24. Emoções pt. 1

➼ Chegamos aos últimos capítulos, altas revelações e tretas. Corações preparados?

➼ O capítulo estava pequeno, fui escrever só uma coisinha incrementar e acabou surgindo uma baita cena nova, espero que gostem :D

➼ Boa leitura! 

· · • ⊱✿⊰ • · 

Capítulo 24 - Emoções parte 1

— Jimin-ssi! — Jungkook gritou. — Hey, espera!

Porra, não acredito que ele está fazendo isso. — resmungou Yugyeom. — E ainda desligou.

Park Jimin, não se meta no meio desses caras! — a voz de Zendaya soou como uma ordem que foi ignorada.

Mulher, eu disse que ele desligou, não escuta nem vai responder a gente. 

Mano, vai dar merda. — disse Hoseok.

Ah, não. Jungkook, você também não. Volta aqui, porra! — exclamou Yoongi, vendo o personagem correr para a zona de perigo indo atrás do outro.

— Ele não chegou lá ainda, vai dar tempo de criar uma estratégia, eu só preciso alcançá-lo. Quem de vocês já morreu?

Eu

— Manda uma mensagem pra ele no chat, Hobi. Pede pra se esconder e me esperar.

Tarde demais.

A imagem seguinte foi eles sendo rodeados pelos inimigos. Houveram tiros para todos os lados, o guarda costas estava matando um por um, mas enquanto isso o seu grupo também morria. Ele foi o último a ser baleado, então veio o game over. 

Jeon tirou o headphone, caminhando nervoso até o quarto ao lado - pediu para arrumarem na intenção de que jogassem aquele jogo juntos pelo computador - entrando e gritando:

— Jimin-ssi! Não é assim que faz. Eu já te falei, você não pode ir na frente enfrentando todo mundo assim!

— O objetivo é eliminar o grupo de inimigos. — soou certo do que dizia.

— Mas era momento de recuar e pensar em uma estratégia para pegarmos eles desprevenidos e você foi lá para o meio dos caras! — exclamou bravo, a expressão séria, como se pudesse entrar em uma briga com o hyung por causa de uma, na visão deste, bobeira de jogo. E ele queria entrar em briga com Jungkook, precisamente numa luta corporal sem roupas onde sairia ganhando, ganhando muito bem.

— Eu estava com uma arma muito foda, matei dois deles.

— E foi pego pelos outros dois que tinham uma estratégia e certamente mantiveram ela pra acabar conosco! Eu te pedi pra esperar, pra recuar, você não me escutou. Como poderia? Até desligou o áudio! 

Sua irritação só fazia as fantasias do hyung fluir. Estava imaginando ele lhe fodendo com fúria ou sentando em seu pau com todo ódio. Seria uma foda selvagem, intensa, tudo o que desejava.

— Parece você no passado. — o encarou, segurando o sorriso sacana, provocando para tirá-lo ainda mais do sério. Gostaria de ver até onde ele iria.

— Pegou pesado agora. — falou, sem humor.

— Eu te disse que me colocar em um computador pra jogar não daria certo. Eu só sei jogar vídeo game porque você me ensinou anos atrás e nem é online. A culpa é toda sua. — as palavras dançaram em sua língua, saindo como o veneno de uma cobra.

— Ah, seu filho da puta! — xingou diante disso, também daquele olhar cínico. 

— Vai fazer algo sobre isso?

— Vou te tirar da partida. Não vai mais jogar com a gente. — deu as costas, se negando cair naquela provocação tola, saindo do cômodo com passos pesados.

— Ah, Jeon. — murmurou, abrindo um sorriso maldoso. — Resposta errada.

Cerca de quinze minutos depois que o modelo retomou ao jogo com seus amigos e estavam se divertindo sem perder fácil como antes, o guarda costas adentrou o quarto sorrateiramente assustando Jungkook ao girar sua cadeira, ficando inclinado na direção dele com as mãos apoiadas nos encostos.

Trajava apenas a cueca, a camisa que estava com os botões abertos, a gravata solta e em ambos tornozelos coldres mas que estavam descarregados, sem armas. 

Dava para ver suas inúmeras tatuagens espalhadas por todo corpo musculoso e, claro, os piercings sexys nos mamilos. Em sua face os olhos tinham uma energia intensa, predatória, e nos lábios um sorriso maquiavélico.

Sentou no colo do rapaz, tomando sua boca em um beijo quente e desejoso, que esquentou seus corpos. Em um momento afastou, sorrindo ainda mais ao ver o quão ele ficou entregue.

E Jeon estava boquiaberto.

— Já que você é o fodão, quero te ver ganhando essa partida. 

O moreno estreitou os olhos.

— Quer apostar? 

— Claro, será ótimo te ver perder e fazer o que eu mandar. — dessa vez fez força com o pé para girá-los, deixando a cadeira na posição anterior, tombando a cabeça para o lado para que o dongsaeng visse a tela, a enfiando na curvatura de seu pescoço que só com a respiração se arrepiou.

JK? — a modelo o procurava para todo lado. — Cadê você?

— Vamos, JK, responde a sua querida amiga. — seus dentes rasparam na pele sensível, mordendo, e totalmente sem jeito ainda que queria se manter firme ele apertou o botão do áudio. 

— Estou aqui. 

