•• Capítulo 26 ••

Apareci!

Minha mãe está bem, obrigada por todas mensagens! ❤️

Jimin on.


— Gatinho. — Não quero abrir os olhos. — Anda gatinho.

— Não vou. — virei para o outro lado.

— Vai sim. — me recuso. — Tudo bem! Se aquele rapaz que gosta de mim, fizer algo, não vai estar lá para bater nele.

Sentei na cama, idiota!

— Pode ir tomar banho, eu estou pronto! — falou. — Bom dia! Gatinho. — beijou minha cabeça.

— Bom dia! Neném. — me arrastei até o banheiro.

Entrei e fui tomar banho, raciocinando aos poucos, ter acordado tão cedo em plena quarta-feira. Quando eu era só criminoso isso não acontecia, vida do crime é melhor.

Saí do banheiro após escovar os dentes, entrei no closet, coloquei uma cueca e fui fazer minha rotina de cuidados com a pele, assim que terminei já sabia qual roupa iria usar.

Calça cargo camuflada preta, camisa rosa sem manga gola alta, está calor!

Calcei a bota preta militar, amarrar o cadarço foi difícil, passar ele por todos os buraquinhos levou uns minutos.

Passei óleo no cabelo e pente, lindo!

Hidratante labial, depois desodorante, em seguida o perfume.

Abri a gaveta da ilha, tirei minha arma.

É uma Glock 19 preta, semi-automática.

As outras que comprei ainda não passaram na alfândega, só vão chegar na sexta-feira.

Coloquei o coldre de cintura e ela dentro, peguei meu distintivo, coloquei no bolso.

Saí do closet, arrumei a cama, hoje a Júlia vem limpar esse apartamento, está precisando mesmo.

Não está imundo porque eu não deixo ficar assim, mas limpíssimo ele também não está.

— Gatinho. — Jungkook me chamando, fui até a cozinha após pegar meu celular.

Me analisou.

— Gostou da minha versão agente de campo? — perguntei.

— Sim, lindo! — eu sei. — Cadê o distintivo?

— Bolso. — respondi.

— Deixe sempre um a vista. — já sei. — Espera.

Foi para o escritório, voltou com pasta de casos na mão, e outro distintivo.

— Você que anda muito cívil, precisa de um desse. — me entregou, encaixei o distintivo dourado no cós da calça.

— Vamos? — confirmou.

Beijei a cabeça do mochi, miou contrariado, não ligo.

Saímos da cobertura, descemos de elevador até o estacionamento.

— Que carro vamos? — perguntei.

— O seu. — mostrou a chave do Lamborghini.

— Sem vergonha. — Peguei a chave e nós fomos até ele, entramos após eu destravar.

Coloquei o cinto, peguei um óculos escuro preto na pala, limpei e coloquei.

— Para que óculos? — perguntou.

— O sol agora vai bem na minha cara. — respondi o óbvio.

— É só abaixar a pala. — apontou o lugar que tirei os óculos.

— Fica quietinho aí. — eu não tenho altura para a pala proteger meus olhos do sol.

— Já entendi, anão de jardim. — muito engraçado.

— Quer ficar para trás? — parou de rir.

Saí do estacionamento, e segui caminho.

— Que horas são? — perguntei, ele só apontou o relógio na tela do carro, tinha esquecido disso. — Só sete e meia? Me acordou que horas?

— Seis e meia. — safado! — Você demora muito para acordar.

— Calúnia!

Parei em uma cafeteria, sinto fome!

— Vai querer algo? — perguntei.

— Você vai pagar? — confirmei. — Então sim. — mão de vaca? Só um pouco. — Café com leite sem açúcar, e duas rosquinhas.

— Almoço americano não pode, agora se comportar como a polícia de lá tudo bem? — confirmou. — Já volto.

Saí do carro, caminhei pela calçada e entrei na cafeteria que está até cheia pelo horário. Coloquei os óculos na cabeça, fui até a fila esperar minha vez.

Tem uma mãe com o filho na minha frente, pelo uniforme ele está indo para a escola. Ele virou me encarando e virou para frente de novo, cutucou a mãe que abaixou na altura dele.

Sussurrou naquele volume que só criança sabe fazer, todo mundo escuta.

— Um policial de cabelo rosa, mãe. — Que fofo!

— Sim, agora quietinho filho. — ela falou após olhar rápido para mim.

Chegou a vez dela e o menino aproveitou para me olhar mais.

— Você é policial? — perguntou.

— Não, sou um agente federal, só tenho o distintivo igual ao da polícia. — ele pareceu entender.

— Igual FBI? — isso aí.

— Sim, mas aqui na Coréia é I.C, Inteligência Coreana. — tirei as dúvidas dele, um pequeno cidadão.

— Desculpe por ele. — a mãe pediu. — Vamos filho?

— Vamos, tchau! — acenei para ele.

Minha vez finalmente!

— Bom dia! O que deseja, senhor? — o atendente perguntou.

— Bom dia! Eu quero um café com leite sem açúcar, um café macchiato, e quatro rosquinhas, por gentileza. — em cinco minutos estavam me passando os copos e a caixa de rosquinhas.

Paguei e saí de lá, fui até o carro, abri a porta com dificuldade e entrei, passei a caixa para o Jungkook, consegui fechar a porta.

Coloquei o cinto, enfim seguro, devolvi os óculos para os meus olhos.

— Seu café com leite. — passei o copo, ele abriu a caixa, usei um dos guardanapos de papel para pegar uma rosquinha.

— Obrigado. — agradeceu.

— Por nada.— Meu copo ficou no porta-copos enquanto eu dirigia.

Foi assim em uma parte do caminho, comendo, bebendo, e dirigindo.

Outro guardanapo limpei minha mão e boca.

Fiquei o restante do caminho dirigindo e ainda bebendo do café, fiz curvas com uma mão só.

— Vai babar, neném. — falei ao sentir os olhos dele presos em mim.

— Sim. — Parou de olhar? Não, obra de arte é para ser admirada, deixei.

Logo estava entrando na estrada dentro da floresta, que levou até a árvore, Jungkook se identificou para liberarem o carro, descemos até o subterrâneo.

Estacionei com uma mão também enquanto terminava minha bebida, desliguei o carro, tirei o cinto e nós saímos.

— Qual é o caso de hoje? — perguntei.

— Ainda não sei, talvez não tenha um. — fechei a porta e travei o carro, fui para o lado dele. — Seu copo? — entreguei. — Vai para a central de comando, eu vou à sala do diretor.

— Tudo bem, até! — dei um selinho nele antes de afastar.

Coloquei as mãos nos bolsos e fui para a central, recebendo olhares como sempre, senão for para chamar atenção, eu nem saio de casa.

— Boo! — Hoseok tentando me assustar, olhei para ele.

— Te ouvi chegando, barulhento. — contar para o Joseph que o namorado dele não sabe andar sem fazer barulho como aprendemos.

É passos de felino, ninguém ouve quando eles chegam para atacar uma presa.

— Bicha chata! — sou. — Bom dia!

