Capítulo 4 🎁
— É só o segundo dia e eu já estou mais apaixonado pelo meu namorado secreto.
— Me sinto adorável, tudo conforme o planejado.
Planejado para eu sofrer né lobo?
Isso vai terminar em eu chorando, tô sentindo.
Caminhei até o chalé, ainda sonhando acordado com coisas que nunca aconteceram porque o universo não vai com a minha cara.
Jeon não estava ali, deve ter ido andar.
Peguei meu celular, Jun me ligou.
— Oi! — falei.
— Oi, nada! Quando pretendia me contar que meu irmão é seu namorado secreto? — perguntou.
— Mas ele já te contou. — entendi o que ele quis dizer.
— Não seja cínico. — faço com excelência. — Como está sendo?
— Melhor que o esperado, fizemos uma trégua de uma semana. — contei.
— Ótimo! Agora admitem que se amam e voltem namorando. — nem me deu tempo de falar nada, desligou.
Panaca.
Troquei a calça moletom por uma de couro, mantive o moletom em cima.
Entrei no banheiro, escovei meus dentes.
Peguei meus patins, fones e protetor de ouvido branco.
Saí do chalé, caminhei um tempo.
Eu pensei que minha semana de Natal seria infernal, mas pelo contrário.
Porém, em compensação, eu vou voltar para Seul bem mais apaixonado por um alfa loiro que tem um jeito estranho de se aproximar das pessoas.
Parabéns Jimin!
— Nem é seu aniversário, não entendi o parabéns.
Parabéns por se apaixonar por alguém que só quer sua amizade.
— Ele nunca falou que queria só sua amizade, você está pensando isso porque tem medo de estar gostando dele sozinho, então coloca outras coisas no caminho.
Que mentira!
Se fosse só gostar tava fácil, passou de ser só gostar tem bastante tempo.
Finalmente cheguei ao lago, que está completamente congelado.
Tirei o que usava nos pés e calcei os patins.
Coloquei os fones pequenos e o protetor de ouvido quentinho, liguei uma música que amo, "Say Something".
Levantei e coloquei o pé no gelo, celular no bolso.
Fui lentamente patinando.
[...] Autora on.
O ômega já estava solto patinando naquele grande lago ouvindo aquela música triste, mas de certa forma ele se sentia livre.
Girava saltando, caindo suavemente como uma pena.
Jeon que estava andando pela floresta, para clarear a mente após tanto contato com o ômega, ouviu barulho.
Caminhou na direção que vem o som.
Sente que precisa fazer Jimin ver suas intenções nesses dias que faltam, o ômega arisco, com problemas de confiança e um coração quebrado, mas tão precioso.
Encostou em uma árvore olhando quem tanto pensa patinando com leveza.
Ficou quieto para não atrapalhar o que ele fazia, admirou.
Esse ômega será meu!
Pensou de maneira possessiva, quando seu lobo quer, ele consegue.
Jimin não notou que alguém estava o observando, permaneceu dançando sobre o gelo graciosamente.
Deu um último giro, parou de olhos fechados.
— Você será capaz de me amar? — murmurou se abaixando, as mãos no rosto.
Preciso parar de pensar nisso, ou vou sofrer em dobro.
Olhou para frente, viu Jeon parado.
Colocou o protetor no pescoço e tirou os fones, patinou até a beira do lago.
— Está aí há quanto tempo? — perguntou.
— Tempo suficiente para ver que você deveria investir em ser patinador. — respondeu.
— É só um hobby, as pistas me atraem mais. — falou.
— A adrenalina é maior, mas você é incrível com os patins. — elogiou. — Vai fazer mais?
— Só mais uma música. — pegou o celular.
— Posso sugerir uma? — confirmou.
Entregou o celular, o alfa pesquisou e devolveu.
— Perfume, fala sobre cheiros? — negou.
— Você vai gostar! — colocou um fone.
— Fica com esse. — o protetor de ouvidos voltou ao seu lugar, deu play na música.
O alfa com o fone, admirando mais o ômega dançando.
