•• Capítulo 11 ••

Sumida sim, morta não, tô viva e resolvi aparecer aqui.

Jimin on.

— O irmão da vítima que está viva. — falei.

— Como chegou nessa conclusão? — perguntou.

— Primeiro, a mulher que está viva e é irmã do hacker, eles têm um caso. — o mundo está perdido mesmo. — Os dois estavam planejando fugir e começar uma família, mas ela não engravida por não ter os órgãos reprodutores, então cedeu esperma para a moça que morreu.

— Está me dizendo que eles usaram a outra só para terem um filho? — confirmei. — Existe adoção, não precisa matar alguém por isso.

— Eu sei, também pensei nisso, aí eu fui ver o porquê de matar a moça. — fica mais terrível. — Ela se apegou na criança e não quis entregar para os dois irmãos malucos, apesar de parecer tudo bem começaram criar um plano para se livrar de quem impedia de chegar até a criança.

— Então eles forjaram um sequestro duplo quando, na verdade, só queriam a mãe? — começou entender. — Porque fizeram uma morte tão terrível?

— Isso eu não consegui descobrir, e nem o motivo para matarem o segurança do shopping, para isso precisamos pegar os dois. — falei. — E agora, aquele menino está correndo perigo se cair nas mãos deles, te encontro na sala.

Saí do quarto e fui para o meu, troquei de roupa rápido, calcei o tênis. Entrei no banheiro, escovei o dente.

Corri para a sala juntei toda minha investigação, Jeon apareceu já arrumado.

— Os agentes vão querer te matar. — falou. — Já fiz o chamado no radinho deles.

— Por que não tenho um? — nem ligo se vão ficar bravo.

— Você sempre vai comigo, não precisa disso, eu mesmo te aviso. — faz sentido.

Saímos do apartamento, descemos para o estacionamento, ele destravou o carro liberando para eu entrar, entrei no carro deixando tudo certo das papeladas no meu colo.

Uma parte do caminho fomos conversando, a outra fiquei só olhando as ruas vazias de Seul, madrugada ninguém está na rua.

— Cadê seu crachá? — Jeon perguntou enquanto descemos o elevador/árvore.

— Em casa, eu esqueci. — falei, o estacionamento não tem muitos carros.

Pulei do carro, Jeon veio para fechar a porta e nós seguimos para a central de comandos, todos estão aqui com suas xícaras de café.

Que eu ainda não tenho uma, droga.

— Jeon, são quatro horas da manhã, porque tão cedo? — Yoongi perguntou, a cara dele está evidenciando sono.

— Pergunte ao Jimin, ele me acordou às três, resolveu o caso. — Jeon sentou na minha cadeira.

— Ei, esse lugar é meu. — vaza do meu lugar. — Precisa contar o que descobri.

— Você vai fazer isso, estou bem aqui. — folgado, Hoseok olhando a cena soprando o café.

Eu sei que você está adorando idiota.

— Não sei fazer isso. — vai lá, você sempre faz.

— Sua descoberta, você conta. — chato!

Deixei os papéis na mesa, conectei o notebook dele, nos meus computadores passei tudo para o telão.

— Boa sorte! — fica quieto.

Fui quase morrendo lá na frente do telão, minhas pernas estão bambas, não sou acostumado em falar para tantas pessoas.

Parece que estão me sufocando.

— Bom dia, o Jungkook chamou vocês porque eu resolvi o caso, desculpa atrapalhar o sono de vocês, mas uma criança está correndo perigo. — sem gaguejar, ótimo!

— Quem matou a vítima número um? — um moço perguntou, eu não sei o nome de todos aqui.

— A vítima que sobreviveu tem um irmão, foi esse irmão. — falei. — Ele é um hacker como eu, mas eu nunca matei ninguém.

Não tenho coragem de matar uma barata imagina tirar uma vida inocente.

— Espera, vamos devagar, como descobriu isso? — Hwasa perguntou.

