Capítulo 8

||Um mês depois||

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Acordo com o despertador tocando, abro meus olhos inclinando a cabeça na direção do abajur, pego o celular e desativo o alarme
Já era quase meio dia. Me levanto separando minha roupa um pouco mais chique, hoje terá uma festa na empresa pela tarde, mas já separo uma roupa para estar bem. Separo uma roupa casual e vou para um banho gelado.

Ao sair, me seco e coloco a roupa e vou direto para a sala, ligo a TV e vejo algumas notícias de assaltos, tiroteios, roubos, e por incrível que pareça, algo sobre um possível serial killer. Desligo a TV e ligo o celular, fico vendo umas coisas sobre a festa de hoje, Neo parecia bem animado com a festa, alguns dos acionistas e representantes estarão lá, e ele está um pouco nervoso de não se sair bem, mesmo ele tendo feito isso várias vezes.

Ouço um barulho na porta, batidas que pareciam incansáveis, bufo de raiva e logo me levanto e caminho até a porta. Dou de cara com o vizinho idiota chamado Bryan, ele estava com sangue escorrendo pela boca e pelo nariz, com a cara roxa e inchada, suas roupas bagunçadas e amassadas. Ele me olha assustado e demaia, antes de cair no chão consigo pegá-lo. Trago para dentro do meu apartamento e coloco ele deitado no sofá.

Ele parecia ter apanhado, mas porque ele apanhou, será que mexeu com alguém que não devia, xingou, debochou ou algo do tipo? Bryan estava todo machucado e por algum motivo eu estava com pena dele. Minhas mãos, sem as luvas tocam seu rosto, na esperança dele acordar.

Aquela pele branca estava roxa e vermelha agora, parece outra pessoas. Minha mão continuava no seu rosto, eu estava sentado no tapete ao lado dele. Bryan começa a abrir os olhos, ele começa a se debater, fico de joelhos na altura do sofá que ele estava deitado. Eu seguro seus braços impedindo de ele se debater, ou acertar meu rosto.

Seus olhos ficam calmos ao me olhar, ficamos fixados um no olhar do outro, começo a não pressionar tanto meu peso contra seus braços, até soltá-lo completamente. Fcamos nos olhando, não era o olhar de ódio a que tem ocorrido durante todo esse mês que nos encontrávamos nos corredores.

Seu olhar estava suave, como um lago calmo, com caos e sentimentos entrelaçados.

- O que houve? - Pergunto e ele se senta no sofá escondendo o rosto.

- Eu fui, eu fui assaltado, eu xinguei e cuspi neles - Arquio a sobrancelha.

- Não deveria reagir com teimosia, sabia? - Sua voz parecia diferente, por conta de um lado dos lábios inchados.

- E você é quem, um professor para dizer o que eu tenho que fazer - Respiro fundo

- Não, mas eu que te ajudei, agradeça! - Falo.

- Tá!!! Obrigado - Ele se levanta e começa a andar mancando muito.

- Onde vai? - Me levanto e pergunto, o encarando.

- Pra casa, ali do outro lado - Aponta para a porta.

- Deve cuidar dos ferimentos, eu posso fazer isso, mas seria melhor um hospital, por conta do pé, acho que quebrou. Está inchado! - Eu estava disposto a ajudá-lo.

- Agora é médico? Não quero sua ajuda, eu sei me virar - Ele começa a tentar andar em direção a porta.

- Para de ser teimoso caramba - Viro ele e encosto ele na parede, segurando suas mãos contra parede.

- Aí!! - Ele grita e logo solto ele com medo de tê-lo machucado.

- Bryan, me desculpe, não foi minha intenção - Ele segurava um dos pulsos.

- Você é um idiota! Seu... Seu... Certinho idiota! - Eu estava tentando não me irritar, mas não irá durar muito.

- O que aconteceu aí - Seguro seu braço e ele tenta tirá-lo da minha mão, o que foi em vão.

- O que tá fazendo? - Ele me olha, virei meu olhar para seu braço, levantando a manga da sua camiseta e vendo um corte, que parecia um pouco fundo.

- Têm que ir para o hospital garoto - Respiro fundo, agora eu estava com raiva, mas não por causa de Bryan, e sim com a pessoa que fez isso.

- Não quero, não preciso! - Fala.

- Não tem que querer... Vamos! - Calço os tênis e pego as chaves do carro, ele me olhava curioso.

- Vai me levar? - Pergunta o óbvio.

- Vamos vai, pega seus documentos e vamos.

- Tá, tá bom... - Me olhou com os olhos brilhando, acho que por conta das lágrimas que estavam tentando sair.

