a detestar.

— A terceira foto? — ela respirou fundo.

Essa eu não lembro quando tirou, mas sei minha idade.

— Estava com dez anos, passava a maior parte do tempo no quarto mexendo em computadores. — ela tirou enquanto eu digitava. — Um pequeno gênio dos computadores.

Olhei atrás da foto, e ela escreveu algo.

"Meu pequeno gênio, mamãe sempre vai te amar!"

— Tem mais fotos? — ela tirou três montes de fotos. — Quando tirou todas essas fotos?

— Você sempre se distraiu brincando, então era fácil te fotografar. — olhava algumas fotos, me entregou uma. — Nessa você tinha meses, obviamente.

Um pequeno bebê.

Ela me segura, sorrindo pra mim.

— Um bebê ainda. — falou, olhei atrás e tem outra mensagem.

"Mamãe sempre vai te proteger pequeno!"

Entreguei para ela, me deu outra.

— Você tinha completado um ano aí. — tem um bolo lindo na minha frente, e ela ao lado parecendo bater palma enquanto me olha sorrindo.

Ela me mostrou mais duas fotos, menos de cinco anos.

— Essas mensagens que tem atrás, faziam parte da terapia? — perguntei.

— Não, eu escrevia assim que tirava. — respondeu. — A única que escrevi na terapia, foi essa.

Entregou, olhei com cuidado, com onze anos.

— Essa foi no dia que tudo mudou, a última foto que tirei sua. — estava assistindo algo.

Virei para ler o que estava atrás.

"Perdão filho, eu falhei como mãe, deveria ter achado uma outra forma de te proteger, agora eu não sei onde meu pequeno bebê está, se está vivo.

Peço a Deus todos os dias para te proteger, e que um dia eu consiga te encontrar, pedir perdão por tudo que causei a você"

Chá com lágrimas, que delícia!

— Sinto muito por ter causado traumas a você filho! — ela falou, pegando minha mão com cuidado, medo que eu rejeite. — Um dia eu quero te contar tudo que levou aquele triste acontecimento, e espero que você entenda meu lado da história.

— Eu sei que você fez para me proteger de algo pior. — falei, me olhou assustada. — Morar com um apático, me ensinou a ler pessoas pelos olhos, eles nunca mentem.

Só se você for um psicopata, porque aí você não tem expressão nem nos olhos.

— Você está certo, quando estiver pronto, eu te contarei o que aconteceu. — não estou tão ansioso, essa é uma parte da minha vida que às vezes eu finjo que não aconteceu. — Mas saiba que eu sempre te amei muito, e nunca tive problemas com você ser gay.

Sabia, essa era uma parte estranha da história, que agora faz sentido.

— Então aquilo que falou sobre Deus te dar a Flora para ensinar...

— Falei porque ainda não podia ser tão clara com você, era nosso segundo encontro, e você ainda não confiava em mim, com razão. — falou. — Flora é o presente que ganhei, não uma lição para me ensinar algo, o melhor presente.

Eu sempre fico sem reação ao ouvir ela falando assim.

— Um dia vai se acostumar. — fiquei confuso. — Em me ouvir sendo mãe de verdade.

— Como sabe o que pensei? — perguntei.

— Sou sua mãe, Jimin, suas expressões são conhecidas por mim, nunca as mudou. — realmente. — Continua sorrindo apenas com os lábios quando cumprimenta alguém que não gosta.

— Não sabia que fazia isso quando criança. — continuamos tomando café e conversando sobre mim, minha infância.

Gostei de conversar com a minha mãe, e agora que estou conhecendo ela.

— Além de conversar, qual o motivo que me chamou, mãe? — perguntei quando terminamos.

— No próximo mês você faz aniversário, vinte anos. — sim. — No dia eu não estarei no país, Jeremy vai precisar ir para a filial da empresa nos Estados Unidos, além de cuidar das meninas, vou estar resolvendo assuntos da empresa conjunta.

— Então vocês todos vão para os Estados Unidos? — confirmou.

— Seu aniversário será no sábado, no sábado antes eu quero fazer um almoço pra você, porque no domingo nós embarcamos. — almoço para mim. — Pode chamar seus amigos,  Hoseok e Heron, certo?

Confirmei, falta mais de um mês, e ela já está se programando para fazer algo para mim porque não vai estar no dia.

Eu só sinto vontade de deitar em posição fetal e chorar.

— Faço sua comida favorita, se não for a mesma de quando criança, só me avisar. — falou.

— É a mesma.

— Que bom! Faço um bolo, docinhos, e cantamos parabéns. — contou seus planos. — Tudo bem para você?

— Sim, mãe, obrigado! — agradeci. — Virei com o Jungkook e meus amigos, os namorados deles podem vir?

— Claro. — okay!

— Agora eu preciso ir mãe, Jungkook já deve estar pensando que não vou mais. — falei.

— Eu te levo até a porta. — nós levantamos e fomos até a porta, troquei a pantufa pela minha bota.

Ela abriu a porta.

— Tchau mãe! — me despedi. — Obrigado pelo café.

— Não foi nada filho. — foi sim. — Tchau! Toma cuidado com essa arma.

— Sempre. — fui até o carro.

— Jimin. — olhei para ela. — Tenho muito orgulho de você!

— Obrigado mãe! — abri a porta do carro e entrei, devolvi os óculos aos meus olhos.

Saí do condomínio.

Foi bom passar esse tempo com ela.

O caminho para a central foi rápido, porque eu acelero muito.

Estacionei ao lado do Jungkook, saí do carro, prendi a outra arma no coldre.

Não olhando para os lados eu fui caminhando.

— Jimin. — Hobi.

— Oi! — falei.

— Bolinho? — ofereceu o que ele está comendo.

— Obrigado, comi muito com a minha mãe. — recusei.

— E como está a tia Mary? — olhei para ele.

— Bem. — lembrei de algo. — Os novatos chegaram?

— Sim, todos são legais, vai gostar de quem escolheu. — que bom! — E vai continuar sendo equipe arco-íris.

— Todos LGBT? Até o idoso? — perguntei.

— Sim, ele é casado há vinte anos, mas tem o relacionamento desde os quinze. — caraca. — E não são todos, tem uma que é hétero.

— Não é chata, né? — a última dormiu com o Jungkook.

— Na verdade, ela é a mais legal. — confio no Hobi.

Entramos na central de comando, atraindo olhares.

—  Equipe, esse é o agente Park Jimin. — Jungkook me apresentou, tirei os óculos. — Ele é hacker, especialistas em armas, e estrategista.

— Gênio também. — Hobi completou.

— Olá! — falei.

— Nossa, você é mais bonito do que falaram. — uma novata me elogiou. — Prazer, Jéssica Jung.

— Prazer, já sabe meu nome. — fez fila para eu cumprimentar.

Quem vai substituir a Rosé é a Jéssica, a Hwasa será a Hwang Sun-hee, o Namjoon é e o senhor Lee Wong-jong, o Taehyung será o Jang Tae-hoon.

Yoongi escolheu uma moça, Kim Dong-a, o Hyun será substituído pelo Seo Yoon-yi. Agora meus amigos, Heron escolheu uma mulher, Lee Bo-hee, Hoseok é um nerd novinho Kim Tae-han.

O meu já falei sobre ele, mas o nome é Eric Lee.

— Oi, eu sou o Eric! Disseram que você é o meu tutor. — falou.

— Sim, eu vou te ensinar como sobreviver nesse lugar. — ninho de cobra.

Ele fez algumas perguntas, fáceis.

— Gatinho. — Jungkook parou ao meu lado, os novatos ficaram sem entender. — Preciso de você na minha sala.

Nós saímos, ele com a mão na minha cintura, deixamos os rostos confusos na central.

Entramos em sua sala, ele fechou a porta.

— Do que preci... — me beijou.

Retribui, segurei em seu terno.

— Você demorou! — falou. — Senti sua falta!

— Também senti a sua! — me deu um selinho demorado.

— Eu te amo! — beijou minha testa.

— Eu te amo! — fez carinho na minha bochecha. — Você aprontou, neném?

— Só estou sendo carinhoso com meu namorado que basicamente me caçou ontem. — o medo de ser caçado de novo. — Não aprontei nada, eu juro!

