🔸Capítulo 32🔸
Melyssa Collins
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Por Deus!! Isso tudo não podia estar acontecendo. Não tudo de uma vez. Primeiro o sequestro, segundo o Luke me salvando e agora, os meus pais me vendo beijar o Luke com tamanha intensidade e intimidade.
O que eu iria fazer?
Eu estava tão em choque, que eu deveria estar pálida e sem cor; o meu sangue todo havia se esvaído do meu corpo. E sem saber o que falar, eu só esperei o meu pai reagir. Eu não iria rebater, sabia que tudo aquilo já estava bem claro para ele e que logo eu iria receber um sermão dele, com tudo o que eu tenho direito. Uma decepção, eu sei. O Luke era o meu primo e eu estava me envolvendo com ele. Agora não tinha como voltar atrás.
— QUE MERDA É ESSA, MELYSSA? — Meu pai esbraveja e me olha em choque, antes de direcionar o seu olhar mortal para o Luke. — E VOCÊ!!! SAIA JÁ DE CIMA DELA, SEU IDIOTA. ELA É A SUA PRIMA! COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO? — Ele grita e empurra o Luke para longe de mim, sentindo toda a sua raiva na voz.
A minha mãe se aproxima e tenta segurá-lo pelo braço, para que ele não faça um estrago maior.
— Dylan, se acalme!!!! Olhe a situação. A Melyssa iria sendo abusado por um outro homem... Não é hora para você jogar a sua raiva neles. — A minha mãe fala parecendo ser a sensata e sem muito surpresa com tudo isso. Será que ela já suspeitava?
Todos imediatamente olham para o homem inconsciente que estava no chão e a delegada Fernanda, que por mais que eu a odiasse, ela estava me livrando daquele traste.
— Ele está morto??? — A minha mãe a pergunta e mesma responde.
— Não, mas está bastante ferido e não sabemos os danos que essa surra pode ter lhe causado. — Ela fala o avaliando, encostado no móvel do lado da cama e algemado.
— Que tivesse morrido. — O Luke afirma e todos o olham em choque. O Luke nunca havia sido violento assim.
A delegada diz que vai levá-lo no hospital, mas garante que o mesmo vai ser escoltado e não sairá impune disso. E o Luke, não será culpado pelo ocorrido, já que foi em legitima defesa da vítima. Ela pede licença e se vai; dizendo que vai nos aguardar do lado de fora. Ela havia visto que tínhamos mais coisas para resolver. Assim, o meu pai direcionou o seu olhar mortal mais uma vez para Luke e mesmo se afastou, ao notar que o meu pai iria avançar para cima dele.
— DYLAN!! NÃO! Tenha decência, por favor!!!!! — Ela esbraveja mais uma vez, se pondo na sua frente.
— COMO NÃO? ESSE IDIOTA DO SEU SOBRINHO ESTÁ PEGANDO A NOSSA FILHA, PELAS NOSSAS COSTAS E VOCÊ NÃO QUER QUE EU FAÇA NADA????? PELA AMOR DE DEUS, KATARIMA. ISSO É ERRADO!! — O pai grita, mas não diretamente com a minha mãe e sim, pela situação.
Ele estava enlouquecido e decepcionado conosco. Sinto as lágrimas banharem silenciosamente o meu rosto e vendo toda aquela cena acontecendo. Todos os meus medos estavam ali, sendo expostos. E eu nada poderia fazer. Com tudo, dessa vez é o Luke a falar, quando ele me ver chorando.
— Eu a amo, tio. Eu a amo como nunca amei ninguém. — Ele estufa o peito, para poder falar ainda mais. — Você mais do que ninguém, sabe o quanto eu defendo a Mel e estou junto dela. Nunca que a fiz nenhum mal. Nunca que me aproveite dela. E nunca pensei que pudesse me apaixonar por ela. — Ele umedece os lábios, abaixando a cabeça e depois a erguendo. — Eu lutei contra essa atração, tentei me afastar. Nós tentamos...
— E PORQUE NÃO LUTOU MAIS??? VOCÊS SÃO PRIMOS, PORRA!!! — O meu pai se afasta, esfregando o rosto e os cabelos.
— E VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SEI!!! — O Luke também grita, como se estivesse sentindo raiva de si mesmo. — E só escondemos isso tudo de vocês, porque sabíamos o quanto isso era errado. Olhe para a Mel, veja como ela está! Ela não suporta a ideia de decepcioná-los. — O Luke fala de mim e só sinto o olhar curioso do meu pai sobre mim.
