8. Imprevisto †
Uma arte do Hobi que fiz como Asmodeus nessa fanfic ❤️
Uma curiosidade besta: O que mais me deu ideia para essa fanfic foi a música da Billie Eilish All The Good Girls Go To Hell por causa da frase "My Lúcifer Is Loney" que eu adaptei como nome da fic.
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Jimin estava irritado. Irritado não. Jimin estava puto, puto com Lúcifer.
Dois dias haviam se passado, e assim a segunda-feira tinha chegado. E nesses dois dias, Jimin se obrigou a manter a calma onde parecia não existir. A primeira noite foi a pior, ele nem sequer dormiu achando que encontraria uma alma penada vagando pela sua casa.
No domingo, acabou por reparar que os espíritos soltos por aí não invadiam onde morava, ele apenas os via vez ou outro nas ruas, caminhando sem rumo, invisíveis para os as pessoas que passavam por esses.
Quando o amanhecer de segunda-feira
chegou, o Park sentiu medo novamente, isso porque teria que enfrentar aqueles espíritos. Ver vários cá e lá.
Mas o medo durou pouco, dando lugar a raiva, raiva do Diabo que tinha feito aquilo com ele. E o motivo? Simplesmente porque Lúcifer havia colocado na cabeça que o queria.
De fato o Diabo era traiçoeiro, e Jimin provara isso de um dos piores modos.
Mais cedo naquele mesmo dia, o garoto se perguntou o que tinha feito aos Céus para merecer tamanho infortúnio. Talvez ele tivesse mexido com alguém por aí e tivesse sido amaldiçoado, quem sabe ter tocado em algo que não devia e atraído más energias... Alguma coisa tinha que explicar tamanha má sorte.
A noite caiu e Jimin respirou fundo, uma, duas, três vezes. A destra na maçaneta da porta da entrada de casa.
Estava nervoso e com medo. Tinha se preparado o dia todo para aquele momento. Ele teria que sair para a faculdade. Tivera sorte que mais cedo o estágio havia sido suspenso, mas a aula começaria em breve, e como o aluno exemplar que era, mesmo com medo do que podia vir encontrar lá fora, Jimin tomou coragem e abriu a porta.
Chovia do lado de fora, então ajeitou a mochila melhor nas costas e abriu seu guarda-chuva largo, de tecido preto.
Perdendo-se em pensamentos enquanto fazia seu caminho até o ponto de ônibus, o Park lembrou de um fato que tinha descoberto nos últimos dias: ao notar que os espíritos não entravam em sua casa, ele saiu pesquisando sobre, e leu em alguns sites que, segundo algumas religiões, as energias negativas dos habitantes de uma casa que atraíam vultos dentre outros tipos de espíritos. Como sua família vivia em paz na maior parte do tempo, Jimin não viu uma sequer alma perdida invadir o lugar.
Algo que Jimin veio a notar foi a ausência de Lúcifer depois da noite em que o amaldiçoara. O Diabo havia sumido, deixando-o a mercê do que seja lá que pudesse encontrá-lo.
Em silêncio, caminhando, Jimin afirmou mais uma vez mentalmente que o Diabo era o ser mais traiçoeiro que existia. Lúcifer havia lhe jogado uma praga, o chantageado, roubado um beijo de si, e ainda o deixado sozinho para qualquer alma vingativa que pudesse aparecer por aí.
Bem, claro que a parte do beijo Jimin sabia que não havia sido um roubo, mas ele se negava a acreditar que tinha se sentido atraído pelo Demônio e o deixado beijar-lhe.
Quando Jimin avistou o ponto de ônibus, seu corpo congelou por um momento, pois sentado em um dos bancos havia mais uma daquelas almas que vagavam por aí. Elas estavam em todo o lugar.
Respirando fundo, o garoto se permitiu voltar a fazer seu caminho antes que se denunciasse como alguém que podia ver espíritos, assim evitando que algum mexesse consigo. E foi com uma coragem que nem ele sabia de onde havia tirado que se sentou dois bancos de distância da alma distraída.
O Park nem sequer a encarou, preferiu focar em qualquer outro lugar por perto até o ônibus chegar.
Foi um alívio, cinco minutos depois, estar passando pela catraca e se sentar em um banco vazio com outro igual ao lado. O ônibus abrigava poucos passageiros e nenhuma sequer alma perdida, o que fez Jimin suspirar assim que se sentou ao lado da janela, fechando os olhos logo depois.
