Meu filhote não é filhote?
E eu que esqueci de atualizar o título do capítulo passado (que palhaçada kakaak)
Enfim, se virem algum erro sintam-se a vontade para me corrigir
De resto, boa leitura ^-^
— Então alunos hoje vocês irão ver sobre as classes de poderes, nas próximas aulas vocês ficarão somente com alunos da mesma classe — a ogra avisou, Jimin suspirou e colocou a cabeça entre os braços, do jeito que as coisas andavam ele seria provavelmente colocado entre os híbridos — os alunos que ainda não desenvolveram alguma habilidade irá repetir o semestre.
— O semestre? E como eu fico? Não estou aqui há seis meses... — Park comentou para a garota atrás de si.
— Relaxa, você já demonstrou alguns poderes, você não irá repetir, e provavelmente ficará com aquela raposa — a fada apontou com a cabeça para o Jackson que estava do outro lado da sala.
— Você tem ideia de qual turma pegará? — O rosado perguntou.
— Teoricamente deveria ficar com os híbridos, mas esse semestre não desenvolvi minha outra parte — a fada suspirou — é muito provável que eu fique com os elementais de qualquer forma...
— A gente pode pelo menos se ver nos recreios, né? — O garoto perguntou e a fada confirmou com um sorriso sem mostrar os dentes.
— Jimin e Jieun, posso saber sobre o quê estão conversando? Creio que já devam saber toda a matéria para não prestar atenção na aula!
— Na verdade, Soo ah, nós sabemos, sim, só estamos esperando o momento que você nos redirecionará para as nossas novas salas — a fada ofereceu um sorriso debochado para a professora.
— Sua fadinha de mer- — a tutora foi interrompida.
— Senhora ogra, tenha modos, isso não é uma atitude profissional, olhe bem para a sua sala, temos bebês que não merecem ouvir essas asneiras — o rosado defende sua amiga — além disso, se você tem problemas sobre como lidar com o seu trabalho, recomendo que você vá procurar um profissional para te ensinar a lidar com isso, já que a senhora não consegue fazer por conta própria, ou talvez pedir demissão resolva, a minha professora antes de ti não lidava muito bem com os alunos, e a retirada do seu cargo fez muito bem para a sua saúde...
— Como você ousa falar assim comigo?
— Já que não nos veremos novamente, falarei com tranquilidade — o garoto levantou da sua carteira, e caminhou calmamente até a mesa da instrutora — não importa o quanto vocês tentem entender, pois se até mesmo quem criou a charada não sabe a resposta, então dificilmente o seu trio conseguiria descobrir como funciono, mas sabe de algo que acho interessante? — O humano colocou ambas as mãos em cima da mesa — por que vocês acham que não existem muitos arquivos sobre os períodos pré-demoníacos? Acredito que a professora Kim entenderia melhor uma coisa ou outra sobre mim se buscasse por lá... — fez um bico, e colocou uma mão no seu queixo como se estivesse pensando — ah, mas é verdade, eles tiraram todo o conhecimento que uma fofoqueira como ela poderia ter sobre o passado, e não é como se os livros de lúcifer contassem a verdade sobre seres que precederam a sua existência... — a ogra se irritou e agarrou o pescoço do Jimin.
— Olha aqui, garoto de meio metro, acho melhor você ter cuidado com as palavras, pois posso te quebrar ao meio em dois segundos — o outro começou a rir como se ela tivesse contado a piada do século — está achando que eu estou brincando?
O rosado ao ouvir isso fechou os olhos e suspirou. Com os olhos abertos pelas íris lilás, era perceptível a mudança de energia vinda do humano. Percebendo como a professora ficou fascinada com a imagem à sua frente, aproveitou que o seu aperto havia enfraquecido e disse:
— Quando o Jimin entrou na escola, eu e a ogra ficamos conversando sobre como iríamos ensinar um humano que não sabe o básico do nosso mundo. — O mesmo imitou a frase da sua outra professora — sabe o engraçado disso tudo? Foi ver a cara das duas ao descobrirem que sei mais do que imaginam — Park soltou a mão que agarrava o seu pescoço, olhou para a mesa, e buscou no papel ali em cima o número da sala ao qual seria redirecionado — parece que vocês também sabiam disso e me passaram para o senhor Lee, soube que ele era um mago muito antigo e que dá aulas para ômegas, bom, eu espero ter uma experiência melhor do que aqui — voltou para sua mesa para recolher os seus materiais — ah, antes que eu me esqueça! Sabia que a senhorita Jieun é mais velha do que você senhora Soo ah — O Park balançou a cabeça em negação — e você que vivia dizendo que deveríamos respeitar sempre os mais velhos... que grande exemplo! Tchau gente, nos vemos por aí, foi ótimo conhecer alguns rostos, já outros nem tanto... boa sorte pra quem tiver que ficar mais um semestre com essa ogra! — Partiu daquela sala de aula.