Aqui onde? Nem parece que ainda está no jogo. 

— Aqui. — saiu do esconderijo, por sorte estava nele e pôde ficar protegido até agora.

O que estava fazendo? — perguntou Hoseok, afinal, ele raramente desaparecia em uma partida.

— Eu esta-tava — gaguejou ao que o cretino rebolou lentamente em cima do seu colo. Teve que se mutar de imediato. Sorte pois Jimin lambeu do pescoço até sua orelha onde mordeu e envolveu um dos piercings com a língua. — Ah.

— Vencer estando tão sensível a mim assim? — soltou uma risada maldosa. — Você é uma piada.

Jungkook? — chamou Yugyeom.

— Eu estou aqui. — sentido pela provocação, não gaguejou de novo. — Tinha ido beber água.

Você sempre deixa uma garrafa do lado...

Agora não temos tempo pra isso. — interrompeu Yoongi. — Eles estão nos cercando, o que faremos, capitão?

Era praticamente impossível de pensar em uma estratégia, de agir com seu personagem, tendo aquele maldito gostoso rebolando em seu pau, lhe chupando e mordendo para todo lado enquanto ria prepotente. 

— A mesma.

— Responde e joga direito, se não eles vão suspeitar. 

— Então sai. — arrumou forças de sabe-se lá onde para levar uma das mãos na cintura dele, o empurrando.

— Tá bom. — estranhou a facilidade que ele o fez, mas percebeu o porquê no minuto seguinte enquanto explicava aos amigos o que fariam. 

Park se abaixou entre suas pernas, puxando a calça folgada de moletom que era a única coisa que vestia, e simplesmente caindo de boca em seu pau.

— Porra! — exclamou, com o áudio desligado, quase levando seu personagem para o lado errado por ter ficado desestabilizado.

Difícil… Muito difícil. Praticamente impossível ter todo o foco e concentração naquela porra diante de Park Jimin. O safado estava lhe chupando tão bem, às vezes esfregando aquela língua com piercing em seu pau, às vezes o engolindo, mantendo um vai e vem lento e torturante, permitindo sentir todo o calor e umidade daquela cavidade, às vezes sugando a glande tão deliciosamente… Seu corpo reagia sentindo as sensações gostosas do boquete, porém, a mente bugava por não saber em quê prestar atenção: no prazer ou no aflito jogo.

JK, tem um homem com você! — exclamou a modelo.

— Ele está na minha frente. — murmurou, fitando os olhos intensos do Park com os seus que esforçava para manter abertos. 

— O que? Está viajando? Ele vem atrás. 

— É melhor você jogar direito ou eles vão desconfiar. — sugeriu com seu sorriso sacana.

— Você é um desgraçado.

Porra. Entra no carro! — gritou Yoongi ao ver outros se juntarem ao inimigo.

— E você adora esse meu lado. — com os olhos conectados fez o favor de novamente cair de boca. 

Jungkook fechou os seus por alguns segundos, gemendo com o ritmo que só foi aumentando. 

Jeonie, o carro! — Hoseok também o chamou.

Ele "acordou", voltando ao personagem, entrando no veículo ao qual Yugyeom dirigia com pressa a fim de levá-los para longe do perigo.

Nesse meio tempo, segurou a nuca de Jimin, movendo o quadril para cima, fodendo a boca dele.

— Caralho. É tão gostoso. Sua boca é… Uhm… Uma delícia. 

Toda aquela situação de estar jogando algo conflitante, que dava adrenalina, e estar em call com os amigos enquanto estava sendo chupado tendo ainda mais emoção, era excitante demais. 

Seus amigos chegaram onde queriam para abastecer as armas, porém, não tinham um Jungkook lhes ouvindo. Ele continuava a ondular o quadril pois estava sentindo o calor lhe dominar, seu corpo pedir por cada vez mais, queria gozar, precisava vir, foda-se jogo, foda-se a aposta.

— Ah! Jimin… Não! — exclamou, abrindo os olhos, todo perdido ao ser interrompido, se deparando com o sorriso sacana do parceiro.

— Você não está se esforçando o suficiente para ser um bom jogador. 

— Foda-se. — o pegou pelo maxilar, puxando para cima, se pondo de pé e o levantando. — Você fez o que queria enquanto eu não podia revidar, agora vai me pagar, desgraçado.

Jimin alargou o sorriso, satisfeito, afinal, ia ganhar o que queria. 

A confirmação veio quando Jungkook lhe levou até a cama, empurrando, o fazendo cair em cima do colchão. Ele pegou uma camisinha na escrivaninha, as mantinham por perto em todos os lados agora que estavam agindo como dois coelhinhos. A colocou, voltando a cama, afastando suas pernas com brutalidade e se enfiando no meio delas. 

Ele puxou a gravata, trazendo o rosto do hyung para bem perto.

— Você parece uma garotinha querendo atenção do namorado. — debochou.

— Não vejo problemas nisso.

— Pois eu vou te punir como eu acho que eles deveriam fazer em casos assim.

Puxou o nó, desfazendo, pegando o item e amarrando nos pulsos do guarda costas que deixou, afinal, aquilo era divertido.

Park foi virado, tendo as costas abaixadas, o quadril erguido. O rapaz tirou os coldres que estariam mais sexys se estivessem com as armas, indo até as costas e expondo a língua, a usando caminho abaixo até a base da coluna, arrepiando o parceiro e no fim tirando sua cueca preta. 

