•• Capítulo 13 ••
Até que não demorei para voltar, mereço uma chuva de comentários.
Jimin on.
A primeira vez que Jeon sentiu euforia dentro de si, foi ao encontrar o Gatinho, o hacker mais procurado da Ásia, quatro anos procurando quem tirava seu sono.
Não via a hora de ver ele atrás das grades para sempre, só não imaginava que o Gatinho é muito inteligente e não iria para cadeia, sem provas, sem crime.
Assim surgiu o acordo com o Gatinho, e ele iria morar em sua casa, trabalhar na sua equipe.
Jeon odiou aquilo!
Não entendia porque Jimin falava tanto, era difícil ele ficar quieto, tinha vontade de mandar ele se calar, mas algo nunca deixou ele fazer isso só ouvia o outro falar muito.
E aos poucos passou achar interessante ficar ouvindo Jimin falar, quando descobriu o motivo para ele falar tanto, sua consciência já o culpou por querer que ele se calasse.
O gatinho só falava muito porque era a primeira vez que alguém iria o ouvir e responder, Jeon ficava impressionado com cada coisa que descobria sobre o hacker.
Ele só tem dezenove anos, porque já passou por tudo isso? Porque viveu nessa solidão tão grande? Será a vida o castigando por uma escolha de outra vida?
Jungkook já estava olhando Park com outros olhos antes de seu irmão o encher de petelecos. Ficou triste em saber que foi algo que ele falou que fez Jimin se calar, seu irmão está certo sobre algo.
É um problema mesmo ele não ver que suas palavras machucam, Jungkook desde criança foi assim, desde sempre, ele não consegue distinguir as emoções e sentimentos de outras pessoas, na cabeça dele antes de passar com um psicólogo todos eram como ele, ninguém sentia nada.
Não é culpa dele não perceber que os outros se ferem com o que ele fala, ele realmente não vê, faz parte de quem ele é.
Antes seus pais pensavam que ele era autista e já estavam preparados para receber essa notícia, porque Jungkook detestava toques, abraços, qualquer coisa nesse estilo ele chorava.
Logo associaram esse comportamento ao autismo, mas o psicólogo descartou na primeira consulta, Jeon não é autista.
Seu problema com toques tem a ver com higiene, não gostava de mãos sujas em si, e reconhecer sentimentos com emoções de outras pessoas era Apatia, Jungkook é apático.
O psicólogo falou em particular com os pais dele, mas ele achou um jeito para saber o que iriam falar, o médico disse que a Apatia era um sinal de psicopatia.
Ao chegar em casa foi procurar o que significava aquilo, e ficou repetindo para si mesmo "eu não sou psicopata", o pequeno Jeon de oito anos entrou em surto.
Aquelas palavras não saíam de sua cabeça, ficava se repetindo, se trancou no quarto com medo de machucar seus irmãos e seus pais, ele poderia ser realmente psicopata? Não queria saber a resposta.
Mas os pais conversaram com o psicólogo e contaram o que estava acontecendo com Jeon, ele foi até lá conversou com o menino dizendo que descobriu que ele ouviu a conversa pelas câmeras de segurança da clínica, ele não é um psicopata só pela reação ao saber.
O menino finalmente saiu do quarto, os pais ficaram aliviados, logo começaram um tratamento para Jeon sentir emoções, mas isso estava fazendo mal a ele, então pediram para parar com tudo.
Jungkook continuou sendo apático, e o tempo foi passando, ele entrou para o exército cumprir seu dever com o país. Assim conheceu o médico que trabalhava no seu pelotão, o médico era muito bonito.
Ele não reconhece emoções, então não notou que o outro estava flertando com ele, estava normal com tudo, só soube quando o médico disse abertamente "eu gosto de você".
O tenente foi ensinado, você não sente, mas quem vai ouvir irá sentir, então não poderia dizer "eu não gosto de você" para o médico, só aceitou os sentimentos do outro não sentindo nada.
Começou ter um relacionamento escondido, porque ali era extremamente proibido que se envolvessem uns com os outros. Jungkook realmente não é virgem, só é tímido para falar de sexo.
Ele não passou gostar do médico, ele nem sabia como era isso, já pensava como terminar aquela relação. Então saiu na missão para resgatar seu irmão, quando voltou sem o irmão, o médico já fora embora para a Coréia do Norte.
