•• Capítulo 28 ••

Autora on.

Um mês e meio depois.

Nesse tempo que passou Jeon viu os olhos de Jimin voltarem a brilhar, o que em segundos se apagou, demorou para voltar a ter luz.

Tinha dias sombrios, que ele se recusava a sair do quarto do hotel que estivesse, só querendo ficar na cama abraçado com o mafioso ou seu gato.

Seu tempo com a psicóloga era precioso, Jeon sempre dava espaço para ele ter privacidade, e poder contar suas dores sem se preocupar com o que o namorado iria pensar de si.

Sua recuperação foi difícil, dolorosa, ter que abrir cicatrizes para limpar dói.

Feridas que não se curam direito, infeccionam, no externo e interno.

Jimin precisou ir na raiz do problema, tinha dias que não queria ligar para a psicóloga, sabia onde ela iria mexer e simplesmente não queria.

Evitar cuidar de um ferimento, não fará ele menos dolorido.

Trazer coisas do passado à tona para curar doeu, no fundo de sua alma, mas agora ele está bem.

O penúltimo estado que estiveram foi a Amazônia, conseguiram visitar uma tribo indígena. As crianças se encantaram com Jimin, mesmo não falando o mesmo idioma.

Saiu de lá querendo levar as crianças embora.

De avião voltaram para São Paulo. Foram em mais algumas praias, aproveitando ao máximo.

— Neném, obrigado! — agradeceu e beijou a bochecha do mafioso.

— Pelo quê, gatinho? — perguntou sem entender.

— Tudo que fez, não são todos que deixam o trabalho para trás pela saúde do namorado. — respondeu. — Comigo você é tão empático, que esqueço que é diagnosticado como apático.

— Eu fiz o mínimo. — falou.

— Para mim, foi muito e tudo que eu precisava. — argumentou. — Está na hora, né?

— Sim, voltar para a Coréia.

Jungkook, Jimin e Mochi embarcaram sexta-feira à noite em Guarulhos, iriam passar longas horas dentro do avião.

Jimin planejou dormir boa parte do tempo, Jeon iria ler e depois dormir.

Mochi iria só dormir mesmo.

Nas escalas que fizeram, Mochi tinha acesso a areia, Jimin limpava suas patinhas antes de voltar ao avião. O gato comia e voltava a dormir, ama viajar.

— O que vamos comer quando chegar na cobertura? — Jimin perguntou a Jeon.

— Podemos pedir algo, eu não vou fazer comida, e você também não parece estar com coragem para isso. — não está. — Hoseok sabe que estamos voltando?

— Não, eu não contei, quero fazer surpresa. — saíram do aeroporto cheios de malas, porque o hacker comprou muita coisa, trouxe presentes para todos.

— Da próxima vez que viajarmos, seus cartões irão ficar. — Jeon reclamou enquanto colocava as malas no porta-malas do carro.

— Eu irei usar o seu se deixar os meus para trás, bobinho. — e entrou no carro com o gato.

— Ele está de volta. — está feliz. — Debochado, sarcástico, irônico, e provocador.

Colocou a última no banco traseiro, entrou, após colocar o cinto ligou o carro.

O caminho foi tranquilo, por ser noite estavam quase vazias as ruas de Seul.

Em quarenta minutos Jeon estava estacionando o carro, o mais novo saiu após ele abrir a porta. Levaram as malas para o elevador, subiram até a cobertura.

Jimin juntou seu cabelo amarrando, cresceu mais, e continua preto.

Jungkook colocou a senha de acesso, a porta abriu, acendeu a luz.

— SURPRESA! — quase mata os dois de susto.

— Eu disse que faria a festa de bem-vindo. — Hoseok falou.

— Quase morri do coração, bicha maluca! — soltou o gato e foi abraçar seu melhor amigo.

— E eu quase morri de saudade. — já abraçados. — Três semanas, né? Quase dois meses sem vergonha.

— Desculpa! Mas foi necessário. — Jimin abraçou todos, Jeon só um aperto de mão e foi muito para ele, quantos germes. — Vejo uma aliança no seu dedo, pediu Lian em namoro?

— Eu pedi, essa lesma demorou demais. — Lian respondeu.

— Finalmente! Alguém tinha que tomar uma atitude. — o hacker falou. — Lerdo.

— Não sou lerdo, muito menos lesma, eu iria pedir ele no dia seguinte, mas ele é muito apressado. — se defendeu.

— Esses dois são hilários. — Hoseok falou. — Jimin, tenho tanta coisa para te contar.

— Por que não falou pelo celular? — perguntou.

— Não tem graça, ao vivo é melhor. — doido.

[...] Jimin on.

Conversei com todos, e já entreguei os presentes.

Brinquei com meus sobrinhos, Benjamin está grande, engatinhou atrás do Mochi que correu dele.

Uma gracinha!

Jeon ficou conversando com Joseph, depois a Luana, e tenho certeza que era coisa da máfia.

Quando grande a maioria foi embora, só ficou Hoseok, Joseph, Heron e Lian.