Está falando a verdade.

— Okay! Temos algum caso? — perguntei.

— Vários, pode escolher. — apontou a mesa dele, uma pilha de pastas de casos.

— Posso mesmo? — confirmou.

Me afastei e fui até a mesa, olhei algumas.

— Esse aqui. — entreguei para ele.

— Moças pequenas vestidas como bonecas. — leu um pouco. — Vou pedir o avião, nós vamos para Busan!

Legal!

Não a parte das moças, a parte da viagem.

— A equipe toda vai? — perguntei.

— Não, possivelmente o Hyun vai ficar, a mãe dele está no hospital. — é melhor ficar. — O Namjoon também, mas é por ser pai e o Jin está lotado de processos para resolver, de restante vão todos.

— Okay!

— Vou comunicar o chefe e avisar qual caso pegamos, explica isso para a equipe, mas antes fale com a Eun-jae. — revirei os olhos. — Não faz isso gatinho.

— Faço sim, não gosto dela. — falei.

— Por quê? — perguntou.

— Você dormiu com ela, ou se esqueceu disso? Agora eu não gosto dela. — virei para sair.

— Vai ciumentinho. — olhei bravo para ele. — Não tá mais aqui quem falou.

Medroso!

Saí do escritório dele e fui até a central de comando, Hobi começou a choramingar assim que viu a pasta na minha mão.

— Caso não.

— Caso sim. — segui até a parte da frente, Eun-jae está mexendo no celular. — Oi!

— Olá, Jimin! Posso te chamar assim? — confirmei. — É um caso? — guardou o celular.

— Sim, Jungkook me pediu para passar para a equipe e te explicar antes. — falei.

— Sou a toda ouvidos, pode explicar. — entreguei a pasta e fui explicando. — Entendi!

— Vou passar para a equipe. — me deu a pasta de volta, chamei o Namjoon e ele pegou o código do caso, ter acesso às fotos e colocar no telão.

— Pronto! — me deu o controle.

— Peço atenção de todos. — foram sentando em seus respectivos lugares, quando todos estavam sentados e quietos, comecei a falar. — O caso de hoje é algo que está acontecendo nesse momento, tem três moças desaparecidas, a mais nova tem vinte e cinco anos, e duas de trinta anos.

Jeon chegou, mas sentou no meu lugar.

Ladrão!

— Duas moças foram achadas, estavam sequestradas há um mês. — caso complexo.

Jéssica levantou a mão, permiti que falasse.

— Como morreram? — excelente pergunta.

— A primeira morreu de derrame, e a segunda foi hemorragia cerebral. — os pontos de interrogação aparecendo.

Quem ficará no lugar do Yoongi levantou a mão, Dong-a.

— São mortes diferentes, como sabem que é o mesmo elemento? — é aí que a coisa fica estranha.

— Porque quando os corpos foram encontrados estavam assim. — apertei o botão, e apareceu as fotos.

As duas vestidas como bonecas japonesas, uma em um parque, e a outra em um templo budista.

— Mas elas parecem perfeitas, tirando a parte que estão mortas. — Eric falou.

— Remorso, por isso estão limpas, bem vestidas, e sem sinais de abuso. — expliquei.

Mais uma pergunta, permiti.

— A que foi deixada em um templo budista, pode ser um ataque à religião? — neguei.

— Se o problema fosse com a religião as duas seriam deixadas em templos, como só uma foi, mesmo o lugar sendo importante para o elemento, não tem a ver com a religião. — olharam mais as fotos.

— O que ele faz nesse tempo que passa com elas? — não vi quem fez a pergunta.

— Quem perguntou? — uma mão foi subindo, Sun-hee, vai ficar no lugar da Hwasa, é bem tímida. — No corpo das duas tinham remédios que paralisam, passaram um mês paralisadas.

— Elas foram abusadas? — Jéssica perguntou, está anotando tudo que estou falando.

— Outra pergunta, ficaram em coma? — Tae-han, o nerd que o Hobi escolheu.

— Elas não foram abusadas. — respondi. — E não estavam em coma, para ser coma deveria ter sido encontrado no corpo fenobarbital, para que ficassem inconscientes, elas podiam abrir e fechar os olhos, ouvir, e até sentir estímulos.

— Estavam paralisadas, mas consciente? — Yoon-yi perguntou.

— Sim, imobilidade corporal, mas a mente consciente. — respondi, olhei a pasta.

— Sinistro. — Hobi falou.

— Esse é um caso que apesar de ter detalhes diferentes, é fácil, nossa equipe oficial resolve um caso assim em um dia. — ficaram surpresos. — Isso está acontecendo em Busan, então nós iremos para lá.

Olhei Jeon.

— Nós iríamos com o avião da I.C, mas ele está em uso pela equipe de combate, então eu comprei passagem para todos. — Jeon falou.

Entregou as passagens.

— Hyun e Namjoon não vão, né? — os dois negaram.

— Ficamos novamente! — fizeram high five.

— É vôo particular, estejam no aeroporto em uma hora, contando a partir. — olhou no relógio do pulso dele, e eles já estavam levantando. — Agora.

Deu nem um minuto e todos já foram.

— Vamos gatinho, temos que fazer as malas. — saímos de mãos dadas. — Se você quisesse eu teria te colocado como líder.

— Eu quase não passaria tempo com você. — falei.

— Como assim? — perguntou.

— Já explico.

Esperei estar no carro, coloquei o cinto. Saímos da central em cinco minutos.

— Eu teria que chegar aqui às 06:00 e sair às 17:30, muito tempo sem você. — simples.

— Vendo por esse lado, na máfia não tem hora de chegada, nem de saída. — ótimo, tem dia que nem irei.

— Confia mais em mim para ficar como líder, do que na Eun-jae? — perguntei.

— Sim, eu confio em você para dormir ao seu lado, mesmo quando está com raiva. — ri com isso. — E quem ficaria era o Tae, mas ele obedece ao Yoongi, então os dois estão saindo.

— Você me obedece. — falei.

— Óbvio, eu gosto de viver. — medroso! — A Eun-jae foi a terceira opção, a primeira era você, mas você não quer ficar.

— Não, o povo de lá me odeia e é recíproco. — falaram mal do meu neném fingido.

— Aí foi o Tae, mas ele também quis sair, então sobrou a Eun-jae. — entendi. — Não posso sair sem deixar um dos meus de olho no que acontece nos crimes.

— Sabia que ela era da máfia. — eu sempre tenho razão. — Por que não escolheu alguém que não dormiu?

— Eu nunca dormi com ela, gatinho. — mentiroso.

— Dormiu sim! Quando te perguntei, você ficou quieto, quem cala consente. — para cima de mim? Nem vem.

— Eu não dormi, e silêncio não é sinal de confirmação. — é sim. — Gatinho, acessa o Instagram dela.

Acessei.

— Nada demais. — falei.

— Vai descendo até quinze anos atrás. — tudo isso?

Meu dedo quase ficou sem digital de tanto que passou na tela.

— Agora vai em uma publicação que ela está abraçada com a bandeira LGBT. — entrei na foto.

Li o que ela escreveu.

Tá de brincadeira?

— Ela é lésbica? — confirmou.

— Viu? Eu não dormi com ela, ciumento! — bati nele. — Eu disse que não dormi, por que apanhei?

— Por me chamar de ciumento. — não sou. — Você pode ter ficado com ela antes.

— Gatinho, se ela ingressou na polícia com dezoito, e aí ela tinha dezessete, eu já era de maior. — ah! — E eu tinha ela como irmã mais nova.

Fofo!

— Eun-jae é inofensiva, apesar daquela pose de durona, ela tem medo de barata e grita se ver um rato. — eu também. — Pode ficar tranquilo!

— Preciso ver isso com meus próprios olhos, aí confiarei nela. — antes disso não.

— Como quiser gatinho desconfiado! — sou mesmo. — Foi tudo bem na sua mãe?

— Sim, conversamos bastante. — respondi. — Ela tem muitas fotos minha quando criança.

— Quero ver como você era criança. — quase o mesmo tamanho, mas mais fofo.

— Minha mãe disse que no dia que foi levar meu progenitor, você roubou uma foto minha. — ele parecia se lembrar.

— Ah! — lembrou. — Estava abraçado com a sua mãe, sorrindo muito.

