08. Descobertas
➼ No sonhozinho do Jungkook:
➼ Essa expressão define o Jimin de MV hihi. Ele é naturalmente sexy. Nessa fotinha que peguei no pinterest só faltou as tatuagens;
➼ Boa leitura, meus doces.
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Capítulo 8 - Descobertas
Em seu sonho, Jungkook desfilava na Madrid Fashion Week, usando um conjunto de roupa de uma coleção magnífica. Ao finalizar, indo para seu camarim, encontrou Jimin com seus lindos e vibrantes cabelos azuis. Seu sorriso estava coberto pela língua que tocava o lábio superior, dando para ver o piercing. O do nariz, das orelhas e até dos mamilos também estavam aparentes, assim como as inúmeras tatuagens. Isso porque ele vestia uma blusa de telinha branca. Peça que, junto de uma jaqueta de couro, o deixou ainda mais gostoso. Se é que fosse possível.
Ele segurava um buquê de rosas vermelhas na mão e com a outra enlaçou sua cintura, lhe beijando, depois dizendo:
"Você foi perfeito."
Estendeu as flores que foram pegas com delicadeza. Jungkook as cheirou, não evitando o enorme sorriso em seus lábios e o abraço apertado em sua atual paixão. Estava extremamente feliz!
É tudo isso que ele deseja para o futuro.
O sentimento de alegria começou a ir embora à medida que foi despertando e percebendo que Park não estava ao seu lado. Olhou no celular, eram cinco da manhã. Ouviu uma voz na cozinha então se levantou do sofá, caminhando até lá.
Ele ainda estava na sua casa e falava com alguém no celular. Não queria incomodar, por isso não adentrou o cômodo. E claro que não queria ser um intrometido mas estava muito curioso. Com quem o vizinho conversava a essas horas, no meio da semana? Movido por pura curiosidade e pensado que se perguntasse ele daria um jeito de esquivar, se escondeu para ouvir.
Prometeu descobrir seus segredos, aquela era uma oportunidade.
— Eu não sei... Não. Está tudo pronto pra amanhã... Sim... Eu sei, Jihee! Sou experiente o suficiente e sei exatamente o que devemos fazer... Sim, vai ser como daquela vez, às quatro nos encontramos no porto... É, as embarcações têm que passar pelos vigias às seis horas... Sim. Tchau.
Jihee. Já tinha ouvido esse nome. Forçou um pouco a memória e bingo! Era a loira, amiga dele, que não pareceu gostar muito de si no clube noturno ao qual foram um tempo atrás.
Não havia entendido muita coisa, apenas que eles iam se encontrar às quarto no porto e pareciam ter feito isso outras vezes. Fazia parte do trabalho do hyung? Provavelmente e, certamente, pelo o que ouviu, envolviam as embarcações que saiam e/ou chegavam ao país.
Seja lá o que fosse, tinha uma pista. Não precisava pensar duas vezes, ia usá-la, pois queria saber mais de Park Jimin. Logo, se ele não contava, ia fazer o favor de descobrir por si só.
Retornou sorrateiramente para o sofá, deitando, criando várias hipóteses do que poderia acontecer no porto, sempre caindo na mais simples e provável: ver o hyung trabalhando de descarregar ou fiscalizar os conteúdos das embarcações. Ah, bem que podia ser algo mais emocionante já que ele fazia todo um mistério sobre sua vida. Mas emocionante como? Pegá-lo lhe traindo? Não queria pensar nele sendo babaca, porém, a hipótese encaixou. Jihee demonstrou não gostar de si, Jimin saía de madrugada muitas vezes… "embarcações passarem pelos vigias às seis" era um código de sexo?
Alguns minutos depois Park adentrou o cômodo.
— Oh, você está acordado.
— Você é tão quentinho, quando desgruda de mim acabo perdendo o calor do seu corpo e acordando. — abriu os braços, ele se colocou entre eles. — Insônia? — perguntou, se fazendo de inocente.
— Só estava bebendo água. Acordado a muito tempo?
Era óbvio que Jimin ia lhe esconder sobre a ligação, ele adorava esconder coisas de sua vida. E, se estivesse descumprindo o acordo que tinham, aí que não falaria mesmo.