Lian, Joseph e Jeon estavam na sala tomando vinho e conversando sobre mudanças na base de treinamento.

— O que tem para me contar? — perguntei ao Hobi, eu com meu vinho.

— Primeiro, você está 100%? — perguntou.

— Sim, eu estou 100%, perfeitamente bem. — respondi.

— Certeza? — Heron, confirmei. — Ele está.

— Estávamos preocupados com você. — sei disso. — Mas agora estamos felizes que você se recuperou.

— Sim, se você está doente, Hoseok fica triste, e se vocês dois estão tristes, eu fico triste. — todo mundo quase entrando em depressão.

— Vou fazer o máximo para não ficar triste. — falei. — Como foi a doação de medula?

— Excelente! Me recuperei bem rápido, e sua irmã você já deve saber pela sua mãe. — sim, a cada dia melhor. — Já está nascendo cabelo, ela disse que quer ficar com o cabelo pela cintura para fazer muitos penteados, Flora está doidinha para pintar e cortar.

— São completamente diferentes as duas. — bastante mesmo. — Como ele ficou enquanto estava se recuperando? — perguntei ao Heron.

— Insuportável! Joseph pensou em se jogar da sacada três vezes. — pouco até. — Por dia. — bicha terrível. — E como não aguentou, sobrou para mim, porque o namorado dessa peste foi fazer uma "missão" com a força tática em outra cidade, aquele dia eu quase atirei no Hoseok.

— Tudo difamação, eu fui um anjinho. — foi um demônio, certeza.

— Ainda bem que eu não estava aqui. — tem a parte boa. — O que você tem para me contar? Tô curioso!

— Primeiro, tenta adivinhar quem está namorando. — pensei bastante.

— Não sei, quem? — perguntei.

— Franchesca. — não acredito. — Com a comandante de gelo, ela veio para Seul por causa de um caso, e contou.

— Chocado! O que mais? — me contou as novidades. — Em um mês e meio pode acontecer muita coisa.

— Pode mesmo. — Hoseok quer perguntar algo.

— Pergunta. — liberei.

— Ideia ruim. — Heron falou antes de tomar um gole do vinho.

— Então, após você se recuperar, aconteceu alguma coisa? — que coisa?

— Sim, nós visitamos uma tribo indígena. — contei.

— Não esse tipo de coisa. Quero saber outra coisa. — seja específico.

— Ele quer saber se transou com o Jungkook. — Heron interpretou.

— Transar em terra internacional deve ser incrível, você fez? — neguei.

— Não fiz sexo nenhum, Hoseok, eu visitei bastantes lugares, fomos em praias lindas. — isso que fiz. — E muita terapia.

— Droga! Pensei que tivessem transado. — está mais ansioso que eu.

— Vou te falar algo para ter uma noção, consigo contar com duas mãos às vezes que beijei Jeon. — chocado, e Heron já sabendo como sempre. — Não estava conseguindo isso, imagina sexo.

— Na hora que vocês transarem o mundo acaba. — indignado.

— Hoseok fica bravo por você não transar, só esse doido mesmo. — Heron falou.

— Você está transando, fique feliz com isso. — falei.

— E olha que não. — ué? — Joseph me colocou de castigo.

— Por quê? — perguntei.

— Exagero dele. — imagino que não. — Vamos supor que eu tenha sem querer desenhado na testa dele, e no dia seguinte tinha uma reunião importante.

— Mas era só lavar. — espera. — Fez com caneta permanente?

— Ele fez, Joseph precisou usar touca e boné por uma semana. — como pode ser tão terrível?

— O que ele fez para você agir assim? — perguntei.

— Não quis me carregar no colo enquanto eu me recuperava, o fim da picada. — dramático.

Heron e Lian foram os primeiros a irem embora, porque Lian estava com sono. Joseph também queria ir, pelo mesmo motivo.

— Já está tarde solzinho. — falou com Hoseok. — E eles precisam descansar da viagem.

— Uma hora da manhã é cedo. — super. — Vamos ficar mais um pouco.

— Quer ficar mais uma semana de castigo? — perguntou.

— Está tarde mesmo, tchau! Ótimo rever vocês. — e eles foram embora.

— Como assim de castigo? — Jeon me perguntou quando comecei a levar minhas malas para o quarto.

— Joseph colocou ele de castigo por riscar a testa dele com caneta permanente. — contei.

— Qual o castigo? — perguntou.

— Está sem sexo. — respondi.

— Ele pode fazer isso? — isso o quê? — Deixar o Hoseok sem sexo como castigo?

— Sim, Hoseok ama fazer, Joseph não é obrigado a dar isso a ele, então usa como uma punição. — expliquei.

— Entendi. Como Hoseok descobriu que nós iríamos vir hoje? — uma história interessante.

— Ele invadiu seu celular para descobrir para quando comprou a passagem, porque o meu é impossível. — assim.

— Como ele entrou aqui? — outra história interessante.

— Eu dei a senha quando ele precisou para fazer um trabalho, só meus computadores aguentariam, depois mudamos a senha. — falei.

