24. Emoções pt. 2

➼ Vamos de boa leitura e aguentem corações! rs

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Capítulo 24 - Emoções pt. 2

Enquanto esperava Seokjin tirá-lo do porão, Jungkook ficou ali, no ambiente escuro que tinha apenas um feixe de luz vindo de uma pequena janelinha. Estava sozinho e um tanto assustado. Temia o que poderia acontecer consigo, com Jimin. A tática que encontrou para se acalmar mais foi cantar baixinho para si mesmo uma música sobre monstros debaixo da cama. Oh, ele preferia eles do que o ser humano. Principalmente se fosse um como aquele que, como se não bastasse lhe atormentar com bilhetes, agora fazia a tortura ser real. O seu medo ser real. 

— Oh, o garotinho acordou. — a voz feminina soou ao que a porta se abriu, causando um susto em Jeon, pois ele imaginava estar sozinho. 

Assim como lembrava dos homens que raptaram Jimin ela também vestia uma roupa preta e folgada, porém no rosto tinha algo diferente: uma máscara de Minnie macabra. Não estava esperando que ela aproximasse então acabou cedendo quando a mesma o empurrou para baixo, fazendo com que sentasse no chão, rapidamente o amarando à uma madeira que continha ali e mexendo em seus bolsos, capturando seu telefone. 

— Vamos brincar. 

Na agência, Seokjin dava inúmeras ordens aos empregados que foram em busca de seu sobrinho e analisavam o interior da casa, vendo se tinha mais pessoas lá, enquanto Jihee e Taehyung tentavam descobrir informações sobre Jimin. 

O trio assustou quando o celular do mais velho tocou, este que ele colocou no viva-voz, conectando ao rastreador, vendo que a chamada estava vindo da casa do modelo.

— Jungkook? 

J-Jinnie, eu estou bem. — gaguejou diante da arma que estava na sua frente. — Não se preocupe. O Jimin está comigo. Pare a investigação. Ligo mais tarde! — desligou. 

— Tem alguém com ele. — concluiu, logo apertando o botão do microfone para informar o fato ao agente principal que havia mandado para a mansão do Jeon. — Agente Conner, adentre a casa o mais rápido, mas com cuidado. Tem alguém com ele no porão e talvez possam ter pessoas escondidas. 

Logo apertou outro botão, chamando por Jimin, porém, outra vez, ele não respondeu.

O modelo não havia entendido nada. Não era mais fácil pedir o resgate? Quem sabe trazer o hyung para junto de si pois, com os dois ali, o preço do sequestro dobrava e talvez esses loucos se sentissem mais satisfeitos. 

Gritou de repente ao ver um rato passar próximo a si.

— Não seja medroso, garotinho. — a mulher que havia saído momentaneamente, colocou uma sopa perto dele. — Esse bichinho não vai te atacar. 

— E você? Você vai? — perguntou com o coração a mil. E por mais que estivesse com fome, não ousaria a tomar nada. Vai que tinha veneno.

— Depende. O seu titio vai colaborar? 

— O que quer com nós? Se for por dinheiro, saiba que eu venho de uma família rica, eu sou rico, e aposto que o Jimin também. Podemos te dar quanta grana você quiser, é só pedir. Não precisa continuar com esse show.

— Tentador. Mas dinheiro não trará o mesmo prazer de destruí-lo.

— O que eu fiz pra você? Eu sequer te conheço! 

A Minnie sorriu ainda mais macabra.

— Tem certeza? Bem, não importa. O que interessa é que nós vamos ganhar! 

— Nós quem? 

— Em breve você descobrirá. Aliás, já que está tudo certinho por aqui e você vai ficar um bom tempo sem incomodar, irei ver meu amado. Até mais, idiota. 

Com a saída dela foram cerca de quinze minutos para o porão ser invadido, os acontecimentos foram tão rápidos, o agente Conner o soltou, e quando viu estava no carro indo até a base da agência de investigação.

Dia anterior do sequestro... 

Jungkook terminava de arrumar suas roupas, havia tirado algumas que não usava mais para doar. Estava entretido quando Yugyeom apareceu ali e tampou seus olhos com as mãos. Ele sorriu, mas ao analisar a textura delas notou que não de tratava do seu guarda costas, o que fez seu coração diminuir o ritmo no mesmo instante.

— Você não é o Jimin. — um bico tomou seus lábios.

— Você não para de pensar naquele idiota? — o rosado abaixou as mãos, cruzando os braços.

— Eu não tenho culpa se meu cora-

— Tudo bem, tudo bem. Eu vim aqui justamente para tirar essa sua fixação do cara que tanto te fez sofrer. Quero te convidar para um encontro. Eu queria hoje mas terei que ir na empresa garantir minha vaga de fotógrafo, então vamos no parque de Hollywood amanhã cedo!

— Eu não vou. Olha, infelizmente eu não quero sair com você. Sabe que te considero só um amigo. E, mesmo se quisesse, seria impossível pois eu irei ao Echo Park com o Jimin. — sorriu, orgulhoso disto.

— Ah, fala sério. — bufou, indignado. — Vai insistir no mesmo erro? Você vai se machucar de novo, Jungkook. Não aprendeu com o que houve da última vez? Ele vai aproveitar de você e te meter o pé da bunda de novo!

