20- "O que te excita, Professor?"
Hoseok
+18
Ainda estávamos na mesma posição, depois de um tempo. Os dois sentados sobre o colchão macio da cama de Taehyung.
Mesmo com a ótima notícia que recebemos sobre sua demissão definitiva da boate, ele ainda continuou meio em choque sobre o fato de eu ser apaixonado por ele. Estávamos em silêncio, mas de alguma forma, não era um silêncio constrangedor.
Em um ato não pensado por mim, ele se deitou sobre a cama, o que fez com que eu o olhasse de imediato. A visão de seus cabelos escuros espalhados sobre o colchão era um tanto adorável. E, falando em cabelos, depois de tanto tempo, talvez eu pretenda voltar para a cor natural dos meus.
— Eu tenho uma coisa para dizer, mas talvez fique estranho com toda a situação — ele disse, distraindo minha atenção de seu cabelo. Seu olhar estava focado no teto do quarto.
— Pode dizer.
— Você vai precisar ter um pouco de paciência comigo. Você sabe que, com o trabalho de prostituto, eu transava quase todas as noites, não sabe? — eu respondi positivamente, não sabendo onde ele gostaria de chegar. — Vai ser um alívio me livrar disso, mas eu acho que vou sentir vontade de fazer isso com uma certa frequência. Tudo bem por você?
— Tudo bem, eu acho — claro que transar com Taehyung não vai ser nenhum esforço. Porém, tenho certo receio em saber a frequência em que isso aconteceria.
— E, além disso, às vezes, eu acabo me excitando um pouco fácil — ele continua olhando para o teto, durante todo o tempo em que me explicava tudo. — Claro que meu trabalho era horrível, mas existem certos hábitos que foi impossível não pegar.
— E o que te excita, professor? — eu perguntei, curioso e brincalhão ao mesmo tempo.
— Você — ele respondeu, desviando sua atenção do teto para mim, ainda do mesmo jeito em que estava. — E se eu não tivesse você, é claro que eu não iria sair com mais pessoas apenas por causa disso, mesmo que tivesse vontade. Ao menos não seria com muita frequência.
Ele estava deitado de barriga para cima em sua cama, com as pernas para fora. Eu estava sentado ao seu lado, lhe observando. Quando eu pensei que nossa conversa não iria evoluir, ou ao menos sair do lugar, além de pensar que ele só estava explicando como provavelmente seria de agora em diante, ele decidiu que não era assim que aquilo iria acabar.
— Senta em mim — ele pediu, ainda olhando para mim, me deixando sem reação, de início.
— C-como assim? Sentar em v-você? — eu perguntei, gaguejando por estar envergonhado e nervoso. Sexo não é algo que tenho muito costume em fazer, e sentar em alguém é algo que eu não tenho costume nenhum, por nunca ter feito. — É que...
— Eu sei, você nunca fez isso, e se não quiser, não precisa. Eu daria para você de novo sem nenhum problema.
— É que, além de nunca ter feito, eu meio que... — sem conseguir continuar, eu fiquei quieto, esperando que ele entendesse.
— Está com vergonha? — eu o vi sorrir de canto, antes de se apoiar sobre seus cotovelos para ficar parcialmente erguido. Assenti em resposta a isso.
— Mas, e se eu não gostar? — além da vergonha, também tinha isso em mente.
— Se não gostar, nós paramos, e aí eu sento em você — ele fala assim porque sabe que isso me desestabiliza. Muito astuto.
Ele deu leves tapinhas em suas pernas, indicando para que eu me sente sobre elas. Acatando seu pedido, eu me levantei, apenas para fazer tranquilamente o que foi me pedido. Já em seu colo, ele endireitou sua postura, colando seu peitoral ao meu.
Sinceramente, eu estava tranquilo só por fora, porque por dentro estava quase em pânico. Na verdade, eu sempre quis fazer isso com ele, mas tendo essa oportunidade tão próxima, eu me sinto nervoso como nunca.
— Você sabe que se não quiser, não precisamos fazer, não sabe? — talvez percebendo meu nervosismo, ele disse, enquanto acariciava os fios de cabelo em minha nuca.
— Eu sei, Tae.
Sendo assim, ele aproximou nossos lábios lentamente, iniciando um beijo calmo e tranquilo. Com o passar dos minutos, ele foi aumentando o beijo, colocando sua língua entre ele, ato que me fez arfar.
Para manter Yeontan fora do quarto, e aproveitando que ele ainda não havia entrado, Taehyung se levantou da cama, ainda me carregando, e senti quando ele fechou a porta com o pé, tudo sem parar de me beijar.