O garoto decidiu ir para o banheiro jogar uma água no seu rosto, estava se sentindo quente. Então preferiu se refrescar antes de conhecer o seu novo tutor. Ao chegar no banheiro, Jimin abriu a torneira e começou a lavar o seu rosto com água, quando sentiu que estava bom, foi olhar-se no espelho e se assustou. No lugar do seu reflexo, Kim Woobin sorria para si.
— Não nos vimos ontem à noite, filho — o demônio se divertia com o medo do mais novo — não se preocupe, nada farei com você por agora. Gostei de ver como agiu com a sua professora, se continuar a deixar seu lado maldoso te dominar, talvez eu deixe você continuar ficando na casa daquele alfa — o rosado deu um passo para trás — o que foi? Pensou que eu não sabia que você estava com ele? — Kim gargalhou — é só continuar sendo ruim, logo, logo você acabará ruindo por conta própria, e voltará para os meus braços e fará tudo o que eu mandar. Deixarei que você continue brincando de casinha, mas não se esqueça que você é só um filhotinho machucado para aquela família, e que quando o filhote melhorar você será mandado embora!
— ARG! — Jimin socou o espelho fazendo com que os cacos caíssem por toda a pia — ele me chama de fi-filhote — começou a soluçar — então quer dizer que logo irei embora? Eu não quero voltar para lá, não quero ver o Woobin novamente! — O Park desabou em choro.
O rosado sentou no chão, e deixou a cabeça entre os joelhos. O garoto não percebia, mas ao se deixar levar por aquela tristeza, os poderes que adquiriu durante o seu período naquela escola, estavam fazendo uma festa naquele banheiro.
Cacos do espelho rodavam pelo ar, água descia da torneira mesmo que o registro estivesse fechado, a lâmpada começou a soltar faíscas, e o humano sentia como se sombras o envolvesse para escondê-lo daquele tormento. Quando estava coberto em completo breu, o barulho de galopes podiam ser ouvidos além dos seus soluços.
— Olá, Jimin — o unicórnio falou — não se preocupe, aqui ninguém estará nos ouvindo, Elisa chegará daqui a pouco, sou a Beth, acredito que ela falou sobre mim da última vez que se viram.
— Beth? — O de íris lilás encarava o animal à sua frente com brilho nos olhos — por favor, você consegue curar a dor que estou sentindo aqui dentro? Ela dói demais! Eu não consigo aguentar, não quero me ver longe do Kookie...
— Ele está vindo! — O pássaro surgiu por suas cabeças — foi difícil convencê-lo, mas consegui o trazer para cá.
— Quem está vindo? — Park olhou para a Elisa confuso.
— A fênix acredita que você terá um zoológico na sua cabeça, já eu imagino o contrário, acredito que você terá contato direto comigo, com a Elisa e com a Elizabeth, já os outros seres, somente as habilidades que favorecem o seu corpo, e que concordemos que não farão mal ao seu corpo.
— E quem é Elizabeth? É aquela rainha que o Hoseok disse que viu os dinossauros e fingiu a morte porque cansou de governar a corte, e agora ela decidiu governar a minha cabeça?
— Por mais que eu goste da parte de ser uma rainha — a loba surgiu pelas costas do Jimin — eu não sou essa humana que reinou na corte inglesa — O garoto olhou para trás e se encantou com o que viu.
A loba possuía a parte de cima do seu corpo, pelos castanhos e brancos, mas se olhasse a pelagem de baixo — onde ficam suas canelas e sua barriga — a coloração mudava para um branco rosado. O animal era muito maior do que si, poderiam deitar-se três Jimin's ao lado dela, que ninguém reclamaria por falta de espaço para se manterem aquecidos.