— Você não conhece nem a metade do que aconteceu, do que rolou quando nós ficamos separados e não sabe de nada do que está acontecendo agora, logo, não tem o direito de opinar. Não quero mais falar sobre meus sentimentos ou sobre os seus. Aproveita que vai na empresa e leva essas roupas para o Kyu doar à instituição dele. — pegou inúmeras peças e jogou em cima dele que, irritado, se foi.

Ao chegar lá, acabou tropeçando na frente da porta do Kang e derrubando tudo. Praguejou, recolhendo peça por peça. 

— O que houve, Jung? Parece nervoso. — questionou Hansol, o ajudando. 

— Jeon e Park, isso que houve! 

— De novo esse assunto? — desde que o rosado entrou ali não para de reclamar sobre eles. — Aqueles dois nunca vão se largar, você sabe. Mas me diz o que houve dessa vez. 

— Eles vão ter um encontro romântico amanhã no Echo Park!

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Jungkook observou seu tio dar ordens para várias pessoas desconhecidas por si. Menos duas. Yugyeom e Hansol. Se questionou o que caralhos eles faziam ali e, não mediu suas ações, foi até os tais. 

— Oh, meu Deus! Você está bem? — Yugyeom mal esperou que chegasse e foi lhe abraçando.

— Você! — afastou dele, o encarando. — Você sabia! Era o único de fora que sabia que eu ia sair com o Jimin para o Echo Park! — exclamou nervoso e rude, o assustando. — Onde ele está? O que você fez com ele? Diz logo antes que eu quebre sua cara!

— J-Jungkook? Você está se ouvindo? Eu não tenho nada haver com isso! 

— E essa escória — se referiu ao Kang. — Você estava com ele ontem! A staff me disse quando me ligou após meu novo contrato ficar pronto que estavam ajudando Kyu com as roupas que mandei. Foram vocês! 

— A cala a boca. — disse Hansol, rolando os olhos.

— Não me mande calar a boca, seu desgraçado! — o segurou pelo colarinho. — Eu estou na merda agora. Você está feliz? Não era isso que queria? Admita que sempre quis acabar com a minha vida! 

Ele sorriu prepotente.

— Vai se foder, Jeon. 

— Seu maldito! — gritou na cara dele, apertando os dedos contra a camisa, próxima ao pescoço do mesmo. — Confesse o porquê dos sequestros, diga tudo sobre as ameaças que tive nesse tempo e sobre onde está o Jimin! Eu sei que você sabe, então diga! 

— Eu não sei de nada. Estou aqui para uma boa ação. Agora me solte e pare de cena.

— Fala a verdade ou eu irei parti-lo em dois! 

— Que valente o Jungkookzinho. Quer que eu chame o seu segundo papai para ver toda a sua coragem, bebê?

— Não me chame assim, seu... 

— Jungkook, calma. — Taehyung tocou seu ombro. — Não tem nada sobre ele no banco de dados, nem sobre Yugyeom. Eu preciso de você para nos ajudar, mas de você lúcido, então se acalme. 

Rangendo os dentes e com muito custo, o soltou. Entretanto, se virou para o Jung.

— Se esse cínico não diz, diga você. Fala a verdade, Yugyeom. Você o odeia. Nunca quis que ficássemos juntos. Foi por isso que se uniu à escória, para foder com tudo! — seus olhos voltaram a lacrimejar.

— E-eu...É verdade. Eu não quero vocês juntos porque ele te machucou e eu temo que aconteça de novo. Você sabe que eu te amo e penso que eu seria melhor.

— O que você sente não é amor porra alguma! Se fosse, respeitava minha escolha e me deixaria ser feliz em paz mesmo que não seja com você! O Jimin é diferente agora. Se não enxerga isso, o problema é seu. Mas não tinha que sequestrá-lo, menos ainda se juntar com quem eu odeio! O que você quer? Acabar com a vida dele pra abrir o caminho? Unir com esse estúpido aí para acabar comigo? O que você ganha com isso?

— Eu não... Eu não seria capaz de fazer algo assim. Você sabe que sou chato mas também um covarde. E não sou inteligente, se fosse eu já teria sido pego desde o início. 

— Jungkook, deixe ele. Temos que pegar as informações. — o Kim voltou a dizer. 

— Eu ainda não confio em você. — deixou claro.

— Mas pode confiar. Eu vim aqui porque ouvimos algo estranho ontem na empresa. Ao chegarmos aqui, deparamos com toda essa situação.

— Por que não vieram antes? — o modelo alfinetou.

— Olha, Jeon. Eu demorei muito a me decidir porque querendo ou não o meu pai está envolvido. Estamos aqui ao seu maldito favor, é só o que deve importar! 

— Se eu disser, se eu confirmar tudo, você volta a me ver como seu amigo? Não precisa ceder ao meu lado apaixonado, só... Só peço que não me odeie. Eu juro que paro de implicância e insistência. Por favor! — implorou.

Jungkook estava duvidoso se acreditava nele ou não, entretanto, tempos desesperados merecem medidas desesperadas. 

— Cadê meu tio? 

— Eu estou aqui. — apareceu acompanhado de Jihee e toda uma equipe. — Coloque o identificador de mentiras neles. 

Não demorou a ser feito.

— Falem. — o moreno cruzou os braços, sério, esperando. 