Jimin mesmo dançando prestava atenção em cada palavra daquela música calma.
Até ouvir algo que o fez parar e olhar para o alfa.
"I'd be a fool not to love you"
[Eu seria um tolo se não te amasse]
Voltou a patinar com aquilo se repetindo várias vezes em sua mente.
É uma resposta ao que falei? Ou só uma coincidência.
— Tinha esquecido como o Jimin é lerdo, na próxima vida vou exigir que não seja assim.
Quando a música acabou, patinou para a beira novamente, perto do alfa. Tirou o protetor, e o fone.
— A música é bonita! A letra é interessante. — pegou o celular salvando em sua playlist. — Não sabia que gostava de músicas assim?
— Calma? — confirmou. — Eu gosto, são boas para pensar em pessoas importantes.
Viu as bochechas fofas ficarem vermelhas.
— Quer ajuda com os patins? — ofereceu para ajudar.
— Sim, obrigado. — pegou a bota que Jimin iria colocar, tirou os patins e já calçou as botas.
— Pronto, vamos? — confirmou.
Ficou segurando os patins.
— Já que está com o fone, escuta essa música. — procurou na playlist e colocou.
O mais velho prestou atenção, já no primeiro trecho.
Fall in love with you, you
My love
[Me apaixonei por você, você
Meu amor]
Park olhava seus próprios pés, andando pela neve.
Maybe it couldn’t work out
In the end
Maybe this what I deserve now
Better off as strangers
[Talvez isso não pudesse funcionar
No fim
Talvez seja isso que eu mereço agora
Melhor como estranhos]
Mais um trecho que Jeon olhou o ômega, encontrando ele só encarando o chão.
And I know
We’re not perfect, love
[E eu sei
Nós não somos perfeitos, amor]
E a música voltou a repetir, "Me apaixonei por você, você, meu amor".
Quando acabou, os dois se olharam.
— Muito boa! — declarou. — Minha vez de escolher a próxima.
— Claro. — entregou o celular.
Não foi difícil achar, deu play.
O ômega ouviu com atenção, mas uma parte foi mais tocante.
'Cause I love you for infinity
I love you for infinity
[Porque eu te amo até o infinito
Eu te amo até o infinito]
Teve que controlar todo seu corpo, para o coração não disparar.
Quer tanto que essas declarações como música sejam verdadeiras, sentir tudo que é cantado em cada música.
Entregar um pouco de si para um amor simples.
Saíram da floresta, Jeon pegou em sua mão.
— Gostou da música? — perguntou.
— É linda! — respondeu. — Amar até o infinito, e ser amado, deve ser bom!
— Nunca foi amado, Jimin? — negou.
— De forma romântica não, apenas de família e amigos. — quer conhecer esse amor. — Você que já namorou deve saber como é.
— Sendo sincero, não. — surpreendeu o mais novo. — Namorar não significa que existe amor naquela relação, os três que já me relacionei tinham algum interesse.
— Namorando por interesse, que feio Jeon. — reprovou falsamente a atitude do alfa. — Que tipo de interesse?
— Lembra da beta que namorei? — confirmou. — Namorei com ela para que ela conseguisse ter paz na faculdade, uns alfas perseguiam ela. — contou. — O ômega que namorei, foi porque meus pais começaram a dizer que me casariam por contrato, aí namorei com ele para fugir desse casamento.
— E o último? Qual foi o interesse? — perguntou.
— O empresário? Ele estava tentando fechar um negócio, mas não aceitavam por ele ser ômega, então namoramos por um mês e eu falei em seu nome para assinar os contratos. — Jimin sempre pensou em Jeon de uma forma diferente.
— Então nunca amou essas pessoas? — negou.
— Gostava da companhia delas, mas não os amei. — pensou em falar que sua classificação permite amar apenas uma vez, a sua alma gêmea, mas desistiu.
— Como sabe que não os amou? — vai ter que responder.
— Não sou apenas um Lúpus, mas um Black, minha classificação ama apenas uma vez, e meu lobo o reconhece como companheiro eterno. — explicou. — Meu lobo não teve nenhum como companheiro.