Achou uma carta embaixo do seu travesseiro, o médico sabia que ele não sentia nada, só queria o manter para si porque gostava do tenente, mas naquela carta o deixou livre para conhecer outras pessoas.
E pedia perdão por esconder quem ele era, que deixou ele fora de tudo quando foi embora.
Jungkook um mês depois já estava trabalhando para o governo, logo assumiu a equipe principal. Não é que ninguém chamava sua atenção, ele não sentia essas emoções, então como gostar de alguém?
Até Jimin aparecer, que fez algo mudar, ele não entendia como passou gostar do rosado se nem sabia como era isso, porque seu coração batia mais rápido ao ver o outro sorrindo, rindo, falando, simplesmente existindo.
Ele costuma manter o que pensa para si mesmo, mas começou a falar para ver a reação de Jimin, achou fofo como o outro ficava com vergonha ele sendo sincero e direto.
Passou prestar mais atenção na boca do gatinho enquanto ele falava, ele queria beijar Jimin, mas algo ainda o impedia de fazer, no seu subconsciente existia uma barreira emocional.
Estava em sua sala quando alguém bateu na porta, mandou entrar, seu irmão entrou.
— O que está fazendo aqui? — perguntou.
— Oi para você também, estou bem obrigado por perguntar. — sempre lembrando Jungkook de como receber as pessoas.
— Tá! E o que faz aqui? — perguntou não ligando, seu irmão sentou de frente para ele.
— Vim saber como Jimin está? — perguntou direto.
— Ele está bem, está na Central se quiser falar com ele. — respondeu ainda olhando a pasta de um caso.
— Jungkook, às vezes esqueço o que te faz ser um excelente comandante, quero saber como ele está com você? — explicou melhor.
— Bem também, falando muito de novo. — Jungkook gostava disso, ouvir ele falando.
— E a relação de vocês? Já avançou? — perguntou.
— Está ótima, sim. — assustou com a palma do irmão.
— Então vocês se beijaram? — Jungkook olhou para ele.
— Não, o que te fez pensar isso? — achava seu irmão muito doido.
— Você disse que avançou, isso é o avanço Jungkook. — como seu irmão podia ser tão lerdo.
— Então não, não aconteceu beijo nenhum. — falou simples.
— Porque está demorando tanto? — perguntou.
— Porque estou apreensivo sobre o que seremos se isso acontecer. — contou a verdade.
— Namorados, o que você pensou que seria? — Jungkook ficou pensativo. — Você realmente não sabia?
— Eu nunca namorei, lógico que não sabia. — respondeu bravo.
— E o médico no exército? — perguntou.
— Aquilo não era namoro. — falou. — Então se o beijo acontecer, automaticamente estamos namorando?
— Sim, mas é bom você conversar com ele se quer que seja assim, porque ele pode pensar diferente. — aconselhou. — Faça isso acontecer logo, demorou de mais!
Levantou, já iria embora.
— Leve o em casa no sábado para jantar, as crianças estão doidas para conhecer ele, e a Luana também. — sua cunhada. — Vai de táxi, já pode pegar seu carro.
— Tudo bem, tchau! — já expulsando seu irmão de sua sala.
— Você expulsa o Jimin também dos lugares? — perguntou.
— Óbvio que não, só você. — acompanhou o irmão até a porta, saíram do escritório.
— Bom mesmo. — Jungkook levou seu irmão até o estacionamento, logo após foi até a Central.
Ele estava com algo para fazer, mas ficou na entrada observando Jimin falando e rindo, como sua boca se mexia conforme as expressões que ele fazia.
Naquele momento ele desejou muito saber qual é a sensação de beijar o Gatinho, sua boca nunca pareceu tão atrativa como naquele momento.
Ele precisava beijar Jimin, e o mais rápido!
Então, a segunda vez que sentiu euforia um sentimento que pessoas apáticas não costumam conhecer, foi ao beijar Park pela primeira vez.
Seus lábios tão macios, as mãos pequenas em seu pescoço, o puxou para mais perto segurando firme em sua cintura.
Não demorou para pedir passagem com a língua, seus lábios se mexiam de forma sincronizada, sem pressa nenhuma apenas sentindo cada batida mais rápida do seu coração pelo acontecimento.
Suas mãos formigava por estar segurando Jimin, medo de quebrar, segurava com cuidado.
Park parecia que iria explodir de felicidade, ele finalmente beijou Jungkook, sabe como é a sensação de ter os lábios finos junto aos seus cheios, combinação perfeita.