— Pode me fazer um favor? — estava levando a última mala.

— Qual? — perguntei.

— Deixe meu celular como o seu. — levei para o meu escritório.

— Pode ir tomar banho, isso leva um tempo, vou deixar ele em cima da cama.

— Ta! Obrigado gatinho. — e saiu do escritório.

Após arrumar o celular dele deixei em cima da cama, e fui tomar meu banho.

Escovei o dente, passei creme na pele. Saí do banheiro e fui para o closet, vesti um pijama branco.

O Jungkook estava na cama, mexendo no celular.

— Mochi já saiu do esconderijo? — perguntei me juntando a ele.

— Sim, já saiu pedindo comida. — bem a carinha dele. — Dei a ração com petisco, e liguei a fonte de água. Amanhã precisa comprar areia porque coloquei a última que tinha.

— Tudo bem. — colocou o celular na mesa de cabeceira, apagou o abajur e me abraçou. — Eu te amo!

— Eu te amo mais! — creio que não. — Você tem falado muito isso.

— O quê? Eu te amo? — confirmou. — É para não esquecer.

— Jamais esqueceria que me ama. — falou. — Só se ir amar outro.

— Não, foi difícil te conquistar para trocar assim facilmente, coraçãozinho difícil de entrar. — falei. — Boa noite! Neném.

— Boa noite! Gatinho. — me aconcheguei nele antes de dormir. — Em cima de mim?

— Sim. — consegui dormir.

[...]

O domingo foi tranquilo, almoçamos no apartamento do Hoseok com o Joseph. Ele queria me mostrar cada cantinho, e mostrou feliz com a nova conquista. Também conseguiu convencer o Joseph a aceitar a proposta de emprego na força tática só para ficar perto.

Sei até o que ele usou para convencer o coitado do Joseph, caiu como um patinho no encanto da sereia.

Visitei minha mãe e minhas irmãs, Jeremy também estava. Jungkook não quis ir, disse que tinha algo para resolver.

— Você não vai voltar ao rosa, Jiminie? — Lyra perguntou. — Eu gosto do seu cabelo rosa.

— Não pequena, infelizmente.

Continuei desenhando com as duas enquanto minha mãe e meu padrasto conversam com os médicos.

Entraram no quarto sorridentes, as notícias devem ser boas.

— Adivinha quem vai voltar aqui só no próximo mês? — Lyra comemorou.

— Eu, eu, eu! — pulou na cama, foi para os braços do pai.

Olhei sorrindo, elas tem sorte de ter um pai como o Jeremy.

— As notícias são boas? — perguntei à minha mãe.

— São, o corpo dela não rejeitou em nada, e já está quase 100%, ela vai ficar bem. — com certeza. — Obrigado filho!

— Pelo quê? — perguntei. — Foi o Hobi que fez a doação de medula.

— Sim, mas você foi o caminho até ele. — ela me abraçou. — Você é muito especial para mim, filho!

— Obrigado mãe! — agradeci, eu fico sem palavras.

— Vem aqui fora. — deixamos Jeremy brincando com as meninas, jogando as duas para cima, amanhã ele não consegue colocar os braços acima da cabeça.

Ficamos do lado de fora do quarto, ainda vendo elas rindo.

— Então, Hobi e Jungkook me procuraram preocupados com você. — o que eles falaram?

— Mas eu estou bem! Eu tenho feito terapia diariamente há um mês e meio. — não vejo motivos. — Foi difícil em certos momentos? Sim, horrível, mas eu superei! Eu juro!

— Acredito em você, filho. — então qual é o problema? — Jungkook disse que você não usou mais roupa rosa, e Hobi me contou que você não tem planos de pintar o cabelo de rosa novamente.

Fofoqueiros!

— O que isso tem a ver com seu pai? — perguntou.

— Ele não é meu pai! — afirmei. — E ele gostava de me ver usando rosa, não consigo mais usar.

— Pensa que começou por causa dele? — confirmei. — Não, você com dois anos já amava a cor rosa, sempre foi apaixonado por ela, antes dele sonhar em te ver usando.

— Então eu já amava rosa? — confirmou.

— Sempre foi sua cor favorita, via seu mundo cor de rosa, mantive assim enquanto pude. — parecia triste. — Volte a usar se quiser, mas não deixe que aquele monstro o faça desistir de coisas que ama.

— Tudo bem! — concordei.

Voltei para o apartamento um tempo depois, Jungkook ainda não voltou, só está Mochi dormindo no sofá com a barriguinha fofa para cima.

— Coisa fofa! — tive que apertar, ele odiou.

Troquei de roupa e desci para treinar, passei um bom tempo na academia. Quando estava saindo, Joseph entrou arrastando o Hoseok.

— Jimin, me salva! — falou.

— Ele não vai te matar, Hobi, é só um treino leve. — falei.

— Um cu que é leve, já acordei sem sentir minhas pernas, e nem foi do jeito que eu gosto. — sofremos juntos.