— Por que levou a foto? — perguntei.

— Toda criança que eu tirei de um pai abusador, eu tenho uma foto. — por que? — Mesmo que eu faça coisas ruins, olhando as fotos lembro que já salvei muitas crianças.

— Inclusive eu. — peguei sua mão. — Obrigado!

— Sempre vou te salvar gatinho! — assim espero.

O restante do caminho eu fui olhando qual hotel iremos ficar. Ao chegar, olhei a Lamborghini parada.

Hobi trouxe ela para mim, ele foi de táxi para a central.

Subi em seguida, e vi que Jeon estava colocando comida para o Mochi.

Fui para o closet, separei duas malas pequenas.

Comecei a arrumar a minha, levando mais duas armas. Roupas para quatro dias, e dois pijamas. Fora sapatos, e produtos de higiene.

Resolvi arrumar a do Jungkook, quatro ternos, e três roupas para dormir, sapatos foi fácil, um social e um tênis.

— Pega seus produtos de higiene, neném. — falei ao ver ele me olhando pelo reflexo do espelho.

Voltou em menos de dois minutos, coloquei em uma nécessaire e guardei.

— Confere se peguei tudo para você. — fui conferir minha mala.

Roupas, pijamas, sapatos, armas, produtos.

Toalhas e roupão, não confio em toalha de hotel.

Coloquei na mala do Jungkook após ele terminar de conferir. Na mala dele, colocou a caixinha de dois relógios, e na minha eu decidi levar três óculos escuros.

— Pronto? — confirmou.

— Agora só falta pegar os documentos. — falei.

Peguei uma bolsa branca tiracolo, da Chanel, coloquei os meus documentos e do Jungkook, mais as passagens, também coloquei meu cartão.

— Agora eu vou pegar meus aparelhos de viagem. — enquanto isso ele foi levar o Mochi e suas coisas para o apartamento do Hobi, Joseph vai cuidar dele.

Em uma mala própria, guardei dois MacBook que só uso quando vou viajar, dois iPad, e os cabos.

Ao terminar, comecei a levar as coisas para o estacionamento, e colocar no carro. Jungkook apareceu com Hobi.

— Vai morar em Busan? — perguntei olhando o tamanho da mala do Hobi.

— Muito engraçado! Ha ha. — fingiu rir. — Sou precavido, não quero ser pego de surpresa em nada.

— Exagerado, isso sim. — Jungkook guardou a mala do precavido. — Vamos!

Entramos no carro, Jungkook na direção.

— Hobi, quem é a hétero da equipe? — perguntei.

— A Jéssica. — respondeu. — Ela não é 100% coreana, nasceu no Brasil, mas os pais são coreanos.

— Brasil, saudade! — passei bons momentos lá enquanto me recuperava. — Quando ela veio para cá?

— Faz cinco anos, até então ela morava lá. — entendi. — Ela fez faculdade aqui, e depois foi fazer o treinamento para entrar na I.C.

— Inteligente! — falei. — Você tem certeza que ela é hétero? Senti uma vibe LGBT nela.

— Ela só mentiria a sexualidade se todos ali falassem que são héteros e odeiam os LGBT, mas todos fazem parte de algum jeito. — faz sentido. — Quem a Hwasa escolheu, ela é trans, nunca tivemos antes.

— Teve sim. — olhamos Jungkook. — Ele foi transferido para Busan.

— Falava mal de você? — perguntei.

— Não, ele pediu transferência porque a avó mora em Busan e ele iria cuidar dela. — agora entendemos. — Vão conhecer, ele é o segundo da comandante Kim.

— Como não soubemos que ele é trans? — Hobi perguntou. — Sempre tivemos a política de zero julgamento.

— Eu soube assim que ele foi aceito, mas pediu que não contasse, então eu não contei. — Jungkook sabe guardar segredo. — Quando ele iria revelar para equipe, a avó dele adoeceu e ele foi transferido.

— Por que está contando agora? — perguntei.

— Ele disse que poderia contar, e já fazem três anos que ele pediu transferência. — ah, tá! — Podem continuar a conversa.

— Voltando a quem vai substituir a Hwasa, ela é bem tímida, mas se deu bem com o Tae-hoon. — substituto do Tae.

— Ele é gay, bi, ou pan? — amo falar da vida dos outros com o Hobi.

— Pan, bi é ela. — entendi. — Jungkook, você é o quê?

— Sem rótulos. — ele realmente não se rótula. — Mas só me atraio pelo Jimin.

— Jiminsexual. — concordo.

— Boa definição. — até o Jeon concordou.

— Com quantos anos se assumiu, Hobi? — perguntei.

— Treze, mas já tinha ficado com metade dos meninos da rua. — desde cedo, um safado. — Antes que meus pais soubessem pela boca de alguma velha fofoqueira, eu contei.

— Como reagiram? — fico interessado com essas coisas.

— Olharam um para o outro, meu pai voltou a ler o jornal, mas disse, "já sabíamos". — sempre sabem. — Sabe como descobriram? Quer dizer, como tiveram certeza, já desconfiavam.

— Como?

— Um idiota que eu fiquei, foi pedir para o meu pai se podia me namorar. — eu ri. — E você, quando ficou com um menino pela primeira vez?

— Só beijar? — confirmou, Jungkook já sabe. — Com onze, um menino dois anos mais velho.

— O garoto que perdeu a virgindade também era mais velho? — confirmei. — Você tem um tipo, e precisa ser mais velho.

— Então eu faço seu tipo, gatinho? — concentra no trânsito, safado!

— Sempre fez, agora olho no trânsito. — cada coisa.

— Ficou com quantos, Jimin? — perguntou.

— Oito, sem contar o Jungkook. — respondi. — Porque nós dois não é uma ficada, é um relacionamento sério.

— Meloso! — sou mesmo.

— E você? — esperar ele contar.

— Transar ou beijar? — primeira opção. — Quarenta e dois homens.

— Puta! — ele riu, e Jungkook assustado, tadinho do meu neném. — Perdeu a virgindade com quantos anos?

— Catorze. — misericórdia. — Joseph sabe de todos, tinha dois da equipe dele, morreram.

— Como assim morreram? Ele matou? — Joseph parece ser tão anjinho.

— Não foi bem assim. — ele pensou como explicar. — Após ele postar uma foto comigo, esses dois foram fazer comentários sobre já ter dormido comigo, Joseph ficou furioso, aí em uma missão colocou os dois como linha de frente, morreram.

— Defendendo a honra do namorado depravado dele. — bateu no meu braço enquanto eu ria. — Defenderia minha honra neném?

— Já defendi. — quando? — Eu expulsei o Choi do país, mas não contentei com isso, e quando apareceu a primeira ameaça contra a sua vida, mandei alguém ir matar ele, aquele outro hacker também está morto, assim como quem entrou no nosso apartamento.

— Três já foram para a vala. — Hobi falou. — Falta cinco.

— Ele só sabe de um, tem quatro que ele não sabe quem é. — ou já estaria entre os mortos.

— Não vai matar esse um? — Hobi perguntou ao Jungkook.

— Não, eu coloquei uma equipe para passar um tempo seguindo ele, e ele não mostrou ser perigoso, só se atacar Jimin com produtos do mercado, passa maior parte do tempo trabalhando no mercado. — pelo menos um se salvou. — O nome dos outros quatros eu já tenho e estão sendo seguidos.

— Eu não te contei, sabe como? — perguntei. — Se mexeu nas minhas coisas...

— Eu não mexi, e você contou sim. — quando? — No Brasil, você se acabou em bebidas, e costuma ficar bastante falador quando bebe.

— Tirou informações de mim, bêbado? — confirmou. — Pilantra.

— Só foi isso que perguntei, depois te ajudei no banho e coloquei você para dormir, o restante da sua vida, eu espero você contar, gatinho. — não seja fofo agora.

— Casal mel. — olha quem fala.

— Teu namorado te chama de Sol, colocou você como centro para ele. — e quer falar de mim. — Quietinho aí!

— Sou mais velho que você! — grande coisa.

— Claro, hyung! — falei.

— Não, nada de hyung, Hobi. — não quer que saibam que ele é mais velho.