— Bom dia! — agora seguimos juntos.

— Você chama a atenção que é uma beleza né? — confirmei.

— Estou namorando o comandante que a maioria odeia, então faz parte. — fazer o quê?

— Também, mas eles olham mais por sua causa. — eu sei. — Você gosta bicha exibida.

— Lógico, meu ego é sustentado por isso. — esse corredor estava menor na segunda-feira. — Estava na cozinha? — apontei as canecas na mão dele.

— Sim, pegando café, vai querer? — neguei.

— Tomei no caminho. — entramos na central.

— Olha quem chegou, o novo agente de campo que se saiu melhor no treinamento! — Yoongi falou. — Hoseok queria fazer um bolo, mas a anta não sabia qual seu sabor preferido.

— Anta é tu, bicha insuportável! — esperei os dois pararem de se xingar, os dois se xingando ofende a comunidade inteira.

— Continuando, então compramos donuts, você ama rosa, então a cobertura é rosa, com confeito de gatinhos brancos. — tirei os óculos colocando no bolso.

— Obrigado! Não precisava, mas eu amei! — falei olhando a caixa com donuts.

Todos me falaram "bem-vindo como agente de campo", ainda ganhei um anel da Rosé, de gatinho também.

Sentei em meu lugar, agora fico entre Hoseok e Heron, não vai com a minha cara quem fez isso.

— Onde vai com essa mãozinha? — perguntei ao Hobi.

— Pegar um donut. — bati na mão dele.

— É meu! — cada coisa.

— Egoísta! — eu sou.

— Jimin, sabe que caso temos hoje? — Heron perguntou, neguei pegando um donut.

— Jungkook foi à sala do diretor, deve voltar com algo. — falei.

Amo donut, mas não vou comer todos esses, deixei Hobi pegar, Heron, e Yoongi.

— Hoje eu vou ir falar com a sua mãe. — Heron falou. — Após sairmos.

— Me liga falando o que achou, ela está no andar da pediatria. — passei a informação.

— Já pensou que você pode não gostar da avaliação dele? — Hobi perguntou, está com a boca rosa de cobertura, passei um guardanapo.

— Sim, eu já passei nove anos sozinho e sem mãe ou família, estou acostumado a não ter ela na minha vida. — respondi. — Agora eu tenho vocês, e o Jungkook, não preciso de mais nada.

— Fico emocionado. — chorão! — Estou na frente do Jungkook.

— Vai sonhando, Jimin colocou a lista ao contrário, Jungkook está em primeiro. — Heron cortando o barato dele.

Jungkook entrou, olhou a caixa rosa em cima da minha mesa, se aproximou.

— É donuts. — abri para ele ver. — Guardei esses para você.

— Obrigado gatinho. — agradeceu. — Bom dia! — falou com meus amigos.

— Bom dia! — falaram, ele seguiu até lá na frente, falou com Namjoon antes.

— É impressão minha ou ele ficou mais gostoso após namorar o Jimin? — Hobi comentou, bati no braço dele.

— Tira o olho, esse é meu. — cada coisa. — Vai achar teu namorado gostoso.

— Eu acho o Joseph muito gostoso, mas que o Jungkook ficou mais gostoso, ficou. — ele quer apanhar.

— Amo ver passivos brigando. — olhamos Heron.

— Vou contar ao Lian. — Hobi falou.

— Bom dia! — Jungkook falou com todos, responderam. — Temos um caso.

— Puta que pariu! Por que? — Hobi resmungou deitando a cabeça na mesa indignado, queria ir decorar o apartamento hoje.

— Um policial foi morto em serviço, a polícia não quis resolver esse caso, e o diretor dele é amigo do nosso diretor. — já entendi como ele chegou nas nossas mãos. — Aconteceu tem meia hora, o corpo ainda está no local.

— Vamos para lá? — Rosé perguntou.

— Sim. — sair um pouco. — Namjoon e Hyun ficam, precisamos manter a mídia fora disso, não queremos ela espalhando que tem um assassino de policial a solta.

— Sim, senhor. — Nós fomos para os carros.

Jungkook foi comendo os donuts, nem parece que comeu rosquinhas.

Ao chegar na cena, saímos dos carros, passamos pela fita após apresentar o distintivo.

— Essa é a equipe que vai resolver o crime? — ouvi alguém falando.

Somos nós.

Deve ser pelos cabelos, Rosé loira, eu de cabelo rosa, Hobi ruivo, e Yoongi com cabelo verde menta.

Tem policial para cacete aqui, um deles morreu, então faz sentido.

— Vocês são os agentes da I.C.? — um homem perguntou, Jungkook confirmou.

— Comandante Jeon Jungkook, deve ser o chefe, sinto muito pelo seu homem. — apertaram as mãos. — Minha equipe é a melhor, vamos resolver tudo até sexta-feira.

— Certeza? — outro que está nos julgando pela aparência.

— Sei que eles parecem que saíram de um filme nerd, com os cabelos coloridos e roupas nada sociais, mas são os melhores. — falou.

— O jeito que o Jungkook humilha e depois elogia é diferente. — Hobi resmungou.

— Essa é a legista Roseanne Park, onde está o corpo? — o chefe apontou e ela foi até lá tirando o que cobria o corpo. — Como aconteceu?

— Pela gravação do carro, o atirador chegou por trás e atirou, entrou no carro dirigido por um cúmplice e foi embora, não tocou no corpo do policial Lee. — Heron está observando tudo.

— Obrigado! — o chefe foi falar com os dele. — Vocês, já sabem o que fazer.

Processar a cena.

Colocamos as luvas pretas, não soltam aquele resíduo branco que outras luvas tem

Eu fui para perto do corpo que Rosé ainda tira fotos, perguntei se já tinha terminado.

— Só mais uma. — ela tirou. — Pode ver antes que eu vire o corpo dele.

Comecei a olhar tudo. Ele atirou na nuca, teve ferimento de entrada e saída, obstruiu a veia mais importante que passa no pescoço, artéria.

Hobi também se aproximou para registrar todos os itens que estão no corpo, com Heron que quer observar, Jeon foi o próximo.

— Quem se especializou em armas? — Jeon perguntou, Hobi e Heron olharam estranho para ele. — Um de vocês dois?

— Não, o Jimin. — ele ficou surpreso. — Pensei que soubesse.

— Eu não sabia. — Não mesmo, não leu as mensagens que mandei nas minhas últimas semanas, estava lá em que eu tinha me especializado. — Gatinho, processe a arma, e ache a munição que o matou.

Jungkook já foi do exército, é óbvio que ele não usaria a palavra "bala".

— Sim, senhor! — aquele deboche de leve. — Vou tirar a arma do coldre. — avisei.

Tirei para olhar, tirei o pente de munição.

— Se ele tivesse tido tempo para sacar a arma não adiantaria. — falei.

— Está descarregada? — neguei.

Coloquei o conteúdo do pente na mão, viram as bolinhas amarelas.

— Era uma arma de brinquedo. — Parece real, mas não é.