— Eu estava com as roupas que você me pediu para levar... 

Dia anterior...

Yugyeom caminhava irritado pelo fato de Jungkook preferir Jimin, ao qual lhe deixou na pior quando mais novo, do que a ele. Ao chegar lá, acabou tropeçando na frente da porta de Kyu e derrubando tudo. Praguejou, recolhendo peça por peça. 

— O que houve, Jung? Parece nervoso. — questionou Hansol, o ajudando. 

— Jeon e Park, isso que houve! 

— De novo esse assunto? — desde que o rosado entrou ali não para de reclamar sobre eles. — Aqueles dois nunca vão se largar, você sabe. Mas me diz o que houve dessa vez. 

— Eles vão ter um encontro romântico amanhã no Echo Park!

— Uhm, nós podemos- — antes de sugerir foi interrompido por vozes altas vindas da sala.

— Você sabe que não posso substituí-lo. Todo mundo desconfiaria, além de eu ter o Kook como um filho! 

O sangue de Hansol começou a ferver. De novo seu pai com esse papo do Jeon ser como um filho, estava cansado disso.

— Isso é muito chato. Qual a graça de ter como amante um empresário conceituado, tão inteligente e famoso, se ele não pode me dar o lugar que eu mereço? — a voz feminina soou chateada. — Acho que voltarei para o meu noivo dinamarquês. 

— Noivo dinamarquês? — o rosado questionou baixinho. Tinha a impressão de já ter ouvido isso. E já tinha mesmo. Um dia Jungkook lhe empurrou uma moça numa festa... Aquela era...

— Hyuna, você sabe que não posso substituir ninguém. É antiético. Posso receber um processo, sabia? Mas eu tentarei te fazer a melhor modelo feminina. 

— Eu quero o lugar do Jungkook!

— Por que? 

— Porque desde mais novo ele foi melhor que eu e nunca me deu a atenção que eu merecia. Depois ficou com o cara que tirou minha virgindade. Em seguida, quando nos reencontramos, ele me rejeitou, me jogou para cima de um chato que tem crush nele! Ah! E acredita que ainda está com o gostosão do ex-vizinho que me comeu e teria continuado comigo se não fosse por ele? 

— Não seja uma invejosa amargurada! Aceite meus termos e dispute com ele no mundo da moda honestamente. Se for assim, posso te ajudar. Agora se planeja destruir e ficar no lugar do meu garoto, esqueça. E esqueça de mim.

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Incrédulo. Era como Jungkook se encontrava. Como assim Kyu estava saindo com Hyuna? Sabia que ele era um cara de pau que pegava todas mas tinha que ser logo ela? E por que diabos a moça fazia parecer que ele fosse o traidor da história? Foi ela quem traiu sua confiança e aquilo foi a tanto tempo que achava que ela mal lembrava. Falando em lembrar, recordava que a mulher também era uma ótima modelo, eles faziam o par perfeito nesse mundo da moda, porém, ele lutou para estar onde estava, já ela deu foda-se a sua habilidade e capacidade optando por procurar maridos ricos e famosos. A culpa não era sua das escolhas erradas dela! E Jimin era só seu, sempre foi!

— Credo, Jungkook só tem ex casos chatos. — comentou Jihee.

— Nem vou me ofender mais. — disse o fotógrafo. 

— Não só ex. 

Jeon olhou o Kang de cima a baixo que fingiu nem ser consigo, apenas disse: 

— E então? O que vocês vão fazer sobre isso? 

— O identificador de mentiras não apitou. Tragam Kyu e Hyuna até aqui que irei interrogá-los. — ordenou Seokjin.

Já com os mesmos presentes numa sala em específico da base, Hyuna dava chilique dizendo que não tinha nada haver com aquilo, também não queria assumir o caso que tinha com o empresário, nem a conversa que tivera com ele.

— Eu quero meu advogado!

— Eu estou pouco me fodendo para seu advogado. Ou você coopera por bem, ou por mal. — disse Jin rudemente.

— Ela é teimosa e não irá falar, mas eu falo. — disse Kang. — É tudo verdade, sim. Nos conhecemos através de um aplicativo de conversa e com o tempo Hyuna tentou me convencer a me livrar do Jungkook mas eu o considero muito, você sabe. Tentei tirar essas coisas da mente dela e ontem eu propus ajudá-la a se tornar uma modelo de prestígio caso parasse com essa implicância com o meu garoto. Até porque ele não tem culpa se a menina fútil está falida e não tem rumo nenhum na vida.

— Ei! — ela exclamou, indignada com a sinceridade do amante.

— E onde vocês estavam hoje na hora do almoço? 

— Estávamos juntos no Coffee Center, escondidos, porque ela tem um noivo e não seria legal que fôssemos pegos, a mídia faria um alvoroço gigantesco.

— Eu aceitei a proposta. — ela murmurou, chateada ao ter que se render. Gostava de fazer as coisas do seu próprio jeito, afinal. — Não é como se eu odiasse o Jeon. Só estava ressentida com a decadência da minha vida e optei por culpá-lo. Mas é melhor ser como o Kyu disse: uma concorrência honesta. Vamos lá, eu não tenho nada contra o Park. Não tenho motivos algum para sequestrá-lo ou até ficar brincando de mandar ameaças ao Jeon. E eu não esqueci que tentaram me culpar por isso sendo que naquele dia eu mal me aguentava em pé de tão bêbada, não faço ideia de quem me entregou aquela porra. Deviam investigar é a sem noção da Alisa, ela vivia especulando sobre o guarda costas. Até de mim ela tentou tirar o que eu sabia sobre ele.