Agarrou as bandas daquela bunda farta, apertando, movendo elas, então abrindo, levando a língua e se surpreendendo ao sentir gosto de lubrificante, caindo na real.

— Você… Você planejou isso? Fez de propósito, Jimin-ssi? — ouviu uma gargalhada. — Você não presta. Agora sim eu vou acabar contigo.

Se livrou da calça que vestia, levando o pau lá para dentro, colocando sem delicadeza. 

— Merda. — o loiro grunhiu, franzindo o cenho porque por mais que estivesse lubrificado, o incômodo inicial existia ainda mais naquela posição.

— É pra você aprender a não dar uma de espertinho comigo. Eu sou muito bom com você, hyung. Mas dessa vez vou passar longe disso. 

Park olhou por cima dos ombros como podia, mantendo o sorriso prepotente.

— É uma promessa? 

— Filho da puta! 

Agarrou a cintura dele com força, puxando para trás enquanto arremetia para frente, acelerando, indo forte, fundo e rápido, vendo o corpo tatuado ser jogado de acordo com os movimentos. 

O primeiro tapa pegou o loirinho de surpresa então lhe arrancou um gemido alto.

— É disso que canalhas como você precisam.

— Jungkook… Ah! — tinha uma provocação na ponta da língua, mas a perdeu ao ter três tapas seguidos. Porra. Aquilo ardia, mas era gostoso, fazia seu pau pulsar pra caralho. Não suportaria aquilo vindo de ninguém, porém, aquele garoto sempre teria uma exceção em vários aspectos de sua vida.

Com o tempo, Jeon foi diminuindo as palmadas, afinal, a bunda já estava toda vermelha de ambos os lados. Mas não poupou os apertos na cintura.

Ia ficando ofegante e o mais velho gemia cada vez mais. Se o ritmo estava intenso, as sensações também, o que estavam os deixando fora de si desejando apenas atingir os ápices.

Jungkook puxou Jimin pelo pescoço que se sentiu pulsar com esse ato, deixando a mão ao redor dele e a outra ao pé de sua barriga, o mantendo ajoelhado, metendo com toda suas forças.

Seu ex-vizinho rolava os olhos diante daquela brutalidade raramente vista no parceiro, sentindo tudo dentro de si estremecer de tesão e prazer e clamar para gozar.

No entanto, o moreno não deixou. 

Saiu de dentro dele, o virando na cama para deixá-lo de barriga para cima, tendo os braços esticados com as mãos ainda presas. Sentou em seu peito, o imobilizando, sorrindo com malícia.

— Você estava gostando tanto de me chupar naquele instante… — tirou a camisinha, a jogando para o lado. — Que agora eu vou gozar na sua boca.

Recebeu um olhar tão intenso que era como se o hyung pudesse ver sua alma. O rosto dele estava rubro, o cabelo bagunçado, e a respiração ofegante. Lindo. E não se encontrava tão diferente dele.

— É? — sorriu provocante. — Você é foda, não é, bebê? É um bom jogador, ótimo modelo, o único que consegue me deixar nessa posição tão submissa.

— Claro que sim. — disse, se sentindo orgulhoso.

— Então faz o seu Jimin-ssi se engasgar com a sua porra. 

— Ah — soltou o ar, surpreso, sentindo a provocação lhe atingir em cheio.

Seu próximo passo não foi outro, colocou o pau dentro da boca safada, movendo o quadril, se sentindo tocar o tecido macio da garganta sensível como sua glande. Toda vez que estocava, Park prendia a respiração, ele era bom com detalhes então foi fácil captar o ritmo e se controlar para não acontecer nenhum incidente. 

Para si, era maravilhoso assistir um homem daquele porte, um porte completamente gostoso, em cima de si, expressando na face e em seus gemidos tanto deleite. Lhe dava tanto tesão que sentia que poderia gozar a qualquer momento, quem sabe acontecesse junto do moreno. Este ia se perdendo cada vez mais em sensações prazerosas, chegando perto… Muito perto… Perto demais de seu limite.

Seu corpo estava quente, o abdômen contraia, e sua mente vagava em um mundo de satisfação dizendo que estava próximo de atingir uma ainda maior, então continuava a mover o quadril, gemendo rouco. Gemeu alto quando veio. O orgasmo lhe atingiu forte devido ter sido interrompido anteriormente, fazendo seus olhos rolarem. Logo jorrou dentro daquela boca e garganta, enchendo com seu prazer.

Park engoliu como pôde, acabando por realmente se engasgar. Tossiu, se sentando. 

— Oh, hyung. Está tudo bem? — perguntou ofegante, se afastando e vendo que ele sorria safado.

— Eu estou ótimo. Mas vou ficar melhor se resolver isso pra mim. — disse, referindo ao seu pau duro e gotejante.

Jeon abriu um sorriso maldoso.

— Pois essa é sua punição. Vai ficar sem gozar.

— Vou o caralho. — com habilidade, desfez o nó da gravata em seus pulsos, pegando o dongsaeng pela cintura e jogando no colchão. — Já tive punição o suficiente. 