— Essas armas não podem ser vendidas aqui na Coréia. — Hobi falou, ele ensacou como prova.

— Não exatamente, tem uma parte do porto que não pertence a Coréia, lá eles podem vender dessas armas. — Jeon falou. — Hoseok, após terminar isso, procure imagens no porto de quem comprou essa arma, porque tem chance dela ter sido trocada no vestiário da polícia. Agora, os amigos de farda são os suspeitos.

Eu achei a bala presa em um poste uns metros à frente, usei a pinça para tirar, analisei ela olhando as estrias.

Após terminar tudo nós fomos para a delegacia que o policial se reportava a um superior, fizeram a última chamada no rádio, o chefe fez um discurso, ninguém anda sozinho.

— Que arma é? — Jeon me perguntou, estava jogando a foto da bala no nosso sistema pelo celular.

— Pistola Taurus PT 840, calibre 40, 17 tiros. — informei. — Agora precisa esperar para ver se tem compatibilidade com algo já usado em algum crime.

— Bom trabalho. — é, sou bom mesmo. — Enquanto espera, você e Heron vão ir falar com a viúva.

Ao falar com a viúva descobrimos que o policial Lee ficou um bom tempo viciado em opióides, vendendo as coisas de casa para conseguir comprar, até a aliança.

Com o passar do dia e das investigações, apareceu apenas mais um suspeito, o antigo parceiro. Policial Lee testemunhou contra ele em um caso, o deixando suspenso por quatro meses.

No final do dia, Hobi finalmente achou quem comprou a arma, o próprio policial Lee. Vendeu a arma verdadeira para comprar drogas, quando foi chamado para trabalhar nas ruas precisava de uma arma, comprou uma de brinquedo.

Com isso achamos um amigo dele que vendia, o traficante, ele deu informações que o policial Lee entrou em um negócio com alguém que traficava armas para fora da Coréia.

Não sabia o nome, só tinha um número "04", mas ninguém conhecia um traficante de armas com nome de quatro. No celular dele achei uma negociação de pílulas, 1000 pílulas por armas da polícia.

Era um policial corrupto, funeral cancelado.

Fomos para casa já eram quase nove horas, Hobi reclamando de fome, não quis comer na delegacia, e não foi o único, Heron e Yoongi também não quiseram.

Cheguei no apartamento quase dez horas da noite, cansado!

Tudo limpinho, Mochi esparramado na poltrona com ar-condicionado ligado e o ventilador, Júlia que ligou.

— Folgado! — ele me olhou, miou e voltou a dormir.

Tirei a bota militar e segui de meia até o quarto, Jungkook estava falando com o porteiro fofoqueiro.

Limpei e guardei ela, fiz a mesma coisa com minha arma. Também guardei os dois distintivos, e meu óculos escuros.

— Eu preciso de um banho! — resmunguei.

Mas ainda não fui à academia hoje, só que estou tão cansado!

Prefiro dormir cedo hoje, e amanhã bem cedo me acabar de treinar.

Entrei no banheiro, tirei minha roupa, acessórios como brinco, anel, e minha aliança.

Tomei um longo banho, consegui deitar dez horas em ponto. Já tinha feito minha rotina de cuidados, fiz alguns alongamentos também para ter certeza que meu corpo estava bem para deitar.

Peguei meu celular e respondi às mensagens, não eram muitas. Tinha do meu advogado, da minha mãe, e propostas de serviço, aceitei, agendei o dia que iria fazer.

Jungkook já está no apartamento, ouvi barulho no escritório, não demorou para ele vir para o quarto.

— Já tomou banho, gatinho? — perguntou.

— Sim, estava te esperando para dormir. — ele foi tomar banho.

Fui ver o vídeo do assassinato de novo, ele atira no policial e vira para ir embora, dei pausa e fiquei olhando o assassino.

Ele tem 1,77 de altura, pesa entre 80 e 90 quilos.

Na hora que o Jungkook saiu eu achei um detalhe, o olho do assassino brilha muito, já sei.

O assassino tem um olho de vidro!

Peguei as referências e joguei no sistema, cruzando as informações com aquela bala encontrada na cena, na hora o sistema deu um nome.

— Neném? — sentei na cama, saiu do closet de bermuda vestindo uma camiseta.

— O que? — se sentou do meu lado.

— Esse é o assassino. — mostrei. — No vídeo eu notei que o olho dele é de vidro, então cruzei as informações com aquela bala. Esse é o responsável, procurado pela polícia.

— Manda para o meu celular. — mandei. — Eu vou enviar para o chefe da polícia, ele vai espalhar entre os policiais.

Coloquei meu celular na mesa de cabeceira e deitei, após terminar isso ele também deitou. Abracei seu corpo, não passamos tanto tempo juntos hoje.

— Você não contou que tinha se especializado em armas, gatinho. — sabia que ele iria tocar nesse assunto.

— Eu contei, mas você não prestou atenção. — falei.

— Me lembraria disso. — não entendeu.

— Dá o seu celular? — se esticou e pegou na mesa de cabeceira, me entregou, coloquei a senha para desbloquear, fui até o aplicativo de mensagem, estou fixado, bom mesmo.

Entrei nas mensagens, não foi difícil achar, mostrei para ele.

— Viu? Eu te contei há um mês. — devolvi o celular, ele ficou olhando. — Quando estava me ignorando.

— Perdão, gatinho. — beijou minha testa. — O que mais você fez que eu não sei?

— Eu que ganhei mais medalha individual e em grupo. — Sou muito bom. — Era sempre o líder do grupo, montava as estratégias para ganharmos, fiz um psicólogo perder o emprego, e além de armas, também me especializei em defesa pessoal.

— Parabéns! — obrigado. — Mas como assim fez um psicólogo perder o emprego?

— Ele me assediava, querendo me beijar, passando a mão em mim, aí eu denunciei na direção, apareceram outras vítimas e ele perdeu o emprego, mais o direito de atuar como psicólogo. — contei.

— Que dó do meu gatinho. — concordo.

— Estou bem! — afirmei. — Você sabe lutar, né?

— Sim, por quê? — perguntou.

— Vamos lutar um dia, eu e você. — vou ganhar.

— Seria injusto, você é pequeno. — bati no peito dele. — Já estamos lutando? Porque essa doeu.

— Tamanho não é documento, eu ganho de você. — cada coisa. — E o que você fez enquanto estava me ignorando?

— Sofri. — ri da cara dele, desde quando ele ficou tão dramático? — Prendi cinco serial killer, dois pedófilos, e três incendiários.

Nossa, ele deve ter ficado tão gostoso dando voz de prisão.

— Gatinho, terra chamando. — voltei. — O que estava pensando?

— Em você dando voz de prisão, gostoso! — ele negou. — Meu gostoso!

— Você não tem jeito gatinho safado. — ainda bem que ele sabe.

— Sei disso. — falei sorrindo, ele me beijou.

Saudade dessa boca, desde ontem sem beijar ela, muito tempo, não sei como consegui sobreviver.