Lúcifer iria pagar pelo que fez consigo, era só isso o que Jimin sussurrava em sua mente naquele momento ainda de olhos fechados.
— Olha só, ele finalmente saiu de casa... — E falando no Diabo...
O garoto respirou fundo antes de abrir os olhos, não acreditando que um certo alguém estava dando as caras logo naquele momento.
— Se divertindo? — Lúcifer perguntou, o tom de deboche obviamente transbordando no questionamento que lhe fizera.
Jimin soltou um risinho soprado desacreditado, alertando o Diabo de seu péssimo humor antes mesmo do rosto do mortal se virar para si.
Lúcifer podia jurar que viu uma centelha de fogo puro ardendo dentro daquelas orbes intensas que lhe fitavam.
— É claro que sim. — Jimin sussurrou, não querendo parecer que estava falando sozinho, pois duvidava que alguém mais estivesse vendo o rei do Inferno tranquilamente sentado ao seu lado em um ônibus. — Quero dizer, quem não iria gostar de sair por aí vendo gente morta em plena segunda-feira? — Soltou, o tom azedo.
Lúcifer, é claro, riu, adorando o sarcasmo alheio.
— Fico feliz que goste, — Afirmou, sempre tão falso, mantendo o olhar no do outro ali. — Até pensei que podia ter pegado pesado demais com você quando fiz minha proposta, então vim para fazer outra, mas vejo que você está bem com seu novo dom... — Assentiu com a cabeça, encarando Jimin com sua típica expressão plena dissimulada.
Os olhinhos do Park então se esbugalharam.
— O quê? — Questionou ele um pouco alto, ganhando o olhar de uma moça num banco ao lado um pouco mais à frente, o que fez Jimin virar a cabeça para a janela, disfarçando de imediato.
Segundos depois, quando percebeu que a moça já não lhe encarava, ele se voltou para Lúcifer lhe direcionava um sorrisinho torto. — Como assim? Que proposta?
— Tem certeza que quer saber? — O Diabo uniu as sobrancelhas fingindo confusão. — Parece tão bem com essa nova habilidade... Aposto que já fez muitos amigos...
— Diga logo! — O Park sussurrou, impaciente, a face emburrando.
O Demônio deixou a cabeça pender sutilmente para o lado, analisando o mortal diante de si por um momento. Parecia pensativo aos olhos de Jimin que queria logo uma resposta.
— Quero que me espere na saída da sua faculdade hoje. Vou te levar a um lugar. — Disse.
— Que lugar?
— Minha nova casa enquanto estiver aqui na Terra.
Jimin uniu as sobrancelhas.
— Por que quer que eu conheça a sua casa? — Quis saber, não gostava do que poderia estar por trás daquele desejo desejo do Diabo.
— Por que quero que passe a frequentá-la. Essa é minha nova condição. — Respondeu por fim, sério.
Houve alguns segundos de silêncio entre os dois.
— Por quê? — Jimin quis saber. — Por quer isso? É um novo modo de tentar me trazer para a sua cama? Acha que vai ser mais fácil assim? — Jimin tentava encontrar uma pista na feição do Diabo, mas Lúcifer parecia conseguir guardar segredos demais por trás das orbes brilhantes escuras.
E estranhamente o Diabo abriu um sorrisinho arteiro.
— Não confia em mim, Jiminie? — Interrogou, fingindo indignação por um segundo, logo sorrindo mais, deixando os dentinhos frontais à vista, traço seu que o fazia parecer um anjinho travesso, tão contrária à sua verdadeira versão. — Que pena... Pois é isso ou a proposta antiga onde o tenho... — E aproximou o rosto perigosamente do mortal, mantendo o olhar sobre o dele. — só pra mim... — A destra tocou o rosto alheio, acariciando a pele leitosa, ousando até mesmo tocar os lábios encorpados com o polegar só para provocar. — E eu juro que faria bom proveito de cada pedacinho seu...
Os pelos de Jimin se eriçaram quase que instantaneamente com o toque do outro de cabelos escuros, revelando ao Demônio descaradamente o quanto ele conseguia mexer consigo.
O lado racional de Jimin podia lhe dizer que era loucura tudo o que acontecera consigo e o que Lúcifer queria de si a princípio, mas o seu corpo lhe gritava outras coisas, desde aproximar os lábios de vez daqueles tão pertinhos dos seus naquele momento, a até mesmo lhe incitar a imaginar, mesmo que por uma fração de segundos, como seria ser tocado por inteiro por aquela mão que estava lhe tocando o rosto.
