•• Capítulo 19 ••
Jimin on.
Quem estava fora logo ouviu a explosão.
O cofre desceu para o primeiro andar, janelas do segundo e primeiro andar quebraram jogando vidro para longe.
— Ele morreu Heron. — Hoseok estava em prantos, saiu do carro e juntou ao comandante.
Jungkook correu para o prédio muita fumaça impedindo enxergar, conseguiu chegar com dificuldade até o cofre despedaçado.
— Porque ele está demorando? — Hoseok perguntou.
— Calma, deve estar difícil achar o cofre após a explosão. — Heron tentando acalmar Hoseok, mas preocupado no mesmo nível.
Após uma explosão desse tamanho é impossível Jimin estar vivo, Rosé sabia disso sendo ela que mais entendia de bombas, e estava se culpando por não ver o plano do amigo.
Todos do lado de fora esperando Jeon sair dando a notícia, uma bomba desse tamanho faria Jimin em pedaços por estar tão perto.
Jeon saiu com Jimin nos braços inteiro, todos chocados da expressão dele estar neutra mesmo carregando alguém da sua equipe morto, mas Heron que estudou sobre pessoas apáticas sabia o quanto Jungkook estava triste.
— Ele está morto? — Hoseok perguntou, Jeon confirmou. — Ele morreu!
Jimin estava com estilhaços pelo corpo, seu rosto sem nada porque continuou usando a máscara, Jungkook se sujando com o sangue do mais novo, colocou ele na maca para os paramédicos darem a hora do óbito.
— Ele ainda tem pulso, vamos para o hospital. — a paramédica falou após checar duas vezes.
— Eu vou com ele. — Jungkook falou.
— Você não vai para lugar nenhum senhor. — Hoseok falou. — Ele passou duas semanas se culpando por causa de você e fez esse sacrifício porque não queria viver sem você, você fica. — falou apenas para Jungkook. — Vamos Heron.
— Foi mal aí comandante. — Heron falou, os dois entraram na ambulância com seu amigo.
— O que fazemos comandante? — Hwasa perguntou?
— Pegue o que sobrou da bomba, vai precisar ir ao hospital, tem pedaços no Jimin. — falou após se recompor. — Yoongi descubra quando deixaram essa bomba aqui, um de nós quase morreu, eu quero saber quem fez isso até amanhã.
— Sim, senhor. — sua equipe entrou no prédio.
Ele ligou para o seu irmão.
— Lembrou que eu existo? — ouviu seu irmão.
— Só me escuta, Jimin está indo para o hospital, atenda ele com urgência. — falou. — Ele quase morreu em uma explosão.
— Se tiver dedo seu em ele estar perto de uma explosão, eu arranco sua cabeça Jeon Jungkook. — seu irmão desligou.
A ambulância estava indo rápido para o hospital, Hoseok segurando a mão do Jimin enquanto os dois paramédicos deixavam ele estável.
— Como ele sobreviveu? — Heron perguntou.
— Jimin é forte, quando ele acordar vai contar o que aconteceu. — Hoseok falou, estava feliz de seu amigo estar vivo.
Chegaram no hospital na hora perfeita, a equipe médica já esperando, os batimentos começaram a cair a adrenalina passando.
Hoseok e Heron só puderam ir até certo ponto com os médicos, Jimin agora iria tirar os estilhaços presos em seu corpo.
Ficaram sentados na sala de espera, até terem notícias, isso demorou bastante.
— Vocês são amigos do Jimin? — Jae perguntou aos dois.
— Nós somos, ele está bem? — Heron perguntou. — Como sabe o nome dele?
— Eu sou irmão do Jungkook, vocês devem ser da equipe dele, prazer Jeon Jaehyun. — se apresentou.
— Ele tem um irmão? — Hoseok chocado. — Jimin está bem?
— Agora está estável, ele teve uma parada cardíaca na mesa de cirurgia, tiramos noventa e nove porcento dos estilhaços. — respondeu.
— Noventa e nove? — Heron perguntou.
— Tem um próximo ao coração, nós vamos deixar ele em observação esperando que esse estilhaço viaje para um lugar de mais fácil acesso. — explicou. — Ele está no quarto, vocês podem ficar um pouco e ele tem direito a um acompanhante.
— Eu fico com ele. — Hoseok já se prontificou.
— Cadê o Jungkook? — perguntou.
— Hobi não deixou ele vir. — Heron dedurou.
— Venham. — saíram dela e subiram ao andar que Jimin está, entraram no quarto. — Meia hora e você sai. — apontou Heron.
— Até assim o desgraçado é bonito. — Hoseok falou olhando amigo dormindo. — Olha para ele, está calmo e tranquilo após quase morrer em uma explosão.
— Você mesmo disse, ele é forte. — Heron falou.
— É, ele é forte. — concordou.