— Oh, é mesmo. Eu gosto da Alisa, é uma boa garota, mas esse comportamento começou a ficar muito estranho. Ela pergunta para todo mundo sobre o Jimin. Só não teve coragem de chegar no Jungkook. — disse o empresário.

— Tragam a senhorita. — pediu aos demais agentes. — O detector de mentiras não está acusando nada. Para conferir o álibi, vocês têm alguma prova de que estiveram no Coffee Center?

— A nota de pagamento. — ele lembrou, pegando o papel e entregando à Jin que analisou e viu que eles falavam a verdade. 

— Liberados.

Jungkook estava aflito andando de um lado para o outro. 

— Mas você não lembra de nada? — Taehyung voltou a questionar.

— Eu já disse a placa do carro, o perfil dos homens que pegaram o hyung e o perfil do motorista. Não tem mais nada na minha mente.

— Não ajudou em nada, podem ser quaisquer sequestradores, o carro é alugado e o retrato falado nos levaram a um cara morto!

— Não grita comigo, estou aflito quanto você!

— Sobre o que estão discutindo? — perguntou Jin, trazendo uma folha na mão. 

— Eles estão nervosos por não acharem nada relevante sobre o sequestro, o que é isso? — Jihee o tomou o papel, era o relatório sobre o interrogatório. 

Seokjin explicou o que conversou com Kyu e Hyuna, e que eles não tinham nada haver com o assunto. 

— Talvez aqueles dois estejam tentando se safar. — sugeriu Kim, apontando para o vidro que mostravam Yugyeom e Hansol lado a lado no sofá de uma das salas aguardando serem dispensados. — Eles vieram até nós logo de início, fora que são os suspeitos que estão no topo da lista do Jimin.

— Faz sentido. — concordou a mulher.

— Voltaremos neles se necessário, agora sei de algo interessante sobre a estilista do Jungkook, pedi para trazê-la. 

— Alisa? — questionou o moreno. — Mas ela é um amor de pessoa. 

— Pode parecer que sim, porém, ela anda fazendo perguntas demais. Só quero ver o que sua queridinha tanto quer com Jimin. Falando nela... — a viu sendo escoltada até si. — Boa tarde, senhorita. 

— O que eu estou fazendo aqui? Se me tiraram do meu banho no SPA, espero que seja para uma boa coisa. — riu bem humorada como sempre.

— Park Jimin foi sequestrado e você acaba de se enquadrar como uma possível suspeita. 

— Oh... Ele... Caramba! — colocou a mão sobre o peito, rapidamente buscando Jungkook com o olhar. — Você está bem? 

— Eu vou ficar depois que trazermos ele de volta. Se você sabe de algo, por favor, fale. Não minta para nós, Ali. — pediu, agoniado, rezando para ela não ter nada haver com isso.

— Você sabe que eu sou sincera. Eu não sabia disso até o prezado momento. Eu sinto muito, de verdade. Posso afirmar com certeza absoluta que não tenho nada haver com isso. Aqui, podem confiscar meu celular. — entregou o aparelho. — Ontem eu passei o dia todo no ateliê fazendo meu novo projeto de verão, pergunte a Eun, minha ajudante. Hoje terminamos e eu fui direto para o SPA.

— Confirmem. — Jin pediu a Jihee que estava com outros rapazes e moças bons de tecnologia, pegando informações de câmeras de segurança da empresa onde a estilista trabalha, assim como fizeram com os suspeitos passados, analisando as mensagens do celular dela e fazendo algumas ligações para confirmarem. 

— Ela está limpa. 

— Coloque o identificador. — ordenou, sendo obedecido. — Só tenho algo a te perguntar. Por que você quer tanto saber mais de Park Jimin? 

— Eu só perguntei ao Kyu, a uma ex do Jungkook que ele tinha comentado que ficou com o Jimin e algumas fofoqueiras da empresa. Queria ver se o conhecia de algum lugar pois tive essa impressão quando o vi pela primeira vez. E apenas não questionei ao Kook para ele não ter paranóias de que eu poderia estar a fim do cara dele. 

— Eu disse que ela era um amor. Não sei porque Hyuna e Kyu hyung quiseram jogar a situação para cima dela.

— Ah, isso é fácil. Até eu que não sou experiente nessa de investigações já percebi a intenção. Eles sabem que Hansol sempre esteve no topo das coisas que estavam acontecendo contra você, só quiseram tirar o foco dele. 

— Bonita e inteligente. Se eu não fosse um gay, casado, e você comprometida, me casaria com você! — falou Jin. 

Ela negou, rindo.

— Agente Conner, algeme aqueles dois que eu terei uma conversinha em particular com eles. 

Entretanto, antes de ir até os dois, Seokjin foi chamado de volta por Jihee.

— O Jimin oppa acaba de ativar seu Seamaster Planet Ocean! 

— O que? O relógio do 007? — questionou Alisa de cenho franzido.