— Chegamos! — Jeon anunciou, Hobi saiu, e eu esperei Jeon abrir a porta para mim.

Pegamos as malas e entramos no aeroporto, despachamos as bagagens e fomos procurar a equipe, não foi difícil achar, com Yoongi estando de cabelo verde menta.

Após achar, Jungkook contou, todos aqui.

— Heron já descobriu algum segredo obscuro? — sussurrei para ele.

— Sim, o namorado do Yoon-yi está traindo ele. — olhei a vítima.

— Como sabe? — perguntei.

— Passei um tempo conversando com ele, e ele respondeu o namorado nesse tempo, foi fácil. — esse Heron. — Agora tô esperando para contar.

— Tadinho. — ser traído deve ser horrível.

Jungkook é meu primeiro namorado, e se ele me trair, será a sentença de morte dele.

— Vamos, podemos ir!

Eu fiquei na primeira classe com o Jungkook, mais o idoso obviamente, Hobi também se recusou a ir na executiva, Eun-jae mais o Heron.

Cabia mais dois, aí foi sorteio, Eric e Jéssica ganharam.

— Deus é bom! — Jéssica falou colocando o cinto.

— Maravilhoso! — Eric concordou. — Jimin, qual era seu nome de hacker?

— Ainda é, Gatinho 2119. — ele abriu a boca.

— Cuidado com o mosquito. — Jéssica fechou a boca dele.

— Mas esse... — ele teve até que processar a informação. — Esse é o hacker mais perigoso da Ásia.

Jungkook me olhou.

— Melhor, eu sou o melhor, perigoso não. — está inventando neném, não liga para ele.

— Então realmente te prenderam? — Heron e Hoseok riram.

— Não, eu não fui preso, me ofereceram um acordo muito beneficente. — falei. — As provas eram péssimas, e eu poderia me livrar daquilo sem nem pisar em um tribunal, mas resolvi aceitar.

— Por que? — Jéssica perguntou. — Se você poderia se livrar das acusações, por que aceitou?

— Eu queria ele! — apontei Jungkook. — Então aceitei, para correr atrás do meu sonho, casar com ele!

— Já casaram? — neguei.

— Uma hora o pedido sai. — não tenho pressa.

— Mas como se apaixonaram? — Eric perguntou.

— Ele viu que faltava na vida dele um doidinho, que não para de falar, louco por rosa, gatos, bem mais novo, metido a hacker. — fiz rirem enquanto Jeon negava.

— Quantos anos tem de diferença entre vocês? — o senhor Lee perguntou pela primeira vez.

— Treze anos. — só Jessica não se espantou.

— Pensei que fosse mais. — ela falou. — Chefe, o que te chamou atenção no Jimin?

É, o que chamou?

— O sorriso, gesticular com as mãos quando está empolgado ao falar, ficar feliz quando faz amigos. — contou. — E não parar de falar um segundo.

— O destino é incrível, você odeia que falem demais, se apaixonou por quem não consegue ficar quieto. — Eun-jae falou.

— E você Jimin? — eu, o quê? — O que te chamou atenção nele?

— O jeito de me mandar ficar quieto. — brinquei e eles riram.

Não preciso pensar para falar.

— Ser muito sério, mas me fazer rir com facilidade, a sinceridade, ser direto sobre o que quer, e não saber ser sarcástico ou irônico quando se chateia. — simplesmente fala que está chateado.

— Sério? Vi ele sorrir várias vezes. — Jéssica questionou.

— Eu aposto todo meu dinheiro para falar que ele estava sorrindo olhando o Jimin. — Hobi, ela confirmou. — Agora ele é assim, antes, era impossível.

— Conheço ele há mais de dez anos e afirmo, Jungkook não ficava mostrando os dentes para ninguém. — Eun-jae confirmou o que Hoseok disse.

— Por isso gosta da seriedade dele? — Eric perguntou.

— Sim, ele só sorri para mim. — meu neném. — Agora deu de falar de nós dois.

— Só mais uma coisa. — permiti. — Jimin, pode mostrar a mão?

Mostrei a ela.

— Chefe. — mostrou.

— Entendi. — eu não.

— Precisou olhar as mãos para saber? Isso é meio óbvio. — agora com o comentário do Hoseok eu entendi.

— Julgar pela aparência seria errado. — concordo, mas faço sempre.

Ela queria saber se eu sou o ativo, piada!

Gosto de ser passivo, e mandar no ativo!

— Vocês dois namoram? — Eric perguntou para o Hobi e Heron.

— Um com o outro? — Heron perguntou, Eric confirmou, aí eu ri. — Não tô te entendendo legal, Eric.

— Deus que me livre, namorar com alguém igual ao Heron. — Heron se fez de ofendido. — Eu namoro o líder da força tática, Joseph White.

— Eu namoro o diretor da base de treinamento que vocês ficaram, Liam Park. — Heron informou.

— A nossa futura chefe namora? — só levantou a mão mostrando que não tem aliança.

— E vocês dois namoram? — Eric negou.

— Sou muito nova para namorar, esperar ficar mais velha ter uns trinta anos. — Jungkook e Eun-jae olharam para ela. — Não tô dizendo que precisa ser velho para namorar, e nem que os senhores são velhos, o que eu quis dizer...

— Está piorando, Jéssica, eles entenderam. — Senhor Lee falou.

— Droga! Sempre falo coisa errada quando fico nervosa. — tadinha. — Desculpa senhor!

— Tudo bem Jéssica! — Jeon botando medo na menina, maldoso.

Senhor Lee engatou em uma conversa com Eun-jae, Eric e Jéssica conversando com Hoseok, Heron foi ler.

— Gatinho, eu não entendi o porquê da Jéssica querer ver nossas mãos. — a inocência dele para certas coisas também chamou minha atenção, mesmo sendo um safado para outras. — Me explica?

— Ela queria saber quem de nós dois era o ativo. — ele olhou as mãos dele. — Suas unhas bem cortadas, neném.

— Não posso te machucar, gatinho, só você pode ter garras. — sim, para arranhar suas costas quando estiver em cima de mim.

Tenho que parar de pensar nessas coisas, greve Jimin, concentre nela.

— Quando sair eu vou voltar a pintar, elas viviam em tons de rosa. — falei olhando as minhas. — E com adesivos de gatinho.

— Combina com você. — eu sei. — Como está em voltar a Busan após tantos anos?

— Tranquilo, eu tô bem! — afirmei.

— Se algo mudar, me fale. — vou falar. — O que vai fazer agora?

— Estudar o caso, tenho umas teorias. — quero chegar preparado. — Por que a base da I.C de lá pediu nossa ajuda?

— Porque somos os melhores, e somos famosos por resolver os casos rapidamente. — sim.

— Você vai fazer o quê? — perguntei.

— Resolver umas coisas. — pelo celular.

Enquanto eu passei uma hora estudando o caso e fazendo anotações, ele ficou o tempo inteiro digitando.

Às vezes eu olhava de relance, conversou com a Luana, o pai, e mais dois que não sei quem é.

Quando avisaram que estaria pousando, eu coloquei o cinto novamente e ele desligou o celular.

Frio na barriga enquanto está descendo.

Assim que pousou, esperamos liberarem para sair.

Logo estávamos saindo do portão de desembarque.

Homens de terno nos cercaram, falaram baixo com Jungkook, e ele falou outra coisa.

Após todos estarem com as malas, esses mesmos homens pegaram e levaram embora.

— Volta aqui com a minha mala grandalhão. — Hobi. — Tu é grande, mas não é dois.

— Deixa Hobi. — segurei a bicha agressiva. — São subordinados do Jungkook. — sussurrei para ele.

— Ah, tá! — se acalmou.

— Eles trabalham para mim, fiquem tranquilos. — Jungkook falou com a equipe.

— Eu só iria me desesperar se o Jimin corresse atrás de um deles, como ficou imóvel, é confiável. — Jéssica falou.

Saímos e tem uma Van preta, eu olhei a placa, de um lado uma cobra e do outro um dragão, são pequenos e você só vê se prestar atenção.

— Senhor Lee, quer ir com eles, ou no carro? — perguntei a ele.

— Vou com eles, precisam de supervisão. — entrou na Van.

Jeon fechou a porta, e deu duas batidas na lateral, a Van foi ligada e se foi.