A respiração de Jimin saiu falha porque seu corpo reagia ao olhar tão envolvente naquele anjo que uma vez caiu dos Céus, porque o dedo desse continuava a pressionar e acariciar seu lábio inferior, espelhando no pequeno ato o desejo que possuía.
Lúcifer não escondia nem um sequer momento o quanto ansiava ter Jimin para si, e o Park não sabia o que fazer com a guerra interna que nascia em seu interior toda vez que um vislumbre dos dois dividindo uma mesma cama lhe passava à mente.
Tudo o que Jimin sabia era que aquilo o assustava. Estar diante do Diabo e ainda deseja-lo o assustava.
Como se saísse do transe que seu próprio corpo tinha envolvido sua mente, Jimin se afastou bruscamente do toque alheio, conseguindo ver o bilho de descontentamento atingir os lumes daquele diante de si.
— Eu aceito a sua nova condição. — Disse, direto, desviando a atenção do Demônio.
Lúcifer nada disse por alguns segundos, voltando unicamente a analisar cada mínimo detalhe do comportamento do Park.
— Ótimo. Foi a sua escolha. — Lembrou-o. — Não pense em voltar atrás. É bom que esteja me aguardando mais tarde, ou eu irei buscá-lo e o levarei comigo de todo o modo. — Sutilmente ameaçou, ganhando o olhar esgueirado do garoto. — E acredite, desse modo será bem pior.
Jimin bufou, voltando a encarar a janela do ônibus. Estava ficando irritado.
— Você é muito folgado, sabia? — Questionou baixo, virando-se novamente para o banco ao lado, querendo enfrentar Lúcifer, mas apenas encontrando o lugar agora vazio.
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Asmodeus, ou melhor, Hoseok, sentado em um sofá, esgueirou o olhar mais uma vez em direção ao visitante inesperado que fitava as próprias unhas enquanto se esparramava mais no outro sofá elegante da boate, só querendo ficar mais confortável.
O olhar do Demônio da Luxúria era quase assassino perante ao loiro que tinha aparecido de surpresa ali há meia hora.
— Eu sinto seu olhar, meu anjo — Disse o loiro de repente, os lumes felinos fitando o Segundo Príncipe do Inferno com um certo deboche. — 'Tô vendo a hora que começar a sair fogo daí, e eu nem 'tô falando no sentido figurado... — Debochou mais.
— Você quieto fica perfeito, Miguelito. — Hoseok devolveu, rindo torto quando o loiro lhe lançou um olhar afiado.
— Senhor Arcanjo Miguel para você, amore. — O corrigiu rapidamente, se endireitando para ficar sentado perfeitamente em frente ao anjo Infernal. — Eu até deixaria você me chamar de Taehyung, mas esse nome é só para os íntimos. — E passou a mão nas madeixas loiras partidas ao meio, jogando essas para trás dramaticamente.
Hoseok revirou os olhos, tentando esconder o sorriso involuntário que seus lábios insistiam em dar toda vez que o anjo aparecia.
— Então vai ser esse mesmo que eu vou te chamar, afinal... — Hoseok passou a língua pelo lábio inferior, vendo-o assistir seu movimento. — Nós somos bem íntimos, não?
Taehyung ergueu uma sobrancelha.
— Já fomos. — Corrigiu sério, tentando não se mostrar abalado pelo pequeno ato sexy do acobreado.
Um riso escapou do Jung.
— Dá no mesmo... — Deu de ombros.
O loiro então ergueu sua canhota e mostrou o dedo do meio.
— Se eu for tomar no seu... — Asmodeus sabia muito bem irritar alguém quando queria.
— Céus, você é muito irritante! — Esbravejou, jogando uma almofada encapada com paetês brilhantes de cor preta no acobreado que desviou e riu da sua cara.
— Você não pensava assim de mim antes, não é? — O demônio provocou mais.
Uma enorme carranca tomou a face angelical de Taehyung que se pôs de pé praticamente num pulo, controlando-se ao extremo para não revelar suas asas ali devido aos humanos que passavam para cá e para lá, limpando o estabelecimento que em breve abriria.
— Seu insuport- — Mas ele mesmo se parou quando viu Lúcifer passar pela entrada principal e se aproximar ainda sem nota-lo ali. — Ah, você chegou! Ótimo! — Taehyung praticamente gritou, dando alguns passos a frente, o olhar focado no Diabo enquanto Asmodeus se aproveitava para o fitar embasbacado com sua beleza dos pés à cabeça. Fazia muito tempo que o ruivo não o via, e isso só o deixava mais abismado por não ter conseguido se recordar de cada perfeito traço do loiro. — Mais um pouco e eu esganava ele! — Afirmou o anjo do Céu apontando para o anjo do Inferno.