[...] Dias depois.
Jimin melhorou, e os ferimentos com todos os cuidados estavam cada vez melhor, alguns já criaram a casquinha, a cirurgia para tirar o estilhaço foi um sucesso.
Todos esperando ele acordar para contar o que aconteceu naquele cofre, mesmo após juntar todos os pedaços da bomba ainda é impossível determinar o que aconteceu.
O culpado foi preso, era um ex funcionário com raiva, só não esperava quase matar um agente do governo, vai pegar perpétua.
Jungkook só conseguia ver Jimin quando Hoseok saía para comer, ou ir em casa, estando lá o amigo do gatinho não deixava ele entrar.
Mas mesmo bem Jimin não demonstra sinais de acordar, parece estar descansando de muitas coisas, sempre com o rosto sereno e calmo.
Até aquela manhã de sábado, Jae foi checar Jimin após chegar, anotando tudo no prontuário para algum enfermeiro saber como está a dosagem de remédio.
Viu a coberta que cobria os pés dele se mexer, olhou o rosto de Jimin, abriu os olhos e fechou de novo.
Jae abaixou a luz do quarto, Jimin abriu novamente.
— Olá Jimin, finalmente acordou. — falou, ajeitou a cama deixando ele sentado.
— É bom acordar. — ouviu sua própria voz. — Minha voz está horrível, quero água!
— Só um instante meu paciente preferido. — Jae serviu em um copo e deu ao mais novo, com um canudo para facilitar.
— Obrigado! — Jimin olhou o quarto que estava. — Quem encheu de balões, flores e ursos coloridos?
— Balões são os seus amigos, flores foi a minha esposa e o Jungkook, os ursos foram seus sobrinhos. — Jimin sorriu ao ouvir "sobrinhos". — Tem cartões, quer que eu pegue?
— Por favor. — Jae pegou e entregou os cartões.
— Está sentindo alguma dor? Posso aumentar a morfina. — perguntou.
— Não, só minha garganta que estava raspando, mas é por não falar, quanto tempo eu dormi? — abriu o primeiro cartão.
— Uma semana completa hoje. — respondeu. — Seu amigo falante e barulhento logo aparece, ele só foi tomar café.
— Hobi estava aqui? — perguntou.
— Ele só saiu para comer e ir tomar banho na casa dele, o restante do tempo passou com você. — Jimin ficou muito feliz por ter alguém ao lado dele. — Vou te deixar ler os cartões, logo eu volto para checar seus ferimentos e os pontos.
Saiu do quarto, Jimin começou a ler os cartões, tinha de todos da equipe até do seu diretor, as meninas que dividiu dormitório também mandaram.
Não tinha nenhum do Jungkook, ele enviou flores, mas nenhum cartão talvez fosse apenas por culpa, Jimin já esperava que eles não iriam ficar juntos.
— Você acordou! — olhou a porta, Hoseok veio correndo abraçando ele.
— Isso doeu. — reclamou.
— Eu te machuquei? — perguntou desesperado.
— Pegou em algum machucado, estou bem! — acalmou o amigo. — Uma semana você aqui comigo?
— Sim, Heron tentou ficar, mas eu não deixei. — falou. — Outra pessoa tentou ficar aqui?
— A Rosé? — perguntou.
— Não, o Jungkook. — Jimin se surpreendeu. — Também não deixei, é culpa dele você estar aqui.
— Não foi culpa dele Hobi, eu escolhi fazer isso. — não convenceu seu amigo cabeça dura.
— Vou avisar a todos que você acordou. — Hobi colocou no grupo, não demorou para o quarto estar cheio.
— Obrigado gente por virem até aqui. — agradeceu.
— Você deu um susto em nós. — Hwasa falou. — Hoseok ligou chorando todos os dias.
— Essa parte não conta, fica na sua. — falou.
Jimin não estava reconhecendo uma moça ali, até pensou que tivesse perdido a memória.
— Quem é você? — perguntou. — Desculpa se eu não lembro.
— Não, você não me conhece, eu sou a namorada dessa criatura que está com vergonha. — tirou Rosé loira de novo atrás de si. — Obrigada por salvar ela.
— Obrigada por salvar a minha vida, Jimin. — Rosé agradeceu tentando não chorar. — Eu sou muito grata pelo que você fez.
— Não foi... — nem deixaram ele terminar.
— Foi muita coisa, somos muito gratos pela sua atitude. — a namorada da Rosé falou. — A propósito meu nome é Kim Jennie.
— Então de nada. — falou.
— Nós já vamos, esperamos que se recupere logo você faz falta na equipe. — Rosé falou. — Tchau!
As duas saíram, Yoongi pedindo para Jimin dividir a cama com ele.
— O que custa deixar eu deitar aí? — perguntou.
— Quem quase morreu fui eu, não vai deitar aqui. — falou com o outro.