— Não tem muito tempo. Vamos conversar?
— Sobre?
— Qualquer coisa. — disse, mas seu interior suplicava por respostas.
— Uhm... — pensou um pouco. — Você terminou o ensino médio, certo? — ele assentiu. — O que pretende fazer agora? Continuar trabalhando com Namjoon? Ou viver dependendo dos seus pais ricos até te colocarem para herdar a Golden Cars?
— Bem direto, mas não esperava menos vindo de você. — ele sorriu convencido. — Como você sabe que ela pertence a minha família?
— Seu pai não esconde bem as coisas. Todo mundo por aqui sabe que ele está por trás dessa empresa. — fora que fez bem suas pesquisas sobre os vizinhos antes de se mudar para aquele bairro.
— Ah… Eu quero conseguir um estágio nos Estados Unidos, ser contratado por uma boa agência e seguir carreira de modelo.
— Por isso estava tirando fotos semana passada?
— Sim. É para atualizar minhas redes sociais. Se não der certo com o estágio, vai que consigo algo através delas. Mas meus pais não são a favor. Querem que eu preste vestibular e siga os passos de Jeon Kwang. Eu gosto desse mundo automobilístico, eu cresci nele então é impossível detestar. Mas é um sonho que não tem haver comigo e sim com meu primo Yoongi, espero que ele herde tudo sozinho. Então vou fazer de tudo para batalhar para conseguir o que quero. Mas, e você? Trabalha mesmo ou só vive como um bad boy vagabundo que dá golpes? — provocou.
— Eu tenho dois empregos distintos, em uma época trabalho em um, na outra época trabalho no outro. — disse vago, contribuindo para a curiosidade alheia.
— É o que gosta de fazer?
Ele pensou um pouco.
— Acho que sim. É bem emocionante. Mas minha área é perigosa então pretendo dar um jeito de arrumar outra coisa depois que resolver uns assuntos.
— E qual o seu sonho? — ele abriu um enorme sorriso, fazendo seus olhos ficarem como dois risquinhos.
— Fugir.
— Fugir? — perguntou, confuso.
— Sim. Ter paz, bem longe daqui. Você não se imagina saindo desse país, deixando tudo o que te incomoda de lado, passando a viver lá fora, viajando para todos os lugares, conhecendo pessoas novas e tendo uma vida boa sem nenhuma preocupação a mais?
— É um sonho alto que a maioria tem, incluindo eu, mas poucos conseguem.
— Eu vou conseguir. — falou, determinado.
— Não duvido. — sorriu. — Eu sonho com tudo isso, porém não diria fugir e sim construir minha carreira, ser um modelo famoso no mundo todinho, viajar por ele e fazer ótimos trabalhos.
— Você também vai conseguir. — retribuiu o sorriso.
=🏍=
No dia seguinte, Jimin avisou que não ficaria com Jungkook pois tinha trabalhos a fazer. Logo, antes das quatro horas da tarde, o rapaz saiu da oficina e ficou o observando. Não sabia se era agora ou de madrugada que ele agiria. Independente do horário, ia analisar todos seus passos.
Ele se manteve em casa, falando no telefone quase o tempo todo e digitando algo em um notebook. Quando passou das quatro, percebeu que Park largou tudo e foi ver Naruto. Então concluiu que seu afazer seria mais tarde.
Passou o resto do dia ansioso, a noite nem conseguiu dormir, pensando, fazendo inúmeras teorias mas nenhuma aproximava do que ele realmente ia fazer no porto.
Cheio de motivação por sua curiosidade, continuou a observar nas sombras, aguardando o momento certo para seguir o vizinho e descobrir o que ele estava aprontando.
No início ficou receoso se o fazia ou não, mas pensou que precisava saber com quem estava se envolvendo. Novamente, sabia que se caso perguntasse coisas, Jimin não contaria nada. Então achava justo descobrir sozinho.
Vestiu um conjunto de moletom, um tênis, um boné, e máscara todos na cor preta. Para completar, cobriu mais o rosto com o capuz. Martelava em sua mente ser discreto, cauteloso, afinal, não queria ser pego. Queria era pegar o loiro no flagra.