Me segurou e me colocou em cima dele, desci a bunda para um lugar mais confortável. Continuamos nos beijando, sua mão em minha cintura e a outra na minha bunda.

Ele fica atiçando, ódio!

Se vai me atiçar, irá sofrer também.

Comecei a rebolar lentamente em cima de seu pau, que já está duro, impossível me beijar e não ficar excitado.

Causo esse efeito nos homens.

— Gatinho, pega leve. — falou com dificuldade, não quero.

— Você que começou, agora aguenta. — beijei seu queixo descendo para o pescoço. — Se quiser posso te ajudar a relaxar, parece tão tenso.

— Não gatinho. — chato!

— Só um pouquinho? — negou, marquei a pele de seu pescoço. — Nem precisa ser inteiro, vou chupar só a ponta.

— Você nasceu no dia do sexo, né? — perguntou.

— Não, e não é sexo, é apenas uma preliminar. — respondi. — Vai aceitar?

— Não, não vai apenas me satisfazer e você não. — que maldade!

— Tá! — rolei para o meu lado da cama, me cobri com o lençol.

— Está bravo? — neguei. — Então porque saiu de cima de mim?

— Você iria continuar me beijando, e não sabe beijar sem atiçar, como sei que o único que vai acabar no banheiro tomando um banho frio com a companhia de um brinquedo sou eu, é melhor parar. — não aguento mais dormir de pau duro.

— Por que quer tanto fazer sexo? — eu que deveria fazer a pergunta, do porquê você não quer.

Será algum trauma? Virgem ele não é.

Ele disse que queria esperar, mas vai que tem outro motivo.

— Neném, se quer esperar tudo bem, não vou te forçar a fazer nada. — falei. — E eu querer está relacionado ao fato que estou há muito tempo sem sexo, mas tudo bem, relacionamento não é apenas sexo, posso viver sem.

— Certeza? — não.

— Sim. — o celular dele tocou.

Será que existe algum inibidor de libido? Vou precisar tomar.

Nossa, está parecendo que sempre vivi transando, mas é que me acostumei a manter uma rotina.

— Tudo bem, nos vemos amanhã antes do velório. — Que velório? — Boa noite! — desligou e devolveu para o mesmo lugar. — Ele matou outro policial, precisamos resolver esse crime amanhã.

— Sim, boa noite! — eu preciso dormir.

— Já está com sono? — confirmei. — Boa noite! Gatinho.

Logo eu dormi, estou cansado!

Tive uma noite tranquila, sem sonhos ou pesadelos, tudo na mais perfeita paz.

Acordei cedo, cinco e dez meu celular despertou, desliguei rápido.

Tirei devagar o braço do Jungkook da minha cintura, e levantei, fui até o banheiro, fechei a porta para depois acender a luz. Fiz minha rotina matinal e saí, entrei no closet.

Olhei na lista o que irei treinar hoje, abdômen.

Passar o dia sem rir, porque dói fazer isso.

Coloquei um shortinho moletom preto e camiseta branca, calcei um tênis.

Com fones e celular saí do quarto, fechei a porta, Mochi está fazendo um escândalo.

— Silêncio, seu pai está dormindo! — ficou quieto. — Obrigado!

Coloquei ração e petisco, troquei a água da fonte. Aproveitei e fui limpar a caixa de areia dele, limpinha de novo.

Voltei à cozinha, peguei minha garrafa e enchi. Saí da cobertura colocando os fones, liguei a música, começou a citar posições sexuais, mudei, sexo de novo.

Que perseguição!

Coloquei uma playlist gospel, aleluia irmão!

Desci para o andar da academia, tem uma mulher, já vi ela aqui no dia que vim treinar tarde. Me cumprimentou com um aceno, fiz o mesmo.

Seis e quarenta eu estava subindo, suado, cansado, exausto.

Odeio fazer prancha!

Entrei na cobertura bebendo o restinho da água, Jungkook já estava acordado e arrumado. Sentado à mesa mexendo no MacBook, Mochi no colo e ele fazendo carinho.

— Bom dia! Neném. — passei por ele indo para a cozinha.

— Bom dia! Gatinho. — Lavei minha garrafinha, sequei e guardei.

— Que horas desceu para treinar? — perguntou.

— Cinco e meia. — respondi. — Acordou que horas?

— Seis. — Tarde para quem quatro horas já estava andando pelo apartamento.

— Vou ir me arrumar. — Fui para o quarto, deixei celular e fones na mesa de cabeceira.

Tive que lavar o cabelo, mas fui rápido no banho. Saí enrolado na toalha, entrei no closet.

Primeiro arrumei meu cabelo, sequei e passei um produto que o mantém sedoso mesmo sendo descolorido.

Hidratei minha pele, passei a pomada na cicatriz.

Meu novo vício é calça cargo, dessa vez é verde-escuro, poderia combinar com rosa, mas hoje quero algo mais sombrio.

Coloquei uma camiseta bem justa ao tronco, preta, por dentro da calça. Calcei bota militar, hoje é verde, eu tenho em várias cores.

Passei desodorante e perfume, conferi os meus acessórios, todos no lugar. Por último foi os distintivos, e a arma, saí do closet.

Jungkook arrumou a cama, mas eu ajeitei bem certinho.

Voltei ao closet para pegar meus óculos escuros, armação mais fina, mas preto como o de ontem. Peguei meu celular e saí.

— Vamos? — me analisou.

— Vamos! — liberei o pote de ração que o gato come e vai descendo mais.

Saímos da cobertura, descemos para o estacionamento. Dessa vez no carro dele, eu bem pleno no banco do passageiro mexendo no celular.

— Você está quieto. — ele falou, parei de mexer no celular.

— Estou? — perguntei.

— Sim, costuma ser mais falante, bem mais. — Nem falo muito. — É sobre...

— Não, não é. — interrompi. — Estou pensando no que Heron vai me falar sobre a conversa com a minha mãe, apenas isso. Já que ele não ligou, deve ter achado melhor contar pessoalmente, é o que está me preocupando.

— Entendo, mas não fique preocupado, se for algo ruim você se saiu bem sem ela por nove anos, e agora eu estou aqui, não vai ficar sozinho novamente. — afirmou.

— Obrigado! Eu te amo, muito mesmo. — amo amar o Jungkook.

— Eu te amo muito! — pegou em minha mão, entrelaçou nossos dedos. — Mãozinha pequena.

— Fazer bullying é errado! — Nem é pequena, só é menor que todas, tem diferença.

Nós passamos na mesma cafeteria novamente, dessa vez ele que foi lá, eu fiquei no carro olhando. Vi ele conversando com o mesmo menino, se dá bem com crianças.

Ainda vou o convencer que seria um bom pai, mesmo sendo apático, que agora comigo ele raramente mostra os sinais de ser uma pessoa que não sentia nada.

Mas eu também vi a atendente sorrindo muito, li os lábios dela de longe.

"Me passa seu número", esse aí é meu oferecida!

Saí do carro e entrei na cafeteria, passei pelo menino que acenou para mim, acenei para ele.

Parei ao lado do Jungkook, segurei o braço dele.