Uma vez que a porta esteja fechada, ele aproveita para me colocar contra ela, pressionando meu corpo com o seu, enquanto aprofunda o beijo ainda mais.
Ele então decide descer seus selares até meu pescoço, deixando leves chupões ali, enquanto aperta minha bunda com ambas as mãos, já que está me segurando ali.
Pouco tempo depois, ele me segurou com mais força, apenas para me tirar da porta, me carregando até a cama logo em seguida. Quando me colocou ali, ele ficou entre minhas pernas e não perdeu tempo em tirar sua blusa de frio que vestia, tirando a camiseta logo em seguida.
Poder olhar para seu corpo mais uma vez é uma dádiva. E aproveitando essa oportunidade, eu passo minhas mãos por seu abdômen um tanto definido, estimulando lentamente o bico de seu mamilo antes de descer meus dedos em direção ao cós de sua calça. Ele sorriu em reação a isso, quando seus olhos encontraram os meus.
Ele se abaixou sobre mim, com minhas mãos ainda segurando seu cinto, no cós da calça. Taehyung deixou seus lábios sobre os meus, mas sem encostar, apenas me fazendo sentir seu hálito quente se chocar contra minha boca.
— Eu sei que você quer tirar, então tira — ele sussurrou, ao pé de meu ouvido. Arrepiei com o tom de sua voz.
Um pouco envergonhado, demorei para conseguir fazer o que queria, e percebendo isso, ele mesmo teve uma reação, tirando minha blusa de moletom e minha camiseta juntos.
Tomando um pouco de coragem, eu desafivelei seu cinto, o abrindo e o tirando dos passadores da calça logo em seguida. Depois, eu abri o botão e o zíper, parando ali meus movimentos. Com isso, Taehyung voltou a me beijar, se deitando sobre mim, ainda entre minhas pernas. O abracei, passando minhas mãos em suas costas lentamente, apenas sentindo sua pele quente.
Depois de mais um tempo, nós dois já estávamos sem o restante das roupas, estávamos apenas nos beijando, enquanto ele me dava tempo para que eu pudesse perder um pouco da vergonha.
— Posso preparar você? — ele perguntou, quando separou nossos lábios. Sem saber o que responder, eu apenas assenti, o que lhe tirou um sorriso pequeno. — Você está com tanta vergonha que nem parece que já transamos e fizemos coisas parecidas antes.
— É porque a situação de hoje é diferente — eu deixei um riso escapar, apenas observando quando ele se afastou de mim para pegar algo na cômoda, perto da cama. Quando ele enfim se aproximou novamente, eu percebi um vidro de lubrificante em suas mãos.
Estando mais um vez entre minhas pernas, ele abriu o frasco, despejando uma certa quantidade do líquido em dois de seus dedos. Com o olhar, eu entendi que ele me perguntava silenciosamente se poderia começar, e não demorei em concordar.
Ele apoiou a mão esquerda ao lado de minha cabeça, quando se inclinou sobre mim. Com a outra mão, depois de separar minhas nádegas, ele massageava lentamente minha entrada, o que me arrancou um suspiro um tanto alto. Eu senti quando ele me penetrou com um dos dedos, e não senti dor inicialmente.
No entanto, quando ele colocou o segundo, eu pude sentir uma pequena ardência, mas nada que doesse demais. Eu sentia um pouco de prazer, mas tudo isso só me faz pensar em como eu quero ter ele dentro de mim, não seus dedos.
Taehyung pediu para que eu sentasse nele, e é isso que vou fazer. Sendo assim, eu girei nossos corpos, ficando por cima e sentando sobre o quadril dele, depois de pedir para que ele tirasse seus dedos de meu interior.
Antes de qualquer coisa, ele pegou novamente o lubrificante, despejando uma boa quantidade em seu membro, o bombeando algumas vezes para espalhar o líquido viscoso ali.
Olhando para toda a extensão do Tae, me deixa meio receoso em relação à dor.
Deixando minha preocupação de lado, eu segurei seu membro pela base, apenas para o direcionar até minha entrada. Eu sentei lentamente, sentindo ele entrando cada vez mais a cada momento. A dor e o prazer andavam juntos, quase na mesma proporção, e foi impossível não deixar um gemido escapar quando ele já estava todo dentro de mim.
— Meu Deus, dentro de você é meu lugar favorito de hoje em diante — ele disse, suspirando em deleite, com os olhos fechados e com a respirando um pouco acelerada, assim como a minha.