— Falando em quase morrer, como raios você sobreviveu? — Heron perguntou.
— Antes de entrar no prédio eu vi que o traje de proteção que me deram era o último, então já estava planejando algo, mas não envolvia me prender no cofre com a bomba. — começou a explicação. — Quando cheguei e vi quanto tempo faltava sabia que a primeira ideia não daria certo, Rosé também falou que a bomba derrubaria o prédio.
— Qual foi a segunda ideia? — Hwasa perguntou.
— Eu vi a estrutura do cofre e a ideia surgiu. — falou. — Primeiro tirar Rosé dali, depois enrolar a minha roupa de proteção na bomba e esperar explodir.
— Não tinha como fazer isso e correr? — Yoongi perguntou.
— Uma vez que o cofre vê que tem movimento dentro de mais de uma pessoa ele se fecha para os supostos ladrões não saírem, é o sistema de defesa, só um conseguia sair e esse alguém foi a Rosé. — contou. — Agora como eu sobrevivi, entrei em uma caixa do cofre, isso diminuiu a gravidade dos ferimentos, mas eu jurava que iria dar errado com todo azar que estou carregando.
— Deu certo, você está aqui e vivo. — Hoseok falou.
— Os paramédicos me tiraram de lá? — perguntou curioso.
— Não mesmo, Jungkook que correu para dentro do prédio, saiu com você nos braços estilo noiva declarado já morto. — Heron falou. — Parecia cena de filme.
— Filme de romance com final triste. — Hwasa completou.
— Uma paramédica foi checar seu pulso para dar a hora do óbito e viu que você estava vivo, aí viemos para o hospital. — Hoseok falou.
Jae entrou de novo, checar Jimin.
— Você teve uma parada cardíaca quando a adrenalina foi embora, é bem comum. — Jae contou. — Estava com um estilhaço perto do coração, mas nós já tiramos.
— Se você me cortou no peito eu esqueço que você é irmão do Jungkook e te mato. — puxou a camisola e não viu nada no peito. — Misericórdia uma cicatriz aqui.
— Eu esperei ela viajar no seu corpo para um local menos perigoso, e isso foi aqui na sua costela direita. — Jimin colocou a mão.
— Aqui é sexy, excelente trabalho Jae. — todos rindo do Jimin.
— Todos pensando que você iria morrer, e você assim. — Yoongi falou.
— Sou lindo de mais para morrer. — falou. — E quando eu vou sair? Estou ótimo já!
— Que tal em dois dias? — Jimin negou cruzando os braços. — Amanhã de tarde?
— Meia-noite, e não se fala mais nisso. — o mais novo negociou.
— Jimin é incrível, está negociando o dia da alta. — Heron falou.
— Feito. — os dois apertaram as mãos. — Vou pedir para Jungkook trazer umas coisas para você.
— Tudo bem, mas será que você consegue uma escova com os dentistas? — Jimin é inacreditável. — Sete dias sem escovar o dente, fale que meus dentes estão caindo.
— Vou trazer. — Jae saiu. — E o horário de visita acabou barulhentos. — voltou só para falar isso.
— Nem fazemos barulho. — Heron falou.
— Obrigado por virem, hoje é que dia mesmo? — perguntou.
— Sábado. — Hobi respondeu.
— Então, se divirtam bastante. — falou.
— Tudo bem, tchau e melhoras! — se despediram dele e saíram, apenas Hobi ficou.
— Se quiser também pode ir para casa, ficar com o Joseph. — Jimin sugeriu não querendo atrapalhar o sábado de ninguém.
— Sei o que está tentando fazer, ficar sozinho com o Jungkook. — também.
— Lógico, você estando aqui vai expulsar ele. — falou.
— Óbvio. — Jimin revirou os olhos.
— Pode ir, se ele fizer algo o irmão dele bate nele. — pode ter certeza disso. — Você já passou sete dias aqui, pode ir ficar longe do hospital, dormir na cama e não em uma poltrona, muito obrigado pelos dias que ficou comigo agora é necessário você descansar um pouco.
— Tudo bem, mas vou ir te visitar na casa do Jungkook. — concordou.
— Eu sei que vai, como gratidão posso te passar meu cartão para você gastar em lojas de marca. — ofereceu.
— Não precisa, fiz isso porque te amo e me importo com você. — falou.
Jimin ficou sem reação, ele nunca ouviu essas palavras antes vindo de um amigo.
— Ei? Você está bem? — Hoseok perguntou sem entender.
— Estou, também te amo, certeza que não quer o cartão? — Jimin não ligava para dinheiro, o simples fato que quando você tem e a felicidade não, te faz realmente entender a frase "dinheiro não compra a felicidade".
— Não vai parar de insistir até eu aceitar? — confirmou. — Aceito, mas vou em liquidação que dá para comprar mais roupa.