— Jin mandou fazer inspirado no original e deu para seus agentes mais especiais. Ele é, aparentemente, um relógio comum, mas na verdade é um gadget cheio de tecnologia. Tem rastreador, GPS, um botão de conexão com a base que disponibiliza microfone e áudio, além do Calibre Omega 2500 com escapamento co-axial, resistência de até 600 m sob a água e outras coisinhas a mais. — Jungkook e Alisa, que não conheciam o apetrecho, ficaram de queixo caído com a explicação de Taehyung.

— Agora silêncio para que possamos ouvi-lo! — mandou Seokjin.

Park, após uma hora e alguns minutos, despertou. Seu nariz estava irritado pelo cheiro horrível ao qual conhecia: clorofórmio. Era o clássico dos vilões para apagar as pessoas, no passado usou muito para abater suas presas. 

Piscou, se sentindo desnorteado, concluindo que usaram muito do tal para que ele permanecesse dormindo. Porém, aos poucos foi retomando a consciência completa e recordando o que havia acontecido. A primeira coisa em seu pensamento não era o fato de estar amarrado em uma cadeira num quarto escuro e mofado, foi o questionamento de onde estava o seu Jungkook.

Não conseguia acreditar que aquela merda havia acontecido justo no dia do primeiro encontro deles. Agora que estavam bem e talvez fossem se entregar completamente ao sentimento verdadeiro de amor que só tende a crescer essa porra vem para atrapalhar. Sem sequer esperar que ele dissesse as três palavrinhas. 

Bufou. 

O pior é que não tinha ideia de quem poderia ser a pessoa a qual lhe jogara naquele lugar. Será a mesma das ameaças? Se for, ela havia se cansado de brincar e resolveu agir. Agora se fosse algo especificamente contra si não sabia pelo o que esperar, afinal, todos seus possíveis inimigos estavam mortos ou presos na Coreia. 

Suspirou. 

O que estava achando mais frustrante é não ter ideia de onde se encontrava o seu amado. Prometera o proteger e ainda pegar o malfeitor, mas estava ali sendo impedido, preso pelo vacilo de não ter sido mais cuidadoso. 

Analisou melhor o ambiente, procurando por uma fuga enquanto tentava a todo custo se soltar. Como estava escuro, apertou os olhos tentando ver melhor. Parecia um quarto apertado e, Deus, estava sem uso há muitos anos pois aquilo fedia a mofo puro. 

Atrás de si havia janelas grandes, porém, bem fechadas com largas correntes e cadeados. O redor estava vazio. Em sua frente a porta semelhante a de uma enfermaria não parecia trancada e continha uma pequena janela no meio a qual trazia um pouco de luz para o ambiente. 

Onde diabos estava? 

Ao ver que não conseguia se soltar, apenas deu um jeito de apertar o botão de rastreamento junto do áudio para que a base conseguisse localizá-lo e também ouvi-lo.

Antes que dissesse algo, um homem apareceu. Era alto, corcunda, estava com uma máscara de Mickey - se é que podia chamar assim - e tinha uma mão mecânica com garras afiadas.

— Ah, finalmente te tenho onde sempre sonhei. — sorriu macabro.

— Se você é tão valente ao ponto de me sequestrar, por que esconde o rosto? Tem medo das consequências? — provocou.

— Você deve estar com saudade de me ver, Jimin. — saiu da sombra, retirando a máscara. 

O coração do loiro acelerou pra caralho. Aquele rosto estava deformado mas ele conhecia bem. Bem até demais porque aquele havia sido um dos principais demônios dos seus pesadelos.

— Park-Lee Jaemyung. — disse e os presentes na base se surpreenderam. Menos Jungkook e Alisa que não entenderam o porquê até que o scanner trouxe o mesmo homem que o rapaz tinha visto dirigindo o carro e a notícia de como ele faleceu: 

A quinze anos atrás, num incêndio onde foram mortas sua esposa e suas três filhas, sobrando apenas um sobrevivente... Park Jimin. 

Ainda assim mulher continuou sem entender pois não conhecia a história de vida do guarda costas, nem havia notado os detalhes do rosto do homem para dizer se o conhecia ou não.

— Você não estava ardendo no fogo do inferno? 

— Voltei por você, queridinho. — sorriu sarcástico. — Ah, eu esperei tanto por esse momento!

— Para mim é insignificante. — atacou.

— Cala a boca! Deus, eu nunca suportei sua voz! 

— Eu nunca suportei você.

— Anda corajoso, garoto. Vamos ver se ainda continuará assim quando eu acabar com você. Mas pensando bem, isso seria fácil. Vamos acabar com o seu namoradinho primeiro. 

Antes que ligasse as câmeras do porão, Jimin voltou a falar, mesmo que nauseado por estar frente a frente com o pai que sempre lhe espancou e tratou como inútil no passado, buscava se manter firme. Aliás, sabia que devia arrancar todo o discurso de vilão dele para que fosse gravado por Jin e usado contra o homem no futuro.