Se surpreendeu de não precisar guiar Jeon, o outro que estava o dominando no beijo, isso o deixou molinho nos braços fortes do comandante.
Iria ser difícil manter a boca longe do outro agora que sabe como é, mas iria se controlar e fingir ser santo.
— Sua boca... — Jeon começou falar após se separar. — Tem gosto de morango.
— É o gloss que passei. — respondeu, abriu os olhos encarando Jungkook. — Porque não me beijou antes?
Alguém bateu na porta, se separaram.
— Espera. — Jimin sussurrou, passou o polegar no canto da boca de Jeon. — Tinha gloss.
— Saiu? — confirmou. — Entra.
A estagiária que Hoseok odeia entrou, Jimin revirou os olhos.
— Vou estar na Central. — avisou antes de sair.
Jimin on.
Passei mais gloss, e limpei ao redor da boca, caminhei até a Central, Rosé agora está falando com Hwasa, Hoseok está jogando no computador.
Estamos sem nenhum caso no momento.
Sentei, estou tentando ficar sem sorrir, mas é quase impossível.
O Jungkook me beijou, Deus obrigado! Pensei que nunca fosse acontecer.
— Porque está sorrindo tanto? — que susto! Praga.
— É bom sorrir. — falei.
— O que está escondendo Jimin? — mas é insistente.
— Nada, para de ser doido. — eu não sei se Jeon vai querer se expor aqui, então não vou contar nada.
— Sei. — voltou jogar.
Jeon entrou com a estagiária, e uma pasta, temos um caso.
— Atenção. — todos olharam para frente. — Nesse momento está acontecendo um roubo no banco central, temos quinze reféns, entre cliente e funcionários, são cinco assaltantes.
Primeiro assalto desde que eu cheguei, é mais fácil acontecer assassinato que assaltos aqui, não sei o motivo.
— Namjoon, chame a força tática, Taehyung você vai com eles, Hyobin você prepara o telefone para tentarmos falar com eles, Hoseok, Hwasa, Rosé e Jimin, vocês vem comigo. — eu vou com ele! — Yoongi, encontre o projeto do banco e mande para o Jimin, o restante encontre os familiares dos reféns, se alguém abrir o bico sobre o que está acontecendo para a mídia vai ser demitido.
Ele fica gostoso falando assim né? Faltei babar.
— Vamos. — com iPad e celular passei ir com ele e os outros, Rose está com uma maleta pequena.
— O que tem aí? — perguntei.
— Coisas que me ajudam invadir qualquer lugar e desarmar uma bomba, é isso que eu faço. — ela com esse jeito ninguém imagina ela desarmando uma bomba. — Mas também sou legista forense.
Algo mais? Mil e uma utilidades ela tem, porque o Jungkook demorou para aceitar ela na equipe?
Fomos em um carro forte base, ele é todo equipado dentro, eu amo estar nesse trabalho é como estar nas séries que eu sempre assisti.
Paramos na frente do banco com os outros carros da polícia, Taehyung estava com a força tática e uma roupa toda preta, até com touca aparecendo os olhos.
Hoseok, porque você não fica com os dois?
— Então Jimin, invada as câmeras, Hoseok monitore o comportamento deles pelas câmeras, Hwasa e Rosé, vocês comigo lá fora. — Jeon falou. — Se precisarem de algo, me chamem com isso. — passou dois rádios para nós.
Sentei no banquinho dentro do carro, Hoseok ao meu lado esperando.
Uma hora dessa e eu invadindo um sistema de câmeras, quem não consegue fazer isso? Até uma criança faz, eu tô com fome e quero beijar o Jungkook de novo.
Algo me preocupa, no momento ele está fingindo que nada aconteceu, eu estava certo, ele não quer se expor no trabalho, então mesmo se firmarmos um relacionamento sério eles não vão saber.
Jungkook é muito reservado, eu já deveria esperar isso.
— Pronto. — Hoseok começou olhar tudo. — O que está procurando?
— Tentando descobrir quem é o chefe, e os paus mandados. — falou ainda concentrado na tela. — Muda a câmera.
— Mudei. — falei, continuou olhando.
Peguei o iPad, Yoongi mandou a planta do banco para mim, de tudo, até da ventilação.
Passei olhar tudo, analisar cada pedaço e ver por onde eles pensam em sair.
— Jungkook, achei algo. — falei no rádio.
— Fala Jimin. — você precisa vir aqui.