Decidiu que, para não correr um risco maior, ao invés de segui-lo, ia direto para o porto. Então as três horas praticamente voou para lá. No caminho pensava... Sabia que Park possuía segredos, mas o que ele escondia não podia ser grave, certo? Não era algo que os afastariam, não é? Hoseok teria razão sobre estar esquecendo o lado canalha do vizinho? Todo o papo de achá-lo “diferente” dos outros era só para lhe iludir? Ia sair machucado no final? Arrependeria de não ter terminado tudo, expondo a aposta e “saindo por cima”?
Acabou ficando com um pouco de medo do que encontraria naquele lugar, da resposta que receberia para seus questionamentos, porém continuou o trajeto.
Ao chegar, estacionou o carro estrategicamente e ficou escondido atrás de várias caixas de madeira, aguardando. Estava adiantado, todavia, acreditava ser melhor do que chegar junto e ser pego ou em cima da hora e perder sabe-se lá o quê.
Para se distrair, ficou jogando no celular.
Às três e cinquenta apareceu um carro de vidro fumê, dele desceu Jihee toda arrumada trajando um vestido roxo com uma fenda aberta na lateral e saltos, tendo Jimin ao seu lado em um terno azul royal bem cortado. Estavam impecáveis. Transmitindo elegância, seriedade, poder. A pose era firme, cheia de ego, e os olhares intimidantes. Jungkook ficou boquiaberto. Também quase se abanou de calor pela beleza dos dois. Mas estava ali para desvendar mistérios, não para se render a nenhum charme intenso.
Os dois entraram em um barco. Não dava para ver ou ouvir, teve que sair de seu esconderijo, aproximar lentamente, com cuidado, entrando num local estreito que, além de lhe disfarçar nas sombras, dava toda visão e audição necessária… Espera. Isso eram gemidos? Aguçou a audição ao máximo, prestando toda atenção. Sim, eram gemidos!
Um desespero invadiu seu interior, deixando difícil de definir vozes. Martelava em sua mente que não queria acreditar que foi enganado...
— Já que está tudo certo, vou deixá-los à vontade. — suspirou aliviado ao ouvir claramente a voz de Jimin. Por pouco quase surtou sem precisão. Ele não estava lhe traindo. — Não esqueça nosso combinado, Hee.
Levou um pouco do corpo para o lado, vendo ele dentro do barco, passando sorrateiro para a cabine de comando, iniciando o que pareciam ser ordens. Saltou no lugar ao ouvir barulhos altos, se assustando. Procurou pelo o que era, avistando os barcos dos vigias se afastando. Eles iam trocar de turno? Agora? Por que caralho Park, que não parecia trabalhar ali, estava os mandando para longe sendo que a pouquíssimas horas teriam de averiguar o que estava entrando ou saindo do porto?
Cansado de ouvir a amiga de Jimin transando, Jungkook saiu dali e escondeu mais para frente, atrás de uns barris. Não demorou a avistar dois barcos enormes se aproximando. Nesse instante, avistou o hyung saindo de onde estava, caminhando até a margem.
Vários caras altos, musculosos e tatuados desceram do primeiro barco. Todos eles estavam bem vestidos, mostrando poder e arrogância até no jeito de andar. Um deles, que tinha uma pose de macho alfa assustador, veio ao encontro de Park ao qual ficou baixinho perto dele mas transmitindo a mesma pose.
— Ora, ora, se não é o potinho de ouro do chefe. — sorriu maldoso.
Ele não se abalou, ainda que odiasse tal apelido.
— Como vai, Wolf?
— Depois dessa compra magnífica? Perfeito! E você baixinho? Soube que arrumou um novo estepe e tem sido bem divertido.
Jimin gargalhou sarcástico.
— Não que seja da sua conta, mas Jeon não é um estepe. — seria mentira se o cerejinha dissesse que não sentiu seu coração acelerar ao ouvir seu nome.
— Que bicho te mordeu? Está apaixonadinho, Park? Logo você? Pensei que não tivesse sentimentos. — debochou.
— E se eu tiver? Por acaso é proibido criminosos se apaixonarem?