— Quando estava olhando as respostas que o chefe delas deu, percebi que ele deixou bem frisado como a relação dos dois irmãos era estranha, ele sempre estava visitando ela no trabalho, passava muito a mão no rosto dela, um carinho diferente que irmãos não costumam demonstrar. — contei. — Fui procurar as imagens da câmera ver isso, ele tem razão, o carinho entre eles não eram de irmãos e sim, de amantes.

— Então ele tem um caso com a irmã, isso é estranho e esquisito, mas como a amiga falecida entrou nessa história? — Hoseok perguntou.

— O casal estava planejando fugir para construir um lar, mas algo estava impedindo, ela não tem os órgãos reprodutores para engravidar, então ela doou sêmen para a amiga que gerou o filho deles. — história terrível. — Mas se apegou a criança e decidiu não entregar para eles, tudo isso é uma especulação com base dos fatos que temos. — expliquei. — Forjaram um sequestro duplo para não deixar óbvio que só queriam a mãe, por isso os ferimentos da farsante são superficiais, não demonstram o mesmo nível de violência da primeira e última morte.

— Eles pretendem sequestrar a criança pelo jeito. — uma moça que não sei o nome falou.

— Sim, por isso precisamos trazer os dois aqui. — antes que isso aconteça.

— Eles não vão querer isso, se tem o plano de sequestrar o menino e fugir não vão aceitar vir aqui. — Taehyung falou.

— O Gatinho tem um plano. — Jungkook falou, contei do meu plano para ele no caminho.

Contei e expliquei o que vai acontecer, para deixar eles ciente de tudo, é bom esse povo saber atuar.

Dois carros foram buscar eles, trazer separados e só juntar aqui, vai entender no final.

— Será que eles vão estar acordados? — Hoseok me perguntou, parei perto da mesa dele, Jeon continua na minha cadeira.

— Acredito que sim, dormir após cometer um homicídio e ainda estão planejando como pegar o menino, é impossível dormir. — falei.

— Concordo. — estou querendo sentar.

— Jeon já está na hora de você sair da minha cadeira, eu quero sentar. — e ele não vai me deixar sentar em seu colo, bem que eu queria.

— Chato. — levantou. — Estarei na minha sala.

E saiu, sentei na minha cadeira.

— Nunca pensei que veria Jeon Jungkook apaixonado. — Hoseok falou.

— Ele não está apaixonado. — falei.

— Ainda não, mas vai estar. — enlouqueceu.

Fiquei apenas vendo se estava tudo certo com meu plano, nada pode dar errado, nada mesmo.

— Eles chegaram. — Taehyung anunciou. — Estão na sala de interrogatório como pediu.

— Já sabem o que fazer. — falei saindo, chamei Jungkook na sala dele. — Vamos, precisamos desses dois presos.

— Vamos. — fomos para sala de interrogatório.

Jeon com a pasta que pedi, uma pasta que irei precisar.

— Porque estamos aqui? — ele perguntou.

— Temos alguns possíveis suspeitos, e sua irmã vai olhar para ver se reconhece algum. — passei a pasta cheia de criminosos para ela. — Está melhor?

— Estou, obrigada por perguntar. — falsa. — A mãe da minha amiga está bem?

— Sim, os dois estão bem, colocamos no programa de proteção até pegar quem fez isso eles vão ficar fora do radar. — falei, Jeon só olhando.

— O menino também? — confirmei. — Que bom! Espero que peguem logo quem fez isso.

— Vamos pegar, com sua ajuda. — ingênuos.

Um alarme soou assustando os dois, uma luz na sala ficou vermelha.

— Chefe, emergência, dois aviões se colidiram no ar. — os dois ficaram mais assustados.

— Não saiam daí. — saímos da sala e fomos para o outro lado do espelho. — Eu até pensei em elaborar uma  desculpa melhor, mas eles são burros.

— São mesmo. — Jeon concordou. — Não podemos falar sobre quem entra no programa de proteção.

— Então, já falaram? — Yoongi entrou com os outros.