— Isso você precisa ver. — desliguei, ele apareceu sozinho, subiu no carro.
— O que foi? — perguntou.
— Esse é o mapa do tubo de ventilação. — mostrei a planta e o diâmetro.
— Vão sair por aí? — neguei.
— Agora vê esse menor. — confirmou. — É por aqui que vai sair, o maior, licença Hoseok. — tirei o outro da frente, ativei o sensor de calor. — Está vendo essa caixa vermelha no teto? — confirmou. — É uma bomba, colocaram no maior porque tem mais ar, isso vai ajudar fazer um estrago maior.
— Merda. — e saiu do carro.
— De nada. — falei. — Já conseguiu Hoseok?
— Lógico. — pegou o rádio. — Jeon, o chefe está de máscara vermelha, quem tem uma mancha na nuca é o responsável por abrir o cofre, vão se livrar dele para sair, é apenas o nerd, esse que manca de uma perna parece ser parente do chefe, os dois ficam muito próximos sussurrando e conversam por olhares, os outros dois são apenas idiotas que eles contrataram, e temos um problema bem sério, o gerente está envolvido ele fica fazendo sinais discretos com as mãos para o chefe.
Sabe tudo isso de olhar na câmera? Porque você não sai em campo Hoseok?
— Procura pelo gerente no banco de dados, deve ter algo dele lá, fala para o Jimin vir aqui. — não vou.
— Esqueça isso. — falei grudado no Hoseok.
— Isso é uma ordem agente Park. — não gosto mais de você.
— Chato! — ele desligou.
— A primeira briga do casal, que fofos! — dei um peteleco no bocó.
Desci do carro, isso é muito alto misericórdia, primeiro achei eles e fui até lá.
— Sim, chefe? — palhaço.
— Precisamos de você. — para quê?
— Qual o plano? — sinto que não vou gostar.
— Você vai ser a isca. — ri sem humor.
— É piada né? — tem mais homens ao redor de nós não falando nada. — Porque eu?
— Rosé está desarmando a bomba, Hwasa tem sérios problemas em se controlar. — ela concordou com ele. — E o resto de nós vamos estar entrando por outro lugar para pegar os reféns.
— Tem o Hoseok. — foi mal amigo, mas para tirar o meu da reta eu coloco o seu.
— Sério? O Hoseok? Ele desmaia assim que apontarem uma arma para ele. — é verdade. — Você se relacionou com um mafioso e não morreu, isso vai ser moleza.
— Para você que não vai entrar lá pela porta da frente. — alguém me mata.
— Ele aceitou gente. — aceitei porra nenhuma, para de palhaçada Jungkook. — Esse é o chefe da força tática, ele vai te guiar sobre como agir.
Nossa, moço o que você tomou para ficar tão grande? Meu pescoço está até doendo para te olhar.
— Outro agente Park. — falou olhando no meu crachá. — Sou o Seo Jung-hoo, Jung é suficiente, venha, você vai ganhar crédito com eles antes de entrar.
Maravilha, ainda vou precisar falar com eles.
— Realmente se relacionou com mafioso? — confirmei. — Por quê?
— Longa história, fala o que eu tenho que fazer, quero ir embora. — começou me explicar tudo, prestei atenção porque quero sair vivo dessa missão suicida.
— Se não me darem o que eu quero, vou explodir tudo. — boa sorte, nunca vi explodir sem uma bomba.
— É, deixa eu adivinhar você quer um helicóptero, ou um ônibus, e não ser seguido até conseguir sair da cidade ou do país com todo dinheiro que pegou, essa história já é velha. — Jungkook e Jung-hoo me olharam espantados quando respondi o assaltante.
— O que está fazendo Jimin? Para já com isso. — Jungkook falou.
— Não, se me quer nisso vai ser do meu jeito. — deixei ele no mudo para responder, tirei de novo. — Primeiro, vai me garantir que todos estão bem, segundo se alguém se machucou você magicamente vai morrer quando entrarem aí, terceiro não é para matar o nerd.
Ficou tudo em silêncio, ele não respondeu nada, estou olhando ele pelo iPad, está parando próximo a entrada principal.
— Como sabe que vou matar o nerd? — é óbvio.
— Como eu não saberia é a resposta certa, vocês valentões tem o costume de apenas usar os mais fracos depois se livrar deles, você não é um valentão. — continuei digitando para tentar achar o nome, ele tirou a máscara. — Kwan, suas notas eram excelentes, você era o nerd e os valentões que te usavam, interessante que você se tornou como eles ou pior.