— Pode fazer o que quiser, dá seu celular. — Hobi passou, Jimin em alguns toques estava pronto. — Aí está liberado duzentos mil.
— Won? Está ótimo. — o mais novo não entendeu.
— Que mané won Hobi, meu dinheiro é dólares, tem duzentos mil dólares aí. — Jimin parou de usar won tem muito tempo. — Seja feliz, e aproveita para pintar o cabelo, ruivo seria bom.
— Vou pensar. — falou. — Acredito que Jungkook vai trazer seu celular, manda mensagem avisando quando sair.
— Tudo bem. — se despediu do mais velho que saiu, Jae entrou com a escova e pasta. — Obrigado.
— Não foi nada, uma enfermeira está vindo tirar a sonda. — Jimin arregalou os olhos.
— Brincadeira né? — Jae negou achando engraçado a reação do outro. — Eu me recuso entrar em um lugar com bomba de novo.
— Fica tranquilo, é normal isso. — a enfermeira entrou, Jae saiu.
— Está bem meu anjo? — perguntou.
— Nenhum pouco, por favor faça rápido, que vergonha! — tampou os olhos.
— Não é primeira vez que faço, você deve ter uns vinte anos, eu sou enfermeira tem trinta anos você nem vai sentir. — fez tudo com paciência e calma para não machucar Jimin. — Prontinho, você está bem machucado, o que aconteceu?
— Explosão de uma bomba. — contou.
— Tome cuidado, espero não te ver aqui de novo. — falou, tirou o que estava no braço do Jimin, fios ligados a máquina para monitorar tudo.
— Vou ir escovar meu dente. — resmungou saindo da cama, andou devagar, muito tempo deitado.
Escovou três vezes e ainda saiu não estando satisfeito, quando fosse para casa iria passar fio dental algumas vezes.
Uma enfermeira trouxe café da manhã, ele comeu tudo por estar faminto, após ela levar a bandeja foi escovar o dente de novo.
Quando entrou no quarto, Jungkook estava colocando algumas coisas suas no móvel ao lado da cama.
Estava sem jeito de como agir com Jungkook, não sabia se ele iria querer continuar o que estavam tentando, se iria ser chutado.
— Trouxe suas coisas. — Jungkook também estava com vergonha, novo para ele.
— Obrigado! Vou tomar banho. — e aproveitar para pensar.
— Podemos conversar? — Jimin não sabia se ficava feliz, ou mais triste.
— Posso tomar banho primeiro, quero tirar essa camisola. — Jungkook sentou na poltrona, Park pegou a roupa e voltou ao banheiro fechando a porta.
Tomou banho com cuidado, Jungkook trouxe até seus produtos de pele, passou todos e já fez outro curativo para os pontos na costela. Saiu do banheiro com um conjunto moletom preto com rosa e sentou na cama, calçou as meias rosas com patinhas de gatinhos preto.
Se ajeitou na cama cobrindo até a sua cintura, fez tudo com Jungkook observando.
Jimin on.
— O que quer conversar? — perguntei.
— Você disse antes da bomba explodir que se sobrevivesse poderíamos conversar e resolver as coisas. — é, eu falei isso. — Antes disso eu quero pedir desculpa pela forma que te tratei.
— Quando? — passei uma semana dormindo, relevem minha lerdeza.
— As duas semanas sem te responder, e agir com grosseria quando foi a minha sala, eu poderia dizer que é culpa da apatia, mas não é eu não posso te tratar de forma grosseira só porque tenho meus próprios conflitos. — concordo. — Pela primeira vez eu senti o que é quase perder alguém, eu chorei ao te ver morto no meio dos destroços.
Ele vai me fazer chorar, eu sinto isso.
— Porque você também foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, e eu não quero te perder, eu amo te ver sorrindo, ouvir você falar por horas se tornou algo divertido para mim, da mesma forma que você me fez muito feliz e tirou minha vida do monótono quero ser isso para você, o motivo do seu sorriso e não das suas lágrimas. — já errou, porque eu tô chorando. — Não sei se você ainda vai aceitar, mas eu te amo, namora comigo?
Ele me ama? Ele me ama! Jungkook me ama!
Saí da cama e fui para o colo dele, não estou chorando!
— Eu te amo, e aceito namorar com você. — finalmente abraçando ele.
— Você me perdoa por não te responder e te expulsar da minha sala? — perguntou me abraçando mais forte, cuidado com os meus machucados.
— Perdoo, mas não faça de novo. — doeu muito. — Promete que não vai fazer de novo. — falei olhando para ele.
— Prometo que não vou ficar sem te responder e te expulsar da minha sala com grosseria desnecessária. — prometeu, coloquei meu dedinho em sua frente e ele sorriu. — Mine dedinho. — selou a promessa.
— Se quebrar perde o dedinho. — porque eu vou cortar.