— Esse é o seu plano? Torturá-lo para me atingir? Essa é a sua vingança? Pois saiba que eu perdi tanto quanto você. Eu sofri com a morte delas, sabia? Sofro até hoje. E você se finge de bobo mas no fundo reconhece que eu nunca fui culpado. Não adianta querer jogar tudo nos meus ombros pois desde o início eu não pedi para vir do esperma daquele merda! Eu era só uma criança inocente, querendo seu amor, a sua atenção e você me espancava e humilhava! Fez eu acreditar que o incêndio que matou minha família foi minha culpa, mas não fui eu! Aquelas mortes não estão nas minhas mãos. No fundo você sabia. Mas queria alguém para culpar para não ter que olhar os próprios erros. Onde você estava quando aqueles caras entraram e atearam fogo em tudo? Ah, claro, você estava com a sua amante! 

Um tapa estralado, justo da mão que continha garras, fez com que o rosto dele tombasse para o lado, logo sangrando. Ardeu. Porém, Jimin não demonstrou. Sua alma doía por se ver frente a frente com um passado assombroso, mas negava a se deixar abater.

— Seu desgraçado! Você sempre destruiu minha família! Quem devia ter morrido era você! — respirou fundo, se recompondo. — Mas tudo bem. Eu consegui salvar ao menos uma das minhas preciosidades, formá-la e vê-la feita na vida, sendo feliz com outra identidade. Assim como eu. Me tornei Min Whan e construí uma vida de sucesso. Já você... Você continua um lixo inútil!

— Min Whan... — repetiu Jin. — Ele é um grande empresário no Japão e em New York mas sempre está atrás dos sócios, nunca se mostra. Vou procurar pela filha vai que a-

— Não precisa procurar. — disse Alisa com uma sensação horrível no peito e olhos extremamente arregalados. — A filha dele sou eu.

— Depois do acidente eu esperei o tempo que tive de esperar. Fiquei muito bem escondido até o sacana do seu avô saísse da presidência dessa porra de agência porque para ele seria fácil reconhecer minhas jogadas. Enquanto isso, eu te seguia nas sombras. E admito que dei uma ajudinha para a morte daquele filho da puta acontecer. Foi a única vez que rezei por sua vida e torci por você. Para que futuramente, quem acabasse com ela fosse eu. Eu esperei. Acompanhei seu namoradinho também e quando vi a oportunidade dei o bote. Chaeyeon não passa de uma interesseira, não é? Mas ela não é nada boba. Estava em todos os lugares, captava cada informação para mim e ainda espalhava todos os bilhetinhos misteriosos. Ela é tão esperta que envenenou o tolo do Hansol para ele ficar ainda mais contra Jungkook, fazendo vocês focarem somente nele e em suas infantilidades. Tão idiotas. Perdidos como baratas tontas. 

— Kim Seokjin investigou todos os staffs, por que não apareceu nada contra ela? — perguntou a fim dele confessar seus feitos.

Enquanto era gravado, Seokjin e os demais ouviam tudo, agora no carro, indo ao resgate do loiro.

— Fácil demais para um ex militar. Eu ocultei todas as informações possíveis por isso mesmo, querendo que vocês não encontraram nada. Eu sou demais, não? 

— E o Jungkook? Como o envolveu nisso? Por que ele? 

— Estava claro que você e aquele modelinho nunca esqueceram um do outro. Vocês tinham um passado que os fariam se envolverem facilmente. Foi apenas uma carta na manga, uma pequena jogada incerta que deu muito certo. Ameaçá-lo fez o tio dele te colocar na cola dele e era só o que eu queria para continuar. Eu sabia que com o foco de todo mundo naquele garoto, você ficaria vulnerável. E eu esperei vocês estarem nesse amor cheio de viadagem para dar o bote. Tolos apaixonados. Vocês nem ao menos esperavam por isso, não é? Foi bom demais fazer vocês se reencontrarem, apegarem de novo um ao outro como os dois idiotas que são, e vai ser melhor ainda fazê-los sofrer! Vocês estão nas minhas mãos, vou fazer o que devia ter feito há anos com você, seu bastardo de merda! Você vai sofrer ao me ver acabar com aquele modelinho idiota e então eu vou te matar lentamente como devia ter feito desde o início!

— Me mata então! Mas deixa o Jungkook ir. Ele não tem nada haver com essa história! — gritou, nervoso, temeroso.

— Oh, ele tem desde que quis se envolver com você. Desde que te aceitou de novo, sendo burro para correr perigo pela segunda vez. 

E de novo, antes que ele apertasse o botão para que transmitisse o porão numa TV pequena que colocou em cima de uma mesinha - coisas que o Park mal reparou por estar envolto na sua dor -, foi interrompido. Não pela voz de Jimin mas pela porta sendo escancarada. 

O homem puxou a arma e apontou para o loiro, porém, tinham várias apontadas para ele também. 

— Pai, abaixa a arma. — uma voz feminina melodiosa foi ouvida.

— Filha? Mas o que? — seus olhos arregalaram de imediato.

— Eu estou aqui. E você não vai machucar o Jungkook, nem matar o Jimin. — ela apareceu, passando na frente de todos os agentes armados, se pondo entre o homem e o irmão recém descoberto. — Para fazer isso, terá que passar por cima de mim primeiro.

— A-Alisa? — o queixo do loiro estava no chão de tanta surpresa. 

Ela não disse nada, apenas continuou encarando o homem ao qual mal acreditou estar fazendo aquilo pois, para si, ele era bom. Sempre foi. Mas depois de ouvir aquela gravação sobre tudo o que o mesmo havia feito, seus conceitos mudaram drasticamente.