Esticou o braço, alçando a mesinha de cabeceira onde tinha lubrificante e um pote com várias camisinhas, a colocando rapidamente e espalhando o item em seu pau. Por algum motivo desconhecido o modelo achava isso sexy. Talvez por observar todas as curvas daquele corpo coberto apenas pela camisa branca aberta. Talvez pela pose toda cheia de ego que sabia o que estava fazendo. Ou talvez pelos dois fatos.

— Espera. — falou ao tê-lo entre suas pernas, as colocando ao redor de seu quadril. — Eu estou sensível.

— Isso era pra ser um problema? — sorriu ladino, se posicionando e empurrando. — Te garanto que será uma delícia. 

Eles gemeram juntos ao se encaixarem. 

— Vai devagar. Só um pouco.

O loiro assentiu. Ainda que seu corpo pedisse para ir rápido e gozar logo, manteve investidas leves. 

Aos poucos, Jungkook foi se acostumando com o prazer que voltava a dominar seu corpo sensível. Aliás, a sensibilidade fazia tudo parecer mil vezes mais intenso.

— Ah, Jimin-ssi… Uhm… Eu gosto quando você me come… É tão bom... — murmurou, a voz falha diante tantas sensações, o puxando com as pernas para ir mais fundo dentro de si.

— E sabe o que é melhor? — sussurrou em seu ouvido com a voz aveludada como se contasse um segredo.

— O q-que? — seus pelinhos eriçaram com ele falando.

— É que eu fui o primeiro a te dar esse prazer. — rebolou, fazendo o favor de acertar o pontinho de prazer, continuando a mover o quadril em círculos. 

Nisso o rapaz gemeu alto, inclinando a cabeça para trás ao que envolvia os ombros e apertava as coxas ao redor dele.

Park gemeu baixinho em seu ouvido, tendo a cabeça enfiada no vão de seu pescoço. Era muito prazeroso estar dentro daquele canal apertado e quentinho que lhe engolia tão bem e fazia delirar de prazer.

A fim de ter ainda mais deleite, aumentou o ritmo, saindo e entrando veemente sendo abraçado fortemente pelo parceiro sensível que gemia alto, sem pudor, lágrimas até escorriam em seu rosto, estava chorando diante de tantas sensações deliciosas que se intensificaram, os fazendo atingir o limite, dessa vez quase juntos. 

Jeon veio primeiro, se perdendo de novo no universo da pura excitação e prazer, seu corpo estremeceu, formigou e pulsou. Estava completamente embriagado de tanta emoção, tanto deleite, tanta euforia que quase soltou um "eu te amo" mas ainda bem que conseguiu segurar em prol de não cortar o clima e não os confundirem. Era surreal como Park era o único que lhe conseguia causar tais reações. Porra, chegou a chorar! 

O hyung, vendo ele se derramar lá embaixo e em lágrimas, ao que lhe apertava deliciosamente no interior, não aguentou segurar mais, gemeu, tendo um ápice tão satisfatório quanto.

Com a respiração pesada, fitou o rapaz embaixo de si, sorrindo ao ver o estrago que fez nele. Seus cabelos estavam os fios jogados para rumos aleatórios, úmidos, com a franja grudada na testa, o rosto corado, molhado pelas lágrimas, os olhos fechados pois não se aguentavam abertos e a boca entreaberta soltando o ar pesadamente enquanto o peito subia e descia ofegante.

— Eu amo te ver ficar tão cheio de prazer ao ponto de chorar. — murmurou, beijando sua bochecha, decidindo então limpar o escorrido com a língua.

Jungkook fez careta no processo mas no fim abriu um sorriso. Última coisa antes de apagar em um sono profundo porque seu corpo e mente estavam extremamente relaxados. Jimin se deitou ao seu lado, jogando a perna cima das coxas dele, agarrando sua cintura com o braço, também se entregando a um sono gostoso de pós foda.

Os garotos junto de Zendaya nunca souberam porque o amigo estava estranho e sumiu nesse dia.

📸

Jeon Jungkook estava bem. Bem, não. Estava ótimo!

Faziam dias que estava de férias, apenas curtindo o que gostava de fazer. Ninguém mais lhe aborrecia. Aquela paz estava maravilhosa. Se encontrava tão tranquilo e alegre, um estado de espírito que a muito tempo não ficava por conta das perturbações exteriores.

E, naquele dia, aproveitando o clima quente, estava em sua piscina, escorado na lateral dela, bebericando um vinho branco na presença de Jimin que estava sentado próximo a si, numa cadeira, apoiando os cotovelos na mesa coberta pela sombra de um guarda chuva embutido. Nos olhos dele havia um óculos de sol que o deixava mais charmoso e Jungkook se perguntava se ele não estava suando em seu terno costumeiro, mesmo que estivesse sem o paletó e as mangas puxadas até os cotovelos exibindo suas inúmeras tattoos que contribuem para sua imagem sexy e poderosa. 

Oh, achava impressionante aquela beleza! Trinta e poucos anos e o maldito se mantinha completamente atraente. Park Jimin era o pecado em pessoa.

— Vai me foder com os olhos? — sua atenção foi tomada ao ouvir daquela boca bonita a pergunta sarcástica.

— Ah, Jimin-ssi, queria te foder é com o meu pau, bem aqui na frente de todos esses seguranças. E a culpa é sua. Não mandei nascer tão gostoso e ainda fazer tatuagens, isso é, tipo, o máximo de tesão.