— Solzinho, é pelo bem da sua saúde, o médico falou que você não pode parar de se exercitar. — sim, para manter a imunidade sempre alta, tanto com alimentos e atividade física.

— Eu odeio seu cunhado! — Hobi declarou e foi treinar.

— Um dia ele se acostuma. — Joseph falou e foi atrás do bicudo.

Subi para a cobertura, tô morrendo!

Bebi a água que restava na garrafinha, entrei no apartamento. Jeon está colocando coisas na mesa, comida!

— Oi, gatinho! — falou.

— Oi, neném! — se aproximou e eu me afastei. — Estou suado, fica longe!

— Fresco! — eu, né?

— Você não gosta de apertar as mãos das pessoas pelos germes, mas quer me abraçar sendo que estou suado. — vai entender. — Vou pedir para a NASA te estudar.

— Eu não gosto de germes? Não. Mas o que eu realmente odeio, são as próprias pessoas. — um doce de ser humano. — Mas você eu amo, então não ligo com você por estar suado.

— Eu ligo. — corri dele para o quarto.

Joguei a garrafinha na cama, e entrei no banheiro. Tomei banho e lavei meu cabelo. Passei hidratante na pele, espalhei bem.

Saí do banheiro e entrei no closet, olhei meus pijamas. Peguei um rosa com gatinhos brancos, me olhei no espelho.

— Eu amo rosa! — simples assim.

Passei desodorante e perfume, calcei minha pantufa e saí. Com a garrafinha segui até a cozinha, Jungkook me esperando.

Deixei a garrafa na pia e sentei para comer.

— Amo te ver usando rosa. — falou me olhando.

— É, não vou deixar de gostar por causa de algo mínimo. — falei. — Qual carne é a minha?

— O que quiser. — peguei frango, comi muita carne vermelha no Brasil, e suína.

Comemos conversando como sempre, ajudei ele a limpar a cozinha. Mochi já jantou duas vezes, esse gato ainda vai rolar.

Assistimos a um filme, bem juntinhos.

Fomos deitar tarde, eu estava com sono e cansado.

Dormi primeiro que ele, e acordei depois.

— Não vou hoje. — está tão boa a cama.

— Gatinho, a psicóloga disse que não é bom você ficar sozinho, vamos! — chato!

Me arrumei na força do ódio, queria ficar na cama.

Passei o caminho todo dormindo, quase uma hora, é longe do prédio até a Central.

Quando acordei já estava estacionando o carro, peguei bala no porta luvas.

— Hortelã, credo. — falei.

— Essa não é a sua. — ainda assim.

Saiu do carro, veio e abriu a porta para mim, saí. Após fechar a porta segurou em minha mão, entrelacei nossos dedos.

— Sorriso lindo! — elogiou.

Seguimos até a central de comandos, olhares sobre nós, nada de novo.

A equipe já está, após cumprimentar todos me sentei.

— Sua animação está contagiando. — Hobi falou.

— Eu não iria vir hoje. — ainda estou pensando na cama.

— Isso é óbvio! Você veio de pantufa. — Heron falou, olhei meus pés assustado.

— Seu mentiroso! — estou com uma bota militar. — Que susto!

— Essa foi boa! — Hobi achando graça, não tô rindo.

Deus esteve comigo irmãos, porque não tivemos nenhum caso, e assim fomos liberados mais cedo.

Antes do almoço eu estava deitado no meu ninho, pipoca e um gatinho para me acompanhar. Jungkook está no escritório, os relatórios são mais importantes que eu.

Fiquei assistindo filme, até sentir minha barriga roncar.

— Que fome! — levantei, e fui para a cozinha.

Fiz a comida, nem tinha terminado e eu beliscando as coisas. Eram duas horas quando terminei, coloquei a mesa.

— JUNGKOOK, VEM COMER! — sentei e comecei a comer, tô faminto!

Ele apareceu.

— Não sou surdo gatinho, não precisa me gritar. — dá próxima vez não chamo. — E começou sem mim?

— Sim, estava com fome. — continuei comendo, ele sentou e colocou para si. — Acha que eu devo voltar a pintar meu cabelo de rosa?

— Com certeza! — olhei para ele. — Quer dizer, você fica lindo de qualquer jeito, mas rosa é melhor.

— Disfarçou bem! — indignado com meu cabelo preto.

Basicamente "Você pintou NOSSO cabelo".

Após o almoço ele lavou as louças, enquanto eu limpava o chão.

— Gatinho, o arquiteto quer saber onde vai colocar a escada para o segundo andar. — parei, olhei a sala.

— Ali. — apontei perto da sacada. — Fecha aquela porta da sacada com vidro e deixa só o outro lado.

— Tudo bem, ele vai entrar em contato com você, porque essa semana vai fazer isso, e você precisa decidir logo o que vamos fazer no segundo andar. — falou.

— Por que tudo eu? — olhei para ele. — Você também pode decidir.

— Gatinho, eu não ligo para essas coisas, sabe disso. — começou a secar e guardar. — Quem gosta é você, então pode fazer como quiser, menos rosa.