— Uou, você...
— Quando você fosse nascer na próxima vida, estava predestinado que tu vivesse em outro universo, sendo um lobo-vampiro — Beth declarou — sorri aí loba!
Elizabeth abriu sua boca, e Jimin pôde observar os raros caninos de híbridos lobisomens com vampiros. Lembrou-se do episódio no qual sentiu o cheiro humano de Lalisa, e quis se saciar de alguma forma.
— Foi devido a você, não foi? — Elizabeth concordou.
— Teve uma vez, que tentamos ver se com a loba se conectando mais com o seu lado humano, você pelo menos teria um nicho ao qual se juntar, e um animal para te defender quando você não estivesse apto para isso — Elisa explicou.
— Mas percebemos que eu não conseguiria me controlar com os semi-humanos, e acabaríamos dificultando a sua vida e do nosso alfa se fizéssemos uma chacina se alimentando de todos aqueles humanos do colégio.
— Um momento, Beth é um unicórnio, portanto, é um elemental já que consegue controlar os quatro elementos com o seu chifre, mas por também ter o poder de cura, acredito que assim como a fênix, você não foi uma qualquer do seu bando.
— Exatamente, eu podia criar as coisas que imaginava com o meu chifre, além do poder de cura passado pelo meu pai, meu marido tinha o poder da dor para machucar quem quisesse nos destruir, e eu fortalecia os feridos do meu bando...
— Eliza é uma fênix, então ela poderia se considerar na classe de um morto-vivo, já que após a sua morte ela renasce como tal, mas minha intuição me diz que você ainda tem alguma coisa com o fogo, essas penas não me enganam!
— No futuro você irá descobrir, criança.
— Elizabeth é claramente um híbrido, então ela fica nessa classe, mas de quem vem as habilidades dos mentais? Eu não preciso ter uma predisposição para essa habilidade para conseguir manipulá-la como humano?
— Sim, e não. A parte vampiro da sua loba possui dons mentais, o que te auxiliaria a utilizá-lo caso você funcionasse como um ser normal — Elisa explicou — mas Jimin, além de sua alma ser corrompida e ter uma sede imensa por poder, o que o torna suscetível a colecionar habilidades dos seres ao seu redor, isso somente se tornou possível porque você é o protótipo 000 dos — o pássaro foi interrompido.
— Nosso tempo está acabando — Beth avisou — fala logo sobre o mais importante!
— Elizabeth e o lobo do Jungkook eram conectados no passado, e a única forma deles se reconectarem é pela marca d- — as sombras diminuíram, e o rosado não ouvia mais a voz da fênix que falava a sua frente.
Reparou que ainda estava no caos que fez com aquele banheiro mais cedo, olhou para o chão e um pedaço do espelho refletia suas íris lilás. Fechou os olhos e soltou um suspiro, com isso, sentiu que boa parte dos seus poderes haviam sido canalizados, mas percebia que ainda existia uma fresta aberta onde entrava e saía poder.
"Essa aula está um saco..." "Será que o hyung leu a minha carta?" "Aish, não vejo a hora do recreio chegar para comer kimchi!" "Não devia ter vindo hoje, não aprendi nada do que eu já não sabia."
— Ainda preciso aprender a controlar o meu bloqueio mental — Park falou para si — será que era assim que a professora se sentia durante as aulas? Droga, esse povo precisa aprender a fechar a mente, se não os seus pensamentos vão ficar sendo espalhados na minha cabeça toda hora!
O garoto se sentou em pernas de índio, ajustou a sua postura e começou a meditar. Isso sempre o ajudava quando os pensamentos alheios vinham muito alto, e ele não conseguia escutar nem a própria voz na sua cabeça. A meditação se tornou um hábito que começou a executar todos os dias antes de ir para o colégio, sua mente se acalmava e as coisas ficavam mais claras para si, desse jeito não ficava doido com diversas vozes na sua cabeça. Quando não conseguia ouvir mais nada além do som da sua respiração profunda, o rosado levantou-se do chão, pegou a sua mochila, certificou-se que nenhum pertence seu estava espalhado pelo chão, e saiu do banheiro em direção à sala do seu novo professor.