— Então minhas tatuagens te deixam com tesão? — sorriu, provocante, abrindo os botões da camisa para mostrar mais de sua pele.

— Você me deixa com tesão por inteiro. — mordeu o lábio, o fitando intensamente.

— Você não me deixa tão diferente. — piscou.

Enquanto o modelo degustava de sua bebida, Jimin retirou os sapatos e os coldres, puxando a barra da calça para cima e aproximando. Se sentou na beira da piscina, molhando os pés, com uma mão ergueu os óculos, podendo encarar as estrelas brilhantes dos olhos de Jungkook. E depois levou a mesma até o rapaz, percorrendo os dedos curtos e firmes o maxilar cortante, ergueu ainda mais do olhar dele para conectar melhor aos seus.

— Lindo. — elogiou, sorrindo. 

O mais novo também sorriu, exibindo os risquinhos próximos aos olhos e os dentes brancos, o que ocasionou um balançar em certo coração. 

Park sabia que a cada dia mais seus sentimentos por Jeon evoluíam para algo maior e completo, mas ele não achava ruim ou negava. Estava tranquilamente disposto a correr o risco de se entregar àquele sentimento ao qual veio mais forte do que no passado por não ter sombras negativas, causado só momentos bons que se incentivava - assim como a psicóloga - a apreciar. E agora possuía em mente que não há motivos para se segurar, o modelo é um ótimo pretendente a ganhar seu coração e até sua terapeuta concordava com isso.

No passo seguinte, o rapaz deu impulso com os braços, se sentando ao lado do guarda costas e oferecendo:

— Aceita? — lhe aproximou a taça. Ele assentiu, a pegando e virando de uma vez só. — Hyung!

— O que? — riu, lhe devolvendo o item vazio. — Se é para beber, beba direito.

— Está mais para direto. Mas, sabe, isso é vinho, não vodka.

— Tudo bebida. — deu de ombros. — Aliás, você me chamou de hyung. Depois de tanto tempo, que gracinha, ficou bonitinho. — sorriu, deixando seus olhos apertadinhos aparentes.

— Parou de se excitar comigo te chamando assim?

— É, ficou no passado. Você me provoca agora com Jimin-ssi. 

— Gosta de ser tratado como senhor, né, safado.

— Respeito dá tesão. 

— Concordo. Mas, me diz. — tornou a encher a taça. — Você ainda gosta de beber como antes?

— Como antes, não. Eu chapava para fugir da realidade e não era algo muito bom a se fazer. De todo jeito meus demônios interiores sempre voltavam, acho que agora aprendi a enfrentá-los. Mas ainda bebo moderadamente quando posso. Já você, estou admirado. Demonstrava não gostar de álcool.  

— Eu não sou apaixonado por isso mas de vez em quando me deixo levar. E esta é a minha preferida. — lhe mostrou a garrafa. — Meu pai sempre me manda caixas em datas especiais como presentes.

— Um vinho branco francês. Já vi que esse é caro. Mas esperava isso de você, bebê mimado. 

— Olha quem fala. Você também tem uma grana que eu sei.

— Mas eu não sou um mauricinho. Nunca tive ninguém para me mimar e continuar mesmo depois de crescido, como poderia ser? — sua vida era totalmente ferrada no passado.

— No caso você é o bad boy que conquistou suas coisas da própria maneira. Oh, é meio estranho falar isso agora que está praticamente sendo um herói.

— Eu? Herói? — sorriu meio incrédulo.

— Sim. Tio Jinnie me contou que você salvou todas as vidas que protegeu nesses anos, fora que está prestes a salvar a minha.

— Eu posso ser os dois então. Já viu Deadpool? 

Ele assentiu, rindo.

— Só tome cuidado que você não regenera. Nada de cenas bruscas que possam te ferir, tá bom?

— Preocupado comigo, Jeon? — deu um sorriso ladino.

— Como você se preocupa comigo, Park. — o selou o pescoço. — Vamos fazer algo divertido?

— Tipo?

— Um jogo de perguntas para nos conhecermos melhor. 

O loiro ergueu a sobrancelha.

— Sério isso?

— Sério!

— É tão colegial e nós sabemos o suficiente um do outro. 

— Ora, vamos lá. Há coisas que vão ser atualizadas. Qual sua comida favorita? — ele fez uma expressão safada.

— Você.

— Hyung! — jogou água no rosto dele. — Não é assim que se brinca!

— Para mim, é. — riu, jogando água de volta. O dongsaeng então o empurrou, fazendo com que ele caísse dentro d'água. Jimin emergiu, tirando os fios do rosto e jogando para trás. Sexy como sempre. — Você não fez isso, Jungkook-ah.

— Ah, eu fiz. — disse o olhando sapeca. — Quem mandou não responder dir- — antes que terminasse de dizer foi puxado, caindo ali também.

Os dois então começaram a brincar na piscina até cansarem. Depois tomaram um banho juntos - com direito a amassos - e deitaram nas poltronas da sacada do quarto do moreno, conversando e fazendo o que este queria: se conhecer melhor através de um jogo bobo de perguntas.