— Aqui. — tirou uma caixinha de veludo vermelha do bolso na jaqueta. — Eu iria pedir antes de você ir para a base de treinamento, mas decidi esperar.
— Coloca no meu dedo. — eu vou usar aliança, que emoção!
— Gatinho apressado. — abriu mostrando as duas alianças de ouro.
— São lindas, rápido Jungkook. — ele pegou a menor e colocou no meu dedo. — Se eu não aceitasse iria fazer o quê?
— Chorar e depois te reconquistar. — bom plano.
— Agora minha vez. — tirei da caixinha, segurei a mão dele e coloquei. — Estamos oficialmente namorando!
— Sim, gatinho. — estou tão feliz!
— Posso te beijar? — ele me beijou segurando meu rosto.
Que saudade de beijar ele!
Foi um beijo calmo e cheio de sentimentos, ele fazendo carícias no meu rosto, sou totalmente apaixonado por ele.
— Agora que estamos bem. — falei após me afastar se continuar vou querer transar aqui mesmo. — Porque você parou de me responder sem vergonha?
— Não me bate gatinho. — bato sim. — Mão pesada.
— Responde, você não iria parar de responder a toa. — ou volta a apanhar.
— Eu vi uma coisa. — que coisa? — Você ficando com o Heron.
Não aguentei e ri, piada né?
— Engraçadinho, agora fala o motivo real. — me olhou sério. — Brincadeira né Jungkook? Eu beijando o Heron? Ficou doido? Onde viu isso?
— No Instagram do Hoseok. — nem sabia que tinha Instagram.
— Você têm? Qual sua conta para mim, te seguir? — perguntei.
— Foca gatinho. — é mesmo.
— Mostra a foto. — ele pegou o celular, eu com a testa colada na dele para conseguir ver, ele entrou no Instagram e foi procurar a foto.
— Essa sequência. — peguei o celular da mão dele, aparece no fundo o Heron beijando.
— Você se enganou, primeiro que eu e ele não faria isso, somos amigos, segundo que ele está de caso com o diretor da base, aquele homem que você conheceu é parecido comigo pelo corte de cabelo. — realmente parece eu na foto ao fundo. — Mas é impossível ser eu beijando ele.
— Por quê? — perguntou.
— Eu disse que não iria ficar com ninguém, e cumpri com a palavra, desde que nos conhecemos a única pessoa que eu beijei foi você. — sou muito feliz por isso. — E está vendo essa sequência de fotos, eu que tirei seu ciumento.
— É mesmo? — é, ciumento de mais. — Você estava segurando o celular e não beijando outro.
— Exato, e o Heron desde o começo sabia sobre nós, não iria tentar nada comigo. — tanto que me chantageou para conseguir trabalhar na Central. — Agora que estamos namorando precisa confiar em mim, quando ver algo que eu faço que te causa desconforto me fala, é conversando que resolvemos as coisas não ignorando.
— Tudo bem, não gosto que tenha amizade com pessoas legais. — ri da fala dele. — Posso ser trocado, sei que sou chato.
— Mas eu te amo mesmo chatinho, não vou te trocar. — amo ele.
— Não era para concordar gatinho. — mas você é.
— Tá! Você não é chato. — muito. — Mas só eu posso falar isso, você demitiu bastante gente da equipe.
— Não demiti ninguém, eu transferi eles para outras equipes de outras cidades, tinha lugar precisando e aqui com a equipe super lotada. — faz sentido. — Então deixei apenas os melhores.
— Assim que fez a escolha? Porque o Hyun disse que dando um aumento ele entregava todos que te achavam insuportável. — meu neném não é insuportável.
— Ele entregou mesmo, quem me achava insuportável eu mandei para as piores equipes. — vingativo. — Não sou insuportável.
— Concordo, esse neném é um amorzinho. — quando não está com ciúme.
— Não sou neném. — é sim.
— Meu neném. — vi a sombra de alguém no vidro da porta, saí do colo do Jungkook e fui para cama, bateram. — Entra.
Ajeitei a coberta, Jin entrou com Namjoon e uma menininha tímida com muitos cachos no cabelo.
Eles tem filha? Jungkook eu também quero.
— Viemos te visitar após saber que acordou. — Jin falou. — Entrega filha.
Ela veio e me deu um balão de unicórnio, que bonitinho!
— Obrigado princesa. — agradeci, ela correu para o Namjoon.
— Sou uma princesa papai. — falou com ele.
— Você é. — ele concordou. — Está bem, Jimin? Todos ficaram preocupados.
— Estou, é, uma parte da equipe esteve aqui mais cedo. — falei, amarrei a cordinha no balão na cabeceira da cama, tem outros. — Jin eu sei que você se preocupa, mas você não veio aqui apenas para ver como eu estava.