— EU NÃO SOU COMO ELES. — achei um ponto fraco.
— Ah! Não é, então se tornou assim pelo papai que te batia, ou será porque sua mãe te abandou com nove anos? Em quem você coloca a culpa por se tornar um inútil? — é preciso falar assim, eu juro que sou legal! — Foi criado pela avó, que morreu tem um mês.
Achei a causa para ele fazer isso, a morte da avó.
— E o seu irmão, quer que eu fale dele também? — Jungkook e Jung-hoo me olhando de boca aberta.
— Não fala do meu irmão. — falou.
— Ótima escolha, todos estão bem? — perguntei.
— Estão, não encostamos em ninguém. — contou. — O gerente que nos contratou para fazer esse assalto.
— Se vocês não se entregarem eles vão te matar, ouça o meu conselho se entrega para que seu irmão mais novo não precise enterrar mais ninguém. — eu disse que sou legal.
Ele desligou o celular, fiquei olhando falou com os outros assaltantes, os cinco saíram com as mãos levantadas e ajoelharam para serem algemados.
Eu não precisei entrar, Deus obrigado!
— De nada. — entreguei o telefone para os dois boca aberta.
Com meu iPad voltei para o carro base, subi, Hoseok bateu palmas.
— Incrível! Você é de mais Jimin, você falando daquele jeito fiquei até arrepiado. — ri da fala dele. — Por isso Jungkook se apaixonou.
— Cala a boca. — fez sinal de zíper na boca.
— Jimin, o Kwan quer falar com você. — Hwasa falou na porta.
Deixei o iPad, saí com ela, fui até o carro da polícia que ele está.
— Disseram que você queria falar comigo. — abaixei na altura da janela da viatura.
— Você falou aquelas coisas? — perguntou.
— Sim, me imaginou diferente eu sei. — respondi.
— Você me ajudou rosado, fico te devendo uma, se precisar de algo procure pelo mágico. — mágico?
— Mas você vai estar na cadeia. — falei.
— Não mesmo, nada me prende por muito tempo, até breve rosado. — a viatura deu partida.
Fiz amizade com um assaltante, eu sou de mais.
Como assim nada prende ele por muito tempo? Ele pretende fugir?
— Agente Park. — Jung-hoo. — O que você fez ali, foi incrível, nunca vi alguém falar daquele jeito com um criminoso.
É porque eu já fui um, por isso.
— Posso te pagar um jantar qualquer dia desses? — você é bonito, mas o Jungkook é mais.
— Obrigado, mas eu não janto. — com você.
— Almoço então? — insistente.
— Já tenho alguém. — não sei se tenho, porque o Jungkook está parecendo que vai ser segredo absoluto.
— Quem? — não respondi. — Seu chefe? — neguei. — Se mudar de ideia, é só me ligar.
Ofereceu o cartão, peguei.
— Até mais agente Park. — piscou para mim e saiu, era só o que me faltava.
Olhei ao redor, Jungkook me olhando sério perto do carro base.
Não posso fazer nada se sou lindo, aceite que isso vai acontecer até você colocar uma aliança no meu dedo.
Fui até o carro, passando por ele, subi e os outros já estão aqui.
— Jimin, salvador da pátria. — Rosé falou. — Ainda bem que conseguiu, desarmar aquela bomba seria impossível.
— O que você fez? — Hwasa perguntou.
— A força tática vai levar para explodir no deserto. — legal.
Sentei, após Jeon entrar o carro saiu, eu quero ir para casa, estou me sentindo fraco já, eu não comi nada o dia inteiro.
Minha barriga está doendo, de fome!
Encostei a cabeça na lateral do carro fechando os olhos, eu só preciso continuar em pé até em casa.
[...]
Entrei no carro do Jungkook, coloquei o cinto, ele entrou fazendo o mesmo.
— O que Jung-hoo falou com você? — primeira coisa que falou.
— Me chamou para jantar, disse que não jantava sugeriu almoço, eu neguei, então ele disse que se eu mudasse de ideia era só ligar, me deu o cartão com o número. — tirei do bolso e passei para ele.
Não vou contar que disse já ter alguém, posso ficar como o besta se ele falar que eu não tenho.
— Vai ligar? — nem me esforcei em abrir os olhos, continuei tentando não desmaiar.