— Tá! — quando terminamos eu fui para o meu escritório e ele para o dele.

Fiquei olhando as coisas, ouvi a campainha tocando.

Levantei e saí, Jungkook no corredor.

— Você está esperando alguém? — neguei. — Eu também não.

— Vou ver quem é. — deve ser um vizinho, porque se é de fora vai tocar o interfone.

Fui até perto da porta, olhei a tela e vi Hoseok dentro do elevador, apertei o botão e a porta abriu.

Sim, o elevador dá acesso direto ao apartamento, quem está fora precisa de uma senha, e nós que estamos dentro apertamos um botão e a porta abre.

— Trocaram a senha, né? — falou.

— Lógico. — falei.

— Isso é para você. — me entregou uma sacola, olhei dentro e tem uma caixa.

— O que é? — perguntei.

— Joseph que te deu, deu algo parecido para mim. — não me contou, praga!

Tirei a caixa, Jungkook curioso já veio para
ver também.

É de madeira, abri ela.

— Que linda! — tirei a arma de dentro. — É de colecionador, né?

— Sim, ele tem... — pensou. — Ele tinha um amigo colecionador de armas, faleceu sexta-feira, deixou a coleção de armas para o Joseph, ele me deu uma dourada como o sol.

— Que triste! — olhei a arma, estava sem munição, destravei e apertei o gatilho. — Essa é boa. — coloquei na mira do Jungkook. — Você não tem medo, né?

— Não. — o olhar neutro que ele tem às vezes me assusta, sem emoção nenhuma e nenhum sentimento.

— E se eu apertar? — coloquei o dedo no gatilho.

— Pode apertar, colocar munição se quiser, não tenho medo. — eu não iria me surpreender ao descobrir que ele já matou inocente. — Iria morrer pelas mãos de quem eu amo, é romântico!

— Ei! Vocês estão me assustando! — Hobi falou, olhamos para ele e rimos.

— Não vou atirar nele. — travei a arma de novo, e guardei, fechei a caixa. — Agradeça ao Joseph por mim.

— De noite eu falo. — de noite? — Ele está em missão.

— A tá! — agora eu entendi.

— Vocês estão ocupados? — perguntou.

— O Jungkook está com os relatórios. — lembrei ele, que foi para lá na hora. — Eu não.

— Então te faço companhia, já fiz de tudo em casa e está um tédio. — fomos para o meu escritório, ele sentou em outra cadeira. — O que está vendo?

— O que fazer no segundo andar. — respondi.

— Ainda não decidiu? — neguei. — E essas são as opções?

— Sim, vou escolher agora. — escolhi com ele opinando em tudo. — Juro que te jogo lá embaixo.

— Não faria isso. — olhei para ele. — Bicha cruel.

À tarde nós tomamos café juntos fofocando e depois ele foi embora.

Guardei a arma que ganhei, linda demais para ficar à vista.

Troquei de roupa e desci para treinar, após duas horas treinando perna, eu voltei para a cobertura.

Não sentia minhas pernas quando abaixava, está doendo!

Tomei um longo banho, lavei meu cabelo. Só saí do banheiro após passar creme pelo corpo, entrei no closet e vesti pijama.

Durante a semana de certa forma foi tranquila, tirando alguns surtos.

— Aonde vai vovô? — perguntei provocando o Hoseok.

— Cala a boca. — sentou do meu lado.

— Pelo jeito saiu do castigo. — está até mancando.

— Sim, e você não sabe como. — como? — Ontem eu estava com um boné virado para trás de aba reta, estava pronto para sair, mas o Joseph viu, foi tarde demais para fugir daquela fera faminta.

— Como se você não gostasse. — safado!

— Eu amei, mas acordei sem sentir meu quadril, e agora que estou sentindo, ele está doendo! — muito safado.

— Ele nunca tinha te visto com esse boné? — negou. — Se tivesse usado mais cedo, já teria passado por isso.

— E você? Já transou com o Jungkook? — olhou meu namorado lá na frente falando com Namjoon e Jin.

— Quem dera, ele deve ter feito alguma promessa de não transar, porque até hoje nada. — falei e ele riu. — Me sinto virgem novamente, um novo homem.

— Você já perguntou o motivo? — neguei.

— Quando eu senti que ele estava tenso com esse assunto, falou que queria esperar, só não imaginei que fosse todo esse tempo. — que tristeza!

— Afeta seu humor quando você fica sem sexo? — até ri.

— Eu fico insuportável. — bastante mesmo.

— Avisa quando começar que eu não venho. — nem falo nada.

— Sobre o que estão falando? — Heron chegou e sentou.

— A vida sem sexo do Jimin. — talvez eu chore um pouco.

— Realmente triste! Eu fiz antes de vir. — se gabou.

— Também. — Hoseok, os dois fizeram highfive.

Idiotas!

— Espero que hoje não tenha caso nenhum. — Hoseok falou.

— Quero ir embora. — Heron.

Vocês me pagam seus bocó.