— O treinamento te deixou mais inteligente, Namjoon leve a Adella para comprar aquele urso. — Namjoon saiu com a menininha.
Agora eu quero uma filha, Jungkook quando poderemos adotar?
— Então Jimin, o dono daquele prédio está te processando em dois milhões. — como é?
— Porque eu? Ele tem que processar quem colocou a bomba lá. — cada coisa.
— Aqui o processo. — entregou a papelada, Jungkook quieto só olhando.
Você sabia disso palhaço!
Comecei a ler, só pode ser brincadeira com a minha cara!
— Se os motivos fossem melhores eu pagaria sem problemas, mas ele está me usando para conseguir o dinheiro para reformar o prédio. — não tem seguro. — Vou falar com meus advogados, eu que vou processar ele.
— Leia a última folha, vai querer citar isso para os seus advogados. — abri na última folha.
— Brincadeira né? — negou. — Como assim eu roubei ele? Só porque a porcaria do cofre estava aberto? Quando eu cheguei já estava aberto, filho da puta, eu vou acabar com esse desgraçado, claro que quase morto eu iria conseguir sair com muito dinheiro de lá.
— Ele processou a pessoa errada. — com toda certeza.
— Você tem advogados desde quando? — Jungkook perguntou.
— Desde os quinze anos. — falei.
— Se você sempre teve advogados porque não usou eles para escapar da prisão? — perguntou sem entender.
— Eu vou indo, afinal minha missão era só entregar isso, boa sorte! Melhoras! — Jin saiu rapidinho, volta aqui.
— Que prisão? Iria me prender com que provas? Não existia provas amorzinho. — convencido sim.
— Não use esse tom comigo gatinho. — falou.
— Uso o que eu quiser. — chato! — Meus advogados queriam te processar por entrar na minha casa sem um mandato, tirar você do cargo de comandante e processar a inteligência coreana.
— Porque não fizeram isso? — porque será, né?
— Eu não deixei, sempre quis algo a mais com você, te processar não seria legal. — me olhou desacreditado. — Que foi?
— Você é inacreditável gatinho. — tento ser. — E eu só entrei na sua casa sem mandato porque a porta estava aberta.
— Ainda é errado, comandante. — amo falar a patente dele com deboche.
— Não fale nesse tom. — ele fica todo irritadinho.
— Que tom? — eu sendo sonso piora.
— O que acabou de usar. — voltei a sair da cama e ir para o colo dele.
— Está sonhando, não usei tom nenhum. — falei. — Você sabia que Jin e Namjoon tinham uma filha?
— Sim, eles adotaram ela tem três anos. — falou.
— Gosto de crianças, você gosta? — confirmou. — Pretende ter filhos?
— Nunca pensei sobre isso. — pensa agora. — Não sei se eu seria um bom pai.
— Por quê? Você conseguiu deixar uma equipe ruim em a melhor do país. — talvez da Ásia.
— Mas filhos eu não posso demitir por me acharem chato. — tem razão. — E eu já vi pais com apatia que nunca conseguiram sentir nada pelos filhos, não quero ser assim.
— Você se achava incapaz de amar outra pessoa, está amando justo eu o mais improvável. — falei.
— Porque você é o mais improvável? — perguntou sem entender.
— Alguém disse que de todos da equipe por mim, é improvável você gostar pelo jeito espontâneo e doidinho, você quer uma pessoa mais séria com idade parecida com a sua. — contei.
— Amo você exatamente por ser espontâneo e doidinho. — eu não sou doido! — Ficou triste com isso?
— Não, segundo essa pessoa você iria namorar a antiga estagiária. — fez cara de nojo.
— Quem falou essas coisas? — neguei. — Fala gatinho.
— Você é vingativo, vai querer demitir a pessoa. — muito vingativo. — A pessoa não falou na intenção de me deixar triste, afinal não sabia que estava tendo um caso com você, estavam conversando no dormitório sobre o tipo de pessoa que você iria querer namorar.
— Caso? Tipo de pessoa que eu iria namorar? Como vocês entram nesses assuntos? — perguntou.
— Não sei também, caso é quando as pessoas se relacionam sem um compromisso sério. — expliquei. — É, e pela pessoa apesar da minha beleza você não iria querer algo comigo, o restante do pessoal votou em mim, como melhor opção para ser seu namorado.
— Fala o nome da pessoa? — neguei, eu gosto de trabalhar com Hwasa mesmo ela sendo um pouco grossa, pode se dizer. — Parece feliz com o restante das pessoas do seu dormitório votarem em você.
— Sim, se um dia decidir mostrar uma parte da sua vida pessoal eles vão aceitar bem ser eu o seu namorado. — quem sabe marido até lá.
Já pensou? Eu casado com Jungkook.
— Porque está sorrindo assim sonhador gatinho? — perguntou.
