15. Seokjin é terrível
➼ O Jimin… Senhooor, eu babo nesse homem de terno:
➼ Boa leitura, docinhos :3
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Capítulo 15 - Seokjin é terrível
Paralisado.
É assim que Jeon Jungkook está.
Seus olhos pararam no homem à sua frente e não sabia distinguir se aquela imagem era real ou fruto das suas imaginações férteis.
Em algum momento dentro do estúdio dormiu e agora sonhava? Bateu a cabeça e estava alucinando? Não. Não podia ser. Ele parece real, assim como as feições surpresas de seus amigos. Mas como? Por que ele estava ali?
Analisando melhor… Park não parecia o mesmo. Anteriormente usava piercings em várias partes das orelhas, no nariz, vestia roupas coladas que exibiam o físico malhado e deixava a mostra o máximo de tatuagens, fora ter uma expressão toda prepotente, egocêntrica, sedutora. Essa nova versão desconhecida usava um par de brincos, trajava um terno preto com gravata e sapatos da mesma cor, cobrindo todos os desenhos de seu corpo ao qual parece ainda mais musculoso que no passado. O cabelo estava tingido em um loiro mais claro e discreto, repartido de lado, e o belo rosto possuía uma seriedade que era de arrepiar.
Ou então era apenas seu corpo correspondendo ao olhar intenso, tão felino e único, enquanto flashes das incontáveis noites quentes que compartilharam juntos invadiam todos seus pensamentos.
O coração do rapaz deu um salto maior, seu estômago gelou e ele engoliu em seco ao sentir as mãos tremerem ao ter o contato visual retribuído. Isso, além de ter todas aquelas lembranças, as quais guardou no fundo de seu subconsciente, retornando com força.
Beijos envolventes, toques que incendiavam, um sexo estonteante...
Droga!
Recordava perfeitamente daquele olhar profundo e sexy, daquele rosto tão atraente e corpo gostoso que lhe enchia de tesão, dos momentos tão satisfatórios tanto transando quanto compartilhando o tempo de outras maneiras, de seu sorriso verdadeiro ao qual demorou para ver e quando prestou atenção se viu completamente apaixonado...
Sua aparência mudou um pouco mas e o interior? Continuava daquele jeito confuso, querendo se manter fechado, cheio de dores e traumas, apesar de extremamente sincero? Não sabia dizer só de olhá-lo, no entanto, acreditava que não era o mesmo. Jimin certamente havia mudado nesses últimos cinco anos, assim como também se transformou.
Então, pela lógica, eles não se conheciam mais. Sendo assim, não tinha o porquê ficar afetado pelas lembranças, não é?
A questão é que tiveram algo marcante, uma química fodida junto de momentos bons e outros fogosos, que ficou mal resolvido. Não havia superado de fato, por isso ainda sentia coisas. Tinha saudade daquela época, tinha saudade dele. Mesmo que guardasse certo trauma do passado.
Por mais que ambos tivessem tentado esquecer, a verdade é que apenas guardaram tudo em uma caixinha no fundo da mente e ao se encararem tudo veio à tona, incluindo a pendência: nunca resolveram o problema que tiveram. Eles apenas se afastaram e continuaram suas vidas sem sequer pensar que um dia poderiam estar assim cara a cara. Não sabiam o que fazer. Talvez iam demorar para tocar no assunto, ainda que estivessem bem mais preparados para terem a conversa e finalmente se acertarem, mesmo que não voltassem ou algo do tipo.
Na visão do mais velho, por mais que Jungkook não estivesse tão diferente na aparência - só estava com o corpo mais bem trabalhado e exalando confiança - sabia que ele havia amadurecido também. Seu corpo reagia a ele, era impossível não dar sinais diante de tanta lembrança intensa e deliciosa, mas não ia aproximar nem tentar levá-lo para cama logo. Não era mais esse cara. E seu coração batia forte e as mãos suavam, mas quis ignorar. Focou em fazer somente o que foi encarregado: cuidar do modelo famoso, ao qual recebia supostas ameaças, do caminho do estúdio de gravação até sua casa.
— Sigam-me. — ordenou com a voz baixa e, dita naquele tom grave, ela se tornou impossível de não ser respeitada.
