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Qualquer erro escrevam ou ponham ⚠️ já irei entender
Boa leitura!
Acordei dessa vez com afagos na minha cabeça, me surpreendo ao observar o 95 fazendo aquilo. Por que está fazendo isso comigo? Por que uma hora ele manda homens me baterem, e em outra é carinhoso com a minha pessoa?
— Que bom que já acordou! Estamos te levando para a casa do 97. Tenho certeza que ele vai adorar uma coisa fofa como você! — Sorriu para mim, como se tentasse me passar confiança, ou algum tipo de encorajamento.
Quando aquele cômodo ambulante para de andar, 95 abre uma das paredes e tira uma das fivelas que segurava o meu corpo. Ele abre a parede do lado dele e sai daquele lugar, e me olha esperando fazer o mesmo.
Timidamente saio do cômodo ambulante, envolvi os meus braços ao redor do meu corpo em uma espécie de abraço protetor, e fui caminhando atrás do 95 até chegar em uma casa enorme.
O 95 aperta a campainha, após no máximo 5 minutos, um homem alto atende a porta, ele usava roupas longas e escuras, seu cabelo castanho estava jogado para o lado, e o desconhecido não estava com uma cara tão amigável...
"Tenho certeza que ele vai adorar uma coisa fofinha como você!" Uma vozinha irritante imita a fala do 95 no cômodo ambulante.
Quem vai adorar é você, vendo o meu sofrimento.
— 97, como está? — Cumprimentou animado — esse aqui é o humano que falamos antes, você terá que ficar com ele, já que não temos outra pessoa para cuidar, tudo bem?
— Eu não tenho escolha mesmo — disse dando de ombros — ele foi resgatado pela agência, certo? Cadê as malas dele? — Perguntou como se eu não estivesse lá ouvindo tudo o que dizia.
— O humano foi encontrado na prisão de extermínio... — 95 diz nervoso. Mas, espera aí! Eu estava em uma prisão? Eu não estava em um abrigo? Viro o meu rosto para o homem que me fez mal, tenho certeza que a minha cara demonstrava toda a confusão que estou sentindo internamente.
Isso explica muita coisa...
Calma, mas eles iriam me exterminar? Falei que esses abrigos só queriam matar os humanos... O novo governo não se importa mais conosco, na verdade, nenhum sobrenatural, e os poucos que se preocupam, não conseguem nos cuidar da mesma forma como deveríamos ser tratados.
— Bom... Ele terá que ficar contigo — continuou 95 e o 97 estava com uma cara pouco amigável — já que o 94 e o 92 não estão aptos para recebê-lo — completou.
O homem abre a porta, e eu entro com 95. O interior da casa era muito bonito, com móveis de cores escuras e um pouco grandes para a minha altura. Talvez o 97 possa me ajudar a subir neles quando estiver de bom humor.
— Eu já vou indo — avisou o 95 — tenho que cuidar do meu alfa, alguns presidiários do Sul se rebelaram e nós não estávamos preparados — o homem de cabelos castanhos olha para mim. O que foi? Eu fiz algo errado?
O 95 sai de casa, e o acastanhado o acompanha até o lado de fora, os dois conversam um pouco antes de se despedirem. Quando o homem alto voltou para cá, o seu rosto tinha um semblante sério...
Lá vem notícias ruins...
— Você dormirá no quartinho do quintal, lá você poderá tomar banho e dormir — me leva até o lado de fora da casa, e posso observar rapidamente o que tem por lá, de um lado parece ter um canto para jardinagem, e do outro, tem um quartinho para os funcionários da casa.
O homem de cabelos escuros me joga dentro daquele quarto, o cômodo é muito sujo e escuro, não sei como alguém poderia viver aqui. Por um momento me lembro do quartinho da minha antiga casa, já que este lugar é parecido com o de lá.
Eu fiz coisa errada?