— Olha só, se não é o Miguel... A que devo a honra, meu caro? — Lúcifer perguntou em tom educado até demais antes de se aproximar mais e focar em Hoseok. — Olha só, mal nos instalamos e já temos visitas... Aposto que o Papai o mandou para nos receber bem... — Afirmou para o cúmplice, todo falso.
— Certeza. — Afirmou o Jung, tão falso quanto.
O Celestial revirou os olhos.
— Duas crianças... — E bufou antes de continuar. — Vim só para confirmar que você já está em Terra aprontando atrás do seu mortal...
— Para confirmar? — O Diabo ergueu uma sobrancelha. — Namjoon não tem toda a sua onipresença para fazer isso? Onde estão os olhos de Deus afinal? — Quis saber, curioso.
— Não é nem da minha e nem da sua conta, Lucy. — Respondeu simplista, passando a destra pelos cabelos mais uma vez. — Eu só venho para dar recados exclusivos ou verificar se as coisas estão em ordem...
— Estou adotando um nome novo enquanto estiver em Terra, pode me chamar de Jungkook. — O Diabo veio a comentar, dando de ombros.
— Olha só, vejo que gostou do nome que te arranjei... — Hoseok comentou, erguendo uma sobrancelha, achando graça da situação.
— Gostei do nome, cabeça de bagre. — O loiro afirmou para Lúcifer, sempre mais simpático com tal, afinal, mesmo vivendo em brigas, os dois sempre foram mais próximos um do outro quando o Diabo ainda pertencia aos Céus.
— Tem que elogiar a mim, e não a ele. Fui eu que escolhi o nome, cabelo de palha. — O Demônio da Luxúria reclamou.
— Dá 'pro gasto... — Taehyung disse, fazendo pouco.
Foi a vez de Lúcifer revirar os olhos para os dois outros anjos ali.
— Você já tem que ir ou vai ficar um pouco mais? — Quis saber o Diabo antes de sorrir maroto. — Lembrando que vocês correm o risco de se matarem se ficarem muito tempo juntos, ou pararem na cama...
O acobreado, é claro, soltou uma gargalhada.
— Depois dessa eu vou embora! — Taehyung começou a dar os primeiros passos, ouvindo Asmodeus bufar, mas logo parou ao perceber que um garoto de pele pálida e cabelos escuros entrar na boate. — Quem e aquele? — Seu olhar agora seguia a figura do mortal passando ao longe, pelo meio do espaço, indo direto para o bar.
— Um dos meus funcionários, Min Yoongi. — O Diabo respondeu, assistindo os dois anjos consigo focando demais no garoto que nem percebia suas presenças.
De repente Taehyung uniu as sobrancelhas.
— E por que caralhos tem um fio prateado deixando o peito dele e vindo até... — O olhar do Celestial vagou até a figura do segundo Príncipe do Inferno. A feição confusa do loiro então se metamorfoseou para uma de indignação pura. — Eu não acredito que você fez isso!
— Ele deixou também. — O ruivo foi rápido em acrescentar.
— Você xingando? — Os olhos de Lúcifer se esbugalharam.
— Você fez um pacto com um médium! Você sabe o que isso significa? — O anjo dos Céus se mostrou muito irritado enquanto mirava o Jung com um olhar assassino.
— Que o corpo dele é meu para eu fazer o que bem quiser, assim como a alma também será mais tarde. — Respondeu, pleno demais.
— E que você terá que protegê-lo para toda a eternidade de qualquer ameaça ao mesmo. — Lembrou-o.
— Para toda a eternidade? — Os demônios se encararam confusos. — Não era até a vida dele em terra se esvair?
— Não, seu idiota! As escrituras sagradas dizem que se você faz um pacto com médium, até a alma dele te pertence, então para todo o sempre você terá que protegê-lo.
— Mas proteger do quê se depois que ele morrer, a alma será comum como as outras? — Asmodeus estava perdido, tão perdido quanto Lúcifer ao seu lado.
— As almas não são comuns... São como tesouros, se bem cuidadas, podem partir em paz ao fim da vida do mortal, mas caso um médium sofra uma grande dor em vida, a alma é tomada por tudo aquilo que podemos considerar ruim, manchando essa. O espírito se torna muito poderoso e passa a vagar em terra , alimentando-se das energias ruins dos vivos... E você sabe o que acontece quando rola esse tipo de coisa...