— Agora fez sentido.
Amando apenas uma vez, será que ele se deixaria que a única vez fosse comigo?
Foram até o chalé, e Jimin entrou direto para tomar banho e se esquentar.
Enquanto o alfa loiro refletia olhando a janela, a vista era de tirar o fôlego.
Pegou seu celular para ligar para o irmão, mas saiu do chalé, a audição do ômega é ótima e ouviria cada palavra dita por ele.
O alfa foi parado por um dos primos.
— Por que você não admite logo que Jimin te pagou para estar aqui? — está sentindo que logo vai acabar matando um dos insuportáveis.
— Vocês deveriam pesquisar sobre a família Jeon, primeiro irá ver que não preciso de dinheiro, e segundo, posso te matar com a mão. — desviou do outro e seguiu seu caminho se afastando do chalé.
Ficou em um lugar que veria o chalé, ter certeza que ninguém incomodaria o ômega.
Ligou para o irmão.
— Oi, hyung! — ouviu a voz do caçula.
— Oi, Jun! Não está funcionando. — falou.
— O quê? — perguntou.
— Ser simples, ele pensa que nunca é sobre si. — respondeu.
— É que o Jimin é bem inseguro, ainda mais após os dois últimos que ele se envolveu. — comentou.
— O que aconteceu? — só teve a parte resumida.
— Parecia realmente que daria certo, e no último, Jimin viu ligações dele para floriculturas, um restaurante que ele ama, e uma caixinha com aliança, veio todo feliz me contar que seria pedido em namoro. — a decepção em seguida. — Mas o que recebeu foi um "Não quero um relacionamento com você", então juntando isso e mais rejeições, ele passou a pensar que nunca é sobre ele.
— Quantas vezes ele já foi rejeitado? — perguntou.
— Umas dez vezes. — contou. — Continue agindo assim, mas observe, no dia que ele unir as duas mãos levantando um pouco o ombro, é que ele acabou de pensar "é sobre mim".
— Como sabe disso? — é um detalhe muito único.
— Jungkook, você não é o primeiro Jeon a gostar do Jimin. — surpreendeu seu irmão. — Quer dizer, você ama ele, eu apenas gostei.
— Não vai ficar chateado comigo, né? — negou.
— Já superei isso, há anos. — está bem agora.
— Por que não deu certo? — perguntou.
— Ele já gostava de você. — respondeu. — Mas ele disse que não era só por isso, falou que se nosso relacionamento não desse certo, nossa amizade iria acabar, e ele não queria perder isso por nunca ter tido um amigo como eu, então ficamos apenas como amigos. — o alfa loiro não esperava por essa. — Um tempo depois percebi que prefiro sair com alfas, ômegas precisam de muito cuidado, eu não sei cuidar nem de mim.
— Verdade. — foi xingado pelo caçula. — Então é para continuar assim, sendo simples?
— Ele vai perceber, apesar de ser um pouquinho lerdo, o lobo dele é mais inteligente, vai ajudar. — respondeu. — Agora preciso desligar, meu alfa está me chamando.
— Que alfa Jun-Hyun? — desligou na cara do irmão. — Eu descubro sozinho.
Na hora que voltou viu o ômega deitado e todo coberto, com touca, assistindo algum filme natalino romântico.
— É para suprir a falta de romance na vida dele.
Obrigado pela parte que me toca, lobo.
— Onde estava? — perguntou ao alfa.
— Eu saí para fazer uma ligação, falar com meu irmão. — disse a verdade. — Você sabe quem é o alfa dele?
— Não, aquele sem vergonha não me contou. — continuou assistindo.
— Eu vi seus parentes todos se reunindo enquanto vinha para cá. — comentou.
— Devem estar decidindo sobre a competição dos chalés. — falou sem se importar.
— Competição dos chalés? — não entendeu.
— Meus avós fazem todo ano, o chalé mais decorado e bonito ganha. — explicou.
— Não vai participar? — negou se aconchegando mais embaixo dos edredons. — Por que?
— Acho idiota. — mentiu.