Se o coração do garoto estava acelerado, em contrapartida, ele parou. Sentiu um arrepio gelado atravessar a espinha e espalhar por todo seu corpo. O que diabos acabou de ouvir?
Tudo bem que teve algumas pistas jogadas em sua cara o tempo todo e até brincou com elas, mas não podia acreditar. Parecia ser surreal demais estar certo de que os amigos metidos a gângsters e seu bad boy ilegal, realmente eram do mundo do crime. Queria descobrir algo emocionante, porém, não tanto. Isso… Nem sabia o que fazer diante da informação.
— Contanto que você tenha noção que fica bem fragilizado ao ficar caído de amores por um alvo fácil. Esse que pode até ser machucado. Ou pretende treiná-lo e recrutá-lo?
— Passo. Não quero que ele veja, nem conviva com as porcarias desse mundo. E Jeon não vai se ferir, eu não vou deixar. Obrigado pela preocupação. — sorriu cínico.
— Isso é o que você deseja, mas acho difícil conseguir. Já pensou quando o chefe descobrir? Você sabe que ele vai querer usá-lo como isca para te obrigar a fazer coisas, exatamente como no passado. Se algum dos seus vários inimigos descobrirem também vão amar usá-lo contra você. Espero que ele seja substituível.
Nesse instante Jungkook queria correr para bem longe daquela merda e talvez de seu vizinho, entretanto, estava paralisado, tremendo de medo. Fora que não queria ser pego e tinha a maldita curiosidade presente, querendo descobrir mais, ansiando entender melhor. Por isso, se manteve ali, escondido, assistindo a tudo.
— Ele não é. Ninguém vai tocar nem em um fiozinho de cabelo dele, a não ser que queira ir direto para o cemitério. E não tem como saberem. — estreitou os olhos. — Quem vai contar?
— Sei lá, as notícias correm rápido. Vê? Já chegou até mim. E pelo jeito que falaram e que você acabou de demonstrar, vocês estão tão envolvidos... — insinuou.
— Se você aprontar alguma, eu juro que acabo com sua raça. — ameaçou com sua expressão furiosa. Era extremamente fria, mas em contrapartida parecia sair fogo de seus olhos. Assustador. Jungkook estremeceu devido a outro arrepio ruim. — Agora vamos mudar de assunto que isso não te diz respeito.
O cara deu um sorriso ladino.
— Como quiser, garotinho de ouro. — dessa vez o loiro não se conteve em rolar os olhos.
— A viagem foi boa, Wolf?
— Excelente. Você foi bem no trabalho, como sempre. Admito que é de se admirar.
— Eu sou muito esperto e eficaz. — deu de ombros, mostrando todo seu ego.
— Não é atoa que você é o garotão do chefe.
Jimin odiava ser e ainda ser provocado por isso. Mudou de assunto.
— O carregamento está em ordem? Posso confiar?
— Perfeitamente.
— Se tiver algo errado ou se algo der errado, somente um errinho, mesmo sendo meu "amigo", terá que se ver comigo, entendeu? — ameaçou com aquele olhar arrepiante novamente.
Jungkook percebeu que querendo ou não, ele era o cabeça daquilo. O outro estava sendo arrogante, querendo parecer superior, mas certamente não estava no nível do "garoto de ouro do chefe".
— Claro. — sorriu duro.
— Vão demorar para descarregar?
— Trouxe muitos dos nossos, acredito que uns quinze minutos.
— Ótimo. Assim que Jihee sair do barco, espero que o caminhão de carga esteja completo e bem longe. E você também.
O homem bufou.
— Com quem acha que está lidando? — odiava quando ele lhe tratava como um empregado qualquer.
— Com o maior traficante de toda máfia da Coréia. E daí?
Jeon empalideceu. O que ele era… Traficantes não costumam perdoar… E seu vizinho ainda tinha coragem de provocá-lo?
— Pois bem. Não me dê ordens! Até porque você é mais novo que eu em vários aspectos. Não é por ser meu "amigo" ou ser o queridinho do chefe que vai ter alguma autoridade sobre mim. — ralhou irritado, às vezes as atitudes de Park não lhe desciam, também não aceitava seu chefe preferi-lo. Essas coisas lhe faziam descontrolar.