— Mas ele merece pagar pelo o que fez! Se nossa família está a sete palmas da terra, a culpa é dele! Foi por ele existir que o filho da puta desgraçado foi atrás dele, ferrar com tudo! Foi por ele que nossa felicidade acabou! É culpa dele que eu tenho essa aparência e você tem parte do corpo queimado! Ele é o próprio demônio! Merece ir para o inferno! 

Jimin ainda buscava se manter firme, não queria deixar aquele homem, aquela voz, ficar atrapalhando seus pensamentos, estragando sua mente. Não como antes. 

— Não fala essas coisas. Quer ferrar a cabeça dele? E você não vai matar o meu irmão! Ele não tem culpa de ter saído do esperma de seja-lá-quem-for que mandou assassinar a nós. Jimin é tão inocente quanto eu e você saberia disso se o enxergasse direito. Mas, agora que meus pensamentos estão claros, eu lembro que você sempre o detestou. Uma criança ingênua e pura. Você contribuiu para ele virar aquele adolescente rebelde. Você não o amou, só machucou. Então apenas pare com isso. Não o machuque mais. Não novamente. Abaixa essa arma e se entrega. Ou eu nunca mais olharei na sua cara! Mate ele que eu te enterro também, me ouviu bem? Você quer ter meu ódio, pai? 

O homem parou. Ele queria sua vingança. Mas não queria ficar sem a única pessoa que o trazia felicidade, que o fazia continuar vivo. Sabia que a filha não brincava com suas palavras então acabou abaixando a arma. Jihee e Taehyung o seguraram de prontidão.

— Podem levá-lo. — mandou Seokjin. 

Ele provavelmente ia ser mandado para um manicômio penitenciário para tratar aquela mente insana que era movida por um ódio irracional por Jimin e certamente vai responder por todos seus crimes, desde falsa identidade até o prezado momento. E como seu último trabalho dos perfeitamente bem feitos naquela agência, Kim irá se encarregar para que ele apodreça atrás das grades.

— Espera. — pediu, Alisa. Seu pai a olhou com uma esperança no olhar. — Peça desculpas.

— O que? Não! Você está louca?

— Papai, peça desculpas por ter feito mal ao Jimin e Jungkook. Vamos. Não temos o dia todo! 

— Desculpa. — disse baixo.

— Não ouvi. — ela cruzou os braços.

— Desculpa! 

— Não foi verdadeiro. Se você pode criar altos planinhos, pode muito bem fazer um pedido direito.

— Desculpa. — pediu de cabeça baixa.

— Podem levá-lo agora. — se virouirou para o Park que estava sendo solto pelo Kim. — Eu sinto muito por toda essa situação. Não fazia ideia de nada disso. Ele nunca me disse sobre família e muito menos que você ainda existia, Jimin-ssi.

— T-tudo bem, eu não sabia sobre você. Ele... Ele te salvou? — massageou os próprios pulsos, a olhando.

— Ele conseguiu tirar somente a mim de lá e comprometeu quase o corpo todo por isso. 

— Eu não me recordo... Você está diferente. — era incrível como teve a sensação de conhecê-la logo no primeiro instante em que a viu e era surreal como seu coração estava acelerado nesse instante. — Qual delas é você? 

— Não lembro do meu nome. Mas eu era uma gêmea sapeca. — sorriu.

— Sohui? Oh! Eu... Não sei o que dizer. — coçou a nuca, todo atrapalhado. Era um misto de emoções muito loucas.

— Só me abraça que eu sei que você quer. 

Jimin o fez, forte, sem acreditar que, dessa vez, conseguiu algo tão bom de uma situação ruim. Tanto que ele estava chorando emocionado, sem sequer ligar para o lado do rosto arranhado que ardia como o inferno. Nunca pensou que poderia se sentir assim de novo. Era um sentimento tão alegre, familiar, tão gostoso e satisfatório. Riu em meio às lágrimas. 

Jungkook observava ao longe também cheio de lágrimas, mal acreditando que aquilo estava acontecendo. Finalmente uma felicidade a mais à Park Jimin!

— Eu te amo. Muito. — disse, sentindo uma alegria indescritível. 

Era como se todas suas dores fossem jogadas fora com aquele abraço. Sua irmã estava ali. Isso era como encher seu peito de sentimentos extraordinários e ter, ao menos uma parte, do seu coração de volta.

— Imagino que sim. Eu também te amo, oppa. Nunca esqueci de você ou das nossas irmãs. Menos ainda da mamãe. Mesmo que ele tenha me feito ignorar essa parte por um tempo. Por favor, não se culpe pelo o que houve, sim? Foi uma fatalidade causada por um cara mau que você nem fazia ideia que existia. 

— Mas eu-

— Mas nada. Não vai ser verdade se você não deixar que seja. Não permita que te culpem por algo que você não deve. Tira esses pensamentos da cabeça, ignore tudo o que Whan, Jaemyung, te disse hoje ou antes. Você é bom. Ainda continua o mesmo irmãozão que eu sei. Sua essência está aqui, não importa pelo o que tenha passado, isso te fortaleceu e eu vejo isso. Você vê? — ele assentiu. — Então pronto. Você sabe da verdade. Ninguém vai te afetar se você não deixar. E agora com o papai preso, não tem mais o que temer. Só vamos ser felizes e recuperar o tempo perdido.