— Ainda não. — o resto do povo ainda está atuando na Central.

Peter levantou andando de um lado para o outro, confessa o que fez.

— Como vamos pegar ele agora? — eu sabia.

— Não sei, invade o sistema do governo e veja onde eles colocaram ele. — ela pensa ser fácil fazer isso.

— Está pensando que qualquer um invade o sistema do governo, só um hacker é capaz de fazer isso, e não sou eu. — sou eu.

— Matou ela a toa, eles colocaram meu filho no programa de proteção. — fale mais.

— Nós matamos ela, não se esqueça que a ideia foi sua. — isso eu já não esperava.

— Sim, se você fizesse as coisas direito isso não estaria acontecendo, mas você é um inútil que não serve para nada, nem sei porque transei com você. — vocês são irmãos caralho.

Cada um com seus problemas, mas é estranho.

— Estou começando entender porque ela te chamava de egocêntrica. — não se matem. — Por isso o segurança preferiu ela e não você.

— Agora que nós entramos? — Taehyung perguntou.

— Não, eles precisam confessar que mataram o segurança, se foram eles. — falei.

— Ele não preferiu ela, ela foi mais fácil.  — ofender quem já morreu não é legal.

— Ele não vai confessar, vamos Jeon. — saímos da sala, após pegar dois cadernos e duas canetas entramos na sala.

— Quando podemos ir? Não reconheci ninguém. — olha ela fazendo olhar de gente ferida, eu estava te olhando do outro lado do espelho, você não tem nada de vítima.

É manipuladora narcisista.

— Nunca. — sentamos de frente para eles. — Aqui estão dois cadernos e duas canetas, escrevam as suas confissões dos crimes.

— Nós não fizemos nada. — conta outra.

— Estávamos observando vocês, ouvimos tudo que disseram. — falei. — Porque você matou o segurança? — perguntei para ela. — Não tente negar, sabemos que foi você.

Não sabemos, mas ela não precisa saber.

— Ele assediava todas as meninas da loja, nunca aceitava "não" como resposta, por isso matei ele. — falou.

Os dois escreveram suas confissões, contando como fizeram tudo, cada passo, como surgiu cada ideia, a mente dos dois é de um aspirante a psicopata.

— Ela mentiu. — falei após os dois saírem algemados.

— No quê? — perguntou.

— Ela não matou ele pelo assédio, ela o matou porque ele assediava todas as meninas, menos ela, isso a fez se sentir menos mulher que as outras. — respondi.

— Sabe isso só por ela falar aquelas poucas palavras? — confirmei.

— Sei ler uma pessoa que se sente excluída. — o negócio do "experiência própria" ensinou.

Saímos da sala e Jin estava vindo com a sua maleta conversando com o chefão, veio pegar as confissões e provas dos crimes.

— Bom dia Jimin, Jungkook. — cumprimentou nós dois.

— As confissões. — passei os cadernos. — Yoongi está trazendo as provas.

— Obrigado, posso falar com você um instante? — confirmei.

Afastamos dos dois que ficaram falando do caso.

— Precisa de algo? — perguntei.

— Sim, arquivos de casos importantes estão sumindo dos computadores lá no tribunal. — falou. — Sabe o que poderia ser?

— Pode ser um vírus, um hacker, ou alguém de lá mesmo. — respondi. — Quer que eu dê uma olhada?

— Se for possível sim, hoje vamos fechar após o almoço, precisa ir antes. — confirmei.

— Se não tiver mais casos hoje, o Jungkook me leva. — falei.

Voltamos para perto deles, o chefão disse que voltaria para sua sala, o Jin foi atrás do marido.

— O que ele queria? — Jeon perguntou.

— Arquivos estão sumindo dos computadores, eu vou ver para saber o que é. — respondi. — Pode me levar lá?

— Sim, só preciso assinar o relatório desse caso e nós vamos. — mais uma hora na Central até esse relatório ficar pronto para ele assinar, fiquei na sala dele dormindo.

