- Cezar Valle

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Ela quer chorar, e ao mesmo tempo ela quer sorrir.

E por dentro ela chora, mas ninguém nota, pois por fora ela finge sorrir.

Ela quer gritar, mas prefere se calar.

E ela está tão confusa, anda por aí dando um passo de cada vez.

Mas mesmo assim sente como se estivesse prestes a cair.

E ela tinha inocência no olhar.

Mas, essa inocência se perdeu no meio de tanta confusão.

Mas, essa inocência se afogou em lagrimas.

Não dá para impedir, uma hora as lagrimas irão cair.

Uma hora a tristeza vai escorrer pelos seus olhos e a felicidade irá escapar pelas pontas dos seus dedos.

E por dentro ela chora, mas ninguém nota, pois por fora ela finge sorrir.

Seria inútil ela gritar para um mundo que se mantem tão surdo e mudo, que só abre a boca para criticar.

E ela está tão confusa, dando um passo de cada vez, vez ou outra ela tropeça nos próprios pés e acaba caindo.

Mas ninguém nota, ninguém se importa.

E mesmo tendo todos os motivos do mundo para chorar, ela insistia em sorrir.

E ela sorriu durante um dia inteiro, mais a noite ela desabou.