Ainda que não expressasse nada, por dentro Jimin estava igualmente surpreso em rever o dongsaeng ao qual parecia estar viajando em pensamentos - realmente estava, inclusive, o acompanhava no automático -, só que por fora mantinha sua pose quase que impenetrável como se seu corpo e mente não estivessem balançados.
Desejava xingar seu supervisor, Seokjin, de todos os nomes ruins existentes. Ele é simplesmente terrível! Não esperava que o mesmo fosse jogá-lo justo para perto de Jungkook. Ele não tinha o direito de lhe deixar sem jeito daquela forma! Tanto que por um instante, esqueceu o que devia fazer. Mas foi momentâneo visto que é um baita profissional, logo tratou de se recompor.
— Iremos nos dividir. — informou aos rapazes. — Vocês vão na frente com o agente Choi e o Lee estará na nossa cola.
— E o Jungkook? — questionou Yoongi, com a sobrancelha erguida.
Park levou seu olhar felino ao citado que ainda estava avoado, mas o fitou de volta. Pode captar muito bem aquela intensidade brilhante a qual não demorou a ser desviada.
— Ele vem comigo. — disse simples, abrindo a porta de trás de um SUV preto igualmente blindado como os outros carros, aguardando que o moreno entrasse.
— Por que ele? — foi a vez de Yugyeom, que no dia daquela mensagem de despedida, descobriu todo o caso que eles tiveram, o que loiro fez Jungkook sofrer, e hoje em dia detestava até ouvir seu nome.
— Ordens de Kim Seokjin. — respondeu, sem expressar emoção alguma.
Os três amigos encararam Jeon, esperando alguma objecção mas ela não veio pois o rapaz, ao qual estava absorto em pensamentos, voltou a si e, por mais que estivesse nervoso, via ali uma oportunidade de falar com a ex paixão depois de anos. Obviamente, não recusaria.
— Nos vemos em casa. — murmurou.
— Tem certeza? Você está bem? — questionou Hoseok.
— Sim. Não se preocupem. — sorriu de leve, passando por Jimin, ao qual se mantinha parado como uma estátua ao lado da porta.
Mesmo preocupados com aquele reencontro, seus amigos não tiveram o que fazer, obedeceram a ordem do mais velho entrando no carro com o tal Choi, aguardando o trajeto ser completado.
Park fechou a porta e deu a volta, adentrando o lado de motorista, colocando o cinto de segurança e acelerando após avisar por um botão no relógio em seu pulso que o protegido estava a caminho.
Ele se manteve em silêncio, se esforçando para continuar a encarar as ruas ao invés de olhar pelo retrovisor central. E Jeon só queria que ele olhasse. Só queria sentir a intensidade daquele olhar novamente pois só agora, ao reencontrá-lo, percebeu fazer falta. Assim como aquela voz. Ah, era muita saudade daquele homem. Saudade de cada parte e detalhezinho!
— Você acha que é verdade? — perguntou baixo, porém audível. Jimin imaginava que ele estivesse falando sobre a ameaça, todavia, não respondeu. — Digo, eu nem sou tão famoso assim para criarem algum tipo de obsessão comigo. — e o agente sequer o olhou. Suspirou. Ele ia ignorá-lo mesmo? — Meu tio é seu chefe agora? — silêncio. — A quanto tempo você está trabalhando nisso? — apenas ganhou um olhar cortante pelo espelho. — Eu estou tentando conversar, será que você pode, por favor, não me deixar falando sozinho?
— Eu não sou pago para conversar. — o moreno notou que a voz alheia realmente estava mais grave que o normal. Jimin também não falava com aquela pitada de provação costumeira, era mais um tom seco, evasivo, como se ele de fato não quisesse se comunicar, dizendo apenas o necessário.
— É pelo seu trabalho ou por que você não quer? — ele mais uma vez lhe deu aquele olhar cortante que não dizia nada mas o mais novo sentia que queria dizer tudo. — Vou aceitar que seja os dois.
Deixou as costas afundarem no banco de couro macio e desviou o olhar para a janela. Se sentia frustrado. Achou que ao aceitar ir para a casa com o loiro, o mesmo ia dialogar consigo já que estavam a sós, eles contariam as novidades e iam pedir desculpas pelo passado, porém, aquela foi só sua mente fantasiando novamente algo irreal que não ia acontecer.