Não vejo a hora de chegar em casa, preciso dormir mais.

— Vamos gatinho. — saí da sala com ele, fomos para o estacionamento, entrei no carro. — Está muito quieto.

— Estou com sono. — falei. — Quer que eu fale mais?

— Não, pode dormir, o caminho é longo até o tribunal. — fechei os olhos e apaguei.

[...]

Alguém está tentando me acordar, queria dormir mais.

— Gatinho, acorda. — abri os olhos. — Chegamos.

Coço meus olhos, passei a mão no cabelo atrás para tirar onde amassou.

— Porque está me encarando? — perguntei, estou com voz levemente rouca por acabar de acordar.

— Nada, vamos? — confirmei.

Saímos do carro, aproveitei para me esticar, dormir sentado é péssimo.

— Tem bala? — ele abriu o carro de novo, pegou e jogou para mim. — Obrigado.

Coloquei na boca, morango, não é minha preferida, prefiro de coco ou maracujá, menta também é boa.

— Vem. — fomos para o elevador, ele apertou para o primeiro andar. — Já sabe como vai resolver o problema?

— Se for vírus, preciso saber como entrou, se for um hacker aí é só prender ele, a última opção eu realmente quero que não seja ela, alguém de dentro fazendo isso. — falei. — Esteja pronto para prender alguém.

— Sempre estou. — saímos do elevador, gente de terno para todos os lados.

O Jeon pode se camuflar, eu estou moletom rosa com um "MIAU" na frente em letras pretas, pelo menos a calça é jeans e preta.

— Porque estão me olhando? — estou quase me escondendo atrás do Jeon. — É pela minha roupa?

— Não, eles sabem quem você é. — menos mal. — Vamos, andar do Jin é por ali.

Subimos dois lances de escada, é tudo muito grande aqui.

Entramos em um corredor com muitas salas, Jeon disse que cada sala fica a equipe de um promotor, o Jin por ser promotor chefe tem a sala separada da sua equipe.

— Aqui. — e tem o nome dele,  na porta.

Bati três vezes, logo a porta abriu.

— Entrem. — entramos, a sala dele também é grande. — Como vai fazer Jimin?

— Todos os computadores são ligados no mesmo provedor de internet? — perguntei.

— Wi-fi? — confirmei. — Sim, todos nesse prédio tem o mesmo wi-fi.

— Mesmo roteador? — negou.

— São dois por andar. — interessante.

— Os arquivos importantes que estão sumindo é você que vai ser o promotor, ou tem outro também? — preciso de informações para saber o que procurar.

— Eu, e a promotora da sala da frente. — tem mais um na jogada.

— Tá! Eu quero olhar os dois computadores juntos, pergunta se ela pode liberar o dela. — ele foi até a mesa, Jeon está sentado no sofá só olhando.

— Promotora Lee, pode liberar seu computador? Trouxe alguém para descobrir o que está acontecendo com nossos arquivos. — falou no telefone.

Não é na sala da frente? Preguiçoso.

— Ela já está vindo. — falou após desligar.

Alguém bateu na porta, ele foi abrir, três jovens entraram com o computador e ela veio atrás, são da equipe dela.

— Comandante Jeon. — ele cumprimentou ela.

— Esse é Park Jimin, o hacker. — Jin fez a apresentação.

— Olá Park, espero que consiga descobrir o que está acontecendo com nossos arquivos. — falou.

— Eu vou conseguir, já invadi o sistema do governo, isso é moleza. — falei.

Montei o computador dela, e o do Jin apenas liguei, conectei os dois no meu celular.

— O que está fazendo? — os três meninos devem ter minha idade.

— Vou usar um dos meus programas para descobrir se é um vírus. — sentei na cadeira, mexi um pouco no meu celular e começou fazer a varredura.

Jin e a promotora conversando entre si, os três de olho em tudo que estou fazendo, parecem crianças curiosas.