— Os próprios anjos vêm e expurgam essa alma de qualquer plano existente, desaparecendo para todo o sempre. — Foi o acobreado que completou, pensativo.
— Não esqueça também que deve cuidar muito bem dele em vida, porque se a alma dele se mantém pura, ela atrai seres das sombras que fariam de tudo para devorá-la e assim ficarem mais fortes, trazendo a todos nós muitos problemas...
Jungkook cruzou os braços e focou no loiro que encontrou seu olhar.
— Isso já aconteceu algumas vezes... — Comentou, lembrando-se de algo.
— Olhem, eu sei que vocês dois têm muitos problemas com nosso Pai, que adoram fazer travessuras por aí um pouco pesadas às vezes... — O Celestial vagava de um para o outro com o olhar. — Mas sei que jamais fariam algo ruim a uma alma pura, o que podemos ver de longe que é o caso daquele mortal.
— Obrigado por avisar. — Sério e claramente pensativo, o Demônio da Luxúria agradeceu ao Celestial.
Taehyung apenas assentiu com a cabeça, sabendo o quanto o outro estava procurando reavaliar melhor a situação que se encontrava agora.
Hoseok tinha criado um elo forte demais com um mortal. E mal sabia ele que muitas consequências relacionadas estariam por vir.
— Mas me conta, por que inventou de fazer um pacto de união com um médium, criatura? — Curioso Tae o questionou.
— Porque deu vontade... Eles são muito úteis. — Foi a resposta simplista que o acobreado encontrou, o olhar desviando para Min Yoongi que continuava a passar um leve pano sobre o balcão para deixar tudo limpo ali.
Taehyung acompanhou seu olhar, deparando-se com o mortal distraído.
O Anjo Celestial sabia bem que aquela não era toda a verdade, afinal, apenas encarando Yoongi, ele mesmo encontrava rapidamente mais motivos para criar um elo com o jovem humano.
— Não confio em você. — O loiro disse, de repente, atraindo a atenção do Infernal para si que ergueu uma sobrancelha e deu um meio sorriso zombeteiro.
— Ah é? Não acredita em um demônio? Que novidade... — Hoseok fez pouco da situação. — Adivinha? Eu não estou nem aí para o que você acredita ou não!
— Pois é, e é por isso que eu vou ficar de olho em vocês dois até que eu perceba que você não está sendo um filho da puta com o garoto. — Taehyung disse, sorrindo torto também, sentindo-se vitorioso ao avistar a carranca que se tornou a face do acobreado.
— Você não tem mais o que fazer, não, filhinho do Papai? — Hoseok soltou, arisco. Sabia que Taehyung em sua cola seria uma possível ameaça aos seus planos para com o Min.
— É isso ou eu contar tudo ao Namjoon quando retornar aos Céus. E você sabe o que acontece se o Pai achar que você quer fazer algum mal com uma alma pura, ainda mais o que acontece quando nós inventamos de mexer com o livre arbítrio de um mortal...
— Iihh, ameaçou dedurar para o Papai... — Lúcifer ria, achando graça da situação.
— Você que escolhe, amore. — Taehyung deu-lhe uma piscadela, provocando o Demônio da Luxúria que lhe lançava um olhar fulminante junto as primeiras faíscas de fogo que ali nasciam.
Ao longe, Yoongi encarou as três figuras conversando, sentindo uma energia muito forte pairando dali. Asmodeus e Lúcifer estavam de costas para si, deixando-o apenas com a visão frontal do Celestial que sorria torto para os dois ali. O olhar do Min logo cravou na figura loira, encantando-se por esta.
Uma pequena bagunça estava se formando, e mal lembravam todos ali que estavam sendo assistidos pelo Destino que agora já se prontificava a alinhar um novo plano para esses.
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Então, só pra avisar que eu tô transformando em metáfora a coisa de "somos todos irmãos de alma" que falamos religiosamente. Ou seja, o povo pode se pegar sim.
Eu não sei se eu já falei isso antes, mas tem lendas sobre quem teria sido Asmodeus, e as principais são que ele seria um anjo caído ou um grande rei. Eu escolhi o anjo caído para a fic, então será como se ele também tivesse estado no Céu como Lúcifer.
Muito obrigada por ler até aqui. Me perdoe o grande sumiço, além de dois meses mal de saúde, eu tive outros contratempos como início de curso, o que complica conseguir tempo pra escrever em paz.
Se cuidem! ❤️
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