Jimin riu malignamente, logo ficando sério e dizendo:
— Primeiro, me respeite. Segundo, sabe quem eu sou. Se você ainda não sabe, estou acima de ti, seu traficante de merda. E não tolero bebês chorões invejosos da porra que desejam se tornarem superiores a mim. Terceiro, você vai ter que me engolir mesmo eu não lhe agradando, caso contrário, sua demissão é certa. Agora que nós entendemos, vou esperar no carro. — começou a andar, mas se virou. — Ah! E nada de gracinhas, pequeno Wolf. — provocou, o deixando para trás ainda mais irado.
Jungkook estava simplesmente chocado. Seu hyung era um criminoso? Trabalhava com traficantes? Fazia parte de uma máfia? Aquele carregamento todo era drogas? Porra! Devia ligar para a polícia? E que papo é esse de que se souberem da sua existência, vão lhe usar contra ele? Essas pessoas com quem seu vizinho convivia eram tão más assim para usar, machucar um inocente, só para ter o prazer de ferrar alguém? Não podia desacreditar. Pelo o que pôde ver, nenhum dos presentes parecia se importar com algo. Então... Corria perigo por estar com Park Jimin?
Não esperava que ele fosse um cara certo, mas também não imaginava que mexesse com coisas da pesada! Merda! O que ia fazer agora?
Estava aéreo as coisas ao seu redor, preso num mar de pensamentos e sentimentos confusos, que nem percebeu que havia saído do esconderijo bem na hora que o loiro estava entrando no carro com Jihee. Todavia, foi rápido em voltar a se esconder, pondo a mão no coração super acelerado, pensando que essa foi por pouco.
Respirou fundo, tentando controlar a adrenalina que corria em suas veias.
Uma parte sua entendia o porquê do homem não lhe contar nada. Quanto mais soubesse, mais perigoso poderia ficar e ele já havia dito que sairia dessa. Seu sonho também era fugir e, claramente, se livrar daquelas coisas. Porém, a outra parte achava sacanagem ele ter escondido algo tão importante que colocava sua vida em um suposto risco. A terceira parte estava com muito medo, cogitando se afastar dele sem sequer dar satisfação.
Não. Não podia fazer isso do nada. Sentia necessidade de mostrar que sabe, que desagrada, que lhe faz temer tanto ao ponto de querer sair correndo e ignorá-lo.
De alguma forma, teria que fazer Jimin contar toda a verdade, sem mencionar o que fez. Mas o que falaria para não levantar suspeitas de que esteve ali e que agora sabe de um dos segredos assustadores dele, que envolvem máfia, traficantes, suborno e contrabando? Bem, ia pensar nisso depois. Agora continuaria a seguir o vizinho pra descobrir mais coisas. Porque o medo existia, mas a curiosidade ainda era maior.
Entrou no carro e saiu às pressas para não perdê-lo de vista. Dali a alguns minutos pôde vê-lo parar em frente a um local que parecia um motel. Parecia, não. Era. O mesmo deu a volta junto de Jihee e adentrou pelos fundos. Jungkook os seguiu, se escondendo e ouvindo uma conversa sobre dinheiro. De repente, tudo se calou. Ao olhar para dentro da sala, a qual antes estavam com outras pessoas, não encontrou ninguém.
— Merda! — murmurou baixinho, achando melhor dar o fora.
Todavia, a parte que ansiava saber por mais de Park Jimin estava gritando alto. Por mais temeroso que estivesse, se pôs a andar pelos corredores, o procurando, ouvindo sons constrangedores, até se meter num local escuro se arrependendo de ceder ao lado irracional e continuar ali.
Tremia todinho, sentindo a adrenalina gelar seu estômago e o medo percorrer todas suas células...
De repente, um forte desespero apoderou de seu corpo pois alguém lhe pegou por trás com brutalidade, cobrindo sua boca por cima da máscara, segurando seu corpo com firmeza enquanto levava uma arma à sua cabeça como um mandato para ficar quieto ao passo que o arrastava para algum lugar.