Park parecia mais distante do que tudo, mais misterioso que antes apesar de ser óbvio e fácil de desvendar. Não sabia o que pensar, nem mesmo o que falar diante daquele desconhecido que não queria manter um assunto. O melhor era não dizer nada. Se ele quisesse resolver as coisas ou conhecer sua nova versão, ele teria que dar o primeiro passo. Até porque foi ele que o abandonou. Fora que havia tentado uma abordagem a qual acabou de ser recusada, então deixaria o outro tomar alguma atitude da próxima vez para que pudessem se esclarecer.
Uma coisa que o agente tinha aprendido nesses anos era ser extremamente profissional, portanto, se estava em uma missão ou em afazeres, manteria sua pose impenetrável e fazia o que lhe foi ordenado com toda a concentração possível. Por isso não permitiu que o assunto com o modelo se estendesse. Não podia trazer questões pessoais em meio a um trabalho e se distrair tão facilmente. Deixaria aquilo para outra hora. Continuou focado em dirigir e observar bem se tinha algo errado ou não os rondando, para poder entregar o mais novo em casa com segurança.
Eles não demoraram a parar em frente a uma casa mediana, extremamente moderna e luxuosa. Todos desceram dos veículos sendo seguidos pelos agentes que os protegeram até adentrarem o local.
Alguns investigadores - a mando de Jin - não demoraram a aparecer e se sentaram no sofá confortável da sala de visitas junto dos rapazes, iniciando questionamentos. Enquanto isso, Park estava em outro cômodo, do lado de fora, ligando para o supervisor por vídeo chamada:
— O protegido foi entregue sem imprevistos. — disse assim que foi atendido.
— Obrigado. — ele lhe mandou um olhar que Seokjin entendeu bem já que haviam três anos que estavam trabalhando juntos. — Não me olhe assim. Você sabe que é meu braço direito agora. Não poderia confiar a vida do meu sobrinho nas mãos de outro alguém.
— Eu sei. — suspirou, em busca de acalmar o peito. — Ele está correndo algum perigo real? — não queria demonstrar estar muito preocupado mas Jin o conhecia bem, sabia que ele estava.
— Estamos procurando informações mais a fundo, no entanto, tudo indica que há um certo perigo, sim. Provavelmente ele precisará de um guarda costas durante os próximos meses... — disse sugestivo e o loiro arregalou os olhos.
— Você sabe que eu não posso.
— Por que não? Você manda muito bem nessa questão.
— Ele vai me distrair— passou a mão entre os fios claros, um tantinho nervoso.
— Oh, não me diga que Jungkook ainda é seu ponto fraco. — sorriu insinuante.
— Justamente, eu não tenho mais pontos fracos e gostaria de continuar não tendo. Sabe que ele me deixa sensível.
— Mesmo assim, se eu te designar essa missão, você será obrigado a aceitá-la. Sei o quanto você é capaz. Vai conseguir. — sorriu, confiante.
Jimin não duvidava, a questão é que Jungkook era uma bela distração, a qual possuía uma grande pendência, então deixava tudo complicado. Para piorar, agora ele estava ainda mais másculo e gostoso. As lembranças também não ajudavam em nada. No trabalho que fazia, se distrair podia ser fatal, logo seria difícil se lhe fosse ordenado protegê-lo vinte e quatro horas por dia.
Se perguntou porque diabos os sentimentos tinham que querer atrapalhar tanto. Estes que, inclusive, pensou ter ido embora mas estavam ali, o confundindo.
— Agora passe para meu sobrinho.
Ele assentiu, retornou a sala, caminhando até os rapazes que não paravam de analisá-lo de cima a baixo, e entregou o celular para o moreno.
— Para você. — seus olhares se encontraram.
O contato visual durou mais que o necessário, era como se eles quisessem se comunicar somente com o olhar, mas o problema era que possuíam mais intimidade a ponto disso, sequer sabiam o que o outro estava pensando. Se encarar daquele jeito só lhes trazia ansiedade e uma faísca de uma fogueira a qual foi obrigada a se apagar a cinco anos atrás que, caso permitissem, voltaria a acender.
— Obrigado. — murmurou, pedindo licença aos demais, indo para a cozinha ter maior privacidade. Ao olhar seu tio na tela do aparelho notou que o mesmo sorria com um fundo de maldade. — Seu sacana!
