3. Uma Nova Amizade!

Oii leitores, sejam bem-vindos a mais um capítulo. Espero que gostem! 😉
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Na manhã seguinte, vi que Lucca nem sequer me ligou. Já faz uma semana que nos mudamos e ele não fala comigo direito, só diz: "Oi", "Legal" e "Tchau". Alguma coisa tá acontecendo e ele não quer me fala.
O Lucca não é de me esconder as coisas, isso tá muito estranho.
Depois vou ter que investigar, odeio quando esse tipo de coisa acontece.

Desço da bicicleta quando chego na tal lanchonete com boliche, a deixo no bicicletário e entro no lugar. Segui algumas pessoas para poder conhecer mais o local que estava tão lotado. Fiquei maravilhada com os adolescentes jogando boliche e cantando no karaokê.

Me aproximo de alguns banquinhos que tinha perto da pista de boliche e me sento. Pego meu celular esperando que Lucca tivesse me mandado alguma mensagem, até que alguém toca no meu ombro.

-- Oi, tudo bem? -- pergunta um rapaz moreno ao se aproximar de mim.

-- Oi, tá tudo bem. -- respondi tentando ser simpática.

-- Que bom, pelo que vi você é nova, certo?

-- Sim. -- respondo um pouco desconfiada.

-- Ok, eu sou o Martín, trabalho aqui no Galaxy. Tô passando pra te avisar que se você quiser jogar ou participar do boliche e do karaokê, vai precisar de um card.

Ufa, menos um babaca que dá em cima de qualquer garota. Embora ele fosse um cara muito bonito, era um pouco mais velho que eu, acho que devia ter uns 23 ou 24 anos.

-- Ah eu não tenho, como faço para conseguir um? -- pergunto um pouco envergonhada.

Ele estende a mão mostrando um bolo de cards.

-- Olha eu tenho vários e já que é a sua primeira vez aqui, eu vou te dar um.

Do nada? Um cara bonito vai me dá um card assim do nada? Isso é estranho.

-- Muito obrigada, Martín. A propósito me chamo Maya.

Ele sorri e estende a sua mão direita.

-- Prazer, Maya. E caso precise de ajuda basta falar comigo ou então com o Juan. -- diz ele apontando para um garoto ruivo, que estava arrumando uma bancada atrás de nós.

-- Tá certo, obrigada.

Ele assentiu e foi em direção a mais pessoas que chegavam para ajudá-las. É, e eu estou muito envergonhada do pensamento que tive, ele parece ser um cara legal e eu estava achando que não era. Ai que vergonha!

Tentei jogar algumas vezes, mas tenho que confessar que sou péssima em derrubar os pinos de boliche. Eu estava era passando mais vergonha. Então desisti e me sentei novamente no banquinho, olhei algumas vezes para o celular na esperança de ter alguma mensagem ou ligação do Lucca, mas não tinha nada. Meu amigo tá tão esquisito. Estou começando a ficar preocupada.

Não Maya, talvez o Lucca só esteja ocupado. Deixa de paranóia!

Tentei parar de pensar nisso e sai a procura de conhecer mais o lugar, vi um biblioteca no andar de cima. Era perfeita, recheada de vários livros e com alguns espaços para leitura.

Uma das minhas paixões, são os livros. Tenho alguns em casa e eles me levam para um lugar maravilhoso e perfeito, eu posso viver milhares de vidas e enfrentar mundos distintos. É mágico e só um leitor conhece essa magia.

Logo depois fui procurar onde ficava o banheiro e acabei escutando umas garotas discutindo perto de uns armários. Me aproximei, até porque a discussão estava um pouco alta e gosto de um bom barraco.

-- Você sabe o que a gente quer, Nina! -- diz uma delas.

-- Eu já disse que não! Eu não vou falar de vocês na matéria de volta às aulas! -- responde a garota que estava sendo incomodada.

Ela parecia ter a minha idade, seu cabelo era loiro e as pontas eram tingidas de um rosa escuro. A mesma também usava um fone dourado da Beats que combinavam com o seu par de botas. Não sei porquê, mas ela me lembrava uma personagem de Dorama. Talvez pelo seu estilo de se vestir ou pela a aparência já que ela parecia ter alguma descendência oriental.

-- Mas, por quê? -- uma delas choramingou.

-- Porque existem coisas melhores para se falar na matéria, ok?