— Com licença professor Lee, sou Park Jimin, fui transferido pela professora Kim, a Soo ah, e o senhor Cha para ter aulas com o senhor.
O mago avaliou o seu aluno de cima a baixo, decidindo se dava bronca ou não para o garoto à sua frente devido seu atraso.
— Entre, e da próxima vez não se atrase ômega. Você é filho de lobo e qual outra espécie? — O milenar questionou.
— Senhor, ambos os meus pais são humanos...
— Ninguém da sua família agia estranho por aí, seus irmãos... todos eram normais?
— Sou filho único e não conheci meus parentes, só lembro que antes da guerra acontecer, meus pais foram em uma cartomante e ela os avisou que isso viria acontecer. Depois disso, vivi confinado treinando para essa batalha.
— Você deve ter algum parente lupino em algum lugar da sua família, seu caso será interessante de se trabalhar. Sente-se ao lado da Jina, aquela que está com a carteira vazia no fundo da sala. — O garoto faz como ordenado.
— Park Jimin, correto? Aqui temos algumas regras — a ômega falou quando o mais alto sentou-se ao seu lado — a mais importante que você deve saber no momento, é que o cheiro define o poder que terá aqui, a Mina, por exemplo, cheira a morangos, como morangos combinam com praticamente tudo, então sabemos que ela é uma comum, já a Yejin tem o odor de flor de lótus, sendo mais doce e delicado, esse cheiro combina com coisas específicas, e como está presente somente em puros, já sabemos qual subclasse ela participa.
— Quanto mais fácil o seu cheiro combinar com os outros, maior a probabilidade de você ser considerado um comum, e para definir se o ômega pertence a alguma classificação específica, devemos considerar as notas do seu odor — o rosado resumiu o que a menina ao seu lado estava lhe dizendo — disso eu já sabia, só queria entender o motivo de ter poucos ômegas com características masculinas por aqui.
— No antigo governo, muitos ômegas "machos" tinham que ser mortos, ou usar um excesso de supressores. Naquela época houve poucos casos deles engravidarem, e os humanos os chamavam de intersexo, por serem homens que podiam conceber filhos. Na realidade não existem ômegas machos ou fêmeas, é como se todos fôssemos mulheres, porém alguns têm o corpo mais parecido com o de um homem e outros de mulheres.
⚸
O sinal para o recreio foi soado, o garoto seguiu sua colega de carteira até o refeitório no qual iriam comer.
— Para onde estamos indo? Não lembro de ter que seguir esse caminho para lanchar...
— Claro que não, você não está em uma turma qualquer, temos uma sala separada para casos especiais como nós, comerem a sós longe da ralé — a ômega de cabelos castanhos responde, fazendo com que Jimin sinta-se desconfortável, pois queria passar um pouco do seu tempo com os seus amigos.
Ao entrarem no refeitório, o garoto notou que o espaço era bem menor que o refeitório anterior. No local, havia somente seres que possuíam algum fragmento da áurea relacionado com os lobisomens, o rosado se perguntava se conseguiam observar sua áurea, e caso a resposta fosse positiva, gostaria de saber como ela se mostrava para o resto do mundo.
Será que ela foi a causa de eu estar aqui?
O Jimin seguiu os alunos que se organizavam em fila para receber comida, o não tão humano pegou a sua bandeja, um prato e seus hashis, e conforme a fila andava, o garoto recebia alimento das merendeiras. Um toque foi feito no seu ombro, e o rosado olhou para trás para entender do que se tratava.
— Olá, você é o novo ômega da turma do mago, não é? — Um alfa lúpus perguntou, em seguida, o outro lhe confirmou com um aceno — ah, que ótimo, acho que você não fez novos amigos ainda, quer sentar conosco — apontou para o grupo.
Park não viu nada de errado com aquela pergunta, era certo que ainda não fizera amigos lupinos dessa nova turma, muito menos sabia com quem sentar para comer. Não querendo ser rude, aceitou o pedido do lúpus, assim garantia uma turma para dividir a mesa no recreio.
O alfa sorriu com a confirmação do menor, o de olhos cinzas achou aquele sorriso diferente daqueles o Hoseok exibe para si, mas decidiu não pensar muito sobre.
