8 | O quarto

   Minha cabeça está me matando, abro os olhos e meu quarto parece girar, não me lembro de como cheguei em casa ontem, só me lembro de ter beijado meu professor, puta que pariu, é isso mesmo, eu beijei meu professor, uau, a Ana precisa saber disso, só quando vou pegar meu celular na minha mesa de cabeceira é que percebo que não estou na minha casa, aí meu Deus, me levanto e me dou conta de duas coisas, primeiro o quarto em que estou é bonito, confortável e simples, sem muitos enfeites e decorações, a cama é espaçosa e toda a roupa de cama é branca, no quarto tem também um guarda-roupa espelhado, uma porta que deve levar a um banheiro e um único tapete, também na cor branca. 

A segunda coisa que percebo é que estou nua, minha roupa jogada no chão perto da cama, isso deve significar uma coisa, mas ainda não quero pensar nisso, não quero pensar no que posso ter feito enquanto estava bêbada, ou será que ele fez algo comigo, não acho que seja o caso, mas não sei se posso descartar as possibilidades. 

Me levanto rápida, pego minhas roupas e me tranco no banheiro, que também é todo branco, mas com um ar muito mais moderno de certa forma. Tomo um belo banho demorado.

Molhando bem a nuca para ver se passa a dor de cabeça terrível que parece que vai fazer minha cabeça explodir. Saio do banho me seco, ponho minha roupa de volta, menos minha calcinha que guardo na bolsa, prefiro ficar sem calcinha que por a calcinha suja de volta, e retoco a maquiagem, estou com uma cara péssima e a última coisa que preciso é que o meu professor me veja assim, ainda mais depois de, sabe-se lá o que rolou na noite de ontem. 

Após me arrumar, sento na cama e decido mandar uma mensagem para Ana em busca de auxílio:

Mel: Acabei de acordar, nua e não estou em casa. Como saio do quarto?

   Ana, que geralmente responde rápido, nem vê a mensagem, imagino que ela ainda esteja dormindo e decido não perturbá-la mais, é hora de reunir toda a coragem que me resta e sair do quarto. Logo que abro a porta, sou arrebatada por um cheiro maravilhoso de café recém-passado, percebo que estou morrendo de fome, e quando começo a me questionar se o mais educado seria fugir sorrateiramente ou pedir um café, Geovani me nota da cozinha.

— Bom dia, Mellanie, aceita um café e uma neosaldina?

— Bom dia, na verdade, eu aceito, sim, como você sabia que eu estava com dor de cabeça? 

— Eu não sabia, mas imaginei, você estava muito bêbada ontem, apagou logo que entrou no carro, não sabia o que fazer, aí trouxe você para cá e te deixei no quarto de hóspedes. 

— Quarto de hóspedes? 

— Isso, esse apartamento tem muito espaço para um cara sozinho, e ocasionalmente alguns amigos vêm para cá, é bom ter um lugar para eles descansarem.

— É por isso então que o quarto é tão…

— Branco? Sem personalidade? Sim, é por isso. Achei melhor optar por algo mais neutro, mas se você quiser, te mostro o resto depois.

— Ah, não precisa se incomodar, não quero atrapalhar você. 

— Não vai atrapalhar, fique tranquila.

— Geovani, eu preciso perguntar, eu não me lembro muito bem de ontem, então, eu… Nós… Fiz ou falei algo… embaraçoso?

— Pode ficar tranquila, nada aconteceu, você dormiu, eu te trouxe para cá, te coloquei na cama e fechei a porta. Nada aconteceu nesse sentido, eu não faria nada com uma mulher naquele estado. E não, você não fez nem falou nada embaraçoso. 

   Tenho vontade de perguntar do beijo, mas pode ter sido um sonho, outro sonho no caso, ele foi tão enfático em dizer que nada aconteceu e ele parece tão distante, não parece um cara que tenha me beijado daquela forma ontem.

Tomo o café que ele preparou e o remédio e logo me sinto melhor. Os primeiros efeitos da ressaca finalmente passaram. Acabo aceitando o tour pelo apartamento, que, diferentemente do quarto de hóspedes, é mobiliado de forma moderna e bem decorado. Na sala, um grande sofá preto desses que abrem e se transformam em cama, uma televisão grande, um quadro grande na parede em cima do sofá e um tapete peludo no chão. O resto da casa segue nesse padrão, cores fortes, quadros, o último ambiente que ele me mostra é o próprio quarto.

— É, esse é meu quarto, ele está… meio desorganizado, então, não repara na bagunça.

   Seu quarto tem as paredes num tom de azul bem fechado, quase puxado para o cinza, a cama está desfeita e olhando para ela eu diria que ele teve uma noite agitada, o jogo de cama dele é azul-marinho, e tem uma mesa de cabeceira de cada lado da cama grande, um abajur, um quadro, um guarda-roupa, tudo levemente desorganizado, diferente do resto da casa, que estava impecável na limpeza, logo acima da cama vejo um notebook, provavelmente o notebook dele, está aberto na minha página do Instagram, em uma foto que apareço sorrindo, lembro do dia que tirei essa foto, foi no dia que eu e o Bernardo nos conhecemos, mas não quero pensar nisso, não hoje, não agora. 