— Jungkook, se eu quisesse sair com ele teria aceitado na primeira vez que ele chamou, eu não vou ligar, vou jogar fora esse cartão. — falei.
— Que bom! — que fome!
O caminho até em casa foi silencioso, eu acredito que desmaiei por alguns segundos no carro, encostei na parede do elevador na hora de subir.
Quando entramos minha vista começou embaçar, fechei os olhos.
— Gatinho. — ótimo! Não consegui me manter em pé.
Deitou-me no sofá, está desesperado.
— Só me arruma algo de sal para comer, minha pressão baixou. — quase não sai.
— Vou te levar ao hospital. — neguei.
— Eu só estou com fome, não é nada sério. — foi até a cozinha, voltou com água.
— Bebe em pequenos goles. — fui tomando devagar. — Porque ficou sem comer?
— Eu não fiquei sem comer, só não tive tempo. — falei. — A água ajuda em que?
— Vai levantar sua pressão para você aguentar até a comida ficar pronta, está melhor? — confirmei. — Não fique sem comer de novo, sua saúde vem em primeiro lugar, não me assuste de novo.
— Tá! — sentei devagar no sofá, apoiei minha cabeça. — Posso ir tomar banho?
— Não, se você passar mal como vou te ajudar? — é só tomar banho comigo.
— Vem comigo então — ficou com vergonha.
— Nem pensar. — chato.
— Então estou indo tomar banho, se eu passar mal irei gritar. — levantei devagar. — Não irei demorar.
Passei pelo Mochi sentado próximo ao pote de ração, seu outro pai vai te alimentar, fui até o quarto devagar.
Certas coisas joguei em cima da cama, fui para banheiro, tirei a roupa e entrei para tomar banho, fui rápido por me sentir fraco de novo.
Vesti um pijama rosa com gatinhos pretos, shortinho e blusa de botão em cima, após pentear meu cabelo fui para a cozinha.
Jungkook cozinhando, sentei na sala jantar para esperar.
Peguei meu celular tem mensagem do Hoseok, vamos ver o que ele está falando.
Hoseok - Um soldado da força tática me chamou para sair.
Assim, eu nunca tive amigos, o que eu respondo?
Você aceitou?
Ótima resposta, melhor que essa não posso oferecer.
Hoseok - Lógico, eu preciso transar e ele é perfeito para isso.
Fiquei confuso, hoje mesmo estava sofrendo porque o Yoongi está namorando o Taehyung, já está pensando em transar, puta.
Você sabe que não presta né?
Porque ele é perfeito para isso?
— Com quem está conversando? — ai meu coração.
— Assombração, não aparece do nada. — ele riu. — Com o Hoseok.
Hoseok - Eu sei, mas gosto de ser assim.
Hoseok - Porque os soldados da força tática não querem compromisso com ninguém, então ele não vai ficar no meu pé quando acabar.
Bicha safada, vai usar o pobre soldado para sexo.
— Que soldado? — eu vou bater nele.
— Sai do meu cangote Jungkook, e para de ler minha conversa curioso. — foi para a cozinha rindo.
Virei entretenimento dele agora.
— Mas sério gatinho, qual soldado? — bicho curioso.
Você é bem da puta né.
Qual o nome do soldado?
Quero saber o motivo do Jungkook insistir nesse assunto, ele deve saber de algo certeza.
Hoseok - Puta não, apenas não gosto de ficar com um só.
Nossa, que diferença gigantesca.
Hoseok - É o Joseph, um dos estrangeiros da força tática, deve ter visto ele, espera que vou te mandar foto.
Exato, mande foto, fofoca completa.
Chegou a mensagem, já fui ver porque estava doidinho para saber como é esse Joshua.
Hoseok -
Gente, Hoseok deixando Yoongi para lá, seja puta comportada e namore o Joseph.
— Jungkook, Hoseok mandou foto do soldado. — rapidinho ele estava do meu lado. — Curioso, aqui.
— Sabia. — falou olhando a foto. — Joseph, se o plano do Hoseok é uma vez só, ele errou o soldado, Joseph está querendo algo sério.
— Como sabe? — perguntei.
— Porque eu ouvi ele falando com outro soldado. — você em.
— Fofoqueiro, ouvindo conversa alheia. — voltou para a cozinha.
Muito bonito Hobi, tem bom gosto você.
Hoseok - Eu sei que tenho.
Hoseok - Ele é muito alto, eu sou alto com 1,77, mas ele tem quase um e noventa.
