CAPÍTULO VINTE E OITO
RENATO
Era possível Léo estar mais lindo? Porque para mim ele estava mais que lindo, a minha vontade quando o vi era de o agarrar com força e o beijar, mas Dayana e os outros meninos estavam ali então não tinha como.
Quando nossos olhos se encontraram pude lembrar da sua boca na minha e em outro lugar também. Léo desperta um lado em mim que eu não conhecia, mas é bom.
Engoli em seco com as lembranças do que fizemos ontem e a vontade que tenho é de repetir tudo de novo. Léo provoca a Dayana me abraçando, não sou bobo sei que ele está fazendo alguma coisa pela sua cara. O sorriso travesso me deixa um pouco com medo.
Na verdade, eu estou me cagando de medo, Léo não seria louco de falar alguma coisa do que aconteceu entre nós, não é? Olho para o meu amigo apreensivo e ele me olha com um olhar inocente, mas esse olhar também estava presente ontem e ele fez muitas coisas com ele.
Léo cumprimenta a todos com muita alegria e diversão. Meu amigo sempre é o mais alegre de todos nós, ele faz a alegria da casa e isso é tão bom. Leonardo é a nossa alegria e é a minha maior dúvida.
– Vai participar do meu vídeo? – Pergunto para ele que me olha de cima a baixo e assente.
– Sobre o que é o vídeo? – Ele pergunta olhando mais uma vez para Dayana, colocando a mão no meu ombro e passando-a até o meu antebraço. Franzi o cenho, meu coração pula no peito e olho para Dayana que está com os braços cruzados olhando para nós. Meu medo de ela perceber alguma coisa faz com que eu afaste a mão do Léo.
– É testando as minhas armas. – Falo meio sem graça e ele me olha de cima a baixo com uma expressão de desinteresse. Fiquem tranquilos, não são armas de verdades e sim de airsoft.
– Tá. – Fala frio dando de ombros, ao perceber isso franzo o cenho. Quando vou abrir a boca para perguntar o que eu havia feito de errado ele me dá as costas e vai falar com os meninos que estavam na sala de jogos conversando sobre alguma coisa.
Franzi o cenho com a atitude dele, o que eu fiz? Olho para Dayana sorrindo de lado para ela, a mesma me olhou com a sobrancelha erguida e sorriu forçado. Engoli em seco por medo dela ter percebido algo.
Olho para Léo e ele está falando algo com o Renan, a intimidade desses dois ainda meio que me incomoda. A verdade é que agora não sei o que esperar do Léo. Ele me tem na palma da mão e isso me causa um certo medo. Vou até a Dayana e a abraço de lado.
– Você tá bem? – Pergunto e vejo Léo nos olhando, dou um beijo na cabeça dela e a mesma me olha.
– Por que o Léo fica assim com você? – Pergunta de braços cruzados me olhando séria. Esse era o meu medo.
– Assim como? – Me faço de desentendido e ela revira os olhos.
– Você acha que eu sou cega? – Ela me pergunta aumentando um pouco o tom de voz, quebro o abraço e a olho assustado com a sua reação. Meus amigos olham de longe e isso me deixa desconfortável.
– Como assim? O que você tá falando? – Pergunto dando de ombros, eu sei muito bem porque ela está assim, mas não posso deixa-la perceber e tenho que agir como se não soubesse de nada.
– O Léo toca em você, te abraça e beija e você não percebe? Ele tá me provocando e eu não sou obrigada a aguentar isso. – Ela fala para que só eu escute e sinto um frio na barriga, o medo e o nervoso se misturando me deixando apavorado.
– Mas qual o problema nisso? Meus outros amigos também me tratam assim. – Falo indignado com a atitude dela. Ela me olha de cima a baixo e nega com a cabeça.
– O que tá acontecendo gente? – O assunto da nossa conversa pergunta de cenho franzido, junto com os outros meninos ao seu encalço. Dayana olha para Léo e revira os olhos.
– Só o que faltava. – Fala com arrogância, Léo ergue as sobrancelhas em surpresa. Olho para ele e ele dá de ombros.
– Léo deixe a gente conversar, por favor. – Falo olhando para ele que me analisa e nega com a cabeça.
– Tudo bem. – Fala dando de ombros e virando as costas, mas antes que ele se afaste por completo Dayana explode.
– Não, deixa ele aqui que ele precisa escutar, volta aqui seu falso. – Dayana fala com raiva e Léo e os meninos olham para ela. Léo está vermelho mais que o normal é claro.