— Gatinho, você não ia esperar no carro? — perguntou.

— Não, você estava demorando, neném. — respondi. — Já fez nosso pedido? — confirmou.

— Como eu dizia, não vou passar meu número. — falou simples para a atendente, eu preferia o de ontem.

Ele pagou, ela entregou o pedido.

Saímos da cafeteria e entramos no carro, meu copo é bem maior dessa vez, é uma bebida de chocolate.

— Por que ela queria meu número? — Jungkook perguntou enquanto colocava o cinto, coloquei o meu.

— Por que será né? — olhei para ele, realmente não sabe. — Estava dando em cima de você.

— Então por isso que foi lá? — óbvio. — Ciumento.

Tirei os óculos do bolso e coloquei, bem melhor.

Comi minha rosquinha de coco, fiquei bebendo minha deliciosa bebida de chocolate.

O caminho foi tranquilo, ele concentrado no trânsito, e eu em um código novo.

Dessa vez fomos direto para a delegacia, os outros agentes já estavam chegando. Saímos do carro, Jungkook pegou meu copo vazio e jogou fora.

Voltou para perto de mim e segurou minha mão, aqui mesmo querido? Todo mundo sabe que a polícia coreana é bem homofóbica.

Eu não ligo com os olhares que vamos receber, mas o Jeon é capaz de nem entender porque estão olhando.

— Bom dia! Chefe e Jimin. — Rosé falou.

— Bom dia! — falamos.

— Jimin, meu grande amigo. — Hobi.

— Não. — falei.

— Eu nem ia pedir nada. — ia sim. — Oi Jungkook.

— Oi Hoseok. — Heron vinha falando com Tae e Yoongi, Hwasa acabou de sair do carro.

— Mas então Jimin. — começou, e nós entramos na delegacia. — Pode me ajudar a decorar o apartamento? Joseph não liga para essas coisas e disse que desde que eu não encha com meus bonecos estranhos segundo ele, é suficiente, e você é ótimo com essas coisas.

— Que dia? — perguntei.

— Sábado. — pensei.

— Nós vamos em algum lugar sábado, neném? — perguntei ao Jungkook.

— Não. — pensei que tinha algo para sábado.

— Tudo bem, eu te ajudo. — começamos a ver os policiais, todos fardados para o velório.

Temos que passar por uma parte com várias mesas, com policiais e detetives, ficamos em uma sala separada.

— Vocês são gays? — uma policial perguntou com nojo apontando minha mão e do Jungkook.

Eu sabia que iriam olhar, mas perguntar na cara dura não esperava.

— Ele é, eu não. — Jungkook respondeu normal.

Hobi segurou o riso, igual o meme, "eu não sou gay, meu namorado que é".

— Não podem ficar assim aqui, é falta de respeito. — torça para eu não perder a paciência, estou armado.

— Isso não é falta de respeito, seria falta de respeito se falássemos do seu cabelo oleoso, do pedaço de alga preso no seu dente que todos os seus colegas viram, mas ninguém avisou, ou sua farda do avesso. — não fui eu que falei, foi o Jungkook.

Ela ficou sem graça e saiu andando com a mão tampando a boca.

— Alguém na sua posição de caso com outro homem. — moço, você deveria ter usado outra palavra, ele odeia "caso".

— Não é um caso, estamos namorando, e minha posição não interfere na minha vida pessoal, que eu cuido dela muito bem, pode fazer o mesmo com a sua. — Nossa, humilhou.

— E se tem problema que os agentes que vão resolver o crime sejam gays, a equipe inteira vai embora. — Hoseok falou.

— Por que? — surpresa.

— Nós somos, Hoseok namora um dos treinadores da base de treinamento, Heron está de caso com o diretor da base, Taehyung e Yoongi namoram, Rosé namora outra comandante da I.C., Hwasa está de caso com outra agente, e quem ficou na central é o Namjoon, marido do promotor Kim Seok-jin, Hyun também é gay, ninguém dessa equipe é hétero ou está em um relacionamento hétero. — expliquei. — É requisito para entrar.

— O que está acontecendo aqui? — o chefe chegou.

— Seu policial tem problema com minha equipe não ser hétero, se o senhor tiver também, nós vamos embora. — Jeon falou.

— Eu não tenho, e você. — apontou o policial. — Minha sala agora. — o policial foi para a sala do chefe, tá fudido! — Desculpe o incomodo, o policial que foi morto recentemente, também era gay, o marido dele espera algum dos seus agentes na sala de visita.

— Agente Park. — eu e Rosé olhamos para ele. — Agente Park Jimin, agente Jung também.

— Sim, senhor. — eu e Hoseok fomos para a sala de visitas, tirei os óculos antes de entrar.

Ele chorava bastante, ainda mais que os dois estavam para adotar uma menininha. Não imagino perder o Jungkook, eu morro junto.

— Vocês já sabem quem fez isso? — ele perguntou, Hobi ofereceu lenços, pegou secando as lágrimas.

— Sim, é um traficante de armas. — respondi.

— Por que ele matou meu marido? Eu fiquei sabendo que o primeiro policial era corrupto e vendia as armas, meu marido não era corrupto. — vai voltar a chorar logo. — Ele demorou um ano para assumir ser gay aqui nessa delegacia. Porque primeiro ganhou a confiança de todos, não queria ser odiado só por sua orientação sexual, durante um ano ele fez tudo pelos colegas.

— Mas tem uns homofóbicos. — Hobi falou.

— São dois, é um casal, uma mulher e um homem. — nós encontramos eles. — Viviam pegando no pé dele, será que eles colocaram meu marido como alvo?

— Até agora nada mostrou ser um crime de ódio, mas se algo mudar, nós iremos te comunicar. — não mesmo, ele vem matar os dois, apesar que isso não seria ruim.

Nós o liberamos e ele saiu da sala de visitas.

Eu e o Hobi fomos à sala de reunião, todos estão lá, Namjoon e Hyun em um dos computadores, chamada de vídeo.

— Chefe, e a mídia está sabendo. — Hyun falou.

— Como? — perguntou.

— Algum dos policiais contou. — Namjoon respondeu, sentei e Hobi também.

Nós descobrimos que o assassino matou o policial corrupto por causa do velório, a base que guarda as armas fica desprotegida, fácil acesso. Mas quando o velório foi cancelado por ser um corrupto, matou um policial correto.

Não chegamos a tempo na base que guarda as armas, já tinha levado e matado mais dois guardas.

Heron associou o número "04" ao número de jogador, porque o corrupto jogava, assim foi fácil achar quem era o cúmplice, mas já era noite.

Ele estaria no porto pronto para colocar as armas em containers, dentro de sofás, enviando tudo para os mexicanos.

— Localizei uma carga de sofás. — descobrimos isso ao ver uma foto de coisas que apreenderam em uma das batidas, tinha uma faca de estofado. — Parte em duas horas.

— Vamos! — fomos em carros separados, já com colete a prova de balas.

Primeira vez em campo, a vez da bomba não conta, eu não estava indo fazer uma missão.