— A verdade Jimin. — percebeu a mentira.
— Eu tentei participar por três anos sozinho, já que nunca dividi o chalé, uma noite antes de revelarem sempre destroem tudo que fiz. Desisti de fazer parte. — disse a verdade.
— Esse ano não está sozinho, podemos fazer juntos. — sugeriu.
— Não acha isso idiota? — perguntou.
— Você acha? — negou. — Então eu também não.
— Tão romântico, beija ele Jimin.
Esse lobo veio com defeito.
— Vamos lá, eu já sei como ninguém vai destruir o que fizermos. — o ômega saiu debaixo dos edredons.
— Vou calçar o tênis. — sentou na cama e calçou.
Saíram com as mãos unidas, os parentes do ômega ainda reunidos, mas conversando entre si sobre a decoração.
— Vovô, nós vamos participar esse ano. — Jimin falou com seu avô, sua prima que estava perto o olhou com raiva, mostrou a língua para a inconveniente.
— Que bom! Seus pais não vão como sempre. — Jin, o filho mais afastado dos irmãos.
— São sérios demais. — e realmente são. — Escreveu nosso nome?
— Sim, vou oferecer para o casal seriedade serem juízes.
Se afastou dos parentes com o alfa.
— Tem que comprar as coisas. — falou.
— Então vamos à cidade. — os dois saíram da chácara no carro, em direção a grande cidade. — Sua prima não gostou nada que vamos participar.
— Se ela não destruísse minha decoração eu ganharia fácil, por isso ela não gostou.
— Esse ano ninguém vai destruir. — vai garantir que isso não aconteça.
Jimin ficou pensando em coisas que poderiam ser feitas, era difícil evitar ficar animado para isso.
Faz cinco anos que não participa, então está empolgado.
Assim que chegaram à cidade começaram a procurar lojas.
— Olha, ali. — apontou.
O alfa estacionou em frente a loja, saíram do carro.
Park não se surpreendeu em ter sua mão segurada pelo mais velho, até lembrar que não estavam na chácara.
Quis perguntar o motivo, mas depois concluiu que se perguntasse o alfa iria soltar.
E ele gosta de sentir a mão quente com a sua.
Jeon ao notar que estava segurando a mão do ômega, até esperou que ele soltasse, mas Jimin continuou olhando para dentro da loja.
— Vamos entrar. — entraram.
O ômega encantado com tudo que tinha.
Passaram um tempo só olhando, para depois chamar uma atendente e ir separando tudo que iriam levar.
— Uma compra desse tamanho, iremos entregar só amanhã. — concordaram.
Jeon pagou por tudo.
Saíram da loja.
— Está na hora do almoço, quer almoçar por aqui? — o alfa o convidou para almoçar.
— Sim, tem um restaurante ótimo aqui perto.
— Beijar que é bom, nada né?
Só pensa em beijar esse lobo.
— Quando voltarmos para Seul, vai ser igual antes de vir? — o mais novo perguntou com medo da resposta.
— Nós dois brigando? — confirmou. — Não, não será igual.
— Então vai me ignorar? Porque quando você não estava me provocando, me ignorava. — tem medo que isso aconteça.
— Não vou te ignorar, prometo! — falou.
Seguiram andando até o restaurante, entraram, um garçom os levou até uma mesa disponível, entregando os cardápios.
— Você que já comeu aqui, alguma sugestão? — Jeon perguntou.
— Todos os pratos com carne, são incríveis. — respondeu.
Assim que escolheram já pediram, e um vinho para o ômega.
— Você veio com alguém aqui? — o mais velho perguntou.
— Não, sempre sozinho. — respondeu. — Costumo ficar em uma sala à parte.
— Por que? Não gosta que te vejam comendo? — negou.
— Sentem pena em ver um ômega comendo sozinho, então evito que vejam. — contou.
— Se tivesse me convidado nos outros anos, eu teria vindo com você. — os olhos do ômega desviaram dos seus.
— Eu pensava que você me odiava. — falou.