– O que você disse? – Ele pergunta vindo até onde estamos, meu amigo está com raiva isso é evidente. Me coloco a frente de Dayana e olho suplicante para Léo.
– Léo, por favor para. – Falo e meu amigo me olha com indignação e raiva.
– Por que você me chamou de falso, garota? – Léo pergunta olhando para Dayana e ela ri cínica e olha para Léo com raiva, os meninos estão perto do Léo para qualquer coisa e eu estou à frente de Dayana.
– Aaah, agora você não sabe? Vai se fazer de idiota agora? Você tava na maior intimidade com meu namorado e me olhando provocativo enquanto isso e agora vai dar uma de desentendido? – Ela fala com raiva.
Vejo Léo respirar profundamente, Thales toca no ombro do nosso amigo e Léo morde o lábio.
– Você tá louca? A gente se trata assim há muito tempo e onde que eu estava provocando você? Você tá doida. – Léo fala e eu o olho suplicante para ele parar.
– Léo por favor para, deixa a gente conversar. – Falo suplicante e o mesmo me olha com raiva.
– Mano você fez uma regra e a está quebrando, já percebeu? – Léo fala me olhando e sinto o peso das suas palavras.
É verdade, eu quebrei minha regra principal. Não trazer ficantes ou namoradas para a casa, ao não ser que seja realmente preciso.
– Sai daqui seu escroto, a gente estava bem melhor sem você. Seu falso. – Dayana fala com raiva e vejo meu amigo morder os lábios com força, Thales, Renan e Eduardo tentam acalmar o Léo. Ele sorri maldoso e sinto um frio no estômago.
– A única falsa aqui é você, todo mundo aqui nessa casa se trata do jeito que tratei o Renato. A única que não é bem vinda aqui é você. Não sei nem porque você está aqui mesmo, se você está incomodada vai para puta que pariu. – Léo fala com tanta raiva na voz que fico com medo dele fazer alguma loucura, Dayana começou a xingar meu amigo de todos os nomes possíveis e eu tentei para-la, mas ela não me escutava.
Léo ouviu tudo aquilo olhando para minha cara, era evidente a raiva do meu amigo porque seu rosto parecia um pimentão de tão vermelho que estava. Os meninos negavam com a cabeça a atitude de Dayana e falavam a favor do Léo.
Minha mãe olhava tudo aquilo de braços cruzados e vi o momento exato que olhou para Dayana com raiva quando ela chamou Léo de "viadinho, filho da puta." Minha mãe não aguentou e veio com a expressão fechada caminhando até onde estávamos.
– QUE PALHAÇADA É ESSA AQUI? QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ESTAR FALANDO ASSIM COM O LEONARDO? VOCÊ JÁ FEZ SEU SHOWZINHO, AGORA JÁ PODE IR EMBORA. – Minha mãe grita para Dayana, dava para ver que minha mãe estava com raiva ela não gosta que ninguém fique humilhando alguém dentro da casa e muito menos que seja um dos meninos.
Dayana olha para minha mãe surpresa com a atitude dela, até eu fiquei surpreso com essa atitude da dona Íris. Já havia visto minha mãe com raiva, mas já fazia muito tempo.
– Tá tudo bem, tia Íris. – Léo fala com a voz fraca e toca no ombro da minha mãe que olha para ele e nega com a cabeça.
– Não, ela vai embora. Não quero mais ela aqui. Quem ela pensa que é para falar desse jeito com alguém? Vamos, tá esperando o quê? – Minha mãe fala olhando para Dayana, eu fiquei sem ação. Meu corpo ficou em estado de choque. Dayana me olha e olho para Léo que me olha com os olhos cheios de lágrimas, mas piscava forte para não deixar elas caírem. Aquilo me partiu o coração. Olho para a minha até então namorada.
– Você ouviu minha mãe. – Falo saindo da frente dela e a mesma me olha indignada com aquilo, ela bufa e vai pisando duro para a garagem. Olho para os meninos e minha mãe que me olham com um olhar indignado. Vou até a Dayana para abrir a garagem para ela ir embora.
A atitude dela me surpreendeu muito, não esperava esse lado ciumento da garota nunca a vi agir dessa forma. Antes de sair da área da piscina escuto minha mãe perguntar para Léo:
– Você tá bem Léo?
Depois disso, não escutei mais nada, mas eu não percebi uma coisa, fui lerdo como sempre. Não perguntei se Léo estava bem e nem sequer olhei para ele, dei a entender que me importei mais com a Dayana do que com ele. E eu veria o resultado da minha escolha idiota, mesmo que sem querer.
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