— Estou ansioso! — Hobi falou.

— Você já saiu em campo. — falei.

— Não, ele disse que só iria com você. — Jeon falou.

— Quanto amor. — tudo tranquilo até chegar no porto.

Saímos dos carros, conferi meu colete, esse negócio de ser baleado não me agrada.

E os dois pente no meu bolso, caso a munição acabe, mas espero que não.

— Eles estão na parte C. — Jeon falou. — Tomem muito cuidado, todos devem estar armados, e tentem não matar ninguém, mas se atirarem, atirem de volta para matar.

— Seu cadarço está desamarrado, Jimin. — Hwasa apontou minha bota, olhei, está mesmo, já iria abaixar para amarrar, Jungkook abaixou e amarrou.

— Por que não amarra o meu também? — Yoongi perguntou ao Tae.

— Realmente é muito gostoso trabalhar com o namorado. — Heron tirou sarro dele.

— Obrigado! — agradeci ao meu namorado.

— Vamos. — nós nos separamos para cobrir uma área maior, Heron e Yoongi subiram em um dos containers quando chegamos a parte C.

— Mão pra cima, vocês estão cercados, todos de joelho. — Taehyung falou mais alto chamando a atenção deles. — Coloquem as armas no chão.

— Nem pense em correr. — Jeon falou a quem estamos procurando, ele correu.

— Deixa comigo. — falei e corri atrás dele.

Olhava para trás me vendo cada vez mais perto, eu vou te pegar!

Ao chegar perto o suficiente pulei em cima dele, o derrubei no chão, quase torci minha mão.

Tentou me tirar de cima dele, meu joelho alcançou as bolas dele com força, otário! Me fez ralar a mão.

— Quieto! Se tentar fugir vou atirar. — Algemei ele no chão e o coloquei de pé. — Anda.

— Eu nem fiz nada, por que estou sendo preso? — perguntou.

— Traficar armas da polícia coreana, cúmplice de dois assassinatos, resistir a prisão, e agredir um agente federal. — respondi.

— Eu não agredi agente nenhum. — sabe que isso vai dar uma linda pena de morte.

— Quase torci a mão e ainda me ralei, se não abrir o bico de onde está seu amigo assassino, vou falar que quebrou minha mão. — ele me olhou assustado. — Como vai ser? Já estamos chegando perto dos outros, e meu próprio namorado pode te matar se saber que me machucou.

— Você pode fazer isso sendo agente federal? — inocente tadinho.

— Posso, não me reporto ao governo, faço minhas próprias regras. — falei.

— Eu não sei onde ele está, ele falou que iria desaparecer por um tempo. — só não tenha saído do país. — Tenho o número dele, é suficiente para não falar nada?

— Sim. — Jeon me viu chegando com ele algemado, todos os outros presos estavam sentados no chão algemados.

— Ele já falou? — perguntou.

— Vai dar o número do celular, vou rastrear. — respondi.

— Ótimo! Sua cela vai ser privilegiada. — Jeon fez ele sentar perto dos amigos traficantes.

Peguei meu celular e ele passou o número, fui rápido para rastrear a localização.

— Tenho um endereço. — vamos fechar o caso antes das oito.

Agentes vieram buscar eles, foram todos levados para a central da I.C., o caso é nosso, a prisão também.

— Temos mais uma prisão para fazer, vamos! — saímos do porto, eu guiando durante o caminho para o próximo endereço.

Minha mão está ardendo, quando voltar para o apartamento irei ver se tem algo para passar.

Um bairro até afastado da cidade, e Jeon avisou o chefe da polícia para onde estávamos indo antes de sair do porto, para ele ficar ciente.

Os agentes em frente ao portão, eu consegui desbloquear ele com meu celular facilmente. Entramos, Jungkook colocou Heron e Rosé para ir pelo lado direito, Yoongi e Hwasa para o esquerdo da casa, Taehyung e Hobi conosco pela porta da frente.

Entramos na casa, e seguimos até o quarto principal, antes de arrombar a porta mandei uma mensagem para ele.

TOC, TOC.

Eu sou demais!

Ouvimos o barulho da notificação dentro do quarto, e ele pegar o celular, guardei o meu.

Jungkook derrubou a porta no chute, entramos apontando as armas.

— Inteligência Coreana, larga o celular e deita no chão. — Jeon falou, tem mais três no quarto, em colchões diferentes. — Todos no chão, vocês estão presos.

Deitaram com a cara no carpete, Jeon algemou o traficante, Hobi e Tae algemaram mais dois, eu o que sobrou.

A força tática entrou e tirou os outros, Jeon saiu levando o traficante, eu atrás.

— Tem o direito de permanecer calado, tudo que disser pode e será usado contra você no tribunal. — é melhor ficar quieto. — Pode chamar um advogado, se não puder pagar o estado indicará um, entendeu seus direitos?

— Sim, e a algema está apertada. — faz parte amigo.

— Ela é do policial que você matou, vai usar na hora de ser fichado, no julgamento, no corredor da morte, e toda vez que precisar. — por isso vi Jeon pegando nas coisas do policial morto.

— É para me assustar? — Qual a parte do "tem o direito de ficar calado" não entendeu?

— Não, é para te lembrar do crime horrível que cometeu. — Passamos pelo portão, a delegacia inteira da polícia está aqui. — Matou um bom policial, e vai pagar por isso.

Nunca vi tanta polícia junta, os homofóbicos não estão.

— Ele vai com vocês? — a força tática também o levou.

— Sim, será julgado em um tribunal federal. — Jeon respondeu ao chefe.

— Tudo bem, obrigado por resolverem tão rápido. — agradeceu.

— É o nosso trabalho. — Jeon respondeu. — Se precisar, é só chamar.

— Comandante. — Jeon foi até onde o chamaram, carro da força tática, o traficante no chão baleado.

— Como isso aconteceu? — perguntou. — E de onde veio o tiro?

— O tiro veio de lá. — respondeu.

Apontou um prédio alto, eles olharam.

Eu abaixei perto do traficante, olhei o ferimento de entrada na testa, pequeno.

Arma de longo alcance, foi um profissional que fez isso.

Ainda está respirando, o que me surpreendeu.

— Cobra. — sussurrou antes de morrer.

Cobra? Cobra&Dragão!? Não vai me dizer que você fazia parte da máfia? Mas Jeon não pareceu te reconhecer, nem você a ele, então não.

Deve conhecer a máfia de outro jeito.

— Morreu. — falei.

— O que ele falou? — Jeon perguntou quando levantei.

— Nada. — menti bem.

Me afastei e peguei meu celular, fiz minha pesquisa sobre algo. Como eu imaginava, já sei quem matou o traficante.

O marido do policial, ele era das forças armadas da Coréia antes de se casar, e atuava como sniper profissional, o melhor.

Guardei meu celular, encarando a cena e pensando.

— Não vai contar, né? — Heron.

— O que? — perguntei.

— Que foi o marido que matou o traficante. — respondeu. — Você faria o mesmo.