— Vamos. — Eu e meus amigos fomos no carro.

— Cheirinho de carro novo. — Hobi com o nariz grudado no carro.

— Para de cheirar o carro, Hobi. — Heron só rindo do bocó.

— Foi comprado para eu usar enquanto estiver aqui. — eu amo tanto ele!

— Rico! — concordo Hobi.

— Posso tirar os plásticos, neném? — perguntei.

— À vontade, gatinho. — tirei todos.

— Te amo! — falei.

— Eu te amo mais! — é como se eu ouvisse os olhos dos dois passageiros revirando.

— Eu esqueci que vocês são um casal recém transados, melosos demais! — esse Hobi inventa cada coisa.

— Calma, vai piorar. — Heron falou.

Discordo.

Fomos direto para a base da I.C de Busan, vi uma mulher de terno esperando, Franchesca esperando com Eun-ji, mais a comandante delas.

É mesmo, Eun-jae e Eun-ji, será que são parentes?

Mas a Eun-ji não tem irmãs, talvez primas?

Jungkook saiu do carro e veio abrir a porta para mim, saí.

As três se aproximaram, a comandante se dirigiu primeiro ao Jungkook.

— Obrigada por virem, eu nunca vi algo do tipo. — falou após apertar a mão dele. — Você deve ser o agente Park, falaram bastante de você.

— Espero que coisas boas, é um prazer. — também apertei a mão dela, ela apertou a mão do Heron e do Hobi.

— Não agradeça a mim, Jimin escolheu esse caso. — o mais interessante.

A van estacionou, e começou a descer os agentes.

— Jeon, você trouxe metade da central de lá? — quase vinte agentes.

— Estou treinando a nova equipe antes de aposentar. — velho né? — Os antigos estão saindo.

— Entendo, então vamos. — sim.

Ele foi na frente com ela e a equipe.

Franchesca e Eun-ji se aproximaram.

— Jimin. — fui abraçado. — Você está mais bonito!

— Obrigado Franchesca! Vocês também estão lindas! — as duas parecem bonecas.

— Sentimos sua falta quando fomos até Seul. — Eun-ji falou. — Até te visitamos, mas você estava completamente desacordado.

—Tempos difíceis! Dica de amigo, não se tranque em um cofre com uma bomba, a chance de dar merda, é grande. — diquinha fácil de seguir.

— E nós aqui suas traíras? Ninguém liga para nós, Heron. — Hobi fez drama.

— Também sentimos falta de vocês, dramáticos! — se abraçaram.

— Liam Park né Heron? — Franchesca perguntou. — Não acredito que ficou com nosso diretor.

— E nós não acreditamos que ficou com a comandante de gelo. — falei.

— Ela não é de gelo. — nós encaramos ela. — Tá! Talvez um pouco, mas comigo ela é quente!

— Sem detalhes! Sexo lésbico não me interessa. — Hobi falou. — Já basta Rosé e Hwasa falando disso em Seul, aqui não.

— Chato! — ele é.

— E você Eun-ji, namorando? — perguntei.

— Não, ela é seletiva demais, qualquer pessoa que chegue perto, ela espinha. — Franchesca respondeu.

— Que calúnia! Tive um encontro ontem mesmo. — garanto que deu ruim. — Se abrir a boca Heron...

— Ele era casado. — sabia!

— Foi péssimo, a mulher dele apareceu e fez um escândalo no restaurante, saí de fininho. — contou, rimos. — Não riam!

— Agente Park. — olhei, é alguém daqui. — Senhor Jeon, está te chamando.

— Diga que já estou indo por gentileza. — se curvou e saiu. — Hora de irmos.

— Ah! Queria ficar conversando. — Hobi reclamou.

Franchesca e Eun-ji foram na frente mostrando o caminho. A sala é do mesmo tamanho da que tem em Seul, mas é menos agentes.

Temos nove lá, aqui é seis.

— E esses são os agentes Park Jimin, Jung Hoseok, e Heron Moreau. — a comandante apresentou nós três. — Agente Park...

— Só Jimin. — falei.

— Okay! Jimin, se aproxime. — fui até onde ela está, vi meus amigos se sentarem perto do Jungkook. — Jeon disse que você tem teorias do caso, pode passar para a equipe.

Filho da mãe!

Olhei para ele, foi levantando a pasta do caso até eu não conseguir mais ver a cara de sonso dele.

Idiota!

— Claro. — eu não pretendia falar minhas teorias.

Ela também se sentou, todos esperando eu falar.

Ainda te mato Jungkook!

— Bom, pela natureza do crime, pode se perceber que isso não foi feito por alguém violento. — você matar não te torna violento, depende da forma que mata.

Você pode ser sádico, louco, doido, um pouco endemoniado, psicopata, sociopata, mas violento nem sempre.

— Como não é violento? — um agente daqui, me cortou.

— Se fudeu! — Hobi e Heron sussurram, li os lábios dos dois.

— Elas tiveram mortes lentas, e terríveis, como isso não violento? — não mata ele Jimin.

— Antes de responder, quando quiser perguntar algo levante a mão. — educação é algo excelente. — Como eu dizia, não é violento porque essas mortes foram acidentais, quem as pegou não queria que morressem. — vou explicar meu ponto. — Jack o Estripador foi violento, Ransom foi violento, agora dar remédio para ficarem paralisadas enquanto brinca de boneca, indica que essa pessoa tem alguma questão mental.

Ter que desenhar é difícil.

— Não tem sangue, não tem marca de amarrações, e nenhum sinal de abuso, o elemento é mentalmente instável. — por que isso é óbvio para mim?

Uma agente daqui levantou a mão, permiti que falasse.

— Por que vestir de bonecas? — ótima pergunta.

— Não falo isso com certeza porque ainda não vimos as vítimas, mas, é quase certeza que envolve a infância do elemento. — respondi. — Heron, fale o que me disse mais cedo.

— O ato de sequestrar mulheres para as vestir como bonecas, e manter paralisadas para que fosse perfeito, mostra que na infância essas bonecas tiveram um significado profundo para o elemento, e recentemente algo mudou tudo. — sim.

— Alguém pesquisou de onde vem essas bonecas? — perguntei.

Franchesca levantou a mão.

— Eu e Eun-ji fomos em um costureiro de roupa para bonecas, ele falou que pela costura, foi feito a mão os vestidos que as vítimas foram encontradas. — contou. — Também disse que as bonecas se parecem com algumas que foram lançadas há vinte e cinco anos, mas tiveram que tirar elas do mercado.

— Contou que a diferença dessas bonecas é que a criança podia escrever cartas a empresa explicando um pouco sobre sua vida, e também falando o porquê merece ter a coleção de roupas especiais. — Eun-ji continuou. — Mas algumas dessas cartas revelaram que as crianças eram abusadas em casa, aí a polícia entrou no meio, e a justiça mandou tirar as bonecas do mercado.

— Isso já deixou óbvio né? — perguntei, os novatos negaram. — Não vou estar para sempre aqui, vai gente, pensem.

Cinco minutos e nada, nenhuma teoria.

— Se foi há vinte e cinco anos, significa que 99% das crianças que tinham essas bonecas eram meninas, então, o elemento é uma mulher que foi abusada. — como são lentos. — Ela tem entre trinta e quarenta anos, provavelmente era um pai, avô, tio, ou padrasto o abusador, e por ter acesso fácil a remédios controlados, é da área da saúde.

Mais um agente daqui levantou a mão.

— Como saberemos quem era o abusador? — quero saber como resolvem casos.

— Me dê uma carta. — dei uma lida. — Olha como é fácil, essa é de um menino. — peguei a parte mais importante. — "Ela sempre diz que sou uma criança especial, e se sou especial mereço ganhar essas roupas". — ainda não entenderam. — É a mãe, mães dizem que seus filhos são especiais.

— Isso ainda não responde como saberemos quem é o abusador. — meu Deus!

— Lendo, leiam cada carta até descobrir quem é a mulher. — burrinhos. — Mais alguma pergunta?

— Pode passar algo mais específico da mulher? — brincadeira né?

— Eu já disse a possível idade, a área que trabalha, quem era o possível abusador, querem mais o quê? — tô perdendo a paciência. — Mesmo que isso seja óbvio, ela é japonesa, porque bonecas coreanas na época que isso aconteceu crianças japonesas não tinham acesso.