E quanto mais descobriam, mais viam o quanto estavam suscetíveis a continuar gostando um do outro. Porque eles eram opostos em inúmeras coisas, mas tinham várias em comum. Porque suas personalidades eram distintas mas conseguiam se acertar bem. O que tornaria o relacionamento, caso quisessem um, cheio de aprendizados com as diferenças, trazendo então uma sensação de estarem completamente realizados.

📸

Confuso. Era assim que o modelo se sentia. Para ser exato, fodidamente confuso.

Tudo porquê passar dias e dias ao lado de Jimin estava mexendo consigo de uma forma surreal e ele não queria crer que estava, novamente, caído por ele como no passado. Bem, não como no passado pois agora parecia algo mais… Complexo. 

Talvez seu coração já soubesse o significado de suas noites em claro onde fantasiava cenas com o guarda costas. Pior: cenas românticas. Talvez ele soubesse o motivo de seu sorriso se abrir toda vez que acordava e se deparava com aquele homem junto a si. Ou o porquê de seu peito ficar descompassado quando o beijava. Ou de estar tão feliz de vivenciar até as mínimas coisas com ele. Entretanto, a mente sempre necessita de um tempo para aceitar o que o coração já sabe. Por essa razão, se pegava pensando… Como saber se você está amando?

Jungkook outra vez dialogou consigo mesmo enquanto observava o corpo tatuado, nu, ao seu lado. Não queria saber como era estar apaixonado pois disso já havia provado e paixões, mesmo avassaladoras, tendem a serem passageiras ou até perigosas. Ele queria saber do amando tipo “Oh, eu amo você para sempre!”. Aliás, existe algum para sempre? Se sim, o dele era com Jimin?

Nos filmes de comédia romântica que estava acostumado a ver, existia. Mas também existiam finais trágicos nos dramas. Será que tudo, no fim, se resumia com a fala de Hazel Grace? Alguns infinitos são maiores que os outros? Poderia ser. Mas, então, o quão longo seria o de Jungkook? Isto é, caso estivesse em um. 

— Vou ao banheiro. — informou.

Capturou o celular. Se sentia um idiota por estar cogitando fazer tal coisa mas entrou em um site sobre relacionamentos. Seu histórico com curiosidade… Ela podia lhe passar um aperto de vez em quando, porém, não matava, não é? 

Sabia ser melhor procurar algum profissional para decifrar seu sentimento, mas o hyung sempre ia junto de si aos lugares, portanto, sem chances. Pedir conselhos a qualquer um deixaria claro de quem estava falando, não queria alvoroços, apenas descobrir o que se passava consigo já que aquelas semanas de férias estavam sendo as melhores e mais sentimentais, então procurar na internet parecia uma boa.

"Pegar-se olhando a pessoa fixamente…"

Oh, ele fazia isso. Muito. Afinal, Jimin era uma obra de arte feita para ser apreciada constantemente.

"Sentir-se bem ao lado dela…"

Ele se sentia seguro, confortável, satisfeito, muito bem.

"Não parar de se mover procurando contato com a pessoa amada…"

Totalmente. Buscava contato em todos os sentidos. Parecia que seu corpo clamava para tocá-lo, para ser tocado por ele, necessitava tanto que às vezes era insuportável principalmente quando tinham outras pessoas por perto e não podiam deixar claro seu envolvimento.

"Não parar de pensar nela ou associá-la a algo…"

Sim. Ainda mais quando o guarda costas estava de folga. Tudo o que via, fazia surgir ele na mente.

"Só querer ela para relações íntimas (sexo)..."

Jungkook é demissexual então isso é um fato. Ele só tem relações com quem sente uma conexão, uma intimidade, e se entrega de todas as maneiras possíveis além de manter por tanto tempo quando há sentimentos.

Bem, de acordo com o site, ele estava amando em 100%... O que poderia fazer sobre isso?

Voltou ao quarto, tomando o lugar de antes que era sentado ao lado do mais velho, puxou o braço dele, o fazendo lhe abraçar enquanto se aconchegava em seu peitoral cheiroso. Estava com medo. Medo de estar errado e machucá-los outra vez. Até porque um testezinho daquele era bem questionável. 

Poderia resolver a situação o chamando para sair? Assim, caso visse que era só um engano, pararia de se envolver. Mas se ficassem ainda mais íntimos e seus sentimentos continuassem desabrochando, aceitaria aquilo como verdade. 

Espera. Tem o fato de Jimin não vir a lhe corresponder. Porra! Agora sim estava com medo! O que faria caso descobrisse seu amor e ele fosse uma via de mão única? Certamente ser um Yugyeom não rolaria. Quem sabe sairia do país e… Ok. Sem precipitações. Um passo de cada vez. Primeiro tinha que convidá-lo.

O encarou. Lindo até olhando para o nada enquanto bebericava uma taça se seu vinho especial com a aparência bagunçada após o sexo que fizeram.

— Por que está me encarando tanto?

Jeon nunca saberia se não tentasse. Talvez fosse melhor arrepender de tentar, do que passar os dias lamentando nunca ter feito.

— Acho que a gente devia ter um encontro.

— Por que isso de repente? — deu uma risadinha, não acreditando na fala do moreno.

— Você comentou que depois que tudo passasse, poderíamos ter. E se eu quiser agora?

— Simples. Você terá agora.

Eu quero.