Talvez ele não sorria com frequência, e ele também não é o Hobi para ter que sorrir igual ele.
Jimin esperou a merendeira terminar de servir o lupino ao seu lado para o mais alto conduzi-los até onde iriam sentar. A mesa ficava mais ao fundo, próximo aos sanitários de alfas, betas e ômegas, o banco estava repleto de alfas conversando, que pararam de fazer isso para observar as figuras que estavam chegando.
— Uou, Changbin, quem é essa belezura aqui? — Um alfa de cabelos amarelos perguntou enquanto se aproximavam.
— Esse é o Jimin, o aluno novo do milenar — o lúpus percebeu a mesa cheia e deu um meio sorriso — Jimin, acho que não vai dar para todo mundo sentar, você é pequeno, deve ser levinho, tudo bem de ficar no meu colo? — Changbin fez um bico e uma careta demonstrando estar chateado com a situação.
— Não tem problema — o rosado sorriu doce — mas posso só colocar a minha comida na sua bandeja? Assim não fica ocupando muito espaço na mesa.
O lúpus coloca a comida na mesa, senta no banco e espera o menor sentar em cima de si. O Park se ajeita em cima dos joelhos do maior, porém sente o Changbin colocar as mãos na sua cintura, e arrastá-lo até que se suas costas se chocarem com o peito do alfa.
— Pode ficar aqui atrás, assim você se sente mais confortável — sussurrou no ouvido do de olhos cinzas, aproveitou a proximidade dos seus corpos, e respirou fundo para inalar o cheiro do Jimin, arrepiando os pelos do pescoço do rosado com aquela fungada — você cheira muito bem Jimin, de qual elite híbrida faz parte?
— Eu... na realidade não tenho certeza — o garoto levantou um pouco o seu corpo para pegar um pedaço de carne, e sentou em cima do pênis do lúpus, fazendo Changbin prender um gemido — sei que tenho habilidades para controlar alguns elementais, mas também descobrimos que tenho essa parte lobo... acredito que o que me ajudou a estar aqui é eu saber demais em uma sala que sabe de menos... — sorriu.
— Entendi — o alfa de cabelos amarelos aperta a coxa do rosado próximo a sua virilha, o Park estranha o toque, mas prefere não falar nada — acredito que temos uma caixinha de surpresas por aqui! — O menor riu.
Jimin repetiu o ato de levantar-se para pegar algo em seu prato, e sentar na intimidade alheia. O lúpus prendeu outro gemido com aquele pequeno ser cheiroso, subindo e descendo em si.
Changbin naquele momento gostaria de estar sem roupas, para experimentar como aquele ser minúsculo espremesse o seu pau, pudesse ficar cheirando aquele pescoço, ficar olhando aqueles olhos puros enquanto o profanava.
Mas o odor do rosado era bolos e marshmallows.
E o seu limão.
Duas coisas que não se combinam, não há o porquê estarem juntos, não era certo, e essa era a regra dos lobos: casais possuíam cheiros que se conectam, caso contrário o relacionamento não ocorreria.
O lúpus sabia disso, porém não se importava, e gostaria de ter o outro para si, mesmo contra a sua vontade.
— Quer que eu te alimente, ômega? — Changbin questionou enquanto massageava a barriga do menor.
Daqui a pouco estou chegando no pênis desse garoto, e ele irá me pedir para irmos ao banheiro para podermos brincar...
O lúpus observou as mãos do seu amigo nas coxas do rosado e lhe dirigiu um sorriso malicioso. Os três poderiam brincar no banheiro juntos...
Jimin sente sua marca queimar em seu ombro e se remexeu nas coxas do mais alto, sentindo-se desconfortável, mas se assusta ao sentir algo duro na sua bunda. O de cabelos amarelos entendeu isso como um sinal para aliviá-lo, e decidiu estimular o membro do menor, porém o casal de alfas não executam essa ideia, pois naquele instante o rosado se viu coberto de suco.
— Quem você acha que é para ficar desse jeito com o meu Changbunny? — Mina gritou — você acabou de chegar ômega, e já quer sentar na janelinha? Vai procurar outro alfa para se esfregar, puto.