Ele estava de costas, mas direcionou a sua cabeça para mim, enrugando aquelas suas sobrancelhas que só ele sabia fazer, quando estava com raiva ou questionador. Eu não queria perder o seu amor ou admiração. Logo, eu mordi os lábios, tentando conter as lágrimas e o desespero que me invadia naquele momento. As minhas roupas estavam rasgadas, mas eu estava tão encolhida no canto, que nem era possível vê-las.
— Dylan... é a nossa Mel, nossa filha. É a vida dela. Pense com calma. — A minha mãe mais uma vez se aproxima dele e alisa o seu braço, tentando capturar a sua atenção.
— Pai! Não seja tão rígido. Sabemos que o Luke não sabe fazer nada, além de trazer a felicidade da minha irmã. E se ele fizer algo, teremos a liberdade de amarrá-lo e torturá-lo o quanto tempo quisermos. — Ela brinca, aparecendo no campo de visão do meu pai e o mesmo, lhe olha pensativo.
— Qual é, pai! Eles não são tão primos assim, biologicamente falando. Qual é problema nisso tudo? — O David aparece também e parece entrar na onda de tentar convencer o nosso pai, em nos aceitar.
O meu pai fica em silêncio por um tempo e varre o seu olhar ameaçador entre todos nós.
— Vocês já sabiam disso tudo, não??? — Ele indaga, achando tudo aquilo muito suspeito. E por Deus!! Eu também não estava crendo.
— O quê?? Claro que não. — A Stella quem fala na cara dura. "Ela havia sido a única que eu havia comentado, quando ela me falou que estava grávida e de gêmeos. Era o nosso segredinho".
— Nadinha. — A minha mãe é quem fala em seguida.
— Pela fé! Tudo já estava bem na cara, não acham? — O David nos surpreende mais uma vez e todos ficam espantados, o encarando. — O Luke não parava de encara a Mel. Vivem juntos desde de sempre. A Mel não parava de sentir ciúmes das mulheres que apareciam com o Luke. Não tinha como esses dois não estarem apaixonados um pelo outro. Vocês que não paravam para enxergar isso.
Todos ficam em choque com a sua revelação, que até as minhas lágrimas haviam parado de cair. Eu estava tão de boca aberta, que até o Luke me olhou com uma cara de surpresa naquele momento. A parte que eu sentia ciúmes de todas as mulheres que lhe aparecia, eu não sabia que estava tão visível assim. Contudo, foi a voz do meu pai, que ouvir em seguida.
— Filha... — Ele fala sério, mas em um tom de sussurro. Imediatamente eu viro o meu rosto para ele e tento segura as minhas emoções, por ele ainda ter falado comigo naquele parentesco. — Você o ama? Digo, de verdade ou só atração?
Ele me pergunta de um jeito, que eu não saberia dizer quais consequências a minha resposta teria. Porém, eu não conseguiria mais esconder aquele sentimento que eu tinha pelo Luke. Logo, eu decidir assumir.
— Sim, pai. Eu o amo. Juro que tentei não nutri esse sentimento, mas ele é o único que me entende e sinto confiança nele...
— Mas que porra!! Eu também te entendo. — Ele esbraveja ainda inconformado com aquilo e eu continuo.
— Se me entende, então consegue ver o meu desespero em querer que o senhor me aceite. — Sinto o meu coração em fragalhos e espero que ele os junte.
O meu pai parece ponderar toda aquela situação, até que ele olha para todos e ver que era o único em desavença, contra toda aquela situação.
— Mas que merda! Você e a sua irmã, ainda vão me deixar de cabelos brancos, estão me ouvindo? — Ele questiona e o David, ainda brinca com o senhor todo poderoso, Sr. Dylan Collins.
— Você já está de cabelos brancos, pai! Não vem com essa. — Ele rir e perde a nossa do perigo.
Sabíamos que o nosso pai latia, mas não faria nem o mal contra a sua família; mas o bom, seria não cutucar a onça, quando ela queria atacar. Assim, foi a vez do David de levar a repreensão.
— Você não me enche, DAVID!!!! Se você for o próximo, a me quebra a cabeça, o peso será três vezes mais, juntamente com o estresse que as suas duas irmãs já me causaram. — Ele esbraveja mais uma vez e vejo a veia da sua testa saltar. — E você, Luke!!! Tome cuidado com o que vai fazer com a minha menina. Não quero saber de beijos e abraços na minha frente. Para mim ela ainda é pura, intocada e nunca se envolveu com ninguém. Se fizer alguma merda, já sabe o que lhe esperar!! Castro as suas bolas e jogo para as piranhas comerem.