— Faria pior, não vou contar, e já apaguei todas as informações sobre ele ser das forças armadas. — sou rápido. — Será que ele vai conseguir dormir?

— Por um tempo não, matar alguém mexe com você, mas depois ele ficará bem. — Que bom!.

— Fico feliz com isso. — espero que ele melhore. — Você falou com a minha mãe?

— Falei. — e então? — Ela é uma mulher interessante.

— Isso é bom ou ruim? — perguntei.

— Bom, ela não está mentindo, Jimin, realmente se arrepende de tudo que te causou. — tirou um peso das minhas costas. — E não tem mais nada de preconceito nela por conta da sua sexualidade, afinal, a pequena Flora é trans.

— É, mas você tem certeza né? — me olhou como se fosse óbvio. — Tá!

— Mas se ainda tem medo, e com razão, vai com calma, um passo de cada vez. — vou fazer isso. — Ela vai entender se decidir não abrir as portas da sua vida de uma vez, vai no tempo que se sentir confortável.

— Do que estão falando? — Hobi se juntou.

— A mãe dele. — Heron respondeu.

— Ah! Eu conheci ela. — quando? — Heron me levou com ele como testemunha, amei suas irmãs.

— O que achou dela? — quero a opinião de mais um.

— Ela fala a verdade. — duas pessoas. — E sobre a sua irmã mais nova, a Lyra, eu sou compatível com ela, se sua mãe e o seu padrasto aceitarem, vou fazer o transplante de medula.

— Sério? — confirmou, abracei ele.

— Obrigado! Fico te devendo para sempre. — Acabei de conhecer minha irmã, não quero perder ela, é só uma criança.

— Não vai me dever nada, você já fez bastante por mim. — fiz? Nos afastamos. — Tanto Heron como eu procuramos ver quem era compatível, mas Heron não é, só eu.

— Mas só um irmão é 100% compatível. — falei.

— Nem sempre, meu corpinho tem várias utilidades. — humilde. — Vi seu cunhado.

— Ele trabalha lá, lógico que iria ver. — cada coisa.

— Não foi lá, eu vi seu cunhado ali. — apontou, olhei e ele está aqui conversando com Jeon, estão bem afastados. — Sabe o que ele veio fazer aqui?

— Dar um recado ao Jeon mais novo. — Heron falou.

Prestei atenção neles, Jungkook está visivelmente estressado com o irmão, os dois parecem brigar.

— Ele não gostou do recado. — Hobi falou.

— Não mesmo, boa sorte, Jimin! Vai precisar. — Heron falou.

Após terminar tudo nós voltamos a delegacia, Jungkook não falou nada o caminho inteiro, fiquei conversando com Hobi e Heron.

Só assim fomos para casa, finalmente!

Eu evitei falar com ele, vai que me dá uma patada, não quero sair voando do carro em movimento.

Deixei ele bem quietinho na dele, nem mexi.

Quando chegamos no estacionamento do prédio, eu desci do carro, fechei a porta. No elevador também não falei nada, nem após entrar na cobertura.

— Oi, filho! — veio me cumprimentar, fiz carinho nele. — Papai já coloca petisco para você.

Tirei minha bota e fui colocar petisco para ele, comeu feliz.

Segui para o quarto, guardei minha bota após limpar. Arma e distintivos para a gaveta, óculos para outra.

Quando tomei banho deixei a mão ralada do lado de fora, arde muito.

Vesti o pijama que levei, rosa com gatinhos brancos, escovei meu dente antes de sair.

Peguei a maleta de primeiro socorros, já lavei a mão ralada na água fria.

Sentei na cama, abri e comecei a procurar algo para isso.

— O que tem na mão? — que susto!

— Eu me ralei na hora de pegar o fugitivo. — expliquei. — Ele quase me fez torcer.

Sentou na minha frente, pegou minha mão um pouco rápido, acabei gemendo de dor.

— Toma mais cuidado. — ele passou remédio com cotonete, e uma pomada para dor no meu pulso, em seguida enrolou a atadura bem apertada, não incomoda, é só para impedir que meu pulso piore. — Não gosto de te ver machucado.

— Tudo bem, obrigado! — fechou a maleta, e levou para o banheiro.

Tô com fome!

Calcei minha pantufa e fui para a cozinha. Abri a geladeira, peguei coisas fáceis, vou fazer algo rápido.

Cozinhei batata doce, frango grelhado e muita salada.

Fui até o escritório, eu ouvi essa porta abrindo, mas ele não estava, já deve ter voltado ao quarto.

Abri a porta, está dormindo, será que ele não quer comer um pouquinho? Mas e se eu o acordar e ele ficar bravo?

Foda-se, vou acordar.

Me aproximei da cama, sentei perto dele, comecei a chamar.

— Neném. — toquei seu ombro devagar.

Abriu os olhos, não sei se deveria ter acordado.

— Você quer comer? Eu terminei o jantar. — falei devagar.

— Não, mas obrigado gatinho, estou cansado. — não me tratou com grosseria, já estou no lucro.

— Então volte a dormir, bons sonhos! — beijei a bochecha dele e saí do quarto fechando a porta, Mochi pode entrar para reclamar da vida difícil dele.

E ele mia alto, reclama, como se eu entendesse alguma coisa.

Comi assistindo ao filme, Mochi do meu lado pedindo frango, esse gato não enche.

Coloquei luvas para não molhar a atadura, e lavei toda a louça. Deixei em um pote de vidro quadrado a parte do Jungkook, a salada separada na geladeira, amanhã é só ele esquentar a comida no microondas e comer.

Sequei e guardei a louça, ainda limpei o chão da cozinha, não gosto de dormir e deixar aqui sujo.

Escovei o pêlo do Mochi, e passei uns lenços. No verão ele solta muito pêlo, e eu preciso ficar escovando.

Quando terminei voltei ao quarto, entrei no banheiro, passei fio dental e escovei o dente. Alguns cuidados com a pele do rosto, deitei ainda eram nove horas.

Mexi um pouco no celular, pouco mesmo.

Senti Jungkook me abraçando, olhei e ele está dormindo.

Vou me juntar a ele, meus olhos logo pesaram, dormi tranquilo.

Sexta-feira foi tranquilo, ficamos até a hora do almoço na Central, porque o Jungkook está fazendo o relatório do que aconteceu nos últimos dois dias, quando ele terminou, liberou todos.

Sendo assim, Hobi me levou com ele para lojas de decoração, nós dois andando no shopping atrás de coisas para o apartamento.

— Você já escolheu qual será o estilo? — perguntei.

— Como assim estilo? — não pesquisou nem o básico essa anta.

— Rústico, moderno, contemporâneo, clássico, minimalista, etc. — respondi. — O meu com o Jungkook é moderno.

— Quero moderno, mas com uma pitada de clássico. — fomos atrás do que ele queria, não foi difícil achar.

E pagando bem, todos os móveis chegam amanhã no apartamento.

— Como você acalmou o Jungkook ontem? — perguntou. — Ele não estava estressado hoje.

