Meu filhote vai embora?

Oi, oi tudo bem? Espero que sim

Quanto mais dezembro vai passando, ouço mais pessoas felizes que estão de férias e eu aqui esperando o calendário acadêmico falar ao meu favor pelo menos uma vez na vida...

Greve de professores a parte, aqui está mais um capítulo para vocês heheh

Desejo a todos uma boa leitura, e sintam-se confortáveis em me corrigir caso necessário!


Uma semana se passou desde o cio do Jungkook, sete dias se passaram desde que o Jimin perdeu a marca do demônio, 168 horas correram desde o momento que o Park recebeu uma nova marca.

Ou pelo menos era o que o casal esperava.

O rosado mais uma vez surpreendeu o Jeon, mas desta vez não foi em um bom sentido.

Com o passar dos dias, o alfa foi percebendo que a cicatriz do seu companheiro estava desaparecendo, mas acreditava fielmente que era só o corpo do rosado curando o excesso de ferida. Muitas vezes, o de cabelos escuros passava noites em claro questionando o seu lobo, perguntando se fez algo errado com a marca para ela estar sumindo daquela forma, no entanto, o seu animal sempre o tranquilizava e dizia que estava tudo certo.

Mas não era como se o Jeon confiasse fielmente no seu companheiro lupino, ele já o fez passar poucas e boas em relação ao seu companheiro de alma.

De qualquer maneira, o mais velho notou esta manhã que não deveria ter confiado no seu lobo. Ao acordar ao lado do seu companheiro, o mais velho foi tentar lamber a marca do Jimin — que até a noite anterior parecia duas picadas de formigas —, mas ao se aproximar do pescoço do mais novo, Jungkook pôde notar a ausência da cicatriz naquela região.

Não havia marca alguma.

O mais velho segurou as lágrimas que queriam se formar ao máximo. Então era isso? O Jimin não gostou do que fizemos? Ele me rejeitou? Rejeitou a minha marca?

O Jeon desceu as escadas e ligou para o Jin, falou para ele que não poderia ficar cuidando do Jimin pelos próximos dias, pois estava sofrendo a síndrome da rejeição. Precisava manter distância da pessoa que havia o negado, para poder superar este sentimento.

É... Talvez não é porque ficamos juntos em outras vidas, que quer dizer que ficaremos juntos nesta... Eu também não comecei muito bem para ser merecedor do seu amor...

Quando Jimin acordou, estranhou o outro lado vazio da cama, ao descer as escadas tentou abraçar o de mechas escuras, mas ele negou o afeto e disse para o outro fazer as suas malas, pois passaria um tempo na casa do Jin, já que o mesmo necessitava de um tempo sozinho.

E neste momento, o Park observava a cidade pela janela do carro, ele não entendeu muito bem o motivo desta saída, mas acreditou que o Jeon partiria em uma missão especial, e precisasse que o Park ficasse na casa de outra pessoa, (para não trazer o caos na sua casa), então mesmo a certo contragosto, aceitou voltar a morar com o Seokjin por um pequeno período de tempo.

Ele só não esperava que a recepção daquela vez fosse menos calorosa do que a anterior.

Desta vez Seokjin se mantinha muito ocupado entre os plantões que ele se colocava, o ômega não queria acreditar que o Jimin rejeitou o seu companheiro de alma, para ele, estava nítido que os dois se amavam, então porque o garoto fez isto?

Por sua vez, o Park começou a trocar mais ideias com o Namjoon, o alfa o levava e trazia da sua escola — o que mais tarde causou certo estranhamento entre os alunos, pois o menino não estava mais com o sub cheiro do Jeon, e outra pessoa era responsável pelo seu trajeto até lá.

Jungguk foi uma das pessoas que mais ouviu sobre a atual situação do rosado — e tomou nota de como não agir com o seu Jimin, e como este Jimin tinha mais coisas parecidas com a sua vida —, o Park lhe dizia como achava estranho toda essa situação, como estava com saudade do Jeon, todavia era interessante como ele e o Joon estavam se dando bem daquela vez.