— Não é vírus, vamos descobrir se é um hacker. — coloquei uma isca, vamos ver se alguém vai morder.

Um arquivo falso, com o nome "IMPORTANTE", se for um hacker ele criou algo para pegar arquivos com palavras chaves, por isso o nome vai ser esse.

Isso não é bom, nada mordeu a isca, é alguém de dentro.

Desconectei meu celular, e olhei tudo, meus programas estão aqui.

— Droga. — comecei digitar nos dois teclados, Jeon se aproximou.

— Que foi? — sussurrou.

— É alguém de dentro. — sussurrei de volta.

— Como vai pegar? — pensei um pouco.

— Vou seguir as migalhas que os arquivos deixaram até o computador que está levando os arquivos, ao descobrir vou invadir a webcam e ver quem é o culpado. — só mais um pouquinho e. — Achei.

Invadi a webcam, tem uma moça olhando o computador.

— Jin. — ele veio até mim. — Quem é essa?

— É minha assistente, pretende ser promotora, porque ela está aí? — perguntou.

— Ela está roubando seus arquivos, você disse que o roteador é o mesmo, então ela está nesse andar, foi fácil achar. — falei.

— Aonde ela fica? — Jeon perguntou.

— Sala ao lado. — tadinho, acredito que ele não esperava por isso.

— Espero que ela não tenha vendido esses arquivos. — saí da sala com Jeon, entramos na sala ao lado sem bater.

— Comandante Jeon. — a ladra falou.

Pode sair, cheguei primeiro sem vergonha.

— Se afasta da sua mesa e mantenha as mãos onde eu possa ver. — ela afastou e manteve as mãos levantadas na altura dos ombros. — Jimin, olhe tudo.

O resto da equipe querendo saber o que está acontecendo.

Sentei na cadeira dela, Jeon me passou um par de luvas, coloquei, se isso for prova não pode ter minhas digitais.

Comecei procurar os arquivos achei o que eu mesmo coloquei, e um que não sei do que se trata, o restante só foi migalhas.

— É ela mesmo. — falei.

— Você vem comigo. — saímos da sala. — Vendeu para quem os arquivos?

— Eu não vendi. — vendeu sim.

— Sabemos que vendeu, que roubou, só queremos o nome da pessoa que está vendendo os arquivos. — Jin e a promotora saíram da sala para saber as respostas da culpada.

— Para os advogados adversários. — alguém segura o Jin.

— Você tem noção do que isso vai causar? Todos os casos vão ser abertos, e julgados novamente, o dinheiro que o governo vai gastar com isso? — fudeu para você.

— Você está presa por vender arquivo sigiloso, tem o direito de permanecer em silêncio, tudo que disser pode e será usado contra você no tribunal. — Jeon falou, algemou ela. — Tem direito a um advogado, se não puder pagar o estado indicará um.

— Obrigado Jimin, quanto seus serviços custaram? — os dois promotores pegaram o talão de cheque.

— Nada, considere um favor. — falei.

— Obrigado, vamos promotora, precisamos nos preparar para abertura dos casos. — fui atrás do  Jungkook.

Os policiais que ficam aqui levaram ela, é doida, vender arquivos dos promotores para os advogados adversários.

— Vamos? — perguntei.

— Sim, Jin vai ter muito trabalho nos próximos meses. — fomos para o elevador.

— Abrir todos os casos que eles fecharam nos últimos meses, eu não queria ser ele. — descemos para o estacionamento.

— Não aceitou que te pagassem né? — neguei.

— Já tenho muito dinheiro, quando é o pagamento do governo? — perguntei.

— Próxima semana, está ansioso para receber seu primeiro salário honesto? — perguntou.

— Quem disse que os outros não eram? — não eram, mas também não precisa falar assim. — Não estou ansioso, só quero saber quanto eu ganho, não pretendo ficar com o salário.

— Vai fazer o que com ele? — pensei.

— Talvez eu dê para alguém da equipe. — entramos no carro.

— Eles não vão aceitar. — eu imaginei.