Então dali a dois dias os dois estavam se arrumando para o tal encontro. O primeiro oficial. Sem ninguém por perto. Seokjin disse que pelas ameaças terem sumido naquele mês, os dois podiam ter o tal encontro sozinhos desde que ficassem atentos. E ambos estavam nervosos.

— Oi. — disse Park, se aproximando. 

Estava sem o terno costumeiro, dessa vez vestia uma camiseta preta básica, uma calça skinny e um sapato social da mesma cor. Nos dedos alguns anéis, no pulso direito algumas pulseiras, no esquerdo um relógio especial revestido daquela cor escura e no pescoço correntes finas sendo uma dela de cruz. Já os cabelos loiros estavam repartidos ao meio.

— Wou! Você está… Wou! — o homem deu uma risadinha por deixá-lo momentaneamente sem palavras. — Simplesmente um gato!

— Do que está falando? — segurou sua mão, o fazendo dar uma rodadinha e mordendo o lábio ao analisá-lo melhor. Jungkook vestia uma camiseta branca solta por dentro da calça também skinny preta, nos pés um coturno da mesma cor, e suas orelhas estavam enfeitadas por seus piercings. — Lindo demais!

— Ainda bem que você sabe. Vamos? — ele assentiu, o seguindo até a garagem onde Jungkook parou diante de uma Kawasaki Ninja H2R. Os olhos de Jimin chegaram a brilhar.

— Me diz que ela é sua e que eu vou dirigir, bebê. — manhou, cheio de vontade.

— Por hora, toda sua, badboy. Nos leve para o Echo Park. — lhe jogou as chaves, vendo o sorriso do hyung ficar tão grande que os olhinhos se fecharam e foi inevitável não sorrir também.

Após colocarem os capacetes eles saíram, chegando a quase voarem com o desempenho espetacular daquela moto.

Se vestir daquele jeito e sentir a adrenalina no sangue e o vento no rosto, fazia Park se sentir jovem novamente. Melhor: um jovem completamente livre. E foi isso que ele passou para Jeon no passado, algo que este trouxe consigo, por isso decidiu adquirir uma das motos mais potentes. Mas não andava muito. Talvez, secretamente, esperava por esse momento, usá-la com quem tanto lhe fez desejar obter uma motocicleta.

Com amplos sorrisos nos lábios, eles fizeram todo o percurso até o lago.

O guarda costas estacionou e observou o local, se perguntando como havia esquecido daquela linda paisagem. 


O lago continha inúmeras flores de lótus brancas e rosas o enfeitando como todo verão e ele parecia mais charmoso com o sol refletindo em suas águas, ao longe se via os arranha-céus.

— Aqui é um lugar bonito.

— Não é só bonito. É perfeito. Estamos no coração de L.A! — abriu os braços.

— E o que vamos fazer aqui?

— Vamos passear de pedalinho, depois fazer um piquenique.

— Tudo bem… Espera. Cadê a cesta?

— Compramos mais tarde. Tem ótimos tamales mexicanos por aqui. — segurou a mão dele, o arrastando até um dos pedalinhos de pato onde se sentaram e começaram a pedalar, observando as belas vistas da cidade. 

— Como sabe daqui?

— Eu descobri esse lugar quando procurei um ponto de paz. Não conto para ninguém porque senão teria incômodos. Aqui é meu ponto de fugida da rotina. Aliás, não sei como nunca fui fotografado por paparazzis aqui.

— É uma linda e tranquila paisagem mesmo. Fico feliz de compartilhar comigo mais um ponto relaxante. — sorriu feliz, recebendo um sorriso semelhante.

Eles seguiram conversando, rindo de coisas bobas, se divertindo. Quando chegou a hora do almoço, compraram tamales e cocas, se sentando na sombra de uma árvore, ainda sendo agraciados pela imagem magnífica do local, sentindo cada vez mais suaves e satisfeitos.

— Temos que congelar esse momento. — murmurou Jungkook.

— Concordo.

— Vamos fazer isso. — pegou o celular, abrindo a câmera e tirando fotos de tudo quanto é jeito, deles sorrindo, fazendo aegyo, caretas e muito mais mesmo que não se beijassem para evitar serem pegos no flagra.

— Eu estive pensando, por que você mora aqui, longe de todo mundo? — perguntou Jimin.

— Alguém me disse para correr atrás dos meus sonhos, sabe? E ainda me deu um pé na bunda no final. Então eu quis recomeçar. Zendaya me ajudou a ter oportunidades, aqui foi mais fácil para construir minha vida de modelo, também acabei apaixonando pelo lugar e automaticamente optei por ficar. Já você...?

— Eu quis fugir para qualquer lugar a fim de também recomeçar. Passei um tempo no Japão, no México, mas por fim gostei de estar na Cidade dos Anjos.

— Deve ser porque você é um. Quer dizer, anjo caído. Mas ainda sim anjo. 

Ele gargalhou.

— Se você diz. 

Eles não demoraram a findar o lanche. 

— Jungkook? Você conhece o significado da flor de lótus?

— Eu não conheço nada de flores, hyung.

— Em resumo podemos dizer que ela significa a pureza espiritual, tanto do corpo quanto da mente. A flor de lótus simboliza também a perfeição, sabedoria, paz, sol, prosperidade, energia, fertilidade, nascimento ou renascimento, sexualidade e sensualidade.

— Resumindo eu: as coisas que quero para o nosso relacionamento. 