— Eu não acalmei, e ele continua estressado. — sei disso porque ele continua em perfeito silêncio, e eu para evitar ficar grudado na parede com uma patada, não falo nada.

— Sério? Não parecia estar estressado. — mas está. — Acredito que com um chá você consegue o acalmar.

— Nem se desse, isso com o Jungkook não funciona, o único chá que pode acalmar ele no momento é de camomila, nada que envolve sexo. — falei.

— Você tem uma sorte diferente, o Jungkook é completamente apaixonado por você e te ama muito, mas não liga para sexo, uma coisa que tu ama, como vai sobreviver? — quase pego a almofada que está na mão dele e o faço engolir.

— Tenho uma pequena mala com muitos brinquedos, serão suficientes. — respondi. — Agora muda de assunto, você não fala baixo, bicha escandalosa.

— Nem sou. — calúnia né? — O Heron está nos trocando, aquele gay ativo sem vergonha.

— Por quem, maluco? — bateu a cabeça dormindo.

— Yoongi e Taehyung, ele chegou com eles ontem. — doido varrido! — Eu vou bater nele se nos trocar por aquele branquelo fofoqueiro.

— Falando de mim, Hobi? — Que susto!

E que déjà vu.

— Vai assustar o cão, praga! — amizade verdadeira é assim.

— Não estou trocando vocês, Taehyung mora no mesmo condomínio que eu, e a moto dele estava com algum problema, dei carona aos dois. — explicou. — Mas já arrumou, porque ele veio com ela hoje.

— Não, aquela é outra, a moto dele é preta e a de hoje era vermelha. — rico. — Yoongi falava da moto dele, deve ter comprado outra.

— Como ele mora no mesmo condomínio que você? Seu condomínio é caro demais. — perguntei.

— Meu condomínio é caro? — confirmei. — Seu apartamento é avaliado em dezessete milhões, e vai aumentar após a reforma, minha casa só é sete milhões.

— Povo humilde. — Hobi resmungou.

— Falou o pobre. — Nem falo nada para esse fingido.

Voltamos às compras, e foi ótimo Heron vir para carregar as sacolas.

— Por que eu tenho que carregar? — perguntou.

— Porque se não carregar, inventamos que você fez algo errado para o Lian. — Hobi respondeu. — Vamos servo.

— Servo nada. — seguimos comprando até terminar a lista que fiz, descemos de elevador para o estacionamento.

— Já transaram em estacionamento? — o impuro perguntou. — Eu já.

— Também. — Heron confirmou.

— Povo safado, eu não. — falei.

— Qual lugar público que já fez sexo? — destravou o porta-malas e Heron começou a guardar as muitas sacolas.

— Deixa eu pensar. — pensei. — Praça, e elevador.

— Safado! — olha quem fala. — Nunca tentei no elevador, vou ver se consigo convencer o Joseph.

— Mas só começa no elevador, vocês terminam em casa. — avisei.

— Sei disso. — bom mesmo.

Ajudei o Heron ou ficaremos aqui até amanhã, ele foi embora no próprio carro, Hobi me deixou no prédio depois das cinco.

Entrei no elevador, apertei para a cobertura.

— Segura o elevador. — Não deixei a porta fechar, um homem entrou. — Obrigado.

— De nada. — ele apertou qual andar iria.

Facilmente transaria com o Jungkook aqui, a hora que ele quiser estarei disponível.

— É novo aqui? — olhei para o lado, porque você demorou elevador, detesto essas conversas.

— Não, e você? — perguntei por educação porque isso não me interessa.

— Sim, mudei semana passada. — Claro. — Trabalha para a polícia?

Esqueci que ainda estava com o distintivo e a arma.

— Não, inteligência coreana, agente federal. — finalmente chegou no apartamento dele, colocou a digital e a porta abriu.

— Até. — falou.

— Até. — nunca mais.

A porta fechou e o elevador terminou de subir, coloquei minha digital e a senha, entrei na cobertura.

Tirei meu tênis, calcei minha pantufa para seguir caminho.

Jeon está no sofá assistindo algum filme, mas não vejo Mochi.

— Comeu no shopping? — perguntou.

— Não. — Hobi mão de vaca não queria pagar nada, Heron é outro mão de vaca, pois também não comprei.

— Tem comida na geladeira. — Vou comer, mas depois do banho.

— Após tomar banho eu como. — ele ainda está estressado.

Fui para o quarto, achei Mochi no meio da cama bem pleno, em coma.

Guardei meu tênis e minhas coisas antes de ir tomar banho.

Um banho rápido porque estou com fome, já coloquei pijama afinal eu não vou sair mais, academia eu fui cedo.

Passei creme pelo corpo, pomada na cicatriz. No closet passei desodorante e perfume, um pente no cabelo, pronto.

Saí do quarto e caminhei para a cozinha, peguei o que estava na geladeira, carne de porco, salada cozida e salada crua. Esquentei o que era permitido, passei para um prato tudo, facilita para comer.

Sentei à mesa e comecei a comer, comi pensando no motivo que causou tanto estresse no meu namorado.

Após terminar eu lavei o que sujei, deixei a cozinha como estava antes.

Voltei ao quarto para escovar meus dentes, enxaguante bocal de menta, boquinha pronta para usar.

Sentei ao lado dele no sofá, mas nem prestava atenção no filme, caçando um jeito de perguntar, o filme terminou e começou os créditos.

— Quer escolher o próximo? — neguei, ele ficou com o controle procurando o próximo.

— Neném. — o chamei.

— Hum? — espero que ele lembre sobre o que falou, nada de me tratar com grosseria.

— Você está bem? — perguntei.

— Estou. — mentiroso.

— O que fez você ficar estressado? — ele olhou pra mim, até me encolhi no sofá. — Se não quiser me falar tudo bem.

— Não estou estressado. — está sim.

— Você está, eu já percebi, e está tão estressado que a última vez que me chamou de gatinho foi ontem. — agora que caiu a ficha dele. — Vi seu irmão falando contigo, ele que te estressou?

— Sim. —Sábia.

— Tem a ver comigo? — confirmou. — Eu não falei nada com ele.

— Sei disso, gatinho. — Bem melhor assim.

— O que ele te falou relacionado a mim? — perguntei com cautela.

Ele pensou, pensou mais um pouco.

— Tem algumas coisas da minha vida que você não sabe. — lá vamos nós. — E coisas importantes, que um namorado deveria saber, e meu irmão fica enchendo a porra da minha paciência para te contar.

Ele fica tão gostoso falando palavrão.

— Mas eu sei, que no momento que te contar, você vai me deixar, e eu não quero te perder. — é sobre a máfia.

— Jungkook, não importa o que você tem para contar, eu te amo independente disso, pode me contar que não irei te deixar. — finalmente vou saber pela boca dele.

— Você promete? — perguntou.

— Eu prometo! — selamos a promessa.

Ele parecia buscar coragem, conta logo que tenho muitas perguntas.

— Eu sou o responsável pela morte do seu pai......................


























































































































































Como eu amo surpreender vocês, por essa ninguém esperava.

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!

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