6- Prostituto

Aviso: +18

Hoseok

Eu realmente nunca imaginei que um dia estaria frequentando uma boate assim, ainda mais pelo fato de ter uma ala voltada apenas para o público LGBT+. E, além disso, eu nunca pensei que frequentaria uma boate que tivesse prostitutos.

Eu não estou julgando quem vive desta forma, eu entendo que cada um tem suas escolhas de vida, assim como cada um tem suas necessidades e obrigações.

Mesmo assim, eu acho que não deveria ter me sentido tão atraído por aquele lugar, e principalmente, acho que não deveria ter me sentido tão atraído por uma pessoa em específico.

Há um homem ali, de cabelos escuros e ondulados, vestindo apenas uma calça preta de cetim e uma máscara também preta. Ele realmente me atrai, e eu sei que não me arrependeria de passar ao menos uma noite com ele.

Talvez percebendo meu interesse, ele vira a cabeça para minha direção, fazendo seus olhos encontrarem os meus. Assim como eu estava o observando, ele também me observou, me olhando intensamente. Até que então decidiu se aproximar, caminhando calmamente em minha direção.

— Olá — ele disse, com a voz intensa e sensual. Puta que pariu, que voz gostosa.

— Oi — eu respondi, um tanto tímido. Eu não sabia como deveria reagir, aquela era a primeira vez que eu conversava com um homem com segundas intenções. O fato de ele ser obviamente experiente me deixava ainda mais tímido.

— Hum, você é tímido. Gosto de caras assim — ele disse, se aproximando um pouco mais.

— Hobi — foi Namjoon quem me chamou, tentando chamar minha atenção. Com toda a beleza do cara em minha frente eu até esqueci que Namjoon também está aqui. — Eu acho que... — ele tentou dizer, mas foi interrompido pelo tal cara.

— Venha, docinho, vou cuidar bem de você — ele disse, segurando uma de minhas mãos e já começando a me puxar.

Eu me deixei ser levado, porque não estava com nenhum pingo de vontade de recusar àquilo. Antes de ficar muito longe, eu apenas gesticulei um pedido de desculpas para Namjoon por deixá-lo sozinho, movendo meus lábios. Eu sei que ele vai me entender.

O rapaz, que até agora não sei o nome, me puxou até nos aproximarmos das várias portas que haviam nas paredes ao fundo daquela parte da boate. Ele entrou em uma das portas, me fazendo entrar logo em seguida.

Nós estávamos em um quarto de tamanho médio, e de certa forma bem arrumado. As paredes eram pintadas em um tom escuro, que era refletido no teto também. A luz do quarto era em um tom comum e claro, mas eu logo vejo as cores mudando, intercalando entre tons quentes, quando o rapaz começou a mexer em um controle.

— Você é tão tímido, por quê? — ele perguntou, parando perto de mim.

Eu ainda não tinha coragem de encará-lo, mas ainda respondi sua pergunta.

— É que eu nunca fiz... — ao menos tentei dizer, sem conseguir finalizar minha fala.

— Você é virgem? — ele perguntou, tudo o que eu consegui fazer foi assentir, pelo tamanho de minha vergonha. — E tem certeza de que quer fazer isso comigo? Acredito que você queira ter algo melhor que isso — ele perguntou, e eu consegui sentir um pouco de repulsa em sua fala. Algo me diz que ele não gosta do que faz.

— Eu quero fazer — eu disse, porque era verdade.

— Eu não quero que você perca sua virgindade com um prostituto como eu, mas temos outras formas de fazer isso. Você já fodeu alguém? — ainda mais envergonhado por admitir isso, eu neguei, passando a mão em meu rosto. — Porra...

— Desculpa, eu sou totalmente inexperiente. Se você não quiser fazer isso comigo não tem problema, eu vou entender — eu disse, querendo desesperadamente sair correndo dali.

— Isso não é uma coisa ruim, eu apenas fiquei surpreso, isso não é comum por aqui — ele disse, sorrindo minimamente, o que me fez sorrir também. — Eu normalmente não costumo deixar as pessoas me beijarem, mas talvez com você seja diferente — ele se aproximou lentamente, colocando uma mão em minha bochecha. — Já beijou alguém? — essa pergunta fez com que eu assentisse em confirmação, finalmente dando uma resposta positiva. — E eu posso beijar você? — ele fez outra pergunta, e essa me deu um leve frio na barriga.

Sem perder tempo, eu confirmei, esperando que seus lábios tocassem os meus. Quando isso finalmente aconteceu, eu suspirei ao sentir a textura macia de sua boca na minha.

De início o beijo foi lento, como se ele estivesse testando os limites para ver se poderia avançar mais. O que me impressionou é que, na verdade, ele parecia testar os próprios limites também.

Seguro do que fazer, ele intensificou mais o beijo, empurrando sua língua para dentro de minha boca, encontrando a minha em poucos segundos. Esse ato, que de certa forma foi um tanto brusco, fez com que eu colocasse minhas mãos em seu peito para ter mais equilíbrio, o que me fez sentir sua pele quente sob minha palma.