Jimin olha a garota atrás de si enraivecido. Quem ela pensa que é para falar comigo desse jeito? Quem deu a permissão para essa comum jogar esse suco de morango em mim? Por que ela fica irritada só porque aqueles alfas estavam querendo a minha amizade?
O não tão humano, pela primeira vez, sente Elizabeth furiosa dentro de si, o garoto percebe que ela emana poder, muito poder, portanto, para lidar com uma ômega comum como aquela, o de olhos cinzas fecha os seus olhos e solta um suspiro, tornando-os roxos, e permite que a sua loba utilize toda a sua dominância.
Todos os lupinos, até mesmo alfas lúpus e puros, sentem-se intimidados diante do rosado, já que eles nunca presenciaram um lobo tão raro quanto o seu.
— Você tem noção de com quem está falando? — O grito de alpha lúpus puro pode ser ouvido por toda a escola, machucando o ouvido de todos os híbridos daquele recinto. Jimin ainda no comando da sua loba pulou do colo do alfa, transformou suas unhas em garras, e com elas o Park arranhou o rosto da ômega, sorrindo ao ver sangue saindo da carne da mulher enquanto gritava de dor — acho que você ainda não entendeu o seu lugar — o de olhos roxos se aproximava da Mina e a garota se afastava de si, ninguém ousava interferir, aquilo era um alpha lúpus puro raivoso, nenhum lupino irritava um Alpha — você cheira a morangos, esse é um cheiro bem tradicional, sabe? Combina com diversas coisas, é bem clichê, bem comum, igual você! — A loba do Jimin sorriu ao ver lágrimas se formarem nos olhos daquela garota — você acha mesmo que um zero a esquerda como você, irá ter alguma coisa com esse daí? — Apontou para o alfa atrás de si — se toca garota, você não é nada, vai procurar um comum igual você! Subespécies não se misturam, o nosso cheiro não combina com o de vocês — segurou o queixo da ômega com força, fazendo suas garras perfurarem a pele da mais baixa, que segura um grito de pavor — você me chamou de puto só porque eu estava criando amizades, mas quem está cheirando a um monte de alfas não sou eu.
— V-você diz que estava somente fazendo amizades, m-mas o que aqueles alfas queriam fazer com você era transar como se tu fosse um ômega no cio — Mina rebateu a verdade, se ela se sairia mal por ter se defendido pelo alfa que lhe prometeu luas e luas, o mesmo cairá junto consigo, Changbin era dela, ou ao menos ela pensava isso quando ele lhe dizia aquelas palavras no banheiro — ele disse que não tinha lugares suficientes e te fez sentar no pau dele, não é? Só para ficar te acariciando e te deixando excitado, não foi? Você estava gostando tanto que até se remexeu pedindo mais, não estou certa? De qualquer forma, não importa a resposta, só fico curiosa em pensar que um alpha lúpus puro cheira igual a ômega... — a menina suspira — mas não ouço falar de um de vocês faz um tempo, onde estavam escondidos?
⚸
Jungkook estava com o rosado na diretoria enfurecido, pelo menos, não com o Park, e sim com o pai da Mina que falava asneiras sobre o seu...
O que o Jimin era seu, afinal?
O seu lobo havia lhe dito que o garoto ao seu lado não era o seu filhote, então o que eles eram? A cabeça do Jeon estava confusa. Na primeira vez que se viram, o de cabelos escuros detestava a ideia de ter que compartilhar a casa dele com um humano — afinal, que tipo de espécie maltrata os seus? Ele não sabia, mas questionava isso todos os dias enquanto estava no laboratório e seu DNA era modificado — pouco tempo depois, o agente descobriu que a pessoa que dividia a residência consigo não era nada parecida como o que imaginava, trazendo-lhe culpa e um lobo gargalhando eu te avisei, depois desse episódio, o alfa sentia o seu animal interior encarar o de olhos cinzas como o seu filhote, mas só o fato do cheiro do Jimin não ser como o seu lobo queria ele volta com tudo e encara o garoto com fascínio?
De qualquer maneira, a forma como ele escutava aquele beta falar sobre o seu... humano? O Park não era exatamente um humano de qualquer forma, mas isso ao menos tinha que servir.
Por enquanto...