— Eu sei, por isso o dinheiro vai aparecer na conta de alguém. — falei. — Você de bico fechado.

— Claro. — coloquei o cinto e ele saiu com o carro.

— Sua casa está muito longe? — negou.

— Cinco minutos e estaremos lá. — ótimo, estou com fome!

Foi mais rápido que imaginei, pulei do carro após ele estacionar, subimos no elevador.

Mochi veio miando após entrarmos  passou direto por mim e foi até Jeon, que traição é essa?

— Ei, eu sou seu dono. — falei indignado.

— Não é mais. — Jeon pegou meu gato no colo e foi para o quarto dele.

Ótimo! Perdi meu gato para o Jungkook.

Entrei no meu quarto, troquei de roupa, calcei a pantufa e saí.

Fui para a cozinha, comecei olhar tudo para saber se vou fazer algo ou pedir, vou fazer.

— Aonde colocou meu gato? — perguntei quando Jeon apareceu.

— Está no seu quarto comendo. — pegou água na geladeira.

Ele foi para o escritório, e eu fiquei fazendo comida, colocar veneno na parte dele por não me ajudar.

Após terminar chamei ele, sentamos para comer.

— Tenho uma pergunta. — parei o que levava na boca voltando para o prato.

— Pergunte. — tenho até medo.

— Como vocês jovens paqueram hoje? — paqueram?

— Flertar Jeon, quase ninguém usa o termo "paquerar", e perguntou para a pessoa errada. — ele ficou confuso. — Os homens flertam comigo, nunca fui até alguém para fazer isso, porque quer saber?

— Tive um único relacionamento e foi há muitos anos, não sei flertar. — falou.

— Também não sei, temos algo em comum. — falei. — Você diz não saber flertar, mas sabe que a forma que está fazendo comigo é um flerte?

— Não é não. — é sim.

— É, e você é bonito não precisa se esforçar muito. — voltei comer.

— Eu sou bonito? — humilde.

— Pensou que fosse feio? — confirmou. — Você é uma pessoa humilde Jeon, vai longe com isso.

Feio, se ele é feio, o que o resto do mundo é?

— Você é bonito Jeon, nunca ouviu isso? — perguntei.

— Não, acredito que minha personalidade chata e rabugenta como todos dizem atrapalha que olhem para minha aparência. — falou pensativo.

Fiquei quietinho continuando comendo, achei ele bonito desde que vi no quarto de hospital.

— Porque tem interesse em saber flertar? — perguntei até com medo da resposta.

— Não vou te responder isso. — bicho chato.

— Conta vai, quer flertar com quem Jungkook? — insisti no assunto.

— Com você. — eu não esperava que ele fosse responder, meu rosto está quente de vergonha.

— Comigo? Muito interessante, não se preocupe com isso de flertar, naturalmente as coisas vão fluir. — que vergonha.

Posso falar de tudo sobre sexo, mas disso morro para falar, sou todo ao contrário.

— Você disse que nunca apareceu ninguém interessante para você gostar, o que viu de interessante em mim? — perguntei querendo muito saber a resposta.

— Como se você não soubesse. — não sei mesmo. — Preciso mesmo falar isso?

— Precisa, para ficar justo eu te falo o que tem de interessante em você. — ele pareceu pensar.

— Tudo bem. — consegui. — Você é espontâneo, inteligente, muito falante, um sorriso bonito, uma risada gostosa de ouvir, e pela suas expressões faciais tem pensamentos divertidos. — todos concordamos que ele está apaixonado. — Sua vez.

Espera eu recuperar disso que ele falou, não esperava que fosse ser tão sincero.

— Eu achei você interessante desde que vi no quarto do hospital. — já o coloquei como pai dos meus filhos. — Você tem uma expressão muito séria e eu acho isso muito atraente, o ar misterioso que esconde algo também chamou minha atenção, até você ser chatinho e rabugento é interessante, gosto dessas coisas em você.