Briga velha entre os países.

— Agora está fácil, moleza. — deixei os papéis, a comandante veio até mim, enquanto eles pegavam as cartas. — Deveria mandar o restante dos agentes para o treinamento.

— É, eles vão no início do próximo ano. — por que não agora? — Jeon tem razão, você é excelente no que faz.

Eu sei.

— Obrigado! — fui e me sentei ao lado dele. — Manda um dos seus homens trazer minha mala com minhas coisas.

— Sim, senhor! — engraçadinho. — A rosa claro, ou a rosa escuro?

— Claro. — ligou e fez o pedido.

Meia hora até ele chegar, mais quinze minutos para eu montar.

— Hobi, você não vai fazer nada? — perguntei a quem está lixando as unhas.

— Eu só vim para passear, resolver crime sinistro com bonecas, nem fudendo, eu quero dormir depois sem ter pesadelos. — medroso.

— E você Heron? — mexendo no celular, me olhou.

— Mesmo que ele. — que mentira!

— Você só veio para não ir à casa da irmã do Liam. — Hobi falou. — O Liam não aceitou a balada como desculpa.

— É mesmo, Jungkook, como nós vamos? — perguntei.

— Jungkook? O que eu fiz dessa vez? — perguntou.

— Nada, só pensei que não iria gostar que te chamasse por apelido perto de tantos agentes. — respondi explicando.

— Eu gosto, pode chamar. — tudo bem. — Parece que está bravo ao dizer meu nome.

— Okay, neném! Melhor? — confirmou.

— Quase vomitei. — bati na cabeça do Hobi sem parar de olhar meu namorado.

— Nós vamos quando voltarmos a Seul. — certo.

— Heron, você não evitaria sua cunhada só por ser chata. — parou de mexer no celular.

— Ela é insuportável, e também... — foi abaixando a cabeça perto da mesa, eu e Hobi fazendo o mesmo. — Fica dando em cima de mim quando Liam não está perto.

— Conta para o Liam, e me chama para ver o barraco. — Hobi falou.

— Não vai ter barraco, se eu contar o Liam mata ela. — não duvido, Liam vira o cão com ciúmes.

Parece eu.

— Ela já roubou uns quatro namorados do Liam, se souber que está tentando fazer o mesmo comigo, ele a mata sem nem sentir remorso. — apoio.

— Eu deixava. — concordo Hobi. — Irmã puta, existe um monte de homens no mundo, desnecessário roubar o do irmão.

Comecei a buscar com as minhas informações, após ler as cartas foi fácil.

— Achei amor. — falei.

— Deixa eu ver. — mostrei. — Pai médico e dono de clínicas?

— Sim, e abusador também. — entreguei a carta. — Tenho o endereço da clínica que o pai dela está hoje, vamos.

— Vamos! Hoseok não quer ir né? — perguntou ao meu amigo.

— Passear Jungkook, ir ao lugar que ela está escondendo mulheres paralisadas e vestidas de bonecas não. — medroso.

— Eu vou. — Heron levantou, levantei também.

— Jéssica ou Eric? — olhei os dois.

— Eric. — ele é meu aprendiz.

— Já achamos quem é. — ele falou se levantando. — Taehyung, ligue para equipe de resgate e ambulância, fique preparado para a minha ligação te falando um endereço.

— Sim senhor!

— Eric, vamos.

Fomos até o estacionamento, e saímos com o carro.

— O pai dela a tratava com choque para esquecer da morte da mãe. — falei lendo a ficha. — Ela perdeu a mãe com cinco anos, desde então viveu um inferno na mão do pai.

Minha vida seria exatamente assim se minha mãe tivesse morrido.

— Sinto pena dela, vai passar o resto da vida na cadeia, sendo que o culpado vai sair livre. — Eric falou. — O crime contra ela já prescreveu.

— Não tão livre. — olhei a janela.

Após chegarmos na clínica, entramos direto.

— Onde fica a sala do doutor? — perguntei a recepcionista.

— Não podem entrar lá. — moça, calada.

— Sala do doutor. — coloquei o distintivo na bancada.

— Corredor três, segunda porta à esquerda. — melhor assim.

Na sala do doutor não tinha ninguém, mas a prateleira atrás dele estava cheia de brinquedos.

— Cada um desses brinquedos representa uma criança. — Heron falou.

Um homem de jaleco saiu de uma porta dentro do escritório.

— Quem são vocês? — perguntou.

— Agentes da Inteligência Coreana. — Jeon falou. — O senhor poderia dizer onde está sua filha?

— Ela deveria estar aqui, toda sexta-feira, é para cá que ela vem. — droga.

— Ela deve ter nos visto entrando. — falei.

— Sua filha é suspeita de manter em cativeiro três mulheres, e matar duas. — por enquanto. — Sabe onde ela poderia estar?

— Não sei, ela não fala comigo. — por que será né? — Já que ela não está aqui, vocês podem ir embora?

— O senhor sabe que existem outras maneiras de ajudar crianças que perderam a mãe? — Heron perguntou. — Uma que não envolve tortura?

— Ela está bem. — claro, sequestrou cinco mulheres, ela tá ótima!

— Sua filha escreveu uma carta que prova que o senhor a abusou. — continuou. — E esses brinquedos provam que não parou na sua filha.

Psiquiatra infantil.

— Quer levar uma carta de uma menina de seis anos que tinha acabado de perder a mãe, e um monte de brinquedos, que tribunal vai me condenar? — da máfia.

Eles matam de um jeito terrível pedófilo.

— De quem era esse brinquedo? — Heron foi colocando os brinquedos na mesa, e ele falando. — Quantos minutos eu teria que conversar com essas crianças para fazer elas contarem que você as molestou? E esses brinquedos foram lançados esse ano, o crime está fresco, você pode pegar pena de morte dependendo do júri e do promotor.

Se for levado para Seul e for o Jin, se fudeu!

— Você vem conosco. — como não está preso, é sem algemas.

Saímos da clínica com ele, Jungkook o colocou no carro.

— Eu vou de táxi. — falei. — Não vou conseguir passar meia hora no carro com ele.

— Quer que eu chame uma viatura? — neguei.

— Pode levar ele, vou ficar bem! — foi desconfiado para o carro.

— Fico com ele. — Heron falou.

— Tudo bem! — o carro se foi.

— Por que ficou? — perguntei.

— Não sei, você ainda não me falou porque quis que eu ficasse. — me leu de novo. — Então, o que queria falar comigo que Jeon não pode saber?

— Eu tô sentindo que vou precisar disso, você vai me ajudar.

Contei para o que eu precisava de ajuda.

— Quando vai contar a ele sobre isso que me falou? — perguntou.

— É melhor ele descobrir sozinho. — respondi. — Se eu contar, vai querer saber tudo, e ainda não tô legal para contar a história toda.

— Conselho, você escolhe se vai ouvir ou não. — esperei ele falar. — Conte, ele descobrindo sozinho ou pela sua boca, vai querer a história toda, e mesmo que doa, ele vai te ajudar a superar. — eu sei. — Adiar a dor, não faz doer menos depois.

— Te odeio Heron. — ele riu.

— Você me ama. — besta.

Voltamos para a central, Jungkook mandou agentes em todas as clínicas, em nenhuma ela estava.

A tarde já está caindo, anoitecendo.

E eu tô com fome!

Quando deu seis horas fomos liberados, aleluia!

No caminho até o hotel, Hobi não parava de falar que precisava chegar rápido para colocar o celular para carregar, porque já estava há trinta minutos sem falar com o Joseph.

Uma década né tadinho?

Jeon abriu a porta para mim, no estacionamento do hotel, saí e ele pegou minha mão.

— Com fome, gatinho? — confirmei.

Vi os agentes descendo da Van, todos cansados, das buscas em seis clínicas não foi fácil para eles.

Subimos até o hall do hotel, Jungkook pegou os cartões.

— Cada um vai ter seu quarto? — Eric perguntou após receber o cartão.

— Sim. — continuou entregando. — Menos Yoongi e Tae, que são um casal, assim como eu e o Jimin. — dormir juntinhos. — Hoseok e Heron podem ficar no mesmo quarto, melhores amigos.