— Esse humano não devia estar aqui, olha o que ele fez com a minha filha — o híbrido apontou para a ômega atrás de si. Era verdade, quando o Jeon viu o rosado coberto de suco e a garota do outro lado da sala com marca de garras no seu rosto e furos na sua mandíbula, se questionou sobre a ligação no seu telefone ter sido um alarme falso.
— Eu estou aqui justamente para aprender a não fazer isso com a sua filha, mas eu também não tenho culpa que o senhor não sabe educá-la direito — o de olhos cinzas rebateu assustando todos daquela sala. Como um humano, ou pelo menos era isso que a sua áurea aparentava, poderia ter danificado tanto uma ômega ao ponto do seu rosto ainda não ter se curado?
— Como você ousa falar comigo desse jeito? O seu dono não te deu educação, não? Os meus humanos eu educo muito bem para a minha filha poder brincar enquanto estiver entediada — o homem analisou o Park rapidamente — e eles ao menos ficam com uma coleira, e não soltos por aí...
Jimin respirou fundo, e se segurou o máximo para não torturar o ser a sua frente com todos os poderes que adquiriu. Mina já está sendo a prova viva da sua capacidade, seu machucado não irá se curar em nenhum momento, exceto caso o garoto utilize suas habilidades de cura na garota.
E não é como se ele quisesse, o beta também não está sendo de muita ajuda, então tudo bem ele sofrer com a morte da filha morrendo por hemofilia?
Jimin se arrepiou lembrando sobre o que o Woobin falou para si mais cedo, mas se para o de olhos cinzas poder ficar com o Jungkook é cometer atitudes como essa, a ômega será o sacrifício da vez.
— Acredito que seria bem interessante por um cachorro como você na coleira — o mais novo fingiu fungar — mas espera aí, você cheira a beta, então nem para isso tu serve, a sua raça é como se fossem humanos que podem conceber filhos, que interessante, não é? Você não pode se transformar, não tem cio, seu odor é quase nulo, mas pode procriar. Sua única utilidade é se deitar e conceber filhos, pois de resto, você não foge muito da humanidade que tanto quer desmerecer. Só acho engraçado que a sua filha se irrite tanto com um humano inofensivo ao ponto dela mesma perder a noção do perigo — se levantou da cadeira que estava sentado ao lado do companheiro, e andou em passos calmos até o velho repugnante — pois é isso mesmo que sou, sou um humano, um humano perigoso, e posso fazer isso e muito pior com essa garota — Jimin sorriu ao ver o medo do híbrido correr por suas veias — boa a sorte no hospital com a sua filha, tenta usar sangue vampiro talvez ele cure esse machucado! — Sorriu inocente, e voltou para o seu banco.
O beta saiu com a sua filha da diretoria com o rosto em chamas, quando o casal de amigos estava a sós com o diretor, Jungkook se propôs a falar:
— Quero que iniciem o processo de transferência do Jimin dessa escola, não quero vê-lo pôr os pés aqui mais um dia se quer.
— M-mas, senhor Jeon...
— Agora! — Disse com a voz de lúpus, não machucando os ouvidos do mais novo — essa não é a primeira vez que tenho problemas com o senhor, sei que o meu humano não fez nada de errado sem um motivo, e se eu achar necessário punirei o seu mau comportamento — manteve a voz firme para transmitir autoridade — você me tirou do meu serviço para eu vir até aqui, faça a sua ligação ter valido a pena e me entregue os papéis de transferência.
O de olhos cinzas não entendia muito bem o que estava acontecendo a sua frente, mas algo dentro de si dizia que se livraria daqueles alfas que lhe fizeram mal, e de professores que não enxergavam a sua capacidade. Em compensação, nunca mais veria os seus amigos, e não poderia manter a promessa que fez com a Jieun de vê-la no recreio.
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Hey hey hey como estão?
Eu confesso que estou com um pouco de bloqueio criativo (falta eu terminar de escrever dois capítulos para terminar a história, mas não estou conseguindo transformar meu tópicos em parágrafos T___T), mas pelo menos ainda temos 5 capítulos prontos para eu conseguir tomar jeito neste negócio heheh
De qualquer forma, obrigada para quem leu até aqui, e até a próxima semana!
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