Falei tudo olhando minha comida, comi mais enquanto ele não fala nada.

— Como assim você gosta, mas reclamou? — perguntou.

— Nem tudo que eu reclamo não gosto. — sou um pouco confuso às vezes. — Não leve a sério tudo que eu falo, na minha mente eu penso totalmente o contrário.

— Então não gosta de mim. — já entendi seu jogo pilantra.

— Você entendeu sonso. — ele riu, olhei para ele, fiz ele rir.

Obrigado Deus, ele me ama certeza!

— Agora também acho sua risada interessante, pode rir mais. — falei.

— Faz tempo que não tenho motivos para ficar rindo assim. — falou pensativo.

— Agora tem, se me der liberdade para entrar na sua vida vai rir bastante, Hoseok disse que sou um palhaço. — deixa eu entrar nesse coração de gelo, prometo que não vai se arrepender.

— O que você é do Hoseok? — ciúmes?

— Amigo, a Hwasa disse ser minha amiga. — contei.

— Parece muito feliz com isso, por quê? — perguntou.

— Porque eu nunca tive antes, então é muito legal ter agora. — respondi.

Terminei minha comida, tirei o que sujei levando para a pia, comecei lavar.

— Gatinho. — meu corpo não deveria reagir dessa forma. — Você tem dezenove anos, porque está interessado em alguém treze anos mais velho que você? Poderia se relacionar com quem quisesse e bem mais novo.

— Porque é você, se fosse outra pessoa não iria querer. — não tenho problemas em falar disso. — Estou interessado no Jungkook, não na idade dele.

— Obrigado por responder. — de nada. — Não era para eu lavar a louça?

— Pode deixar, eu lavo. — já estou aqui mesmo.

— Gatinho. — olhei para trás. — Você tem liberdade. — e saiu.

Ei, volta aqui e explica isso direito.

Liberdade? Para quê?

Liberdade para entrar na vida dele? Oh! Que fofo, ele é todo tímido.

Duvido muito que seja assim entre quatro paredes, após tirar a virgindade dele vamos ver como ele vai agir, tenho uma ideia de como vai ser.

Após terminar a louça, coloquei ração para o Mochi que está me trocando pelo Jungkook.

— Judas. — falei com ele.

Fui para o meu quarto, escovei o dente antes de deitar, estava com a cara enfiada no travesseiro.

— Jimin. — respondi "hum". — Está bem?

— Sim, o que precisa? — olhei para ele.

— Quer ver como está a investigação para pegar o Choi? — eu não queria sair da cama, mas como quero ficar com ele vou aceitar.

— Claro. — levantei e fui com ele, entrei no escritório. — Você não está um pouco obcecado?

— Não, é simples. — tem quatro quadros cheios de coisas sobre o Choi. — Então?

— Vou olhar. — comecei olhar cada um deles, tem a linha do tempo e tudo que aconteceu, o que fez antes e após me conhecer.

Peguei meu celular olhei umas coisas, fiz minha própria junção de pontos.

— Isso ainda não é suficiente para prender ele né? — perguntei.

— Não, no caso só poderíamos prender ele por te bater, mas outros crimes, não temos provas concretas, apenas especulações do que ele fez. — respondeu ao meu lado olhando os quadros pensativo.

Tão bonito, nem parece ser de verdade.

— Ele é um criminoso excelente, parece você. — não perde a chance de me atacar, peste.

— Mas você me pegou, como pegou. — falei mais para mim que para ele.

— Eu ouvi isso Jimin. — ótimo!

— Isso está errado. — apontei o lugar no quadro com data e hora.

— Por quê? Isso é uma foto, não tem como estar errada. — tem sim.

— Nesse dia e nessa hora, eu estava transando com ele, é impossível ser ele nessa foto. — falei.

Porque eu transei com essa praga? Que arrependimento!

— Então temos um problema. — com certeza nós temos. — Um bem sério.

— Sim, o mafioso tem um sósia.......................
















































































Voltarei logo.

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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