— Por que você estava vendo uma foto minha?

— Eu… eu só…

— A gente se beijou ontem?

— É... o quê?

— Eu te perguntei, e você disse que nada aconteceu entre a gente, e você falou daqui da sua casa, mas não disse nada sobre o carro… A gente se beijou? Sim ou não? 

— Sim, a gente se beijou, desculpa eu não falar nada, eu não devia ter beijado você, você estava bêbada e frágil, não devia ter tirado vantagem disso, pensei que não falar sobre isso ia ser mais fácil para nós dois, achei que você nem ia se lembrar, na verdade.

— Eu nunca vou esquecer aquele beijo.

— Me desculpa.

— Foi o melhor beijo da minha vida, Geovani, e você está errado. Eu podia até estar bêbada, sim, mas eu sabia o que queria, você não tirou vantagem de mim, eu quis beijar você.

— Você está errada, vamos só fingir que nada aconteceu, pode ser?

— Eu te contei do sonho.

— Que sonho, Mellanie? Por favor.

— Eu já queria você faz muito tempo, ontem foi só o dia em que admiti para mim mesma. Eu me lembro, tá, eu lembro de ter te contado do sonho. Eu te contei que também estava vendo uma foto sua? Naquele dia, antes de dormir?

— Você estava… 

— Olha, sei que você acha que se aproveitou de mim, mas não foi isso que aconteceu, tá bom? Estou cansada das pessoas me dizendo como estou me sentindo.

— Mellanie, eu não…

  Eu não deixo ele terminar de falar, eu não quero esperar mais, me aproximo os poucos centímetros que faltam e beijo ele com vontade, com toda a vontade que estava guardando dentro de mim, desde aquele primeiro dia, ele me agarra, me empurra contra a parede.

— Você tem certeza de que é isso o que você quer?

— Quero isso há tanto tempo, que você nem devia poder fazer essa pergunta.

  Ao ouvir aquilo, ele me beija, com voracidade, eu sei que dessa vez, nada vai interromper a gente, eu vejo seu desejo espelhado no meu. Sinto a boca dele percorrer meu pescoço e perco o controle e solto um gemido alto enquanto ele me dá um chupão, tenho certeza que vai ficar uma marca, mas eu não me importo, minhas mãos percorrem o corpo dele, ávida por tocar a pele por debaixo da roupa, rapidamente tiro sua camiseta, ele espelha meu movimento e tira minha blusa também, minha boca não sai da boca dele, beijando aqueles lábios o tempo todo me sentindo em chamas, eu quero tanto esse cara, que simplesmente não consigo esperar mais, abaixo minha mão em direção a sua calça, é uma calça de moletom e eu tenho facilidade em sentir seu membro grande e grosso por cima do tecido, ele está muito duro, tão excitado quanto eu, abaixo sua calça, e percebo porque eu estava tendo tanta facilidade em sentir seu pau, além de ser um pau enorme, é claro, o safado está sem cueca, não perco tempo, me ajoelho a sua frente, envolvo minha mão em torno do seu pau, e abocanho ele, eu nunca chupei um pau com tanta vontade, eu vou e volto, lambo ele todo, massageio suas bolas e ponho o máximo que consigo do seu pau na boca, mas é um pau muito grande e não consigo chupar até o fim, ele não parece se importar, me agarra pelos cabelos e implora para eu chupar mais rápido, é claro que obedeço e não demora muito tempo até eu ser recompensada pela sua porra quente, no fundo da minha garganta, que engulo prontamente. Aquilo parece deixar o meu querido professor ainda mais excitado, ele me levanta, me pega no colo e me joga na sua cama, eu também estou sem calcinha, então ele nem se dá ao trabalho de tirar minha saia.

— Você é uma safada muito gostosa, você não sabe há quanto tempo quero isso também. — Enquanto ele fala, ele põe dois dedos dentro de mim e eu solto um grito de prazer.

— Quero isso há muito tempo, muito antes de você, pode ter certeza. Eu também sonhei com esse dia, não da mesma forma que você, mas também sonhei — ele vai cada vez mais rápido com os dedos, eu já estou quase gozando, eu nunca havia gozado tão rápido antes. Ele continua enfiando os dedos em mim cada vez mais e mais rápido, até que eu goze, gritando seu nome e me espalho toda suada e cansada na sua cama.

— Você está cansada? Ou aguenta mais?
Ele pergunta com cara de safado.

— A gente mal começou!

— Fico feliz que pense assim, porque quero fazer você gozar muitas vezes ainda.