— Jimin, seu namorado não vai muito com a minha cara. — apenas ri do dramático. — Me recuso dormir com o Heron.

— Por que? Sou um ótimo colega de quarto, e tenho a mesma altura do Joseph. — um centímetro menor. — Pode fingir que sou ele, sem qualquer contato físico.

— Te falta muita melanina para parecer o Joseph, e você tem 1,96, ele tem 1,97. — falei. — E meio, pode chegar a 1,98.

Misericórdia, que poste!

— Seu namorado tá solteiro, Hoseok? — Hobi olhou bravo para quem perguntou.

— Ele quer morrer Jimin, tô sentindo isso. — bichinho ciumento.

— Vamos subir, o jantar no hotel serve sete e meia. — Jeon falou antes que Hobi sacasse a arma.

Entramos no elevador com meus amigos, mais a Jéssica, Eun-jae, e Eric.

Eles saíram no décimo andar, Hobi e Heron saíram no décimo sexto andar.

— Nós ficamos em qual andar, neném? — perguntei.

— Último. — interessante.

Abriu a porta e nós saímos, fomos até uma das portas de duas folhas, são quatro quartos na cobertura.

Ele passou o cartão no sensor, abriu e nós entramos, as malas aqui dentro.

Tirei minha bota no hall, deixei ali. Tirei as armas do corpo e coloquei em cima de uma mesa de vidro, com o distintivo, Jeon fez o mesmo.

Fui até minha mala, deitei ela no recamier.

— Esse quarto é bem grande. — comentei.

É enorme!

— Para ficarmos bem confortável. — claro.

— Nós vamos descer para comer? — perguntei.

— Não, vou te levar para jantar. — evitei sorrir muito.

— Tudo bem.

Peguei uma roupa, minha toalha, meu creme e fui para o banheiro.

Grande também.

Uma parte do cansaço foi com água. Sequei bem meu corpo, passei creme no corpo.

Vesti uma calça preta, e regata gola alta preta. Saí do banheiro, dobrei a roupa suja, peguei a sacola que trouxe para isso e coloquei dentro.

Jeon entrou no banheiro.

Terminei de me arrumar, passei perfume e desodorante, uma leve maquiagem porque estou um pouco com cara de sono.

Chapinha em alguns lugares do cabelo.

Calcei um tênis branco, e vesti um casaco bem leve rosa.

Tô pronto!

Sentei na cama, peguei meu celular e fiquei jogando até Jeon estar pronto.

Ele saiu do banheiro, quase como eu, de calça jeans preta e camiseta preta.

Terminou de se arrumar em cinco minutos, só calçou um tênis e colocou jaqueta.

Ele passa perfume no banheiro, desodorante também, raramente faz isso fora.

— Vamos gatinho? — perguntou após passar um pente no cabelo, tá grande de novo.

Uma delícia!

— Quer prender? — perguntei apontando o cabelo dele.

— Sim, mas não achei o lacinho, laço, amarrador, não sei como você chama. — puxei a manga do casaco mostrando.

— Lacinho. — levantei e fiz ele sentar, fiquei entre suas pernas, juntei a parte de cima que está maior, amarrei atrás. — Lindo!

— Você é mais! — levantou. — Obrigado!

— Por nada! Vamos! — coloquei o celular no bolso e nós saímos.

Descemos no elevador.

— Não vamos de carro? — perguntei.

— Não, é aqui perto. — okay.

Após sair do hotel, nós andamos duas quadras, até chegar em um restaurante muito bonito, mas simples, nada chique.

Gostei!

Entramos, ele já tinha reservado uma mesa. Fomos atendidos rapidamente, depois de fazer o pedido, nós ficamos conversando sobre o que faremos no final do ano.

Ele não quer passar aqui com a família, não gosta dos primos, tô passando a ter certeza que o Jungkook ama só eu.

Até queria passar com minha mãe, mas ouvi Flora falando que eles podem ir viajar para Alpes suíços.

— Podemos ir ao Canadá. — sugeri. — É bem frio, e longe da Coréia.

— Alugamos ou eu compro um chalé na montanha, e passamos o Natal mais o ano novo juntinhos. — sim, só nós três.

Tem o Judas.

Jantamos e eu pedi uma sobremesa, dividimos ela. Ele pagou a conta, nós voltamos para o hotel, tô com sono!

Chegando no quarto, fui para o banheiro. Fiz minha higiene bucal, dentes limpos.

Com lenços tirei a maquiagem do rosto, saí do banheiro.

Troquei a roupa que usava por camiseta branca do Jungkook e um micro shorts.

Deitei na cama, vou dormir logo.

— Gatinho, deita embaixo do edredom.

— Tá calor. — falei.

— Eu vou ligar o ar-condicionado. — me enfiei embaixo do edredom.

Ele deitou ao meu lado após ligar o ar e apagar a luz, me abraçou.

— Boa noite, gatinho! — beijou minha nuca.

— Boa noite, amor! — dormir bastante agora.

Durante a madrugada ouvi o celular do Jungkook tocar, e ele, atendendo, saiu da cama.

— Aonde vai? — perguntei.

— Ela sequestrou outra mulher, eu vou ir até a cena, você pode dormir. — levantei meio dormindo. — Gatinho, você está morrendo de sono.

— Quero resolver esse caso logo, e eu que escolhi vir pra cá.

Fui até o banheiro, lavei o rosto para despertar um pouco. Escovei os dentes, e passei creme nas olheiras.

Enquanto Jungkook entrou, comecei a me trocar. Coloquei uma calça cargo verde-escuro, antes de escolher a camisa, olhei meu pescoço.

Finalmente livre das marcas.

Peguei uma camiseta slim verde-claro, vesti e coloquei por dentro da calça. Calcei uma bota militar, e fui colocar as armas.

— Está pronto? — perguntou, ele coloca roupa social numa velocidade que parece flash.

— Quase. — escova e óleo no cabelo, mais perfume. — Será que tá frio lá fora?

— Deve estar, são 03:30 da manhã. — que sono!

Então vesti a jaqueta que tem "I.C" atrás, é preta.

— Vamos! — por último o distintivo.

— Não vai levar seu celular? — peguei e nós saímos.

Nem passamos na central, fomos direto para o local do sequestro.

Parte de trás de uma lanchonete vinte quatro horas.

— Como ela foi sequestrada? — perguntei chegando perto do carro da vítima.

— Na câmera mostra uma mulher de máscara chegando, pede algo para a vítima, que só coloca a bolsa no carro e vai ajudar. — Franchesca respondeu.

— Precisamos da imagem daquela câmera para ver, porque a da lanchonete não alcança onde elas foram. — Eun-ji falou.

— Já pediram ao dono? — Jeon perguntou.

— Sim, e ele não vai entregar sem um mandato. — isso é o que vamos ver.

Com meu celular, acessei o computador da loja, tive acesso a câmera, transferi todo arquivo de vídeo para o meu celular.

— Pronto, temos as imagens. — passei para o computador da Franchesca, assistimos.

Ela pede ajuda para colocar uma cadeira de rodas no carro, e a mulher entra no carro com a cadeira, a sequestradora fecha e está feito!

— Tenho uma teoria. — falei.

— Vai compartilhar? — neguei.

Fomos para a central, e eu fui trabalhar na minha teoria.

Pedi para o Hobi providenciar algo primordial para conseguir que ela se entregasse.

O esposo da mulher veio para conversar, levei Heron comigo, que tinha acabado de chegar.

Nós descobrimos que ela tem asma, então temos que correr para achar o esconderijo.

Eu descobri a área de conforto dela, e fui eliminando os lugares improváveis até sobrarem dois.

Um deles estava no nome da mãe dela que faleceu, achei!

— Achei, vamos!

Uma correria até chegar no lugar onde ela está com as mulheres.

Ambulâncias esperando.

Coloquei o colete, mas quem entrou foi a equipe de resgate.

Fiquei do lado de fora, saíram com as quatro mulheres em macas.

— Cadê a mais recente? — perguntei.

— Está com ela, não quer soltar e tem uma faca na própria garganta. — alguém da equipe de resgate falou.

— Heron, agora. — vai distrair o Jungkook.

Com uma pequena mala eu fui para dentro, e até o lugar que ela está.