Estou com dó de você, sabem o que dizem de caras altos né? Você se fudeu literalmente.
Veio a seguinte dúvida.
— Jungkook, quanto você tem de altura? — perguntei.
— Um e oitenta, ou um e setenta, e nove. — respondeu da cozinha. — Algum desses, por quê?
— Nada, só para saber mesmo. — eu me fudi também, puta que pariu.
Hoseok - Deus te ouça, eu não tenho nenhum problema com tamanho, desde que saiba usar o que você tem, porque tem uns mesmo tendo um pau grande pensa que não precisa se esforçar, prefiro o com pequeno esforçado.
Está certo, já tive essa experiência infeliz.
Hoseok - Mas o Joseph está mais que óbvio que ele vai me deixar doidinho na cama, não vejo a hora.
Misericórdia Hoseok, menino safado.
Hoseok - Tchau! Vou ir dormir, porque eu entro primeiro que você.
Tchau! Eu vou jantar primeiro.
Hoseok - Você pediu comida? Porque passou todo tempo falando comigo.
Não, Jungkook está fazendo.
Hoseok - Bicha folgada, e privilegiada, o macho fazendo comida para você, falo mais nada.
Vai dormir piranha.
Desliguei o celular, Jungkook já está colocando as panelas na mesa, fui lavar as mãos e voltei me sentando.
Servi para mim, comecei comer, uma coisa muito boa é você comer quando está com fome, é uma delícia.
A comida fica mais gostosa.
— Está muito bom! — elogiei.
— Obrigado. — agradeceu.
— Deu comida ao Mochi? — confirmou.
— Comeu e foi para o meu quarto dormir. — nem Judas Mochi, nem Judas.
Gato safado!
Eu sou uma pessoa muito paranóica, então na minha cabeça o Jungkook não gostou de me beijar, porque ele não falou mais nada sobre esse assunto, será que eu beijo mal? Estava com bafo?
Continuei comendo pensando nessas coisas malucas, que só na minha cabeça faz sentido, ótimo ser doido! Vou acabar enlouquecendo com esses pensamentos, mas às vezes ele só ficou com vergonha.
Ou ele só queria saber como era me beijar para não fazer mais, fiquei mais preocupado agora, só porque eu quero beijar ele de novo.
— Você é engraçado. — olhei para ele.
— Não entendi. — falei.
— Está fazendo caras e bocas enquanto come, até sussurrando coisas sem sentido. — olha a vergonha, puta que pariu eu não tenho paz. — É engraçado.
— O que eu sussurrei? — não seja nada com "beijo" em nome de Jesus.
— Preocupado, eu quero, paranóica, e assunto. — respirei até melhor.
— Não é nada de mais. — falei, voltei comer sem pensar dessa vez para não passar vergonha.
— Seus pensamentos tem a ver com eu não falar mais nada sobre o que aconteceu? — até sentei de novo, já estava indo lavar a louça.
— Tem, você não gostou? — eu precisava perguntar.
— Eu gostei muito de beijar você gatinho. — sua sinceridade me comove e envergonha. — Não falei nada porque surgiu o caso, fiquei entretido com isso e esqueci que você é alguém que pensa muito.
Exato, eu penso de mais, me deixou quieto posso elaborar um plano para invadir a casa azul.
— Respondendo a sua pergunta, eu não te beijei antes porque estava querendo saber o que nós seríamos após isso acontecer. — era só me perguntar. — Alguém disse que a resposta é namorados, mas precisava conversar com você sobre isso.
— Legal. — não sei o que falar, eu nunca namorei.
Eu entendo de sexo, não relacionamentos sérios, isso não é comigo.
— Bom, é melhor ir com calma, no momento que você estiver pronto, me pede em namoro. — com uma aliança bem linda de ouro ou prata, você é rico então pode comprar.
— E nesse processo até estarmos prontos, não posso te tocar? — ele parece realmente preocupado em não poder fazer isso.
— Pode, você pode me tocar. — falei.
— Tudo bem, aceito seu plano. — ótimo!
Levantei indo para a cozinha, detesto encarar pessoas após uma conversa séria, primeiro porque é a primeira vez que isso acontece então não sei como reagir, e segundo encarar o Jungkook é difícil.
— Quer que eu lave? — Deus, essa foi quase.
— Um dia você me mata de susto. — meu pobre coração. — Não precisa, você fez eu lavo.
— Certeza? — Jungkook, está escrito na sua cara que você não quer lavar.