Tentando ser um pouco mais ousado, eu desci minhas mãos até sua barriga, sentindo os gominhos definidos em meus dedos.

Seu tom de pele bronzeada só deixava tudo mais excitante, e devo dizer que já estava começando a sentir as fisgadas em minha virilha.

Ele então agarrou os cabelos de minha nuca com sua outra mão, seu ato fez com que minha cabeça pendesse para trás, separando nossos lábios com um barulho erótico.

Depois, ele começou a beijar meu pescoço, chupando fraco algumas partes. Eu levei minhas mãos até suas costas, colando mais nossos corpos, o que me fez sentir o começo de sua ereção.

— Eu vou te ensinar a me foder do jeito que eu gosto, tá? — sua voz intensa e rouca penetrou meus ouvidos, e eu tive que me segurar para não soltar um gemido só com isso. Em resposta ao que ele disse, eu apenas assenti fervorosamente. Pude sentir seu sorriso contra a tez de meu pescoço.

Sem demora, ele tirou minha camisa, fazendo minha pele se arrepiar. Ele passou suas mãos por meu tronco nu lentamente, parando apenas quando chegou no cós de minha calça.

— Posso? — ele se referia sobre desabotoar minha calça, e eu não tardei em permitir.

Eu estava realmente ansioso, porque aquela seria a primeira vez que eu iria transar com alguém, e também seria com uma pessoa com o mesmo sexo que o meu. Então, sim, eu estou muito nervoso e muito ansioso.

Com minha permissão, ele abriu os botões de minha calça, me fazendo suspirar por finalmente ter algum alívio em meu membro duro.

Com um ato que eu não achei que ele faria, senti sua mão entrar por dentro de minha calça, apertando forte meu membro que estava começando a latejar. Dessa vez, foi impossível conter um gemido.

Eu não sei em que momento ele nos aproximou da cama, menos ainda em que momento ele me deitou nela, mas eu realmente só soube quando senti a textura macia do lençol abaixo de mim. Tudo isso por estar envolto demais em seu beijo.

Com cuidado e calma, ele tirou minha calça junto de minha cueca, me deixando totalmente exposto para si. Eu não consegui mais me sentir tão envergonhado por isso, ao menos não enquanto ele me olha com tanto desejo.

Saindo de cima da cama, ele parou em pé aos pés da cama, me observando intensamente enquanto desabotoava a própria calça, suspirando quando terminou de abrir o zíper.

Quando ele tirou a calça, eu percebi que na verdade ele não estava usando nada por baixo dela, e ver seu membro grande e totalmente duro, expelindo pré-gozo pela fenda, me fez ficar ainda mais excitado, se é que isso é possível.

Uma pontada de curiosidade se fez presente, eu estava curioso para saber como seria sentir toda essa extensão dentro de mim. Porém, antes que eu pudesse pedir para que ele me deixasse sentar nele, ele caminhou até o criado mudo que há ali, pegando uma camisinha e um lubrificante de dentro da gaveta.

Primeiro, ele se aproximou e se sentou sobre meu quadril, friccionando nossos membros, misturando o pré-gozo de ambos. Depois, ele pegou dois de meus dedos, os chupando simultaneamente.

Eu sabia o que deveria fazer, e não precisei esperar ele pedir para fazer. Eu aproximei meu dedo indicador até sua entrada, esperando sua confirmação. Quando ela veio eu o penetrei lentamente, tentando tomar cuidado para não o machucar.

Ele não parecia desconfortável de início, mas ficou quando o penetrei com o segundo dedo.

Eu movi meus dedos em sua entrada suavemente, tentando observar sua expressão por trás da máscara que ele ainda estava usando.

Um pequeno tempo depois, quando ele já estava aparentemente bem acostumado, ele se levantou e deitou ao meu lado, o que indicava que ele queria que eu fosse por cima.

Dessa forma, tremendo de nervosismo e excitação, eu me levantei, ficando ajoelhado no colchão entre suas pernas.

Antes de qualquer coisa, eu coloquei a camisinha em meu membro, o lambuzando de lubrificante logo em seguida.

— Pronto? — eu perguntei, mesmo sentindo que também deveria fazer essa pergunta para mim mesmo. Mas de certa forma, eu estava pronto.

Quando recebi sua resposta positiva, eu comecei a penetrá-lo lentamente com meu pênis, tentando não machucá-lo tanto. Quando eu já estava totalmente dentro de si, eu esperei por alguns segundos, apenas para que ele pudesse se acostumar.

A sensação de penetrar alguém é realmente muito gostosa, e eu não consegui evitar um gemido na hora que eu estava o penetrando. Agora, com sua entrada praticamente esmagando meu membro, eu faço de tudo para me controlar para não fodê-lo com força.

Quando ele diz que está pronto, eu começo a me mexer devagar, sentindo meu membro entrando e saindo de seu períneo.

E então, ele enfim gemeu, puta que pariu. E modéstia parte, seu gemido é tão gostoso que eu poderia ter um orgasmo só com isso. E não, eu não estou exagerando. Com sua voz grave e rouca, o gemido saiu realmente gostoso.