— Pensando em algo. — ele nem falou nada sobre a parte de mostrar sua vida pessoal, Jungkook é alguém muito reservado, muito mesmo.
Se o irmão dele ficar sabendo já estou no lucro, a equipe tirando Heron e Hoseok, são meus amigos eles vão ficar sabendo, não vai saber nunca que Jungkook está namorando comigo.
Mas eu também nunca tive uma vida pessoal, agora não faz muita diferença esconder ou não ela, bem que eu queria expor para o mundo que amo o comandante mais chato e implicante da Coréia, nem tudo é como nós queremos.
Eu até entendo Jungkook deixar bem separado a vida profissional da pessoal, serve até para se proteger de certas coisas, e se expor poderiam acabar descobrindo sobre a apatia que já vi ser assunto delicado, aí tratariam ele com diferença e Jungkook não quer isso.
Demorou para ele conquistar o respeito que tem hoje, em um piscar de olhos iria por água abaixo.
— O que tanto pensa meu gatinho? — Jungkook sendo carinhoso comigo, me deixa desconfigurado.
— Nada, você me ama, né? — confirmou, beijou o canto da minha boca. — É na boca Jungkook.
— Conta o que estava pensando e eu te beijo na boca. — peste.
Beijou minha mandíbula, e eu só fui tombando o pescoço deixando ele com livre acesso, faça o que quiser.
— Gatinho safado! — está fazendo devagar não deixando marcas.
Não é querendo exigir algo, mas eu preciso transar logo, estou sedento.
— Jungkook, para de atiçar se não pretende continuar. — mesma coisa de falar com a parede.
— Não estou atiçando, estou fazendo carinho no meu namorado. — que sou eu sem vergonha.
Ai Deus, eu tô namorado!
— Você fica mais lindo vermelhinho assim. — é raiva, puto!
— E você está sendo mal comigo. — muito mal. — Vai atiçar e não terminar.
— Só estou beijando seu pescoço. — apenas né? Só isso. — Você é sensível de mais!
Chupou mais forte na lateral do meu pescoço, apertou minha bunda, merda Jungkook!
Comprimi os lábios, não posso ficar gemendo em um hospital.
— Abre a boca gatinho. — nem pensar. — Quero ouvir sua voz.
— Você que é o safado, ainda se fingia de inocente. — ele riu.
— Eu não sou safado, e sou inocente. — piadista. — Sou apenas tímido para conversar de sexo com tanta leveza, igual você que conversa disso de forma natural, não consigo fazer isso.
— Mas me atiçar para sexo consegue né sem vergonha? — eu pareço com palhaço? Porque só fica rindo esse besta.
— São coisas completamente diferentes. — falou. — E a culpa é sua.
— Minha nada, quem começou foi você. — eu só deixo acontecer.
— Foi você que começou as provocações, usando aqueles pijamas. — sabia que ele estava olhando.
— Então você olhou? Saiba que agora que estamos namorando, sou uma pessoa adepta a usar apenas camiseta grande. — falei e ele ficou desacreditado. — Não me atiça e eu não te provoco.
— Gatinho safado. — sei que sou.
Ele me beijou, sabia que não iria resistir muito tempo, suas mãos apertando com força minha bunda, ele está inspirado em me fazer gemer.
Não vai conseguir, fazer isso no hospital é muita falta de respeito.
Apesar que parece que vamos transar a qualquer momento, o que é um gemido perto disso? Não responde.
— Sua boca é perfeita. — muito elogio para a boca sabe o que significa? Que a pessoa imaginou coisas obscenas com a sua boca.
Vi a sombra de alguém de novo, puta que pariu!
Dei um selinho nele antes voltar para cama, o Jae entrou olhando o iPad, colocou no bolso do jaleco e veio me examinar de novo.
— Seu coração está acelerado, será que deixamos algum estilhaço para trás? — parecia preocupado.
— Não é estilhaço eu garanto. — falei.
— Como tem certeza? — porque eu estava beijando seu irmão, esse é o motivo.
Ele olhou para o Jungkook depois para mim, fez isso três vezes.
— Eu denuncio vocês se transarem aqui. — eu ri. — E você Jimin, não pode ter relações sexuais até tirar os pontos.
— Droga! — queria tanto.
— Sinceramente Jungkook, no hospital. — olhou desacreditado para o irmão, está pleno.
— Não fiz nada. — mentiroso.
— Claro, o coração do Jimin acelerou sozinho, safado! — isso aí Jae. — Então, estão namorando?
Deixar Jungkook responder, sei que às vezes ele não conta nada ao irmão.
— Sim. — ele falou, evitei sorrir.
— Cuida bem do Jimin. — concordo.
— Vou cuidar. — bom mesmo.
— Se eu não posso transar, trabalhar também não? — perguntei.
— Essa semana não, vou te dar um atestado de oito dias, precisa repousar. — ficar em casa sozinho, chato!