Começo a espirrar por conta da sujeira — tenho alergia a pó, e aqui tem demais — queria saber onde tem um chuveiro para poder me limpar, estou muito sujo, perdi o banho de ontem, e ainda não tomei o de hoje.
Levanto do chão que ele me jogou, e vou tocando nas paredes, até que encontro o interruptor, quando acendo a luz, vejo o quarto minúsculo que estou.
No fim do quarto está um boxe de chuveiro, e um vaso sanitário, no canto direito, próximo à porta, está uma pequena cama de solteiro, e no canto esquerdo uma prateleira com alguns produtos de higiene e conjunto de cama.
Ótimo, uma suíte... Mas como vou me alimentar?
Deito na cama para ir dormir — faz um bom tempo que eu não durmo em uma cama tão confortável como essa — coloco os cobertores em cima do meu corpo, fecho os meus olhos, e tento viajar para o meu segundo mundo.
Mas ouço um barulho...
Será que é o monstro do quartinho? Mas ele só aparecia quando estava escuro. Ouço o barulho de novo, minha barriga está doendo um pouco, e sinto um delicioso cheiro...
O barulho apareceu de novo...
Tento sair do quartinho, por sorte consegui abrir a porta, volto às minhas memórias, para me lembrar do caminho que o 97 percorreu até chegar aqui, já que o seu quintal é imenso, e posso me perder a qualquer momento. Vou andando conforme os meus instintos, até encontrar uma porta, levo os meus braços para cima, e vou de encontro com a cozinha.
— O que o senhor está fazendo? — Pergunto para o homem à minha frente — o cheiro está delicioso! Posso ajudar?
— O que você está fazendo aqui? — o homem se vira, e eu vejo ser o 97 — eu tinha te mandado para o quartinho!
— Me desculpa, mas você não falou que eu deveria ficar lá! Eu também senti esse cheiro delicioso e me deu vontade de comer — faço uma cara fofa, para ele atender o meu pedido — você pode me dar um pouco de comida? A última vez que comi algo foi uma barrinha de manhã, e isso faz dois dias!
— Tá! Tá! Tá! Vou te dar comida. Diferente de vocês, eu não mato pessoas da minha espécie, abuso delas, ou faço uma simples guerra, mesmo sabendo que perderei, por não aceitar o diferente.
Ele está falando de mim?
Mas eu não fiz nada disso!
Só comi as comidas do supermercado enquanto todo mundo estava guerreando...
— E pode tirar esse bico da cara! Tenho certeza que de santo você não tem nada, se não você não teria ido para a prisão — acusou o de cabelos escuros — só gostaria de saber o porquê te tiraram de lá...
O mais alto começa a colocar as comidas na mesa, fico na ponta dos pés para conseguir me sentar na cadeira, porém quando o dono da casa percebe o que estou fazendo, logo me para.
— Não! — Paro de tentar subir na cadeira, e presto atenção no que ele dirá — você comerá no chão, ou se não, você fica sem comida.
Fico atento em tudo que o 97 está fazendo, até ele colocar um prato no chão — longe da mesa, só para não ter que me ver comer.
É... O 95 deve estar amando minha situação...
Por isso ele estava sendo tão gentil comigo...
Como a comida do mesmo jeito, sempre quando eu como minha barriga para de doer. Não demora muito até terminar o meu prato, levo ele até a pia, e com dificuldade consigo colocar lá.
— Senhor... — Ele me olha como se não quisesse me ouvir — você poderia me trocar de quarto? Lá tem muita poeira, eu não consigo parar de espirrar! — Ele sai da cozinha, e volta depois de três minutos segurando uma vassoura, o 97 coloca na minha mão, e me joga no quintal.
É... Realmente será difícil morar aqui...
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Acho que vocês vão gostar do próximo capítulo...
desisti de ficar corrigindo parágrafo por parágrafo, me desculpa comentários antigos (T - T)
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Até o próximo capítulo! 💚
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