O Kim não precisou instalar câmeras pelo apartamento — como fez anteriormente — justamente por participar quase integralmente na vida do mais novo, o alfa tomava notas mentais automaticamente sobre o menor.

E o Namjoon aos poucos ia entendendo, ele ia entendendo cada vez melhor sobre o ser que residia no mesmo teto que si...

Já com Jungkook a coisa ocorria de forma diferente, depois de alguns dias o seu lobo desistiu de conversar consigo, fazendo com que residisse naquele lugar somente ele e os seus pensamentos, o que lhe causavam a maior tortura.

Eu não fui o suficiente.

Jimin me rejeitou porque merece alguém melhor.

Será que ele gosta daquele tal de Jungguk?

Eu devia ter o tratado bem desde a primeira vez que o vi, por isso ele não gosta de mim...

O que fiz de tão errado? Espera, por que estou ouvindo ele chorando?

O que aconteceu naquele cio?

— Você tem que passar isso aqui na sua cicatriz — Namjoon falou para a queimadura borbulhante, na qual antes era a marca de reivindicação do demônio sob o Jimin.

— Obrigado Joon — o menor sorriu grato — espera aí, isto daqui é pomada com sangue do Drácula? Como você sabe que pode me ajudar?

— Olha, eu não sei se você já conheceu o meu marido, ele é médico, sabe? Aprendi uma coisinha ou outra com ele — o alfa sorriu de canto.

— Mas eu pensei que o Jin detestasse que usássemos sangue de vampiro...

— Você já sabe o que aconteceu durante a guerra, né?

— Sim, os sobrenaturais se revoltaram de permanecerem escondidos e- — foi interrompido pelo bufo do Namjoon.

— O que é que eles te ensinam na escola, hein? Olha, vou te contar o que aconteceu durante aquele período

As duas Coreias estavam instáveis, não se sabia ao certo o que o Sul estava fazendo, o Norte ouvia diversos rumores sobre preparação de uma arma nunca jamais vista, e começávamos a nos preparar para uma possível batalha. Há muitos anos atrás, tínhamos feito um acordo ao qual concordamos em manter os sobrenaturais na parte norte, porém os que queriam ir para o Sul viver entre os humanos tinham que passar por um teste extremamente rigoroso para estar apto a viver entre os mais frágeis.

Como disse, houve diversos rumores sendo espalhados entre os dois países, o que era de certa forma lógico. Os demônios estavam querendo subir ao poder, e nada mais fácil do que fragilizar um lado, para poder ocupá-lo. Quando finalmente conseguiram foi quando as coisas pioraram, principalmente no Sul.

O Tae e o Yoon são híbridos raros de vampiro e lobisomem, as duas espécies não se dão muito bem pelos seus motivos, e é por isso que os torna especiais. Naquele período eles já conheciam o Hoseok, os três estudaram juntos durante a era pré-demoníaca e houve uma pausa na era demoníaca, isso porque alguns dos seus parentes haviam sumido. Foi uma fase difícil para ambos, ver suas famílias correndo ao redor do país à procura dos seus.

Assim a história se passa aos olhos do Jungkook, ainda na Coreia do Sul, após o sumiço e reaparecimento de sobrenaturais, ocorreu o mesmo com os humanos, mas ao contrário de nós, a antiga espécie do Jeon voltava em estado de óbito. Foram poucos, como o Jungkook, pessoas comuns, que tiveram um desenvolvimento positivo, por conta disso as empresas de ídolos começaram a relatar o desaparecimento dos seus empregados.

Mais tarde, durante a guerra conhecemos estes três, e descobrimos que no mesmo lugar no qual o Jeon frequentou um dos seus piores dias de vida, foi o local que a tia vampira da família Kim havia sido levada e feito a retirada de células as quais foram utilizadas em procedimentos como o do Jungkook.

Seokjin ficou completamente sensibilizado sobre a situação toda, pois como o Jeon era o teste 001, ele era o primeiro a receber o tecido sanguíneo dos vampiros para a sua cura quando os experimentos deram errado. No entanto, por ser humano, e não estar passando pelo processo de transformação, as reações eram terríveis para o seu corpo, isto fez com que ele tomasse mais cuidado com as transfusões sanguíneas que ele fazia em alguns humanos, depois que houve a unificação no período pós-demoníaco.