Park lhe encarou. Jeon estava dando uma brecha para eles acontecerem? Aparentemente sim.

— Vamos ter um relacionamento? — perguntou, segurando o sorriso.

— Não está claro? — aproximou seus rostos. — Eu gosto de estar com você. Gosto de compartilhar coisas com você. De ter um passado com você. De transar com você. Eu gosto de você!

— Eu também gosto de você, Kook-ah. De verdade. — era inevitável não gostar. 

Não tinha como descobrir quando foi que caiu por ele novamente, só que aconteceu e, sinceramente, gostava disso por demais. O sentimento de estar apaixonado, podendo continuar a desenvolver o sentimento para algo maior era incrível de sentir, ainda mais sendo recíproco.

— Ótimo. — sorriu, pensando em um grande foda-se e conectando seus lábios num beijo lento e gostoso, repleto de sentimentos vindos de dois corações descompassados.

Sorriram ao findarem, entrelaçando as mãos e voltando a atenção para a paisagem.

— Como descobriu o significado dessas flores? — viu a expressão dele mudar, passando a ficar nostálgica.

— Minha mãe amava flores. Eu sei de várias por causa dela mas nunca cheguei a comentar com alguém. — sorriu de leve.

— Oh… Você… Você sente falta dela?

— Sim. Ela e minhas irmãs eram tudo para mim. Mas aprendi a conviver com isso. Enfim, vamos comprar sorvete? — não é como se não quisesse conversar sobre, apenas queria deixar o assunto para outra hora e aproveitar mais de seu primeiro encontro.

— Vai você, eu estou preguiçoso. — se deitou na grama.

— Mas é logo ali.

— Por favor, hyunggie

Oh, porra. Jimin nunca conseguiu resistir àquele jeitinho mimado de seu bebê manhoso.

— De que você quer?

— Baunilha ou chocolate com menta.

— Já volto. — o selou.

— Você é o melhor hyung do mundo! — gritou para todo mundo que estava de passagem ouvir. 

Já que Jimin estava olhando para trás, para si, Jungkook viu ele rir e sorriu de volta. Entretanto, seu sorriso foi morrendo e os olhos arregalaram ao vê-lo esbarrar em dois homens altos e mascarados que não demoraram a tentar segurá-lo. 

Se assustou, assim como as pessoas que passavam calmamente e saíram correndo, com medo. 

O loiro reagiu, desferindo golpes contra os dois.

— Jimin! — gritou, saindo do transe e se pondo a correr rapidamente, sentindo o coração a mil. 

No entanto, antes que se aproximasse para ajudá-lo, sentiu seus braços sendo puxados para trás e uma faca encostar em seu pescoço, seguido de um grito feminino em seu ouvido:

— Pare ou eu o mato, Park! 

O guarda costa cessou os golpes de imediato, praguejando ao olhar na direção dela e ver seu Jungkook imobilizado com uma faca afiada próxima demais de sua jugular.

Caralho! Sabia que saírem sozinho nesta altura do campeonato podia dar merda, seu instinto dizia que estava muito estranho as ameaças estarem paradas, que podiam estar planejando algo maior, mas ele teve que seguir a porra do coração e fraquejar!

Foi impedido de continuar a pensar pois colocaram um pano no seu rosto contendo clorofórmio, ao qual fez seu corpo desmaiar.  

— Jimin!

— O levem. — quem o segurava acenou com cabeça para que os homens arrastassem o guarda costas até o carro.

— Não! — tentou se soltar mas sentiu a lâmina roçar na sua pele, portanto, desistiu, optando por usar sua memória fotográfica, prestando atenção na placa, no reflexo do homem que estava como motorista e no porte dos outros. Ainda sim, não deixou de gritar: — Não! O deixem em paz! Sou eu quem vocês querem!

— Ah, pobre garotinho inocente. — então foi usado o mesmo produto químico para também fazê-lo apagar.

Poucos minutos depois, quando acordou, o rapaz estava jogado num porão mas não era um porão qualquer, era o da sua casa. Por que? Como foi parar ali? E por que diabos estava amarrado com cordas? Oh, estava um tanto sonolento e confuso.

Levantou, se sentindo tonto e cambaleante. Aos poucos, foi recordando o que houve.

— Nos sequestraram, porra! — arregalou os olhos, olhando em volta, mas não havia sinal de Jimin ou nada que pudesse lhe soltar. — Pensa, Jungkook. Pensa. 

Algo começou a vibrar em seu bolso da frente, franziu o cenho. Quem o prendeu era tão amador ao ponto de deixá-lo na sua própria casa com os pulsos amarrados para frente onde poderia alcançar o celular? Bem, ia agradecer aos céus pelo vacilo. Capturou o aparelho, colocando no viva voz.

— Pelo amor de Deus, me diz que é você e onde diabos está?! — a voz de Jin estava aflita.

— Sou eu, tio. Eu creio que estou no porão da minha casa. — se não fosse parecia para um caralho.

— Mas… O que? — havia recebido um recortes pedindo dinheiro para o resgate do moreno, isso não estava fazendo sentido.

— Alguém me pegou, amarrou e jogou aqui dentro, eu lem-

— E o Jimin? — interrompeu. — Ele não estava com você?

— Ele… — sentiu os olhos lacrimejarem. — Levaram ele.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top