— Você está bem com essa coisa do Jae... Whan ser preso?

— Sim porque acredito que cada pessoa deve pagar pelos seus atos. Ele fez algo ruim, está recebendo a consequência disso. — deu de ombros. — E você? Está bem? 

— Nada que algumas visitas a terapeuta e um antisséptico não resolva. — brincou, com um fundo de verdade, a fazendo rir. 

— Jimin hyung. 

— Jungkook! — se virou.

— Hyung! — pulou nos braços dele, o abraçando. — Hyung, você está bem? Seu rosto dói muito? 

— Eu estou bem. Não se preocupe comigo, você-

— Está tudo certo comigo. 

Ele fechou os olhos, deixando suas testas coladas, agradecendo aos céus por Jungkook estar a salvo. O rapaz também agradeceu por Jimin estar bem, dentro do possível.

— Me desculpa fraquejar. Eu estava aéreo naquele momento. Nem consigo imaginar o que você passou. 

Jeon segurou o rosto dele entre as mãos.

— Não se desculpe, hyung. Eu estou bem. Você está bem. É isso que importa, ok? Eu não quero te perder depois disso. Promete que não vai me deixar? Que seja qual trauma tivermos, vamos passar por ele juntos?

— Sim, eu concordo. Eu não vou te deixar, Jungkook. Como poderia se... Se eu te amo? — foi até engraçadinho a forma que os olhos grandinhos ficaram maiores e a boca desenhada se abriu. — Era por isso que eu estava aéreo no nosso encontro, eu estava pensan- — ele o interrompeu usando todo seu sentimento amoroso naquele beijo que, inclusive, demorou a findar. 

Era como se não tivesse nada ao redor deles e seus corpos fossem banhados com uma emoção genuína que só quem ama pode dizer. Aquilo já não era mais uma simples química, apego ou uma paixão avassaladora que nubla os sentidos. Era grandioso e esplêndido. Eles, finalmente, estavam amando. 

— Wou! — murmurou o hyung, ofegante ao findarem o ósculo. — Depois dessa acho que nem precisamos de palavras, uhm?

— Mas eu quero. — sorriu largo, livre, apaixonado. — Eu te amo, Park Jimin. E "eu vou sempre, com toda força, verdadeiramente, completamente, amar você!". — o guarda costas sorriu com a referência à Simplesmente Acontece, o filme favorito de Jeon. — Obrigado por me dar um amor de tirar os pés do chão, colorir minha vida e ainda pirar completamente a minha cabecinha. As duas. 

O guarda costas gargalhou e o abraçou, sentindo que aquele dia foi totalmente um misto de emoções mas que aquela, juntando com o reencontro com sua irmã, eram sem dúvidas as melhores!

— Ainda bem que tudo se resolveu. Estou muito feliz. Agora posso me aposentar. — eles também riram com Jin interrompendo o momento. — E eu não estou brincando. Já tenho até um substituto. — piscou para o loiro.

— Ah, sério? — Alisa ficou surpresa.

— Depois falamos disso. — foi só o que Jimin respondeu já que estava incerto sobre isso.

Então saíram dali e o guarda costas foi abraçado pelos amigos agentes antes de todos adentrarem os respectivos carros. 

— Jungkookie. — virou para ele que não demorou a lhe abraçar novamente. — Você está bem de verdade?

— Eu estou, e você? — o viu assentir. — Que bom. Com o fim disso, tomara que tenhamos paz.

— Acredito que teremos, sim. Agora eu poderei te dar muito mais que todos os encontros possíveis! — sorriu animado, causando um sorriso ainda maior no modelo.

Jornal da noite:

O modelo sul coreano Jeon Jungkook e seu guarda costas foram raptados nesta amanhã de sábado no meio de um encontro íntimo no Echo Park. Após horas de sumiço foram vistos retornando para a casa do modelo em Los Angeles - Califórnia onde se encontram e passam bem. — informou o jornalista.

O sequestrador, Min Whan, dado falecido a quinze anos num incêndio como Park-Lee Jaemyung, foi preso, assim como os comparsas, a staff Oh Chaeyeon, o segurança Ramon Peterson e seu irmão Cody. — continuou a parceira.

Fontes dizem que Jungkook foi salvo pelo serviço secreto da agência de investigações de seu tio Kim Seokjin e este, juntamente com a estilista Min Alisa, a quem era irmã de Park Jimin, salvaram o guarda costas que, por curiosidade, já foi visto em cenas suspeitas com o modelo. Os fãs supõe que eles tenham um possível namoro. 

A estilista, era filha de Min e também foi dada como falecida a quinze anos como Park-Lee Sohui no incêndio. Esse incêndio foi uma atentado ao qual matou Park-Lee Jinsoo e suas duas crianças Eunji e Yura, que inclusive, era gêmea de Alisa. A polícia acreditava que ela e o pai também estavam mortos e somente Jimin teria sobrevivido por estar num centro de lutas com os colegas praticando boxe. — disse ela.

O caso deu por encerrado mas será reaberto após a descoberta da lei burlada pelo homem. A estilista será investigada e Min Whan já está preso e pagará por seus crimes. 

No final, o que importa é que essa história teve um final feliz.

— Sim, graças a Deus, todos estão a salvo e tudo terminou bem.

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