Capítulo 5 🎁
— Estou amando meu namorado secreto.
— Menino, se você não falasse eu nem iria notar. — lobo debochado.
Voltei ao provador com duas calças, bati à porta e ele abriu.
— Trouxe essa cargo, e esse jeans larga estilo as que você usa, mas branca. — entreguei. — Vou sair para você provar.
— Obrigado Jimin! — saí.
Fiquei sentado no puff esperando, ele mostrou como ficou as duas.
— Qual você gostou mais? — perguntei quanto saiu com tudo.
— Jeans, vou levar ela. — devolvi a cargo ao lugar certo, fomos até o caixa.
Fiquei olhando ele pagar, saímos da loja ele segurando as sacolas.
— Agora podemos ir embora? — confirmei.
Voltamos para a rua onde está o carro, ele abriu a porta para mim, eu entrei.
O caminho de volta fiquei pensando enquanto olhava a janela.
— Só pensa coisa nada a ver, misericórdia.
Agora eu não posso pensar que ele gosta de outra pessoa?
— Jimin você fez curso com lesma para ser tão lerdo? Puta que pariu.
Ainda me chama de lerdo, o fim do mundo.
— Já se declarou falando que te amaria até o infinito.
Não, foi a música que ele colocou, ele não abriu a boca para falar.
— Desisto, lua, me leva agora.
Você trate de ficar.
Chegamos na chácara, o portão estava aberto, então entramos e ele estacionou.
Veio abrir a porta para mim, saí do carro, pegou as sacolas no banco de trás.
E ofereceu a outra mão, segurei.
— Quando voltarmos para Seul, terei me acostumado a ficar segurando sua mão. — falei. — Do nada posso acabar segurando.
— Pode fazer, eu não ligo. — eu me iludo de uma forma linda.
— Sério? — perguntei.
— Sim, a qualquer momento pode segurar minha mão. — beijou minha bochecha.
— Olha o Jimin indo de base.
Quase, mas minha visão ficou preta por uns segundos.
Até olhei ao redor, não tem um primo.
Agora eu desmaio, ele não fez para provar nada para eles.
— Congelou? — canalha.
— Sim, está frio né. — como sou sonso.
— Sonso é pouco.
Pedi para concordar?
— E desde quando é necessário pedir para eu expor minha humilde opinião?
Esse lobo é algo único.
Fomos até o nosso chalé, entramos, ele quis tomar banho, eu tomei antes de ir.
Só troquei de roupa e me enfiei embaixo dos edredons, após ligar o aquecedor.
Televisão e um bom filme, mas nem assisti, dormi.
Frio lá fora, aqui quentinho, isso pede um cochilo.
— Não me surpreende um Jimin dorminhoco, seria surpresa se ele não gostasse de dormir.
Quando despertei já era noite, porque o quarto estava escuro.
— Cochilo de horas dormindo.
Silêncio!
Não consegui enxergar nada, mas ouço outro coração batendo, Jungkook está aqui.
É, eu decorei a frequência do coração dele.
Virei para o lado, toquei seu peito para ter certeza que ele estava ali, quando fui tirar, sua mão segurou a minha mantendo no lugar.
— O que está fazendo, Jimin? — que susto, assombração!
— Era para ver se era você mesmo que estava aqui. — vai que é outra pessoa.
— Como saberia que sou eu, só por tocar? — não faz pergunta difícil.
— Como se você não soubesse a resposta. — quieto!
— Eu consigo sentir o relevo das suas tatuagens. — vontade de sumir.
— Isso é novidade! — é, eu sei. — Então por tocar sabe qual tatuagem é?
— Sim. — levou minha mão até a barriga.
Se ele descer mais, eu desmaio.
— Pois eu não.
Lobo safado.
— Que tatuagem é essa? — passei a ponta dos dedos.
— É o escorpião. — respondi.
— Acertou. — eu sei. — Você vai querer ir jantar? Seu pai veio aqui chamar faz uns dez minutos.
— Vamos esperar um pouco. — acho melhor, ou ele vai ameaçar mais alguns dos meus parentes, não que eu ligue, mas vou me apaixonar mais.
— E isso ele liga. — muito lobo.
— Tenho uma ideia. — senti ele levantando, acendeu a luz do abajur, pegou um moletom e vestiu. — Já volto.
Saiu do chalé.
Eu continuei deitado, vou sair nesse frio nem pagando, talvez eu fique com fome.
Está três graus abaixo de zero, eu não vou sair!
— Nem eu.
Isso não me surpreende.
Fiquei só olhando o teto, Jeon está demorando!
Ouvi passos, finalmente.
— Jimin, abre aqui. — levantei e fui até a porta, abri e ele entrou com uma bandeja.