— Apareceu algum caso? — perguntei ao Jungkook quando ele passou, voltou.

— Sim, mas é bem simples, vou recusar. — os dois comemoraram.

— Deixa eu ver? — me deu a pasta, olhei. — Não passe, vamos aceitar.

— Certeza? — confirmei, devolvi a pasta e ele saiu.

— Filho da puta! Como você pôde? — levei um tapa.

— Anda vovô, temos um caso para resolver. — os dois me olhando com raiva. — Amo vocês!

— Você já está insuportável, Jimin! — é, eu estou.

Fomos até a cena do crime, na cidade vizinha, bem interior.

Os corpos ainda estão no carro, um casal.

Eu olhei tudo.

— Quantas balas disparadas? — Jeon perguntou.

— Três, duas nele e uma nela. — respondi. — Ela tem o ferimento de saída, ele não.

— O que esses dois estavam fazendo no meio do mato, com essas roupas chiques? Porque o carro é bem simples e barato, não aparentam ter renda suficiente para pagar pelo vestido. — Hoseok observou.

— Essa área é conhecida pelos casais que vêm aqui para ter privacidade. — a policial que nos chamou, respondeu.

— Eles não estão meios velhos para se encontrar no mato para fazer sexo? E definitivamente não estão vestidos para isso. — falei. — Gente da idade deles vai em um motel.

— O que é isso branco saindo do vestido dela? — Heron apontou, eu tirei com cuidado.

— É uma etiqueta, e diz "Vestidos de Aluguel", ela alugou esse vestido. — Heron só observando. — Fala logo o que descobriu.

— Eles querem impressionar alguém, as roupas alugadas, a maquiagem, o cabelo, tudo prova isso, agora só temos que descobrir onde está quem eles queriam impressionar — chamou pela policial. — Tem algum evento acontecendo na cidade?

— Sim, tem o baile dos formandos. — negou. — E o reencontro de uma turma, dez anos.

— É isso! Onde fica essa escola? — perguntou.

— Após sair da floresta, dez quilômetros para frente. — deixamos que a legista da cidade faça seu trabalho.

— Jimin, está responsável por eles, irei voltar à central. — por que eu? — Odeio reencontros, ainda mais de escola, boa sorte!

Entrou no carro e se foi.

— Vamos chefe! — Heron me provocou, chutei ele. — Quanta agressividade.

Fomos até essa escola, ao entrar já vimos várias pessoas comemorando esse reencontro.

— Kim, é você? Eu ainda te amo! — um doido veio querer me beijar, coloquei a mão na cara dele.

— É Park, agente federal Park, se me beijar eu te prendo por assédio. — idiota!

— Desculpa! — e se afastou.

— Eita! Que a bicha tá nervosa. — Hoseok falou.

Fomos até a mesa da recepção.

— Bem-vindos ao baile de reencontro, dez anos, vai touros! — uma menina da minha idade falou.

— Obrigado! Mas somos agentes federais. — mostramos a identificação. — Vocês por acaso estavam esperando Lee Min-ho, e Aleana Lee?

— Um momento. — ela olhou a lista. — Sim, eles marcaram presença no baile de boas-vindas, o piquenique, o show, e o último baile esta noite.

— Pode me falar quem é responsável pelos encontros e saberia sobre os dois? — ela olhou o povo.

— Ela, ela era líder da turma de debate, conhece todo mundo. — legal.

— Obrigado! — agradeci.

— Você achou nós velhos demais para participar desse encontro, né? — Heron perguntou e ela confirmou com vergonha.

— Eles são velhos, eu só tenho dezenove. — um jovem.

— Vai touros! — entramos no salão de baile.

— Não terminei a escola, isso me parece legal. — falei.

— Não é, um monte de pessoas falsas querendo mostrar aquilo que não são. — Heron falou. — Aquele cara de terno cinza, a mulher que está com ele é uma acompanhante, a esposa está em casa cuidando dos seis filhos que ele fez nela. — credo. — O de colete de lã branca, é usuário de droga, e acabou de roubar um relógio.

Fomos até a mulher que saberia de tudo.

— Que pena! É o primeiro reencontro que ele marca presença, até achamos estranho, nos outros nove ele não veio. — falou, está acompanhada do ex capitão do time

— Por que ele não veio? — perguntei.

— É que ele foi expulso, e por bullying. — o capitão falou.

— Como aconteceu? — Heron perguntou.

— Ele amarrou um menino no vestiário feminino, sem roupa, usando uma calcinha como venda. — trauma eterno. — Tirou foto e espalhou pela escola inteira, o menino saiu da escola e o Min-ho foi expulso.

— Se ele estava com venda, como conseguiu identificar que era o Min-ho? — Hoseok perguntou.

— Reconheceu a voz, e quando o diretor perguntou, ele confessou. — o capitão respondeu. — Tirando essa parte, ele era legal, sempre foi amigo de todo mundo, ninguém entendeu quando ele fez isso.

— Sim, foi uma surpresa para todos. — ela confirmou.