— Nunca te odiei, Jimin. — o outro não entendendo algo. — Citou na viagem vezes que eu disse que não gosto de você, e coisas terríveis, se lembra para quem eu falei?
— Uma foi para a anta que só está no meu grupo de amigos por sua causa, e a outra para um ficante meu. — respondeu.
— Seu ficante veio me confrontar, dizendo que se permanecesse perto de você iria terminar tudo, como não queria prejudicar sua relação, falei que não gostava de você nem da sua presença, para ele continuar ao seu lado. — o ômega o olhou. — Se eu soubesse que ele seria um idiota, não teria dito aquilo.
— É, ele foi. — mas quem não foi um idiota na minha vida.
— Com a anta, como você chama, ela me fez ler algo que estava no próprio celular, pelo jeito era por saber que você ouviria. — Jimin sabe que ela é capaz disso, já fez mais no ensino médio com ômegas que gostavam do alfa. — E quando falei para você, estava mentindo.
— E as outras vezes? — perguntou.
— Eu menti, isso acontece bastante quando tenho interesse em alguém. — respondeu.
— Você se interessa por alguém e mente para mim?
— Minha Lua, devolve agora a outra metade do cérebro dele, isso não é brincadeira que se faça, o coitadinho está precisando.
Quieto lobo!
— Ainda vai entender, ômega. — falou. — E você, me odiava de verdade?
— Não, não sou bom odiando as pessoas. — passou a mão em cima dos detalhes da mesa. — Mesmo umas que merecem, eu só me afasto, às vezes penso que sou trouxa.
— Você não é trouxa, tem um coração muito bom. — que acha isso lindo. — Então não odeia a anta e seus primos?
— Esses eu odeio, já me ferraram muito. — se pudesse aniquilar todos.
— Espírito Natalino é uma delícia.
— Como a anta já te ferrou? — perguntou.
— Ela... — pensou bem. — Descobriu quando éramos adolescentes que eu tinha uma quedinha pelo alfa que ela gostava, rasgava minhas roupas, destruía minhas maquiagens, dava meu sapato para o cachorro comer, sem falar de tudo que ela espalhava ao meu respeito.
— Quem era o alfa?
— Irmão mais velho de um amigo meu. — o alfa sorriu.
— Então tinha uma quedinha por mim, ômega? — quase se colocou embaixo da mesa.
— Não era você. — mentiu.
— Era eu sim, aquela doida ficou obcecada por mim desde que me conheceu, aparecia igual fantasma nos lugares que eu ia. — Jimin riu. — Por que nunca chegou em mim para falar?
— Esqueceu que eu tentei falar com você, e me ignorou? — lembrou o alfa.
— Costume feio que eu tinha de ignorar ômegas bonitos que gostava. — ficou da cor de um tomate ao ouvir. — Se insistisse mais uma vez, eu tinha falado.
— O que teria acontecido? Hoje seríamos grandes amigos? — perguntou.
— Bom, acredito que não. — o ômega ficou bicudo. — Se você tivesse falado que tinha interesse em mim, hoje estaríamos quase casando.
Engasgou com a saliva.
— Eita como é atacante esse alfa, mas vai devagar que o Jimin desmaia fácil.
Calúnia!
— Está tudo bem? — bebeu água.
— Agora sim. — respirou fundo. — Sério que acredita que estaríamos juntos?
— Sim, você tinha interesse em mim, e eu em você, iria ficar, namorar, e assim que você fizesse dezenove eu te pedia em casamento. — bebeu mais água. — Por que está tão vermelho?
Acha extremamente fofo.
— Você fala que nós estaríamos quase casando, e quer que eu fique normal? Meu rosto está queimando. — consegue sentir. — Realmente se casaria comigo?
— Com certeza. — tossiu um pouco. — Por que acha isso tão impressionante?
— Jeon, eu não cheguei a namorar ninguém até agora, se eu não fui interessante o suficiente para namorar, imagina casar. — tornou a beber água. — Eu teria aceitado.
— Mesmo?