Seokjin riu.
— Eu disse para não surtar.
— Não estou surtando! — afirmou, no entanto, estava claramente nervoso.
— Não é o que parece.
— Talvez eu esteja e a culpa é sua, tio terrível! Por que fez isso, ahn?
— Eu confio no Jimin para te proteger. Ele é o melhor agente que temos.
— Uhm... Eu só sei que ele anda muito diferente. — comentou.
— Ele é outra pessoa se for comparar. Suas terapias lhe fizeram bem. Ops... — cobriu a boca mas já era tarde demais. — Ignora o que eu disse. Ele não curte tocar no assunto.
Então o loiro se manteve agente na SS? Jin era seu chefe já que o mandou? E ele fazia terapia? Será que para superar aquelas merdas que fazia? Ou por não suportar o fim do que eles tiveram? Não. Isso era o de menos perto do passado que possuía. Elas estavam dando resultado? Diminuíram seus traumas? Quem era Park Jimin agora?
— Jinnie, ele mal me olhou e sequer conversou comigo! Era como se quisesse me manter assim, distante, só para não ter que lidar comigo e nossas pendências. — soou chateado.
Realmente estava chateado. Havia criado uma expectativa vinda da imaginação de que os dois iam se dar bem e podiam conversar sobre tudo mas não. Jimin mal lhe deu atenção. Para falar a verdade, nem sabia o motivo de querer tanto sua atenção. Mas queria. Muito. Talvez para se resolverem e voltar a sentir que estão bem um com o outro.
— Não diz o que não sabe. Você não é mestre em ser racional agora? Pois seja. Jimin não costuma conversar em trabalho. Ele precisa do máximo de foco, ter atenção nos mínimos detalhes, certamente ele te ignorou para não se distrair.
— Faz sentido… — suspirou. Pelo jeito foi só revê-lo que ficou descontrolado, novamente voltando ao garoto mimado inconsequente que não pensava muito. Isso era tão ridículo! — Eu só queria que ele falasse comigo. Se nós nos reencontramos, se somos diferentes, temos que aproveitar e nos acertar. Eu já estive mal pensando em hipóteses, querendo que as coisas fossem melhores, se está ao meu alcance eu quero… Eu quero tentar resolver e realmente deixar o passado no passado, sabe?
— Tenha paciência. Vocês acabaram de se ver de novo. Uma hora ele irá sentar contigo e conversar. Principalmente porque é provável que irá ficar ao seu lado vinte e quatro horas por dia, todo dia da semana, sendo seu vizinho de novo. Só que de quarto. — deu um sorriso ladino.
— Como?! — exclamou, incrédulo.
— Se disserem que há um perigo, nem que seja mínimo, será melhor prevenir do que remediar, certo?
— Mas por que ele? — choramingou, percebendo que, assim, a ansiedade de se comunicar com ele ia incomodar fielmente.
— Já disse que ele é o melhor agente. Aceita ou surta. — deu de ombros.
— Vai ser estranho... Eu... Não sei como agir e também me sinto nervoso.
— Você ainda sente algo por ele?
— Sim. Mas não sei dizer o quê. Talvez seja só vontade de reviver aquela química por causa das lembranças... Eu não consegui evitar notar que ele está diferente mas continua atraente pra caralho. E as memórias de nós dois em perfeita harmonia não ajudam em nada. Só podem ser esses malditos hormônios.
— Que hormônios o que. Você já tem vinte e quatro anos, Jungkook. Você ainda tem uma paixão por ele. Na verdade sempre teve e não superou. Mas quando resolverem a pendência, esse fogo do interesse, de achá-lo apaixonante, diminuir. Será que sobrará amor ou tudo irá acabar? — ergueu a sobrancelha, o questionando.
— Eu tenho medo da resposta e não sei se iremos ficar juntos para descobrirmos.
— Um dia você terá que se entregar novamente e viver nem que seja a paixão intensa onde o que domina é o desejo. Se você não se arriscar, nunca saberá e talvez perderá algo memorável. Apenas sejam menos radicais que antes e, no final, se forem terminar, façam isso numa boa.