-- Carolina, se você não falar da gente na matéria, eu vou...

-- O que foi Isa, isso é uma ameaça?

-- Claro que não amorzinho, eu só estou te avisando. Sabe Nina acidentes acontecem com frequência. -- diz a garota morena e de cabelos longos.

-- Eu sei amorzinho, mas já dei a minha resposta! Eu não vou falar do seu "Trio fantástico" na matéria. E acho bom vocês duas pararem de me perseguir senão...

-- Senão, o quê? -- pergunta a outra que estava ao seu lado.

-- Senão Celine, eu vou falar com o pessoal do jornal e nunca mais vai ter nenhuma matéria sobre vocês. E acho que a Chiara não ia gostar nem um pouco disso, estou certa? Avisem a Chiara que a minha resposta, é NÃO!

Elas ficaram sem o que argumentar e um clima tenso se instalou naquele espaço. Notei que a menina dos fones estava tremendo, talvez por ter usado toda a sua coragem para enfrentá-las. Tentei ajudá-la, pois parecia que aquela discussão estava longe de terminar, então me aproximei.

-- Oi, desculpa atrapalhar vocês, mas é que eu sou nova por aqui e estou precisando de ajuda. Por acaso vocês viram o Martin ou o Juan?

-- Não, quem é você? -- pergunta a garota de nariz empinado que havia ameaçado a tal de Nina.

-- Eu me chamo Maya, acabei de me mudar.

-- Ah, eu sou a Isadora. -- ela se apresenta já em um tom simpático.

-- E eu sou a Celine. -- diz a outra me olhando de cima a baixo. -- Não, nós não vimos os meninos.

Percebi que Nina respirou aliviada quando me viu.

-- Foi um prazer conhecê-la, mas temos que ir agora. -- diz Isa, com um tom de deboche -- E Nina, depois nós conversamos! -- as duas saíram cochichando uma com a outra.

Nina lhe lança um olhar frio e depois respira fundo.

-- Você tá bem? -- pergunto.

-- Sim, obrigada por perguntar. Você está procurando os meninos? Bom, pela a hora o turno deles já deve ter acabado, acho que já foram embora.

-- Ah tudo bem, eu não estava mesmo procurando eles. -- ela me olhou confusa -- Desculpa, mas eu percebi que aquelas meninas estavam incomodando você e só quis te ajudar. -- digo um pouco sem graça.

-- Pois então não precisa se desculpar, muito obrigada de verdade. Elas estavam me deixando louca. E prazer Maya, eu sou a Carolina, mas pode me chamar de Nina. -- ela diz de uma forma amigável e muito fofa, parecia mesmo uma personagem de Dorama.

Nos cumprimentamos.

-- Nina, eu sei que é pouco estranho perguntar isso do nada, mas você gosta de Doramas?

-- Sim, e você?

-- Mais ou menos, não conheço muitos, mas eu sou fã de alguns animes, Kpop e doramas.

-- Sei como é, você não é muito viciada. -- ela diz dando um sorriso -- Tá legal, qual é o seu anime, grupo de kpop e dorama favorito?

-- Pokémon, Twice e F4 Thailand: Boys Over Flowers. -- respondi com a mesma empolgação que ela me perguntou.

-- Nossa, eu também amo, principalmente o dorama. O meu casal favorito é o principal. Eles são tão fofos!

-- Pois é, pena que ele já foi finalizado. E quais são os seus?

-- Eu gosto de Dragon Ball, BTS e Beleza Verdadeira.

-- Eu assisti esse dorama, também é muito bom e bastante engraçado. Pena que a protagonista não ficou com quem eu queria.

-- Eu sei, passava horas rindo quando assistia, e também odiei essa fato.

Nós duas continuamos sobre vários assuntos, e pelo visto fiz uma nova amiga, a primeira amiga que eu tenho em anos.

-- Nina, você tem cara de quem gosta de livros. E a maioria dos leitores ama Taylor Swift.

Ela gritou.

-- E eu amo demais, meu sonho é ir num show dela! Qual a sua a música favorita?

-- Long Live. E a sua?

-- Enchanted. Sou apaixonada por essa música. E mal vejo a hora de ela anunciar os outros álbuns. -- nós rimos. -- Mudando de assunto, você acabou de se mudar, né?

-- Sim, eu vim do Brasil.