— Que legal! — passar um tempo com Judas. — Academia não?
— Coisas leves. — pode deixar.
Ele saiu após olhar os pontos, que estão bem.
— Vou ter uma cicatriz na costela, sexy. — Jungkook negou me olhando. — Quase que seria no peito, nada sexy.
— O que importa é que você está vivo, onde a cicatriz iria ficar é o de menos. — falou.
— Para você, eu não iria gostar nadinha de uma cicatriz no peito. — provavelmente eu iria cobrir com uma tatuagem.
— E em mim? — não entendi. — Eu tenho uma cicatriz no peito.
— Sexy, me deixa ver. — negou. — Você é ruim! Por favor Jungkook, deixa eu ver?
— Você é um chatinho sabe disso, né? — sim, agora tira a roupa.
Levantou a blusa, e a minha boca abriu.
— Você tem tatuagem? — perguntei. — Tatuagens.
— Algumas. — levantou mais, apontou no peito direito. — Ganhei ano passado.
— Sexy, o que estava fazendo? — perguntei tentando não babar olhando as tatuagens.
— Longa história. — não quer me contar por quê? Algum segredo por acaso?
— E essas tatuagens, quando fez? — abaixou a blusa, levanta já.
— Desde que saí do exército eu fiz uma por ano. — lindo!
— Ficar loiro não pode, agora tatuagem é tranquilo? — confirmou.
— Ninguém sabe que tenho tatuagens. — sou especial. — Tirando o tatuador, não sou fã de ficar sem camisa.
— Em casa se quiser andar pelado eu não ligo. — ele riu. — Que foi? É sério.
— Não vou andar pelado gatinho. — não vai, mas deveria.
— Tô com fome! — falei.
— Que novidade! — ei, eu estou comendo menos agora. — Quer que tragam sua comida aqui?
— Não, eu quero ir ao refeitório. — levantei da cama e calcei meu chinelo nuvem rosa, saímos do quarto.
Queria segurar a mão dele, mas ele está com as mãos nos bolsos da jaqueta.
É mesmo, ele não está vestindo social.
— Gostei da sua roupa. — elogiei.
— Obrigado, eu comprei mais roupas naquele estilo que você falou, Luana me ajudou escolher as lojas. — ela arrasou.
— Vou te dar uma jaqueta, assim que eu sair desse hospital. — enfiei meu braço na curva do dele, ele olhou, sorriu e continuou andando.
Fomos para o refeitório, tem bastante médico aqui. Tive que me soltar dele para segurar a bandeja, escolhendo o que iria comer.
— Frango, batata doce e salada, só isso gatinho? — confirmei.
— É suficiente, e tem bastante. — falei.
Ele achou uma mesa vazia e nós dois nos sentamos, frente a frente. Comecei a comer, é bom comer quando está com fome.
— Isso é seu. — entregou meu celular, liguei ele, tem muitas mensagens.
Depois eu vejo, guardei no bolso do moletom.
— Vocês prenderam quem colocou a bomba lá? — perguntei.
— Sim, era um ex funcionário revoltado. — ele se revolta e eu que sofri as consequências, palhaçada. — Jin, disse que ele com certeza vai pegar perpétua por quase te matar na explosão.
— Isso é bom, eu quero saber quem roubou o cofre, porque não fui eu. — cada coisa.
— Ainda estamos investigando isso, pode olhar a pasta do caso quando formos para casa. — parou pensando. — Não, você precisa de descanso gatinho.
— Discordo, eu quero olhar a pasta do caso. — descansar depois.
— Teimosinho. — sorri involuntariamente, já ouvi isso.
Continuamos comendo e conversando, ele me atualizou dos casos que resolveram enquanto eu estava na base de treinamento e essa última semana dormindo, coma basicamente.
Após terminar ele levou as bandejas e trouxe sorvete na casquinha, o dele é de baunilha, o meu é de chocolate com morango.
— Amo sorvete. — falei.
— Por quê? — ele já sabe que tudo tem um porquê para mim.
— Tomava com meu pai, todo sábado a tarde ele me levava na mesma sorveteria, pedindo o mesmo sabor. — contei. — Chocolate com morango, se tornou meu preferido.
— Queria conhecer seu pai. — é, às vezes sinto falta dele, já faz muitos anos que ele faleceu.
— Eu queria ver ele de novo. — comentei.
Olhei ao redor, é quem eu estou pensando vindo na minha direção?
— Jungkook, confia em mim? — não entendeu, mas confirmou. — Então levanta e vai para o meu quarto, depois te explico.
— Tá bom! — levantou e saiu tomando o resto do sorvete.
— Oi Jimin. — foi o tempo exato.
— Olá praga. — falei com Choi.......................
(O mafioso, memória ruim)
Aliança Jikook.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!
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