— Saíam todos, me deixem sozinho com ela. — estranharam o pedido, mas deixaram. — Oi, meu nome é Jimin! — sentei no chão. — Você precisa soltar essa faca para me ajudar a prender seu pai, eu sei que ele te obrigou a fazer isso.

Ela me olhou.

Muito instável emocionalmente para conseguir pensar em sequestrar mulheres.

Ficou óbvio que o pai a forçou a isso.

— Não, se eu fizer isso não terei minhas bonecas de volta. — desviou o olhar novamente.

Ela chega a ser quase infantil, não poderia fazer tudo isso.

— Eu posso te ajudar com isso. — contei um pouquinho sobre mim. — Sei o que você está sentindo, mas você não tem culpa.

— Mas e as minhas bonecas? — está quase soltando a faca.

Abri a mala e virei para ela.

— Aqui estão elas. — ela olhou e soltou a faca, mais a moça que foi sequestrada de madrugada.

— Posso pegar? — confirmei.

Ela pegou a mala e olhou para cada boneca.

Peguei o rádio.

— Entrem, ela não apresenta mais perigo. — peguei a faca e levantei.

Levaram a moça desmaiada.

— Não precisa algemar ela, e a deixem com as bonecas. — falei.

Ela saiu abraçada com a pequena mala e os agentes ao seu redor.

Saí desse lugar, Jungkook veio até mim.

— Agora pode me contar sua teoria? — perguntou.

— O pai dela planejou tudo, e usou as bonecas para conseguir que ela obedecesse, ele sente prazer em vê-la sofrendo. — contei. — E ela admitiu que não teria as bonecas de volta, se me ajudasse.

— Mas essa última, ela sequestrou sozinha, porque o pai dela está na central desde ontem. — calma.

— Eu achei fotos da última vítima no computador dele, e ele enviou para ela dizendo que seria a próxima. — contei. — Isso precisa ser julgado em Seul.

— Três das crianças que Heron descobriu o nome são de Seul, e ele já conversou com elas mais um psiquiatra, realmente foram abusadas. — que triste. — Com isso consigo levar esse caso para Seul, mas dependendo de quem for advogado dela, vai a forçar aceitar um acordo e será jogada na prisão.

— Não, ela precisa ir para um hospital e ser tratada, e depois um centro de cuidados para vítimas de abuso. — já pesquisei tudo. — E vou fazer minha equipe de advogados pegar o caso dela.

— Você tem um coração enorme, gatinho. — falou. — Vamos?

— Sim! Eles vão colher provas? — confirmou.

— Amanhã voltamos para Seul. — que bom!

Saudade do Judas.

Voltamos todos para a central, após fazer a papelada, fomos liberados.

Almocei com Jungkook, Heron e Hobi.

Depois passeamos, acabamos parando em um parque de diversões.

Jeon não quis ir em nenhum brinquedo.

Chato!

Eu e Hobi gritando na montanha-russa, Heron rindo da nossa cara.

— Meu estômago. — Hobi começou a falar e correu para vomitar.

— Pelo menos não vomitei. — falei. — Onde vocês vão?

— Eu quero comer. — acabou de vomitar criatura.

— Também. — Heron.

— Vai querer comer amor? — perguntei.

— Não, comi bastante no almoço. — respondeu. — E você quer?

— Também não. — tô cheio. — Vão vocês comer, nós vamos fazer outra coisa.

— Tudo bem! — os dois foram para o corredor de comidas do parque.

— Onde quer ir? — perguntou.

— A praia fica ali, podemos ir lá caminhar um pouco. — confirmou.

Saímos do parque, tirei a bota para pisar o pé na areia. Ele ficou segurando com uma mão, e a outra com a minha.

— Você vinha aqui quando criança? — olhei o mar.

— Sim, minha mãe tem fotos minhas, eu montando castelo de areia com um balde rosa. — foi logo após a morte do monstro. — Agora consigo me lembrar que ela me deu bastante coisas rosas após ele morrer.

— Por que ela não dava antes? — não sei.

— Isso é um mistério, só lembro dela falando que era coisa de menina, mas penso que era só para me proteger de algo muito pior. — falei.

Achei um graveto.

Peguei e soltei a mão dele.

— Escrever nossos nomes na areia.

Fiz o JK, depois o mais JM, o sinal de igual e um coração.

JK + JM = ❤️

— Gostou? — perguntei.

— Sim, gatinho. — olhou a areia. — Dá o graveto, e vira para o mar.

Fiz o que ele falou, fiquei um bom tempo só olhando as ondas quase chegando no meu pé.

— Pode olhar. — virei, ele escreveu uma frase.

"JK irá amar JM para sempre".

— Eu também vou te amar para sempre. — abracei ele pelo pescoço.

— Você é o melhor presente que eu poderia receber gatinho. — beijou meu pescoço. — Se eu tivesse comprado alianças, te pediria em casamento agora.

— Não seja apressado, temos tempo para isso. — falei. — Como eu disse, para sempre vou te amar, então terá muito tempo.

— Não vejo a hora de ter você como esposo. — não estava preparado para isso.

— Me deixou sem palavras. — esse Jungkook. — E eu não vejo a hora de ter você como marido, será um dos melhores.

— E você será o melhor. — Heron tinha razão, nossa melosidade piorou.

Após esse mel todo, e algumas fotos, voltamos ao parque.

Hobi vinha comendo pipoca, ao me ver foi enfiando pipoca na boca.

— Bicha egoísta! — falei quando ele chegou, as bochechas estufadas. — Eu não queria sua pipoca.

— Idjeifonaisjstenafa. — é o quê?

— Ele disse que isso não garante nada. — Heron traduziu.

— Engole logo essa pipoca. — caminhamos até o estacionamento e de carro retornamos ao hotel.

Tomei um longo banho, e lavei o cabelo porque estava com cheiro de parque.

Passei fio dental nos dentes e escovei. Espalhei um pouco de creme no corpo, saí do banheiro já com uma roupa leve.

Deitei na cama, cansado!

Jungkook, após quinze minutos no banho, deitou ao meu lado, só de bermuda.

— Cadê sua camiseta? — perguntei.

— No seu corpo. — é mesmo.

— Mas tem mais. — respondi.

— Gostei de ficar assim. — o inimigo está me tentando.

Não vou ceder.

Assistimos filmes juntos até anoitecer. Enquanto ele conversava com a cunhada no celular, eu procurava um lugar para nós irmos jantar.

Batidas fortes na porta assustou nós dois.

Nós dois desligamos os celulares.

— Arma? — ele sussurrou, peguei na mesa de cabeceira e joguei para ele.

Foi até a porta, olhou pelo olho mágico.

— É o Hoseok. — abriu a porta e a bicha entrou como se tivesse corrido uma maratona.

— Por que está sem fôlego? — perguntei saindo da cama.

— Eu vim pelas escadas, o elevador estava demorando demais. — Jungkook pegou água no frigobar e entregou para ele. — Obrigado!

Abriu a garrafa e bebeu tudo, respirou fundo.

— Para que a arma? — apontou o que Jeon colocava na mesa de cabeceira novamente.

— É que um doido bateu forte na nossa porta. — respondi.

— Ainda bem que não fui eu. — sonso! — E belas tatuagens Jungkook!

— Obrigado! — agradeceu.

— Do que precisa que veio correndo pelas escadas? — perguntei.

— Então. — essa história vai demorar. — Às vezes eu fico entediado e acabo hackeando pessoas aleatórias.

— Que merda você fez? — já me preocupei.

— Eu não fiz merda, só descobri uma. — pior ainda. — E resolvi fazer isso com pessoas que estão aqui no hotel.

— Vai dar merda. — resmunguei.

— Achei um peixe grande, depósitos suspeitos, conta bancária no exterior em paraíso fiscal, conversas codificadas. — me preparei para o pior. — Para descodificar usei um programa seu, e aí que vem a grande bomba.

— Quem você tinha hackeado Hoseok? — perguntei.

— O Heron, e ele é um espião francês....................





















































































Mary Scott.

Não xinguem o Heron.

E sobre o caso nesse capítulo eu me inspirei em uma série, Criminal Minds EP 12 T5. Modifiquei coisas para se encaixar na história, mas o principal vem da série.



Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!

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