— Qual é? Não é todo dia que o antigo capitão do time de basquete fala que teria te pedido em casamento. — Jeon riu. — Quando eu cheguei na escola, com doze anos, você que me ajudou a chegar na minha sala porque era a mesma do seu irmão, nem deve se lembrar.
— Eu lembro, você estava usando um moletom branco em cima do uniforme, e o primeiro ômega da escola a preferir a saia do que a calça. — se surpreendeu pelo alfa lembrar.
— Era verão, muito calor para ficar usando calça. — ainda usa de vez em quando, mais no verão. — Sentei perto do seu irmão, quando tentei me apresentar ele disse "Não vou te apresentar meu irmão, cai fora", só após eu dizer que queria ser amigo dele que foi contar o nome, fui o primeiro a querer ser amigo dele e não o usar para chegar até você.
— Jun odiava a escola por conta disso. — seu irmão vivia reclamando. — Falou que eu era o antigo capitão de basquete, como alguém muito desejado...
— Jeon, você era o alfa mais desejado da escola, e tenho certeza que na faculdade foi igual. — falou.
— Talvez. — foi igual. — Como ia dizendo, você era o líder da equipe de torcida, grande parte dos alfas e betas, queriam ficar com você.
— Queriam nada, via eles falando comigo, porque eu fazia o caminho até algum dos meus amigos. — isso surpreendeu o alfa. — Você realmente tinha interesse em mim?
— Sim. — o ômega ainda está processando tudo que descobriu.
— Senhores — foram servidos com a comida e vinho para o mais novo, Jeon iria beber refrigerante. — Bom apetite.
— Obrigado! — agradeceram.
— Se tinha interesse, por que não falou comigo? — perguntou.
— Eu me aproximei, você mandou eu ir me fuder. — levou um chute na canela. — Essa canela é minha.
— Falar, "Oi Jimin, tenho interesse em você, quer ficar comigo?", e não "Oi toco". — ainda pensa em bater em Jeon por isso.
— Meu irmão tem razão, você é mais simples do que eu imaginava. — outros ômegas pediriam buquês enormes, cestas de chocolate, itens importados, Jimin quer uma simples frase que demonstre o que sente.
— Sempre humilde, graças a Deus!
— Pensava que eu era complicado? — perguntou.
— Não, você nunca se mostrou como alguém complicado. — respondeu.
— Tem gente que discorda de você. — bebeu um pouco do vinho.
— Eles não sabem do que estão falando. — tem certeza disso. — Você é uma caixinha de surpresa, um enigma em certas situações, mas se olhar bem de perto dá para ver como você é simples.
— Nunca me descreveram assim. — é sempre como "chato e complicado".
— Alguém tinha que ser o primeiro.
— Eu já tinha beijado ele.
Lobo oferecido!
Comeram em um silêncio agradável para ambos, a música calma do restaurante ajudava.
Assim que terminaram, Jimin pediu sobremesa, torta de maçã com canela e uma bola de sorvete.
— Está boa! Quer um pedaço? — ofereceu, a Jeon que estava bebendo água. — Quer né.
Pegou uma colher, um pedaço e um pouco do sorvete.
— Vai, abre a boca. — esperando.
Eu, um alfa desse tamanho, recebendo comida na boca, que péssimo! Pensou.
Abriu a boca, Jimin colocou o doce em sua boca.
— Boa né? — voltou a se concentrar.
— Sim. — realmente estava.
O alfa pagou a conta e eles saíram do restaurante.
— Que roupa você vai usar no jantar de Natal? — perguntou.
— Camisa preta, calça preta, e casaco preto.
— Você não vai de preto! — se recusa. — Vamos comprar roupas para você.
— Mas eu tenho roupa. — Jimin ignorou procurando uma loja.
— Vamos naquela. — segurou a mão do alfa e saiu o levando.
Só se deixou ser levado, por ficar prestando atenção na mãozinha segurando a sua.
Entraram na loja.
— Você é um alfa pequeno, médio, ou grande. — perguntou olhando alguns casacos vermelhos.
— Bem grande. — Jimin levantou a cabeça e olhou para ele.
— Pensei que fosse médio, você não tem dois metros. — agora Jeon entendeu.