— Trouxe comida para cá? — fechei a porta e acendi a luz.
— Sim, e uma bebida quente para você. — colocou em cima da cama. — Fiquei com medo dos seus avós não deixarem, então disse que você está começando a gripar, por isso não iria sair, aí foi bem fácil, e seu pai mandou remédio para gripe, é para tomar antes do jantar.
Esse Jeon inventa cada coisa.
— Pode tomar. — me deu o comprimido e a xícara.
— Eu não estou gripado! — falei.
— Para prevenir, toma logo. — chato.
Tomei e bebi um pouco do chá.
— Agora vamos comer. — após jantar ele me fez tomar o chá medicinal todinho, que ódio! — Vou ir levar essas coisas.
— Traz doce? — confirmou.
Saiu, e eu fui escovar os dentes.
É para sentir o sabor do doce com mais intensidade.
— Cada coisa que esse menino inventa. — me deixa lobo.
Voltei ao quarto e sentei na cama, cobri minhas pernas.
Não demorou e ele voltou, com um prato.
— Seu avô fez bolos, trouxe seus preferidos. — entregou.
— Obrigado! — foi para o banheiro.
Espera, como ele sabe dos meus gostos para bolo?
Provei o de chocolate, delicioso.
Quando saiu e se sentou ao meu lado, resolvi perguntar.
— Jeon, como sabe sobre os bolos? — perguntei. — Nunca te falei.
— Para o meu irmão sim, e coincidentemente eu estava em casa, acabei ouvindo. — mas guardou essa informação por quê?
— Ele te ama, agora se beijem.
— Me chama de Jungkook. — olhei para ele. — Jeon é muito formal.
— Okay, Jungkook! — diferente.
— Você já se apaixonou, Jimin? — pergunta repentina.
— Sim, e você? — perguntei e ele confirmou.
— Quando se apaixonou, qual característica te chamou atenção primeiramente? — pensei.
— A voz. — sério, a voz dele é uma delícia de ouvir. — Apesar de ser um alfa, não era uma voz autoritária com ômegas, era tranquila e baixa grande parte do tempo.
Eu amo o fato dele não falar alto.
— E você? O que chamou sua atenção quando esteve apaixonado? — tirar algumas dúvidas.
— O cabelo, brilha quando o sol bate. — isso não é específico. — E ser bem menor que eu.
— Menor quanto? — tô com ciúmes!
— De si próprio? Que mico!
— Uns vinte centímetros. — se for eu, nem é tudo isso. — E te corrigindo, eu ainda estou apaixonado por esse ômega.
— Ah! — será que é eu?
— Quem mais seria, cabeça de vento?
— E você, está apaixonado pelo dono da voz tranquila e baixa? — é a cruz que eu levo.
— É né.
— Não parece feliz em estar apaixonado por ele. — comi mais do bolo antes de responder.
— Eu acho que ele não gostaria de mim. — na verdade, tenho certeza.
Mesmo ele dizendo que teve uma quedinha por mim na adolescência, sempre vi Jeon como inalcançável.
E piorou após se tornar adulto.
— Por que ele não gostaria de você? — perguntou.
— Ele é um alfa que pode ter absolutamente qualquer ômega ou beta, bom, e eu não me vejo dentro da fila que ele poderia escolher um, fico apenas de longe olhando. — infelizmente.
— Você deveria confiar mais em si mesmo, eu tenho certeza que esse alfa é apaixonado por você. — confiar em mim, nem meu lobo faz isso.
— Eu não tenho nada a ver com isso!
— E você Jeon, por que não está com esse ômega de cabelo brilhante? — mais bolo.
— Ele pensa que eu eu não gosto dele, e não confia muito em si. — engasguei, merda.
Tossi, tô vermelho, certeza!
— Nossa! Coisa de ômega não confiar em si mesmo. — disfarcei bem.
— Sonhar é de graça.
— Já pensou em chegar nele e falar sobre o que sente? — perguntei.
— Ele é um gato arisco, iria me bater e dizer que estou pagando alguma aposta.
Exatamente o que eu faria.
— Será que ele vai achar ruim você passar uma semana fingindo ser meu namorado para os meus parentes? — perguntei.
— Provavelmente iria, ele parece ser bem ciumento. — eu sou.
O que eu tô falando? Nem sei se sou eu.
— Sonso, muito sonso.
Minha língua até coça para perguntar "Sou eu esse ômega?", mas tenho medo dele rir na minha cara e dizer "Jamais me apaixonaria por você".
— Lembra que brincamos das músicas? — confirmei. — Quero que ouça mais uma.
— Tudo bem. — pegou o celular, não demorou e eu ouvi.