-- Nossa, eu podia jurar que você veio de um país que tivesse espanhol como língua oficial, você fala muito bem.

-- É, eu gostava muito das aulas de espanhol na minha antiga escola então me esforcei bastante. E você mora aqui faz tempo?

-- Moro desde que nasci, meus pais se mudaram logo que se casaram.

-- É um pouco estranho você não tem um sotaque forte.

-- Eu sei. -- ela rir -- É que a minha mãe disse que eu tinha que saber falar essas línguas fluentemente e não poderia ter sotaque na minha língua original. Eu acho isso uma bobagem.

Ela recebeu uma ligação que parecia ser da mãe dela e tivemos que nos despedir.

-- Ai Maya, eu tenho que ir para casa. Amanhã você vem de novo? -- ela perguntou empolgada.

-- Acho que sim, depende da hora que eu voltar do colégio, sabe amanhã começam minhas aulas no PFT School.

-- Para tudo! Você vai estudar no PFT School?

-- Sim.

-- Nossa, que coincidência eu também estudo lá, qual série você está cursando?

-- 3° Ano do ensino médio.

-- Então seremos colegas de classe, provavelmente.

-- Que legal, ainda bem que fiz uma nova amizade. -- eu sorri e ela continuou animada.

Nina me disse que não tem muitas amizades por ser um pouco tímida. Ela também me falou que trabalha na biblioteca do andar de cima.
Ela me acompanhou até o bicicletário e fomos juntas embora, eu parei na minha casa e ela seguiu pela a mesma rua, parece que a diferença para as nossas casas é de dois ou três quarteirões.

Assim que cheguei minha mãe mal me deixou guardar a bicicleta.

-- Maya, você pode comprar umas coisas no supermercado pra mim, por favor?

-- Ah claro, o que é? -- pergunto subindo na bicicleta novamente.

-- Está aqui nessa "listinha". -- disse ela dando um sorrisinho.

A olhei desconfiada e segui em direção ao supermercado. Eu sabia que não seria pouca coisa, o supermercado ficava perto do lugar que eu me perdi então foi fácil encontrar.

Na fila percebi que tinha esquecido o leite, apressada para pegar logo, esbarrei sem querer num garoto loiro e um pouco mais alto que eu.

-- Desculpa, moço.

-- Tudo bem... Espera aí, você é a garota que quase me atropelou naquele dia na praça.

-- E você o mauricinho metido a galã de novela que não olha pra frente.

Ele sorri. E que sorriso bonito, hein?

-- Minha intuição me diz que você está me seguindo.

-- É, você está certo, acredita que eu saí te procurando por cada cantinho? -- debochei e dessa vez nós rimos.

-- Ah propósito, você não me disse seu nome, my lady.

-- Eu já disse que não sou sua dama.

-- Mas eu chamei você de Lady.

-- Que significa dama, idiota.

-- Ei não precisa me xingar, só estou sendo cavalheiro.

-- Eu não preciso do seu cavalheirismo.

Ele deu mais um sorriso, só esse era leve.

-- Mas gosto de ser cavalheiro, pelo menos com você.

-- Hum, uma cantada barata, sério?

-- Desculpe, eu tinha que pelo menos tentar. -- nós rimos -- Então vai me dizer o seu nome, ou vai continuar me enrolando?

-- Ah, você não disse que tinha uma excelente intuição? Então descobre sozinho. -- digo pegando a caixa de leite e saíndo em direção ao caixa que parei meu carrinho.

Ele umedeceu os lábios enquanto eu ia embora.

Terminei de pagar as coisas e fui embora. Ao chegar em casa entreguei as compras e brinquei um pouquinho com o Nick no jardim, pois é eu e o meu irmão que estar em uma fase horrível de crescimento voltamos a sermos crianças. Logo depois me sentei perto da cerejeira, ela ainda não tinha as flores já que a primavera estava longe, mas só de tocá-la poderia sentir a sua beleza.
Me aproximei da casa na árvore, mas tive receio de subir já que ela parecia está um pouco velha.

Voltei para o meu quarto. Liguei para o Lucca umas três vezes e só caía na caixa postal. Espero que ele retorne, esse sumiço do Lucca já tá me deixando bolada.

(2.037 palavras)
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Qualquer comentário é válido pessoal, seja ele bom ou não! 😘

Tchau e até o próximo capítulo! 👋🏻💕

Ass: May 🌸

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