Eu não demorei em começar a me movimentar, subindo e descendo ali, mantendo o movimento em uma forma ritmada. Com minhas mãos espalmadas sobre o peito de Taehyung, eu pendi minha cabeça para trás, sentindo a intensidade de cada sentada que eu dava, ao mesmo tempo em que sentia ele estimular um de meus mamilos, circulando o dedo no biquinho e o puxando com os dedos em forma de pinça às vezes.
Por um momento, eu me perguntei como pude pensar que não fosse gostar de algo assim, mas esse pensamento foi para o espaço junto com o meu juízo, quando Taehyung nos virou bruscamente, ficando sobre mim novamente, e começando a estocar profundamente, mas ainda sim lentamente.
Eu escutava seus gemidos roucos e sôfregos, ao mesmo tempo em que também gemia dessa forma, mesmo que um pouco mais alto que ele.
Eu gemi ainda mais alto, quase como um grito, quando senti ele atingir um ponto em especial dentro de mim, assim que aumentou a velocidade das estocadas, e finquei minhas unhas não tão grandes em suas costas, também o ouvindo gemer mais alto pelo ato e por ter aumentado a velocidade.
De todas as experiências sexuais que tive — que foram apenas com ele —, eu nunca senti algo nessa proporção, e confesso que é o mais gostoso de tudo que já fizemos.
— Tae, eu... — eu comecei a dizer, sem conseguir terminar. Eu estava perto, e sentia meu baixo ventre fisgar.
— Vem pra mim, bebê — ouvi ele dizer, com a voz um tanto rouca e ofegante. — Você é tão gostoso.
Meu membro estava praticamente esmagado entre nossos corpos, e com esse pequeno estímulo, suas estocadas fortes e seus beijos que são deixados em meu pescoço e clavícula, eu senti meu orgasmo ainda mais perto.
E gemendo alto, enquanto arqueava as costas sobre a cama, eu atingi meu ápice, arranhando ainda mais as costas de Taehyung. Ele ainda não havia parado com os movimentos, o que intensificou e prolongou meu orgasmo ainda mais. E em pouco tempo, ele também gozou, gemendo um tanto mais alto e se forçando ainda mais para dentro de mim, o que fez com que eu também gemesse. Ele deitou sobre mim, tão cansado quanto eu.
— Meu Deus... — eu disse, antes mesmo de Taehyung sair de dentro de mim. — Posso te fazer uma pergunta? — ele apenas assentiu, me deixando perguntar. — Como você era considerado na boate? — eu perguntei, mesmo estando ofegante.
— Um dos melhores, por que? — ele olhou para mim, franzindo o cenho.
— Entendi o porquê. Você realmente é o melhor — nós dois rimos, ainda sem movermos um músculo.
— Vou cuidar de você agora. Vamos tomar um banho — ele diz, enfim saindo de dentro de mim, se levantando da cama e me ajudando a levantar logo em seguida.
Durante todo o banho, nós trocamos carícias, mas nenhuma tinha alguma conotação sexual, eram apenas atos de carinho. Nós nos arrumamos, e Taehyung me emprestou uma roupa confortável para que eu pudesse ficar mais à vontade em sua casa.
Depois de abrir a porta do quarto, para permitir a livre passagem de Yeontan, nós nos deitamos na cama, estando eu abraçado à sua cintura, com a cabeça pousada sobre seu peitoral e uma de minhas pernas entre as suas. Naquele momento, não poderia existir posição melhor e mais confortável que aquela.
— Você gostou? — ele perguntou, depois que o assunto no qual estávamos conversando acabou.
— Muito, mais do que imaginei que gostaria. Eu já tinha esperanças de realmente gostar, mas o que eu senti... Foi demais — eu disse, rindo da minha explicação.
— Eu fico feliz, porque também gostei muito — ele respondeu, enquanto acariciava meus cabelos com uma mão, enquanto a outra estava em minha cintura.
— Fico feliz também. Eu pretendo continuar fazendo isso pelo resto da vida — nós dois rimos, e após a risada cessar, nós apenas ficamos em silêncio, apreciando todo o momento.
Eu estava exausto, e além disso, estava maravilhado com tudo o que senti hoje. A felicidade em saber que Taehyung finalmente poderia deixar a boate e que finalmente havia conseguido terminar de pagar as dívidas, que nem eram dele, a intensidade do tesão que senti há minutos atrás e a calmaria e alegria que sinto agora. E com todo esse misto de sensações, foi impossível não me render ao sono, abraçado com Kim Taehyung, enquanto recebo carinho dele e sinto Yeontan subir sobre o colchão da cama e deitar entre as pernas de Taehyung e as minhas, se aconchegando ali.
Com tudo isso, eu dormi com a sensação de que nada poderia estragar nossa felicidade e tranquilidade, e espero estar verdadeiramente certo.
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