— Obrigado pela cooperação! — agradecemos.

Levantamos, Heron olhou tudo.

Voltamos a nossa central, Jeon já tinha comunicado a família.

Descobrimos que a moça tinha sido comprada por outro homem e ela acabou se apaixonando pelo Min-ho, ele prometeu pagar o valor ao homem que a comprou, para conseguirem ser felizes, romântico.

— Mas onde ele iria arrumar esse dinheiro? — Hoseok perguntou.

— Acredito que ele tinha um meio de tirar de algum daqueles alunos, ele tinha algo contra alguém. — Heron falou.

— O que está olhando? — perguntei.

— O Anuário. É uma mina de ouro. — Heron respondeu.

— Informações do menino que Min-ho fez bullying. — Yoongi falou. — O nome dele era Derick Kim, fez terapia por alguns anos, mas se tornou um viciado em heroína e morreu de uma overdose em um motel barato.

— Então não foi ele que matou o casal apaixonado. — Jeon falou. — Por que está olhando esse anuário, Heron?

— O Derick, se parece com você. — olhei, ele apontou.

— Parece mesmo. — confirmei. — Mas qual o motivo para olhar isso?

— Já sei quem matou os dois. — falou. — Ainda não vou contar.

— Que maravilha! — Hoseok falou com sarcasmo.

Ele quer achar um jeito para pegar quem matou os dois.

[...] Autora on.

Jeon foi beber água na cozinha privada da equipe, Heron foi atrás com o anuário.

— Chefe, sente um pouco. — Jeon sentou desconfiado. — Para pegar o assassino. — se sentou também e abriu o anuário. — Você vai se passar pelo Derick.

— Por que eu faria isso? — perguntou.

— Porque você quer justiça pelo acontecido. — falou. — Agora precisa decorar o nome de todo esse povo, vai ser moleza. — explicou seu plano inteiro.

— Você quer que saiba o nome de todos que estão aí até a noite? — confirmou.

— É fácil, todos tem um nome colado na roupa. — para ele é fácil. — Você entra passando pelo time de baseball, em seguida tem a líder do debate, dê um nome a cada um dele na sua memória que te fará lembrar as informações necessárias.

— Não, isso é impossível, não vou fazer. — se levantou e foi pegar café.

— Você me deixa sem opções. — levantou e foi até o comandante que enchia a xícara. — Se não fizer isso eu conto ao Jimin, porque não quer fazer sexo.

Jeon parou de levar a xícara até a boca, olhou Heron.

— Você não sabe! — Heron mostrou que sabia.

— Então, como vai ser? Vai me ajudar? — recebeu um olhar mortal. — E se me matar, Jimin termina com você.

— Não vou fazer. — Jimin passou na frente da cozinha.

— Jimin. — chamou o amigo que voltou.

— Tá. — falou rápido.

— Nada não, só queria ver se sua audição está boa. — revirou os olhos e seguiu seu caminho. — Boa sorte com o anuário! Seu segredo está seguro comigo.

Jeon levou o anuário para a sua sala, e enquanto os outros investigam mais coisas, ele se dedicou em decorar tudo do anuário.

Ou Jimin saberia sobre o motivo que não está acontecendo sexo no relacionamento deles.

[...] Jimin on.

Conseguimos fechar o caso no baile, quando a líder do debate saiu enquanto Jeon se fingia de Derick, ele falava que o assassino estava ali e iria se revelar.

Era A Assassina, ela matou os dois quando ele a tentou subornar.

Os dois fizeram bullying com o Derick, e ele tinha uma foto dela com ele, usaria isso para tirar dinheiro e pagar a dívida.

— Como fez que Jungkook aceitasse participar disso? — perguntei ao Heron. — Ele odeia seus planos mirabolantes para pegar um criminoso.

— Todos tem um preço Jimin, todos têm. — e saiu com a presa.

Após ela ser fichada, e escrever a confissão, fomos embora.

Eu alimentei o Mochi que estava quase gritando, morto de fome!

Tomei meu banho com tranquilidade, lavei meu cabelo. Saí do banheiro com roupão, fui até o closet para me vestir.

Passei creme pelo corpo, e vesti shortinho de um pijama e camiseta do Jungkook.

Sentei no puff e comecei a secar meu cabelo. Pelo espelho o vi encostado em uma das paredes do closet me olhando, desliguei o secador.

— Por que está me observando? — perguntei.

— Admirando. — sorri para ele. — Você vai demorar?

— Não, já estou terminando, por quê? — questionei.

— Vou te levar para jantar. — jantar?

— Como um encontro? — confirmou. — Por quê?

— Porque estamos namorando há quase dois meses e eu ainda não te levei em um encontro. — romântico.

— Mas nós saímos quando estávamos no Brasil, não conta? — negou. — Tudo bem, vou terminar meu cabelo e trocar de roupa.

— Te espero na sala, gatinho. — saiu.

Eu vou em um encontro!

Após terminar meu cabelo, fui atrás de roupa.

— Não tenho roupa! — quase chorei.