— Sim. — continuei lavando.
Ao terminar fui até o quarto, escovei o dente, deitei na cama pensando em dormir até o dia seguinte.
Só mais um dia e será sábado, finalmente!
Bateu na porta, disse para entrar e me sentei na cama.
— Podemos conversar? — sobre o quê?
— Claro, qual assunto? — ele sentou na cama próximo aos meus pés.
— Bom, eu não ia te contar por agora, mas como é alguém que pensa muito, e isso vai te ajudar pensar menos com as minhas atitudes. — o que raios você vai me contar?
— Pode falar. — falei tentando parecer calmo.
— Eu sou apático. — e o que é isso? — Pela carinha de confusão não sabe o que é.
— Não, vai me explicar? — confirmou.
— Eu não sei demonstrar sentimentos, interesse, e também não sei ver isso em outras pessoas, eu vejo todos da forma que eu sou, na minha cabeça ninguém tem sentimentos e emoções. — estou chocado. — Hoje eu tenho mais noção que as outras pessoas tem sentimentos e eu posso ferir elas com as minhas palavras, mas eu não ligo por ser apático.
— Porque está me contando isso, parece ser algo bem pessoal para você. — perguntei tentando não demonstrar estar perplexo com a informação.
— Eu não ligo de machucar as outras pessoas com minhas palavras e atitudes de alguém apático, mas você eu ligo. — que fofo! — Não quero que se afaste de mim, ou pare de falar comigo de novo quando eu falar algo que te machuque.
Não vou chorar.
Na frente dele.
— Quando eu era criança tentaram tratar isso, mas meus pais acharam melhor parar o tratamento após eu ficar pior. — agora eu entendi porque ele fala certas coisas com tanta naturalidade.
— Espera, você disse que não sabe demonstrar sentimentos e emoções, não sabe, ou não sente? — agora fiquei preocupado.
— Eu sou um caso mais grave da apatia, eu não sinto nada. — que maravilha! Eu vou me matar! — Mas por algum motivo desconhecido com você eu sinto e tenho vontade de aprender demonstrar.
Muito sincero, lembre que isso é normal para ele Jimin, e aja com naturalidade.
— Na minha vida eu nunca soube o que era isso, por ser apático nunca tentei me relacionar com alguém, porque pensava ser impossível. — e o médico? — Antes que fale do médico, eu não namorei ele, ele falou que gostava de mim e meus pais ensinaram que não posso machucar as pessoas, então aceitei aquilo para não dizer "eu não me importo se gosta de mim".
Cara, até ficaria com dó do médico se ele ouvisse isso.
— Você está me fazendo sentir coisas que pensei que não iria sentir. — é normal para ele Jimin. — Quando eu agir de forma que te machuque, ou fale algo insensível, me avise para eu tentar consertar, tudo bem?
— Ah! Tudo, claro. — meu Deus! Você é uma caixinha de surpresa Jungkook.
— Sinto que te assustei com isso, está bem mesmo? — você assustou.
— Não assustou, estou ótimo! — agora eu entendi porque na maioria das vezes ele não entende sarcasmo ou ironia.
— Então, Boa noite! Gatinho. — se levantou.
— Boa noite! — ele saiu do quarto, e o beijinho?
Peguei o MacBook, comecei pesquisar sobre pessoas apáticas, preciso entender totalmente do assunto, para saber onde amarrei meu burrinho.
Agora tudo fez sentido, ele realmente não vê efeito no que fala, ele pode olhar na minha cara dizer "eu te amo" e não esperar que eu chore dois dias seguidos.
Iludido em pensar que ele vai falar isso, deixa eu sonhar.
Mas foi muito bonitinho ele vir contar para eu estar preparado para alguma atitude dele, estou sorrindo igual idiota mesmo.
Após entender boa parte do assunto, guardei o MacBook, agora posso dormir.
[...]
— Senhor Choi, nós achamos o... — um soldado começou falar.
— Eu já mandei você falar a boca, quem quer que você tenha achado não é mais importante que isso. — falou furioso com seu homem. — Tem notícias do mágico?
— Sim, ele foi preso hoje. — respondeu. — Ele passou um recado para o carcereiro, e ele passou para mim.
— Qual recado? — perguntou prestando atenção.
— Assim que eu sair da cadeia irei atrás do Choi........................
O novo amigo do Jimin, também odeia o Choi, coincidência não é mesmo?
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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