E, nem se por algum motivo maluco quisesse arriscar se soltar, não poderia se debater. Afinal, seu corpo estava petrificado, até parou de tremer de tão tenso.
Nunca havia sequer visto uma arma e agora tinha uma mirada em sua cabeça, o quão isso era apavorante? Por mais que estivesse quieto, por dentro a agonia estava lhe corroendo. Mas o que podia fazer? Estava rendido por algum homem forte e provavelmente perigoso. E pensar que só queria saber mais do cara com quem estava ficando. Se perguntou onde diabos foi se meter.
Foi levado até um dos quartos, empurrado para dentro. Tendo os braços soltos, retirou a máscara que usava para respirar melhor percebendo que na verdade tinha prendido a própria respiração.
Pôde ouvir a porta ser fechada, trancada, a arma foi travada e colocada em cima de um móvel. Seu cu literalmente trancou naquele instante. Iam fazer mal a si? Se sim, quem seria o covarde?
Reuniu coragem sabe-se lá de onde e se virou, sentindo um alívio gigantesco tomar conta de si. Era Jimin. Um Jimin com uma expressão nada amigável. Ainda sim, apenas Jimin.
— O que faz aqui? — perguntou, tímido por ser pego no flagrante bisbilhotando.
— Eu quem te pergunto. — o sorriso foi frio, estava tentando controlar a raiva. — Você enlouqueceu? Me seguir? Sério isso, Jeon? — a voz soou rude, demonstrando irritação, indignação, e uma preocupação velada.
— Você nunca me diz sobre sua vida direito... — murmurou, encolhendo os ombros. — Te ouvi no telefone e vi uma oportunidade de saber sobre você e seu trabalho então não hesitei em te seguir...
— Você é um moleque inconsequente! Podia ter se metido numa fria, sabia? — passou a mão pelo cabelo, nervoso.
— É, percebi. Você mexe com pessoas perigosas, não é? Elas devem ser bem más. Assim como você.
Jogou no ar. O loiro calou, apenas lhe fitando sério enquanto pensava como caralhos ele tinha a coragem de continuar a lhe seguir até ali, após descobrir tudo aquilo.
— Está vendo? Você se cala, omite, sempre se esquiva! Depois não quer que eu investigue e descubra sozinho. Por que não me deixa saber dessa merda logo?
— Nunca parou para pensar que esteja fazendo isso, justamente por que eu não quero que você saiba?
— Por que, uhm? Se o seu medo for de eu ir embora saiba que, por mais medroso que eu fique, nada vai me afastar de você. Eu juro. Mesmo que você seja um criminoso da pesada ou um assassino... — engoliu em seco com a última hipótese.
Estava temeroso, era verdade, mas também estava apaixonado e pessoas apaixonadas são cegas e idiotas. Ao menos, ele era. Além de imaturo, inconsequente e avoado do tipo que acha que a vida pode ser comparada a um filme. No momento, agia de forma tão tola que chegou ao ponto de cogitar aceitar qualquer tipo de vida que Jimin levasse. Bem, era o que pensava naquele instante, sem conhecê-la de fato, não percebendo o quanto estava sendo precipitado.
— Eu não me importo, tá bom? Gosto de você e já fomos longe demais para voltar atrás.
— Você não sabe do que está falando. E é justo por gostar de você que eu quero te manter longe disso. Não posso te deixar envolver nessa. Quanto menos você saber, melhor!
Se não estivessem discutindo, Jeon teria explodido em exaltação pela primeira confissão que Park fez em todo esse tempo.
— Melhor? — repetiu, colocando as mãos na cintura. — Por gostar de mim você deveria ser sincero! Porra, Jimin-ssi. Eu tenho o direito de saber, afinal, sou eu quem decide se quero ou não correr o risco. Mas pra decidir algo tenho que ter noção de onde estou me metendo e quais perigos corro de verdade. Adivinha, espertão? Eu só vou saber se me contar! — aproximou. — Então, me diz. — ordenou, pertinho do rosto dele. — Me conta seus segredos, hyung. — murmurou, notando ele suspirar e negar.
— Confia. — segurou o rosto do jovem, quase encostando seus lábios. — É melhor que seja assim.