Continuei comendo do bolo, para distrair do que a música fala.
Butterflies can't stop me fallin' for you
[As borboletas não podem me impedir de me apaixonar por você]
Tomara que fique só nisso, eu me recuso engasgar novamente.
You're everything that I want, but I didn't think I'd find
[Você é tudo que eu quero, mas eu não pensei que encontraria]
Fico pensando o quão romântico ele deve ser sendo um namorado de verdade, queria saber como é, experimentar isso.
— E vai, tenha fé Jimin.
But I know now I found the one I love
[Mas agora eu sei que encontrei a pessoa que eu amo]
Um tempo para processar isso, todas as músicas que ele mostra diz sobre um amor intenso que está sentindo.
Ouvi mais da música.
Come close, let me be home for anything
Good or bad, I know it's worth it
[Chegue perto, me deixe ser o lar para qualquer coisa
Boa ou ruim, eu sei que vale a pena]
Se fosse fácil assim.
— É fácil, você só é inseguro demais para ver que ele te ama.
Ei, isso doeu!
A música terminou repetindo que ele encontrou a pessoa para amar.
— Muito bonita. — falei, terminei os dois pedaços de bolo.
— Tem alguma sugestão? — meu armamento acabou.
— Não tenho, mas posso te fazer uma pergunta? — ele confirmou. — Por que está fazendo isso?
— Isso o que? — ele entendeu.
— Isso tudo, vir para Busan comigo, me defender dos meus parentes tóxicos, ser extremamente legal, me fazendo sonhar alto, sendo que quando voltarmos para Seul sabemos que não será assim. — ser inseguro é foda.
— Você está supondo que não será assim. — sei disso. — E eu estou fazendo isso para que você finalmente perceba algo que sempre esteve explícito.
— Explícito não sei para quem, eu não vi nada, e se vi, penso que não é para mim, porque nunca é sobre mim. — talvez eu deva voltar a dormir, isso é sono.
— Pior que não é sono.
Quieto!
— É sobre você, Jimin, sempre foi sobre você! — vontade de bater a cabeça na parede e dar uma desmaiada básica.
— Tem certeza do que está fazendo, Jungkook? — perguntei.
— Sim, eu tenho. — tem nada.
— Você está entrando em águas perigosas, tome cuidado para não se afogar. — eu sou como o mar, agitado, imprevisível, o que sinto é como as ondas fortes, mas posso ser tranquilo.
— Eu sei nadar. — avisado ele foi.
— Só espero que não se arrependa, não é tão fácil nadar nessas águas. — deixei o prato na mesa de cabeceira e levantei.
— Não vou me arrepender. — isso eu quero ver.
Fui até o banheiro, escovar os dentes novamente.
Aquele bendito chá está me fazendo suar, vou tomar um banho. Fechei a porta e tirei a roupa, tomei um banho morno.
Coloquei o roupão, e saí, Jungkook está mexendo no celular.
Peguei pijama na mala e voltei ao banheiro, fiz meus cuidados com o corpo e acessórios, vesti o pijama.
Saí do banheiro e já deitei, me cobri, peguei meu celular.
— Seu cheiro. — o que tem ele?
— Está te incomodando? — perguntei.
— Não, está mais forte. — não sinto.
— Só estou sentindo o seu. — comentei.
Se eu fosse um gato, estaria ronronando.
— Se quiser, posso tomar um supressor. — sugeri.
— Nem cogite essa ideia, seu cheiro não me incomoda. — que bom!
Eu não queria tomar, os efeitos são horríveis.
— Eu cuspia, odeio esse negócio.
Respondi as poucas mensagens, Jun contando como o alfa dele é incrível, perguntou se Jeon está me tratando bem.
Mandei que está me tratando bem até demais.
Jun
Não entendi.
Só estou achando estranho esse tratamento.
E ele fala umas coisas, que dão entender outras coisas, e isso está me deixando confuso.
Jun
Que coisas ele tem falado?
Pensei bem antes de mandar para ele.
Ele falou que se eu tivesse chegado nele quando adolescente, agora nós estaríamos quase casando.
E hoje eu fui patinar como sempre faço, ouvi umas músicas, e acabei falando "você seria capaz de me amar?", não vi que ele estava assistindo de longe.
Aí depois ele pediu para escolher a próxima música, na música falava exatamente desse jeito Jun, "Eu seria um tolo se não te amasse".
Ele me defendeu daquela prima insuportável, e dos pais delas, ameaçou de morte e tudo.
Sem falar que agora a noite estávamos falando sobre se apaixonar, eu falei que já me apaixonei, perguntei sobre quem ele se apaixonou.
Ele vai e solta, "Eu ainda estou apaixonado", sabe qual a característica? O cabelo brilha no sol.
