Capítulo 5

— Fer, Fer acorda — disse Miley me puxando pelo braço na aula de matemática. Eu não havia dormindo quase nada na noite passada. Depois que eu e And acabamos de fazer amor o sono não veio, ficamos conversando até perder o tempo. Eu coloquei meu anime para vermos, Loveless. Pela primeira vez, And assistiu um anime comigo. Enquanto o anime não acabou, não saímos de cima do laptop, e quando vimos já estava tarde demais. Agora eu estava babando em cima do meu caderno. — A professora já olhou várias vezes para você — continuou Miley olhando para mim.

Limpei meu rosto, e olhei para a frente. A sala estava razoavelmente em silêncio. Corri o olho para o meu lado, e vi And copiando a matéria, ele é sempre tão lindo, o rosto rígido sério enquanto sua mão deslizava pelo caderno.

Quando percebi, a lousa já estava cheia e eu atrasado. Copiei tudo rapidamente.

Na hora do intervalo, eu estava sentado ao lado de Miley. Ela tinha uns 17 anos, e era normal para sua idade. Da minha altura, peitos médios, uma bunda maior que a minha, olhos pretos e um lindo cabelo encaracolado que lhe caia até as costas, na frente tinha uma franja. Sua pele era morena, uma cor linda. Ficamos amigos a menos de dois anos, mas foi uma grande amizade desde o começo.

— Não dormiu direito, foi? — perguntou ela olhando para cima. Vendo a árvore em cima de nós balançar com o vento. Estava uma manhã agradável.

— Quase isso — disse olhando na direção do refeitório. Anderson havia ido buscar lanches para nós três e já estava demorando. Minha fome aumentava, os roncos em minha barriga eram a prova vida disso.

— Ai — gemeu Miley quando viu que o amigo de And estava caminhando ao lado dele, ao nosso encontro. — Não gosto daquele sujeito, ele acha que só porque é gatinho toda menina tem que sair com ele.

"E eu sou a única que não caiu na dele" disse, Miley e eu, ao mesmo tempo a frase que mais saia dos seus lábios.

— É isso mesmo. Nunca vou ficar com um cara assim — terminou ela.

Ficamos em silêncio enquanto os rapazes chegavam. And trazia dois lanches e dois refrigerantes, o mesmo trazia Pietro, o amigo de Anderson.

Pietro era um pouco mais alto do que nós três ali. Seu rosto era de um homem alto e sério, mas quando abria a boca só falava bobagens. Ele tinha um corpo definido, até mais do que eu e meu irmão. Seu cabelo sobre os olhos era o charme com as gurias, que ele fazia questão de dar atenção individualmente para elas. Seu sorriso é de quebrar qualquer coração.

— Aqui está, linda — disse Pietro a Miley, ela deu uma boa olhada nele e depois pegou o lanche com o refrigerante. Acho que não era o único que estava morrendo de fome, ou era teria jogado o cabelo para o lado e saído de perto dele.

— Obrigada — disse ela não sorrindo para ele. Ele estava sorrindo.

— Um beijo paga — brincou ele se sentando entre mim e ela. Do meu outro lado estava And, comendo em silêncio.

Todos comemos em silêncio. O som que vinha da escola, dali onde estávamos, era distante, como se não estivéssemos na propriedade. Aquela não era a única árvore na escola, atrás dessa havia um monte delas, quase formando um pequeno parque. Mas ninguém vinha para essa parte da escola, pois aqui o wi-fi não pegava.

— Então, vocês vão no jogo nesse final de semana? — perguntou Pietro tomando um pouco de refrigerante. Já havíamos comido. — A estrela vai estar em campo.

— E desde quando você é uma estrela? — perguntou Miley fazendo todos nós rir. Pietro resmungou algo como "engraçadinha", mas não entendi muito bem.

— Eu sou o bom — disse And ainda sorrindo.

— Quem aqui é o capitão do time? — indagou Pietro com um ar de superioridade. Aqueles músculos no corpo dele não nasceram da noite para o dia. Ele sempre se dedicou ao esporte, tanto que chegou a ser capitão do time de futebol da escola. Ah, se ele se dedicasse assim as notas...

— Veremos por quanto tempo — respondeu And sorrindo sem mostrar os dentes.

Fiquei no meio deles ouvindo a conversa. E rindo das várias tentativas que Pietro tentava de beijar Miley. Toda vez que Pietro mudava o assunto de pessoa em pessoa, eles no cutucava. Aquilo era e dar nos nervos. Quando o sinal tocou, ele avançou para cima dela, sendo mais rápida, ela deu um tapa no rosto dele.

— Sai daqui, inferno — disse ela. Comecei a rir e a puxei pelo braço, ajudando-a a se levantar.

Anderson foi do meu lado para a sala, senti vontade de beija-lo e abraçá-lo, mas não poderia fazer aquilo ali. Tinha que esperar até chegar em casa, o que era uma droga total. Desde ontem eu fiquei ainda mais apaixonado por ele, e agora estava sentado ao seu lado como se nada tivesse acontecido.

Para minha alegria, a hora de ir embora chegou.

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