A seu pedido, eu aumentei a velocidade das estocadas, gemendo junto com ele pela sensação deliciosa que estava sentindo.

E depois, não se foi possível saber quanto tempo se passou, menos ainda quantas vezes ele me pediu para aumentar a velocidade enquanto nos beijávamos. As sensações são tão intensas que ele arqueava as costas diversas vezes, assim como arranhava as minhas costas, talvez tentando descontar um pouco do prazer que está sentindo.

Quando ele abraçou minha cintura com suas pernas, eu pude ir ainda mais fundo, acertando sua próstata, o que o fez praticamente gritar.

Nesse ritmo, não demorou para que ele gozasse. Com as contrações involuntárias de sua entrada, não demorou para que eu atingisse meu próprio orgasmo.

Totalmente exausto, eu saí de dentro dele, não esquecendo de tirar a camisinha e jogá-la fora antes de me jogar na cama ao seu lado.

— Isso foi intenso — ele disse, cansado, depois de termos acalmado nossas respirações.

— Sim, foi. Meu Deus. Obrigada por isso, foi muito bom — eu disse, não sabendo exatamente o porquê de estar agradecendo, afinal, é o trabalho dele.

— Eu realmente gostei de fazer isso, você foi diferente dos outros.

Sorrindo, eu virei para olhá-lo. Então, percebi que sua máscara estava meio torta, com isso, minha intenção foi simplesmente arrumá-la.

— Sua máscara está torta — eu disse, aproximando minha mão para tentar arrumar, mas ele também aproximou a sua, o que resultou em entortá-la mais ainda.

Ele se levantou para poder arrumar direito, eu me levantei junto para ajudar caso precisasse. Porém, ele acabou a tirando de seu rosto por milésimos de segundos, e eu só espero que o que eu vi tenha sido só coisa da minha cabeça.

— Tira a máscara, por favor — eu pedi, começando a sentir meu coração bater mais rápido.

— Por quê? — ele perguntou, confuso e meio desconfiado.

— Eu preciso confirmar que você não é quem eu estou pensando que é. Por favor, tira.

Meio a contragosto, ele tirou, revelando a pessoa por trás da máscara. Com isso, meu coração acelerou ainda mais, e eu tenho certeza que vou ter um ataque do coração.

— Professor Kim?! — eu disse, confuso, apavorado e indignado. Principalmente, estava com medo do que poderia acontecer de agora para frente.

— Por favor, me diz que você não é um dos meus alunos — ele murmurou, parando para me observando mais atentamente. Então, arregalando os olhos, ele levou suas duas mãos até a boca, a cobrindo, em choque. — Meu Deus, você é um dos meus alunos.

— Como você não me reconheceu antes?! — eu perguntei, desesperado. — Eu acho tô infartando — essa última parte eu disse mais para mim que para ele.

É possível que a primeira foda da minha vida, e provavelmente uma das melhores, tenha sido com meu professor de literatura? Bom, pelo jeito sim.

— Eu não decorei o rosto de nenhum aluno ainda, eu nem lembro seu nome — ele parecia tão desesperado quanto eu, se não mais.

— Hoseok — eu resmunguei, esfregando minhas mãos em meu rosto.

— Espera, mas então, você é menor de idade — ele constatou, talvez lembrando de que turma eu sou. Eu apenas assenti em resposta. — Puta que pariu! Como você entrou aqui?

— Longa história — eu disse, mais por estar com preguiça de contar, e também, sem estrutura nenhuma para isso. — Ninguém pode saber disso.

— Claro, se alguém souber vai ser ruim para nós dois, principalmente para mim.

Ele se levantou, correndo para colocar sua calça novamente. Imitando seu gesto de se levantar, eu também coloquei minhas roupas, agora realmente morrendo de vergonha.

— Por favor, não conte para ninguém o que eu faço aqui, vai acabar com a minha carreira, e eu preciso tanto do emprego...

— Não, é claro que eu não vou contar, fica tranquilo — eu o tranquilizei, sabendo que realmente não contaria para ninguém, nem mesmo para o Yoongi.

Eu não sei o que vai acontecer se alguém descobrir, mas eu vou fazer de tudo para que ninguém saiba, pelo menos não de minha parte.

Taehyung é um ótimo professor, e mesmo que eu não deva dizer, admito que é ótimo no sexo também. Mas além disso, é visível que é uma boa pessoa, e se ele faz esse tipo de coisa, deve ter uma explicação, e eu espero muito que ele me conte um dia.

Até lá, eu vou permanecer aguardando e guardando esse segredo, um segredo que de certa forma é só nosso.

||||

Hobi finalmente descobriu sobre o Taetae.

Eu sei que talvez ficasse mais legal se o Hoseok tivesse descoberto depois, mas eu pensei em fazer assim para poder fazer algo diferente. Por isso, eu espero que não tenha ficado chato.

Vocês estão gostando? Podem me dizer, por favor?

Não esqueçam de comentar e deixar a estrelinha, é muito importante, tanto para a história quanto para me fazer saber se vocês estão gostando.

Eu espero que vocês estejam se cuidando direitinho e que estejam bem.

Até a próxima ♥️

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