Ele dá um sorriso pervertido e se enfia no meio das minhas pernas, sua língua passa suavemente pela minha boceta e quase gozo de novo com esse mero toque, mas ele não para e a cada gemido e grito de prazer que dou, ele vai mais rápido e mais rápido, sua língua envolve meu clitóris, subindo e descendo e eu me sinto louca de prazer, quando estou prestes a gozar ele para.

— Ainda não, princesa, quero ficar aqui embaixo pouco mais. 

Eu imploro, para ele me fazer gozar, mas ele espera e quando vê que o momento passou ele volta, assopra meu clitóris e volta a esfregar a língua nele, subindo e descendo rápido e forte, ele é bom no que faz, e logo estou quase gozando de novo e de novo ele para, espera passar e depois volta, assoprando e lambendo dessa vez ainda mais rápido e forte que a última, sua língua é a melhor coisa que eu já senti, estou queimando de tesão eu nunca senti um prazer tão grande na minha vida, dessa vez quando vou gozar ele não para, ele vai ainda mais rápido e eu grito e grito enquanto tremo, e minha visão fica turva, esse sem dúvida, foi o melhor orgasmo da minha vida. Digo isso para ele e ele pergunta se quero de novo, claro que digo sim, eu daria qualquer coisa para sentir isso de novo, e então ele recomeça, parece que ele nunca se cansa de me dar prazer, ele me lambe e me lambe me faz gozar repetidas vezes, chega uma hora que ele nem pergunta se quero mais, ele só não para de me lamber enquanto gozo de novo e de novo. 

— Chega, por favor. — Digo depois de já ter perdido a conta de quantas vezes gozei.

— Está cansada agora?

— Estou muito cansada.

— Achei que ia querer meu pau, sabe…

— Eu quero.

— Mas está cansada já, pobrezinha, não aguenta mais.

— Eu aguento.

— Tem certeza?

— Nunca tive tanta certeza, eu quero você dentro de mim, Geovani, por favor.

— Por favor? Você quer tanto assim? A ponto de implorar?

— Sim, eu quero.

— Então, seu pedido é uma ordem!

  Geovani vai até a mesa de cabeceira e eu aproveito para olhar seu belo corpo, ele é realmente lindo, nunca pensei que ficaria com um cara desses. Ele volta com a camisinha e coloca olhando para mim, o pau dele está duro como pedra e eu estou quase babando olhando para ele.

— Você gosta da visão? 

— Você é lindo, seu corpo é lindo, mas tenho certeza de que você já sabe disso.

— Você também é linda, seu corpo também é lindo, é uma pena você não saber disso ainda. — Enquanto fala isso, ele se aproxima de mim. Quando termina a frase, sua boca já está na minha e ele tem meu gosto na língua. Puxo ele para mim e sinto seu peso em cima de mim, é uma sensação agradável, sentir sua pele na minha, passo a unha nas suas costas e ele solta um ruído de apreciação, um momento depois ele me joga na cama, pega minhas mãos e coloca acima da minha cabeça, segurando ambas com uma mão só, enquanto se posiciona na minha entrada. Ele põe tudo de uma vez dentro de mim, rápido e firme, e eu solto um grito que há muito estava preso no fundo, na minha garganta, o desejo me consumindo. Geovani começa um vai e vem rápido e forte, minhas mãos continuam presas nas dele, sinto meu suor escorrendo, estou encharcada, nunca foi tão bom antes, ele não para, ele vai e vem num ritmo frenético, me deixando louca, me fazendo gemer cada vez mais alto, e quando sua boca se aproxima da minha e ele me beija sua língua explorando o interior da minha boca que sinto o orgasmo vindo novamente, avassalador, meu mundo sai de foco, meu corpo pega fogo, o momento em que irrompe de dentro de mim é tão forte que acabo mordendo a boca do Geovani, mas ele não para, meu corpo esta leve sinto que minhas últimas forças se esvaindo, mas não peço para parar, eu não quero que isso acabe, não quero que acabe nunca. E não acaba, ele solta minhas mãos, mas continua dentro de mim, me comendo furiosamente. Coloco minhas mãos nas suas costas, e arranho sua pele com força, ele solta um grito, mas sei que não é pela dor, sei que ele está tão excitado quanto eu, o som dos nossos corpos se chocando é audível, o desejo estampado na cara de ambos, o ritmo aumenta ainda mais, e eu já posso sentir o calor, a tensão no meu corpo vai aumentando, e quando Geovani me avisa que vai gozar, eu já estou chegando quase lá, e nós gozamos juntos, um gritando o nome do outro.

Logo que ele sai de dentro de mim, eu viro para o lado e simplesmente apago, tamanha a exaustão de gozar tantas vezes seguidas. Esse, sem dúvida, foi um sexo que vai me marcar para o resto da vida e servir de parâmetro para qualquer outro, porque tenho certeza de que não tem como ser melhor que isso, posso apostar que durmo com um sorriso no rosto.

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