O Luke engole em seco, mas o vejo assentindo. As ameaças do meu pai sempre metiam medo. As suas histórias eram aterrorizantes, desde que éramos pequenos, ele falava de casos que já haviam acontecido e presenciado. Não sei se ele mentia, para nos botar medo ou ele já havia visto mesmo, mas nunca duvidávamos dele. Assim, a minha mãe veio para perto de mim e me deu a jaqueta do meu pai, para botar por cima da minha roupa rasgada.
— Agora está tudo bem, filha. Estamos em família. — Ela dá uma piscadinha para mim e diz que faz gosto, do meu relacionamento com o Luke. Só não era para eu contar para o meu pai. Eu assinto e a abraço com força.
— Obrigada, mãe!!! Eu te amo muito, muito mesmo. — Ela me dá um beijo no topo da cabeça e ajeita os meus cabelos.
— Eu também te amo, filha! Você sempre será o meu tesouro. O presente que Deus colocou no meu caminho e no do seu pai. Sempre iremos te amar, independentemente de qualquer coisa, entendeu? — Assinto mais uma vez e ela me abraça.
Ficamos um tempinho assim, até que nós duas nos levantamos e o meu pai, minha irmã e irmão, me abraçam, agradecendo por eu estar sã e salva. Isso, graças ao Luke. E por último, o mesmo se aproxima de mim e sussurra no meu ouvido, ao ver que todos já estavam saindo do quarto.
— Agora será só é eu e você, docinho. Não temos mais o que temer. Você verá como é bom ser amada; e por mim. Eu serei seu ursinho Pooh e você, o meu pote de Mel. Você não terá descanso. — Ele afirma e sinto grandes promessas nas suas palavras.
Por mais difícil que tudo tenha sito, eu estou feliz pelo resultado. O meu padrasto foi pego e o pior, não me aconteceu. A morte da minha mãe biológica não foi em vão e ela estava sendo vingada. De acordo com a delegada Fernanda, o senhor Valdemir, já estava sendo investigado por abuso e estrupo de menores. Além, de agora está sendo investigado de ter sido o principal responsável pela morte da senhorita Margarete. Ele tinha muito o que responder, se sobrevivesse aos ferimentos.
No fim, agora eu tinha o Luke e toda a minha família estava sabendo. Quem disse que seria fácil? O amor estava nas mais improváveis situações e eu não havia procurado por ele. Ninguém escolhe quando, onde e nem por quem vai se apaixonar. O meu pai, a minha mãe e a Stella, não havia escolhido as pessoas que estavam juntos até hoje e nem eu, havia escolhido. Logo, não cabe a ninguém, dizer por quem se deve apaixonar. Se essa pessoa nos faz bem, nos trás segurança e felicidade, siga o seu coração. O destino sempre nos mostrar o melhor caminho; por mais tortuoso que seja, o que tiver que ser, será.
FIM.
🔸🔸🔸🔸
Aiiiiii, meu coraçãozinho! 🥹🥹♥️♥️♥️ E é isso, meus amoores! Por mais tortuoso que o caminho seja, sempre se tem um jeito. E o da Mel, se ajeitou.
Foi muito difícil escrever esse livro... Várias vezes pensei em parar de escrever, por causa da correria, do trabalho, da falta de leitores, por causa da demora.. ou das críticas que poderiam surgir, mas fui firme e escrevi até o final.
A escrita é a perseverança... Mesmo com sono, eu me concentrava, para poder entrar no mudinho dos meus personagens. E foi isso, tentei trazer as emoções que uma personagem como a Mel poderia sentir. E espero que vcs possam ter tirado algum ensinamento de tudo que ela passou. Sempre gosto de deixar uma mensagem ou outra em cada capitulo.
E com a Mel... Ela tbm lutou pela vida, por tudo oq ela passou, pelos traumas e superações. Ela encontrou o caminho dela e todos nós tbm podemos encontrar.
Ainda teremos o EPÍLOGO! Não se esqueçam hahaha 🤭😁😜👐🏼✨ Eles prometem.. e farei um videozinho tbm com fotos.
Quem já está se animando com a história do DAVID ... 😏😏😏 algum palpite? Kkk coitado do Dylan, mais um filho que virá lhe trazendo problemas 🤭 ops! 🤐🌚
Até maiiis! Meus lermores...😍✨✒️
Série do Sr. Collins:
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- No Meu Comando! (Wattpad)
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- ???? (Será o do David)👁️👁️
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