— Eu sei. — suspirou. — Mas não estou certo que quero viver algo com ele outra vez. Eu não quero mais sucumbir ao fogo da paixão, quero um relacionamento sério e estável que me faça bem. Só isso. Não me sinto mais um garotinho louco por aventuras que sonha com um príncipe encantado e um feliz para sempre. Eu só desejo algo satisfatório onde a alegria dure a maior parte do tempo. Acima de tudo, quero algo real.
— E o que vocês tiveram não foi?
— Foi ilusão, hyung. Eu era muito imaturo ainda. Me deixei levar pelo meu desejo, busquei por algo onde não tinha. Nós nos afeiçoamos, gostamos de ficar um do outro, começamos a nos gostar mas no fim era só química. E não esquecemos pois ficou algo pendente a ser resolvido. Não foi amor, foi esse maldito apego desenfreado e um desejo que nunca provei com um cara e me fez cometer loucuras. Mesmo assim, eu sinto tanto pela forma que tudo foi interrompido, por isso quero falar com ele. Precisamos resolver de uma vez por todas o que houve, por um fim de verdade para que possamos de fato superar e seguir em frente.
— Ou tentarem de novo. — sorriu cheio de certeza. — Talvez agora que vocês amadureceram possam ter algo diferente e concreto.
— Não sei. Essas coisas de sentimentos são tão confusas... Não quero criar esperanças e chegar a me iludir de novo. É melhor dar tempo ao tempo.
— Você mudou mesmo. O Jungkook de antes pensava menos e se jogava de cabeça nas coisas. — o modelo sorriu nostálgico. Era verdade. Mas agora ele era um novo homem. Não se daria ao luxo de se aventurar tanto e quebrar a cara. — Quando tiver a oportunidade, seja sincero com ele.
— Eu realmente pretendo fazer isso. Sinto que enquanto não o fizer, não vou estar liberto do passado. Agora, diga o que encontrou sobre o bilhete.
— Temos que concluir a investigação. — pela sua expressão Jungkook entendeu que ele não podia falar mais que isso.
— Tomara que não seja nada demais. Dá um calafrio só de pensar em alguém cogitando me fazer mal.
— Ninguém te fará mal. — ao ouvir a voz, a qual sabia muito bem a quem pertencia, se virou dando de cara com Jimin parado próximo a porta. E mais uma vez seu estômago gelou. Oh, merda! Por que tão bonito?
— Como sabe? — silêncio. — Você, por acaso, vai se comprometer a me proteger? — seus olhos desafiaram os alheios e, inconsciente, Park passou a língua entre os lábios deixando a tensão aumentar.
Jin via o rosto do sobrinho e ouvia aquele papo segurando um sorriso. Era óbvio que esses dois não iam se aguentar, acenderiam novamente a chama da paixão que tiveram.
— É o meu trabalho. — rendeu, desviando o olhar, segurando para não alongar suas frases.
Jungkook achou estranho pois ele não costumava encerrar o contato primeiro. Suspirou, voltando ao outro.
— Você não poderia ter mandado a Jihee? — diante disso, o loiro ergueu a sobrancelha. Sua presença o incomodava tanto assim? Claro que o rapaz notou essa reação diferente.
— Jihee está de folga com o Taehyung. Não seja um garotinho mimado. — brincou, o modelo rolou os olhos.
— Mas eu gostava mais dela. — fez um biquinho, podendo notar que o agente fechou a cara.
Jihee tinha se aproximado dele nos últimos momentos, mas não era como se fossem melhores amigos. Todavia, Jungkook decidiu que queria provocar.
— Ela era engraçada. Uma gracinha. E me enchia de doces. Sinto falta da Hee. — falou num tom manhoso que fez Park bufar e rolar os olhos. Mas o que esperava? Que o modelo falasse bem de si? Provavelmente havia partido seu coração, era óbvio que ele mal queria saber da sua presença e tratasse como se a outra fosse melhor.
No entanto, Jeon estava fazendo aquilo somente para que o homem demonstrasse algo a mais que aquela expressão séria e impassível. Jin percebeu tal fato e murmurou um "para com isso, seu infantil" que fez o mais novo sorrir.
Agora que descobriu onde afetar o loiro, enquanto ele não conversasse direito consigo, faria questão de provocá-lo pois, quem sabe, fazê-lo perder o controle o fizesse agir de alguma forma.
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