E sabe qual cabelo brilha no sol? O meu Jun.
Não termina por aqui, tem mais.
Depois ele mostrou uma música que falava "Mas agora eu encontrei a pessoa que eu amo".
Em seguida eu perguntei do porquê ele estar fazendo tudo isso, você não sabe o que ele respondeu.
Que era para eu finalmente ver algo que está explícito.
Eu disse que não estava explícito e não vi nada, e se vi, pensei que não fosse para mim, porque nunca é.
Você sabe bem.
Aí ele disse "É sobre você, sempre foi sobre você", como assim sempre foi? Não vi nada.
Logo eu com o meu pessimismo, disse que ele estava entrando em águas perigosas, ele disse que sabe nadar.
Em seguida eu falei, "Espero que não se arrependa, não é tão fácil nadar nessas águas", diz ele que não vai se arrepender.
Tudo muito confuso.
Desabafei, olhei para o lado e ele dormiu, pelo menos parece isso.
— Quer que apague o abajur? — perguntei.
— Não precisa, ainda não dormi. — é, ele não dormiu.
Olhei a tela, droga, ele mandou áudio.
Eu estava sem fone Jun, vou ter que sair do quentinho.
Ou não.
— Jungkook, está com seu fone? — perguntei.
— Sim, você quer? — confirmei, ele pegou e me entregou.
— Obrigado, já devolvo. — conectei ao celular e coloquei os dois.
Dei play, mas lembrei dele ser Lúpus, pausei de novo.
— Você consegue ouvir o que está no fone? — perguntei.
— Sim. — droga.
— Já volto então. — levantei e calcei o chinelo.
Saí do chalé e dei uma afastada, conviver com Lúpus não é fácil.
Frio do cacete!
Você me paga Jun!
Agora posso ouvir.
— Realmente muitas coisas. — isso é metade. — Mas Jimin, você que está vendo confusão, para mim, ou qualquer um que não seja você, vai perceber que meu irmão quer te mostrar que sempre foi apaixonado, eu te avisei.
Pior que avisou mesmo.
— Uma centena de vezes, literalmente.
— Agora você para de criar barreiras enormes, e deixa mais fácil para o meu irmão. — não é fácil assim. — Mostre como você realmente é, antes daqueles idiotas aparecerem.
Complicado!
— Pense mais positivo, seja seguro de si, e volte namorando de verdade.
Isso não é tão fácil.
Mais áudio.
— É fácil sim! — teimoso. — Você ama meu irmão, ele te ama, qual a dificuldade nisso?
Ele pode não gostar do que conhecer, e me deixar.
O meu medo.
— Jimin, o Jungkook já te conhece, talvez mais que eu que converso sempre com você. — duvido. — Ele sabe seus filmes preferidos, comida, doce, músicas, sabe que não gosta do frio, mas odeia calor porque não dá para ficar abraçando, porque você ama ficar grudado nas pessoas, também sabe que você sonha em casar na praia, ter três filhos e já tem os nomes, que de algum jeito ele sabe, descobriu até que você já tem o casamento inteiro planejado, mesmo sem nunca ter namorado.
Você contou né Jun?
Jun
Até parece.
— Fazemos questão de saber essas coisas sobre quem amamos Jimin, você também sabe de coisa dele que eu como irmão não faço ideia. — faz parte. — Só você está vendo confusão, não tem nada confuso, abra seu coração e deixa ele entrar, tenho certeza que não vai se arrepender.
— Tô com ele
Lógico, sempre contra mim.
Se eu me arrepender, quem vai apanhar será você!
Jun
Trato feito.
Só mais uma pergunta.
Como flertar de volta? Eu nunca fiz isso.
Jun
Não é necessário saber isso, será natural, você vai ver.
Okay!
Obrigado Jun!
Jun
Por nada! Tudo para ver meu melhor amigo e o bocó felizes!
Desliguei o celular, olhei o céu, uma estrela cadente.
— Que eu seja feliz no amor! — fiz meu pedido.
Voltei para o chalé.
— Dormiu? — perguntei tirando os fones, deixei em cima da mesa de cabeceira.
— Não. — deitei e apaguei o abajur. — Falando com meu irmão?
— Sim. — me aconcheguei na cama.
— Você descobriu quem é o alfa dele? — quem dera.
— Não, estávamos falando do meu. — fiquei de costas. — Boa noite, Jungkook!
— Boa noite, Jimin!
— Aí sim, Jimin, finalmente!
Meu coração, por favor, para de acelerar que ele consegue ouvir.
— Eu cuido disso.
Obrigado lobo.
É, esse namorado secreto pode vir a ser um de verdade......................
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!
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