— Então esta pomada poderá me causar mal?

— A quantidade de sangue vampiresco é mínima para dar alguma reação em um corpo humano — não é como se eu estivesse nos laboratórios sabendo a quantidade exata de humanos que foram testados para isso. Completou em sua cabeça — mas pelo que vejo Jimin, você não precisa se preocupar com isto, certo? A sua própria áurea já não se preocupa mais em disfarçar sua adversidade.

— Aish, toda vez falam da minha áurea, vocês dizem como se eu tivesse controle sobre ela!

— Sabe Jimin, eu ouvi uma história curiosa quando ainda morava no Norte: todos os seres vivos nasciam com áureas para poderem se conectar melhor com a sua espécie e mantê-la viva, com o passar dos anos, a habilidade de ler áureas começou a desaparecer para alguns, como os humanos, pois as mulheres e alguns casos específicos de homens conseguiam procriar com qualquer ser desde que ele possuísse um pênis em uma forma base, que é o que vocês chamam de anatomia humana. Mas assim como esta habilidade foi decaindo para alguns, para as fênix ela se acendeu, com o tempo, além delas conseguirem ler e controlar a força com o qual sua áurea aparece para os sobrenaturais, sendo esta uma habilidade comum, elas também conseguiam ter e perder a áurea conforme viravam cinzas. Contigo acontece algo parecido com isto, ora aparece de um jeito como se tu fosse um humano, depois desaparece e volta como algo completamente diferente, retratando sua verdadeira natureza...

O Park se assusta com a franqueza do Kim.

— Antes eu não entendia porquê aquele demônio havia te marcado, naquela época a fênix que habita dentro de si ainda não havia sido despertada, portanto, mesmo com as suas especialidades, era mais fácil de você se passar por um humano. Mas agora que isto já ocorreu, vejo o motivo por trás daquela ferida feita na sua alma. Creio que seja difícil para ti dividi-la com um ser não mais extinto, um lupino, e sabe sei lá mais o quê que deva ter aí dentro! Mas saiba que, se precisar de ajuda para manter a sua aparência de comum, um simples humano, pode me pedir.

— Por que você está querendo me ajudar desta vez? E não ficar me vigiando?

— Sabe Jimin, O ser humano tem medo do desconhecido, não é mesmo? Eu tive as minhas dúvidas sobre você, tenho que admitir, só que como agora eu já sei o que você é, o que me resta é só tentar te ajudar a encontrar uma forma de superar esta situação, e te ajudar na procura das últimas chaves.

Algumas semanas depois do rosado ter voltado a morar com o agente 97, 93 foi visitar o 94. O agente híbrido sabia que o alfa mais novo estava à procura de informações sobre aquele ser humano intrigante, portanto, o Min decidiu parar na casa do Kim, no intuito do casal de alfas entrarem em consenso sobre os documentos obtidos na casa dos Parks durante o sequestro do humano.

Yoongi é curioso sobre o Jimin desde o momento que conheceu aquela criança no anexo. Anos depois, quando percebeu que conseguiu coletar documentos aos quais revelavam informações sobre o ser que o havia deixado fascinado, o manteve deslumbrado com a descoberta — e fez também com que o casal se decepcionasse com cada nova descoberta.

As reuniões com Namjoon aconteciam todos os finais de semana no escritório do mesmo. O híbrido e o lupino haviam separado as pilhas em contratos, relatórios, cartas e extra importante.

Park Jimin é um sobrenome de fachada — ou melhor — incompleto, pois não havia explicação o suficiente para os humanos entenderem que o rosado era fruto de uma mãe e dois pais, mas para o garoto permanecer invisível ele não necessitava do sobrenome Kim no seu cadastro.

O outro progenitor sabia que o filho era dele e ponto final.

Depois que a análise documental havia sido finalizada, Namjoon começou a montar um quadro branco sobre o Jimin, realizando um brainstorming sobre as informações coletadas e teorias baseadas nelas. Com o passar do tempo, as visitas foram diminuindo ao mesmo tempo que a nuvem do email do Kim ficava cada vez mais pesada, trazendo curiosidade para o alfa, pois ele não imaginava que aquela última câmera estava sendo utilizada.