— Ah! Você estava falando do tamanho do corpo. — o ômega ficou confuso.
— Pensou que eu estivesse perguntando do quê? — perguntou. — Seu malicioso! Eu jamais faria essa pergunta.
O alfa riu pela carinha de bravo que o menor está.
Soltou seu cabelo, e passou a mão nos fios loiros.
— Se estiver flertando com alguém, eu te agrido, aqui em Busan você é meu namorado, não aceito ser corno. — ameaçou.
— Mas eu só soltei o cabelo.
— Não, você soltou e passou os dedos de forma sensual, com olhos de quem está flertando. — conhece o alfa.
— E para quem eu estava olhando, ômega? — perguntou.
Jimin pensou, os olhos estavam o tempo inteiro nele.
— Deve ter alguma coisa para lá. — saiu andando na frente.
O mais velho foi atrás.
— Ômega tímido.
— Eu tô ouvindo Jeon. — escondeu o riso. — Aqui, experimenta isso.
Entregou a blusa de lã vermelha com um monte de biscoitos.
— Brincadeira né? — negou. — Não, nada de biscoitos, ou coisas vermelhas.
— Chato! — resmungou e voltou a procurar.
— E o que você vai usar? — perguntou.
— Blusa de lã marrom, e calça branca. — respondeu.
— Eu não posso ir de preto, mas você pode ir de o próprio biscoito? — bateu no alfa.
— Me chama de o próprio biscoito de novo, que você vai voltar para Seul correndo!
— Nada de ameaças. — lembrou o ômega. — Pode achar outra coisa para você, se não aceita ficar do meu lado eu estando de preto, perto do bis... — quase morreu só pelo olhar. — De marrom.
— Tá! Para nós dois, mas você paga. — escolheu uma blusa azul-claro com flocos de neve para ele. — Agora achar para você.
— Olá, precisam de ajuda? — um beta se aproximou.
— Oi! Agora só falta para ele, o meu eu já achei. — mostrou no cabide a blusa.
— São um casal pelo que vejo, temos no tamanho dele da mesma que você escolheu, todas essas blusas são para casal. — Jeon quis matar o atendente.
— Ou procuramos mais. — sugeriu.
— Não, vamos com roupa combinando. — Park achou uma excelente ideia.
O atendente achou no meio de tantas outras.
— Aqui, o provador fica ali.
— Obrigado! Vamos my life! — até esqueceu que estava detestando usar roupa combinando com o apelido.
Foram até o provador, apenas uma cabine livre.
— Vamos na mesma. — entraram juntos, fechou a porta. — Anda Jeon, vai ficar aí parado igual estátua.
— Pretendia. — viu o ômega começar a tirar o moletom que usava, e notou algo brilhando. — O que estava brilhando?
— Meus piercings. — respondeu e pendurou o moletom.
Abriu a boca, o ômega tem piercings.
— Fecha a boca, Jeon, vai entrar mosca. — vestiu a blusa.
O alfa tirou o sobretudo.
— É melhor tirar essa blusa grossa. — se olhava no espelho.
— Sabe que não tem nada por baixo né? — perguntou.
— Eu já te vi sem camisa, Jeon, anda logo. — tirou a blusa, e Jimin tentando evitar olhar tanto o tronco tatuado.
— Tatuagens novas. — notou.
— Já tem um mês. — vestiu a blusa de lã. — Pronto!
Se olharam no espelho.
— Você tem calça branca? — Jimin perguntou. — Óbvio que não, vou pegar uma para você.
Tirou a blusa, mas a camiseta embaixo foi junto.
— Para de olhar meus mamilos Jeon. — tampou.
— Estava olhando os piercings. — se defendeu.
— E onde estão? — vestiu novamente a camiseta e o moletom.
— Isso não vem ao caso.
— Claro, alfa babão.
Saiu do provador, deixando Jeon sozinho.
— Isso não é bom. — resmungava procurando as calças. — Não é nada bom!
— O quê? — o lobo perguntou.
— Estou amando meu namorado secreto...............
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!
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