Lembrei de uma roupa que comprei e não usei, estava no segundo andar do closet.

Vesti a calça de couro cós alto, porque calça de couro cós baixo, é coisa de striper.

Eu já vi, sei do que estou falando.

Peguei uma regata de gola alta rosa, vesti e coloquei por dentro da calça. Calcei uma bota preta de verniz.

Me perfumei, passei uma maquiagem leve, só hidrante labial com um pouco de brilho.

Vesti a jaqueta cropped de couro preta, ela é perfeita!

Dei os últimos toques no meu cabelo e fui para a sala.

— Vamos? — ele desligou o celular e levantou do sofá, me olhou inteiro. — Como estou?

— Perfeito! Muito lindo! — veio até mim e me deu um selinho.

— Mereço um beijo. — fiz bico.

— Tudo bem, gatinho bicudo. — me beijou.

Será que estarei vivo o dia que ele decidir que quer transar comigo? Não tenho muito tempo de vida.

Sou dramático mesmo.

Ele apertou minha bunda, isso é maldade!

— Você é mal, neném! — falei após ele me soltar com as pernas bambas.

— É mesmo? — confirmei. — Olha onde está a sua mão.

Olhei, em cima de um lugar que ainda não tive livre acesso.

— Desculpa. — tirei.

— Não precisa se desculpar, gatinho. — beijou minha testa. — Vamos!

Saímos de mãos dadas, deixamos a janta do Mochi pronta.

Fomos para um restaurante com tema rústico, eu achei lindo.

Ficamos na janela, eu olhando a fonte do lado de fora, bem iluminada.

— Escolhe o que vai comer, gatinho. — abri o cardápio e comecei a olhar, os preços também.

Caríssimo!

Escolhi algo que gostei, carne com acompanhamentos leves.

Eu pedi vinho, ele ficou só no suco.

— Está feliz, gatinho? — confirmei.

Nós jantamos, conversamos sobre nossas vidas separadas, eu como hacker, ele como mafioso.

De sobremesa eu pedi brownie com uma bola de sorvete, ele quis algo menos doce, torta de limão.

— Nunca saí em um encontro antes. — falei.

— Não? — isso aí. — Ninguém com quem saiu antes de mim, te levou para um encontro?

— Eu os via como diversão, e eles me via igualmente, apenas diversão de uma noite. — contei. — Não pensaram em mim como uma possível companhia definitiva. — desde sempre visto como descartável. — E você, já levou alguém em um encontro?

— Sim. — olhei para ele.

— Quem? — perguntei.

— Faz muito tempo. — fugiu do assunto.

— Quem, Jungkook? — esperei a resposta.

— Aquela estagiária que ninguém gostava. — chutei a canela dele. — Você está de bota gatinho, isso doeu!

— Era para doer mesmo, seu safado! — eu aqui sem nunca ter ido em um encontro e ele levou justo a insuportável. — Se dormiu com ela, vai ficar no sofá.

Ficou quieto.

Outro chute.

— Idiota! — falei. — Não acredito que transou com ela.

— Foi apenas uma vez gatinho, e já fazem dois anos. — olhei bravo. — O que foi agora?

— Então se lembra de quando foi? Deve ter sido muito bom para ainda se lembrar, safado! — terminei minha sobremesa na força do ódio.

Voltamos para o apartamento após terminar tudo, eu subi primeiro que ele.

Cachorro safado! Não acredito que ele transou com aquela insuportável.

Até ela transou com ele, e eu não.

Tirei a maquiagem, e troquei de roupa.

Fui para a cozinha beber água.

E ainda quer falar de mim, se com ela, ele transou, porque comigo não?

— Gatinho. — não respondi. — Encomenda para você.

Saí da cozinha, olhei o que estava na mão dele.

— Vai ficar mesmo com raiva de mim? — pretendo. — Mas nós ainda não namorávamos.

— Grande coisa, de todos para você ficar, tinha que ser aquela puta. — peguei minha encomenda.

Coloquei em cima da mesa, tirei o lacre.

Ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço.

— Desculpe gatinho! — pediu.

— Pensar no seu caso. — abri a caixa, e tirei de dentro outra.

— Quem te mandou isso? — olhei o remetente na caixa maior.

— Não tem nome, mas vem de Tokyo, não conheço ninguém lá. — falei.

— Tem um bilhete. — peguei e abri o cartão.

"O que é, o que é? Brinca, pula, grita, e é cheio de amigos?"

— É o cara das charadas. — peguei o outro cartão.

— Certeza que quer ler? — confirmei, abri.

"Quando a noite cair, e o dia não mais existir, a sombra irá te perseguir, a morte irá sucumbir a um gatinho que gosta de fugir."




































































































































Arma que o Joseph presenteou o Jimin.

E caso ainda não tenha ficado claro, não irá acontecer Taeyoonseok nessa história.

Em um futuro próximo eu explico o motivo.

Mas nem nessa, nem em S.Daddy, e muito menos No Silêncio há Amor, eles irão ficar juntos.

Fica a questão, por quê?

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!

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