Quando Namjoon percebeu que o falso humano havia encontrado uma das suas câmeras e a tomado para si ele ficou indignado, mas não foi rebater o Park o motivo dele estar com o objeto, justamente porque o mesmo nem deveria estar na sua residência em primeiro caso. Com isso, decidiu tentar saber até onde aquela história iria se desenrolar, e se conseguiria colher alguns frutos com isto.

Certamente alguns vídeos foram mais difíceis de se obter do que outros, devido ao fato de que não foram gravados na sua propriedade, mas a sua posição na CGA auxiliava quando o Kim queria obter vídeos nas filmadoras de outrem.

Jimin não sabia que mindescubrindo o mundo estava tendo plateia, ao menos, não até o momento.

— Jin, por que ainda estou aqui?

Naquele dia Namjoon havia saído em uma missão em colaboração com os anjos da região, felizmente o outro Kim saía mais cedo do trabalho, e poderia levar o Park para a escola depois do almoço.

— Me diga você — soltou com raiva assustando o menor — por que rejeitou a marca do Jungkook?

— Eu não o rejeitei! — Jimin rebateu.

— É lógico que o rejeitou, caso contrário cadê a sua marca? O Jeon está sofrendo por sua causa!

— Se eu tivesse o rejeitado ele estaria muito pior, teria apresentado sinais desde o primeiro dia, o que não é este o caso, o próprio lobo não teria aguentado a dor e eventualmente teria falecido — o rosado suspirou — aish... é por isso que estou aqui? Que eu saiba ele tinha algum negócio da agência para resolver, mas estava estranhando a demora de tudo isso.

— É claro que você está aqui por conta da marca, Jungkook estava crente que você não quis ficar com ele então o trouxe para cá. — O ômega começou a juntar as peças — deixa eu entender melhor o que aconteceu naquele cio, talvez a gente consiga entrar em consenso sobre algo.

"Eu estava tomando banho quando o animal do kookie havia tomado conta de si, quando ele entrou no banheiro eu já sabia que não estava mais falando com o humano, e sim com o alfa que a cada dia estava tomando espaço da sua consciência. Durante o cio o alfa acasalou comigo por todo o momento, mas mesmo sabendo que o meu papel era ajudá-lo, tudo havia se tornado muito doloroso para mim, e cada vez a dor aumentava conforme eu continuava com ele.

Desde o nosso primeiro beijo meu ombro começou a queimar, depois de um tempo eu não sentia mais os meus membros superiores, todavia, imaginei que isso tudo era resposta do meu corpo ao calor do Jungkook, então não vi necessidade de alertá-lo em nada. Tudo piorou principalmente quando as garras dele perfuraram o meu pescoço, eu senti todo o meu corpo entrando em combustão, parecia que eu estava virando ar e nunca mais poderia vê-lo novamente, e comecei a chorar de dor enquanto via ele concentrado no meu pescoço.

Assim como de repente um incêndio chegou em mim, depois que o alfa começou a lamber a minha marca tudo terminou, os próximos dias que passei com o Kookie haviam sido um universo de coisas, mas não me senti mais dolorido."

— Isso tudo foi... estranho — Seokjin comentou confuso.

— Pois é, né? Mas não é como se eu fosse um humano tradicional, certo? Acredito que o que o Kookie fez na minha pele nunca havia se tornado uma marca precisamente, e sim uma cicatriz ou algo do tipo, pois o meu corpo deve ter utilizado a sua habilidade de cura para tratar a possível ameaça... — divagou — no fim de tudo, também nunca senti as sensações que uma marca lupina me traria, então deve ter ficado por isso mesmo.

Naquele dia, quando Jimin saiu da escola, não foi Seokjin ou Namjoon que vieram lhe buscar, e sim um Jeon ansioso para rever o seu companheiro. No fim de tudo, houve mais um vídeo na filmadora diário do Park para o Kim analisar e fazer teorias a seu respeito.

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Espero que tenham gostado, e até a próxima! S2S2S2S2

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