— Mas... Ahn... — gemeu ao senti-lo agarrar sua cintura sensível com força, lhe beijando e esfregando o quadril no seu.
Cada beijo, cada toque, lhe deixava fraco, entregue a todas sensações que o cretino era capaz de proporcionar.
— Confia em mim. — adentrou a mão por baixo da blusa de frio dele, apalpando os músculos do abdômen, subindo, o arrepiando.
— Eu tenho o direito de s-saber... — jogou a cabeça para trás ao senti-lo apertar seus mamilos, os massageando.
— Esquece.
Passou a despi-lo sobre protestos baixinhos, no fundo sem vontade de ser proferidos.
Jungkook sabia que ele estava lhe envolvendo dessa maneira para fazê-lo aquietar. Estava sendo manipulado e não gostava disso. No entanto, não conseguia resistir ao mais velho então mesmo dizendo "não", não movia um dedo para afastá-lo, permitia que ele tomasse seu corpo como bem entendesse.
Quando despidos, Jimin o beijou intensamente, envolvendo a língua dele na sua, o fazendo sentir o piercing, ao que o puxava para a cama.
Deitados sobre ela, segurou os braços do cerejinha para cima, rebolando em seu colo ainda sem penetração, o vendo entreabrir a boca pela sensação de esfrega.
— Promete que vai esquecer essa história de saber da minha vida. Ignora tudo isso, finge que é uma parte inexistente... Por favor. — pediu rouco, sedutor. Não queria que ele soubesse ou se envolvesse com as merdas de sua vida, temia que poderiam vir ameaças, coisas que iam perturbar o mais novo e até fazê-lo correr risco de morte. Não podia deixar. — Promete.
— Não. — arfou.
— Por favor, Jungkook-ah... — segurou o pau dele, deixando apenas a cabecinha entrar em seu interior. Isso o causou um gemido junto de um cenho franzido pela sensação de prazer estar envolto pelo canal apertado, quente, atrativo. — Vamos... Promete que pelo menos vai esquecer por um tempo. Ou então eu vou parar.
— I-isso é jogo sujo. Eu... — o próprio Jimin não conseguiu se conter e encaixou seus corpos de uma vez, foda-se o ardor inicial. — Ah!
Moveu devagar, punhetando seu pau para relaxar mais e se acostumar com a invasão. Dali um tempinho cavalgava, ainda em ritmo lento, porém profundo. Era uma baita provocação, levava o dongsaeng aos céus.
— Jungkook-ah… — juntou suas bocas, o beijando desajeitado por causa dos movimentos, murmurando entre seus lábios: — Promete.
— Jiminnie…
Ele abaixou o rosto, chupando e mordiscando cada um dos mamilos do rapaz, ainda movendo o quadril devagar. Era uma tortura extremamente excitante, que mexia com todo seu ser, Jeon se sentia perdido nas sensações.
— Vamos, Jungkook-ah... — soou manhoso ao mesmo tempo que mandão, soltando os braços dele que imediatamente foram parar em sua cintura, agarrando.
— E-eu prometo. — disse cheio de dengo, apertando a cintura com força.
O homem segurou seu rosto pelas bochechas, fitando os olhos pretos brilhantes, tão expressivos, com os seus sedutores.
— Promete de verdade?
— Prometo.
Diante da confirmação, aumentou o ritmo, passando a pular em seu colo.
— Ah! Jimin! — se rendeu totalmente, gemendo sem pudor, o sentindo quicar e rebolar com vontade em seu pau.
Embriagado de tesão e prazer, o puxou pela nuca, trazendo seu rosto para o vão de seu pescoço e colocando a outra mão na base das costas dele, forçando para baixo, ao que erguia o quadril metendo freneticamente fazendo com que gemessem no ouvido um do outro, os causando ainda mais descontrole.
Jeon sentia o suor de seus corpos se misturando ao que movia veemente, o acertando fundo, e, porra, como era delicioso! Tanto que não demorou para jogar a cabeça para trás, gemendo, gozando dentro de Park. E ele lhe apertou intimamente, gemendo rouco, se entregando a um ápice tão satisfatório quanto.
Por hora, o assunto estava encerrado.
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