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Acordo cedo, pelas nove da manhã, o jornal hoje não precisará de mim. Eu estou trabalhando muito e tenho que dizer que é ótimo, mas cansativo. No Queens acontece cada doideira. Me levanto, tomo um banho quente, e logo me visto, Chris, Luna e eu vamos numa lamchote, dizem ser a melhor, e eu recebi o meu primeiro pagamento ontem no banco, eu estava realmente feliz por isso.

Me ajeito e saio do apartamento, sempre encarando o apartamento na frente do meu. Vou para o elevador e vou para a garagem. O prédio onde moro não tem tanta segurança, mas tem muitas câmera, o porteiro era bem amigável, mas quase nunca via ele, pois sempre pego o elevador para o subsolo onde ficava a garagem. Entrei no carro e dou partida.

Ao lado da lanchonete, havia uma garagem pequena, com o chão cheio de pedrinhas cinzas. Estaciono o carro ali e entro na lanchonete. Parecia antiga e tinha um ar leve, com um cheiro de comida pelo ar. Tocava músicas baixas pelos cantos, músicas boas e que pareciam bem antigas. Vejo Chris e Luna em um dos bancos com acolchoados vermelhos com mesas brancas.

- Oi, parece que todos estamos livres hoje - Olho para eles que mantinham um sorriso no rosto.

- É, hoje vai ter uma festa na empresa, não é obrigatório ir, mas estou pensando - Chris fala olhando para Luna.

- Eu não estou bem livre, já que hoje troco de turno, hoje é sábado então né... - Luna fica no turno da noite no seu trabalho no hospital, ela é enfermeira.

- O jornal não precisa de mim hoje, meu chefe é bem legal, quero que conheçam ele - Olho para eles animado.

- Vai ser legal, mas os meus chefes não - Chris fala e todos rimos.

- Com certeza não mesmo né - Falo, imaginando aqui, seria um horror trabalhar na empresa Blue, ainda mais por causa da presença daquele idiota.

- Então, eu sei que vai dizer não, mas... Quer ir comigo, a Luna vai trabalhar... - Chris me olhou com cara de cachorro molhado.

- Nem adianta me olhar assim, não vou! - Viro o rosto para o lado e chamo a garçonete que vestia um avental vermelho e um boné colorido.

- Vai Bryan, meu querido, vamos por favorzinho vai - A garçonete veio e todos ficam atentos para ela.

- Vou querer dois X-Burguer, e vocês? - Eles me olham e olham para ela.

- A mesma coisa, e uma garrafa de coca cola e copos com gelo - Luna fala.

- Tudo bem, então são seis X-burgueres e uma coca com três copos com gelo, é isso ou mais alguma coisa? - Pergunta a garçonete.

- Só isso, obrigada - Luna fala bem simpática.

- Vai comigo? - Chris pergunta de novo e reviro os olhos.

- Eu vou, mas não quero nem chegar perto daquele idiota tá?! - A animação dele estava alta, e veio me abraçando.

- Obrigado, obrigado, achei que ficaria vendo aquelas caras que vejo todo dia sozinho. Tirando a nova contratada - Rimos.

Não demorou muito e os pedidos vieram, depois de muito tempo, já era meio dia, nós despedimos e estava indo para casa, meu pagamento está ainda comigo, junto com a minha carteira. Chego no hotel e estaciono o carro na minha vaga. Ao sair caminho em direção ao elevador, vejo dois homens grandes se aproximando de mim, outro para na frente do elevador com rapidez, o que fez eu dar um sobressalto. Eu estava Encurralado, e olhava para todos os lados procurando por onde correr.

- O que querem? - Pergunto um pouco nervoso.

- O que acha que queremos baixinho! - Um deles me segura, junta minhas mãos para trás.

- Me solta, seu idiota - Me debato, mas foi um erro.

- Essas são as minhas partes favoritas, as que eles clamam - Um com barba rala vem na minha direção.

- Quem disse que estou clamando - Olho com ódio para ele.

- Abusadinho - Eles riem entre eles. Cuspo na cara dele, ele fecha o rosto e olha para os outros.

- Otário! - Falo com um sorriso no rosto, mas estava com muito medo.

- Peguem o que ele tiver - Eles me reviram e tiraram minha carteira, que estava com todo o meu pagamento. Eles abrem e sorriam.

Me jogam o chão e todos eles começam a chutar minhas costas, barriga, peito, e um deles ergue a perna e despenca com tudo no meu tornozelo. Gritei e o cara em que cuspi sobre por cima de mim depositando socos a vontade no meu rosto. Todos eles saíram depois dos socos no meu rosto e todo o resto. Consegui levantar mancando e apertei o botão do elevador, meu pé doía e não conseguia ficar em pé. Ao abrir o elevador, minha mente estava longe, tudo estava embaçado, comecei a bater na primeira porta que achei. Quando Zack atendeu, e eu vi tudo sumindo e ficando preto.

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