🔸Capítulo 22🔸
Luke Ribeiro
🔸🔸🔸🔸
Nunca pensei que fosse tão difícil ignorar alguém, como estava sendo para ignorar as ligações e as mensagens da Mel. Ela sempre foi a única pessoa que nunca hesitei em atender, eu sempre estava disponível para ela. Porém, eu não sei se conseguiria lidar com a nossa amizade ou sei lá o quê, que a gente ainda tinha. Tudo estava ainda muito confuso na minha cabeça. Eu a queria, mas pelo jeito ela não me queria tanto assim, para enfrentar as dificuldades comigo.
A história toda, sobre aquele cara chamado Ângelo, o ex. chefe dela; na qual eu logo descobrir que ele já havia sido afastado do cargo; só foi um dos pontos que me fizeram perceber isso. A Melyssa não confiava plenamente em mim. A minha Mel, não estava disposta a lutar por nós.
Caramba!! Eu também fazia parte daquela família e sabia o quanto seria difícil para todos eles aceitarem. Porém, eu estava disposto a enfrenta-los por ela. A vida era nossa e merecíamos ser felizes do nosso jeito, não, pelo o que as pessoas iriam impor para a gente, sobre o que era certo e errado.
Merda!!! Foi ainda mais difícil, quando a vi na casa dos seus pais. Os seus olhos felizes e depois assustados, ao me ver acompanhado da Fernanda. A verdade é que eu nem sabia o porque de ter a levado. Estávamos discutindo um caso juntos, enquanto eu ainda tentava me decidir sobre ir para a festa de aniversário dos meus tios e ignorar as mensagens da Melyssa.
A Fernanda percebeu o meu estado confuso e desabafei com ela. Na mesma hora ela se prontificou em me acompanhar e me apoiar. Eu não precisaria me explicar para ninguém, ela mesmo se encarregaria de guia as nossas conversas e me distrair. Eu não havia visto mal algum, até ver o quanto aquilo perturbou a minha Mel. Ela parecia reclusa e machucada.
O que era irônico, porque era exatamente assim que eu estava me sentindo há dias; mas não gostava de vê-la da mesma forma. Nunca pensei que fosse me doer tanto, lhe ver assim. Mas eu nada poderia fazer, talvez fosse até bom, ela me ver assim. Quem sabe isso não a acordasse e a fizesse querer lutar por nós.
Contudo, ao lhe ver indo embora, sozinha e cabisbaixa, me fez ver que talvez eu a tenha perdido de verdade. O efeito daquilo tudo, tinha sido totalmente o inverso. A minha vontade mesmo era de sair correndo atrás dela, mas eu sabia que nada adiantaria, ainda estaríamos no mesmo lugar. Vivendo um relacionamento escondido.
Logo, eu não me demorei muito ali. Aquela noite já havia acabado para mim. Me despedir dos meus tios e de todos, e agradeci pela boa recepção com a Fernanda.
Assim, em silêncio no carro, levando a Fernanda para casa, ela se ofereceu em irmos para o meu apartamento. Ela acreditava que poderíamos ter alguma coisa a mais, depois da noite que tivemos.
— E então, eu acho que me comportei direitinho com a sua Família. — Ela pousou uma das suas mãos na minha coxa, a alisando com malícia. — Não acha que agora eu posso mostrar o meu outro lado para você, não? Eu fui uma boa amiga... E posso ser um pouquinho mais, se você quiser. — Ela aperta a minha virilha e eu respiro fundo, virando o meu rosto para ela e vendo os seus lábios vermelhos sendo mordidos.
Aquilo era muito sexy e eu com certeza em outros tempos, não perderia tempo em me afundar naquela sua boca e tocar todo o seu corpo com volúpia; porém, a pessoa que estava logo ali do meu lado, não era bem quem eu gostaria que fosse. Os meus pensamentos estavam direcionados para outra pessoa. Uma extremamente complicada, irredutível, meiga, doce e dona do meu ser. Seria difícil tirá-la do lugar que ela ocupou tão rápido.
— Eu posso ser muito gentil e prestadora, Luke! Um alívio não faz mal a ninguém, não acha? — Ela aproximou o seu corpo do meu e agora apertou o meu pau. Merda! Eu engolir em seco, comprimindo os meus lábios e olhando para frente. — Voc-ê... Você não está duro? Nem com um pouquinho com tesão?
Eu não queria confirmar aquela sua constatação, mas não estava. O meu parceiro estava muchinho e todo encolhido nas minhas calças. Merda, Melyssa! Culpa sua! Agora o meu amigo não iria mais funcionar.
— Sinto muito, Fernanda. Eu... — Respiro fundo, tentando pensando em alguma coisa que pudesse me justificar. — Tem outra pessoa. — Era isso, a verdade.
— C-omo, como assim? Você nunca falou nada. A gente sempre falou das suas "peguetes" e nenhuma me pareceu ser realmente séria. Apesar que você anda bem diferente esses dias. — Ela cruza os braços, me olhando com divertimento.
— Sim... mas tem uma que me é especial. Ela... Droga! Ela não me quer levar a sério. — Esbravejo por me lembrar que não posso ter quem eu realmente quero.
A Fernanda logo começa a rir e debocha da minha cara.
— É sério mesmo? Quando eu penso que posso finalmente pegar você, aparece alguém tomando conta desse seu coração... É muita má sorte minha mesmo — Ela sorri de si mesma e acrescenta. — Me diga se algum dia eu tiver uma oportunidade como a dela, parceiro... Eu prometo fazer um belo de um estrago em você. A minha "Taurus"¹ adoraria participar da nossa brincadeirinha. Claro, sem ela está carregada. — Ela sorri de ladino e levantando uma parte do seu vestido, revelando a sua arma presa na coxa.
Sexy! Mas não o bastante para me animar.
Sorri juntamente com ela e lhe digo se algo mudar no meu coração, eu lhe aviso.
Ela parece aceitar e seguimos o caminho da sua casa mais tranquilos. O papo fluir e ela me distrai um pouco dos meus pensamentos. A Fernanda é uma boa pessoa. Ela tem esse jeito meio ousada de ser, mas atira que é uma beleza. Ela é a melhor do seu trabalho. O seu coração é de ouro e ela se compadece de todos aqueles que precisam da sua ajuda. Sei que ela é capaz de amar intensamente e ser a fiel aquele que lhe dê confiança de verdade. Essa cara poderia ser eu, nos dávamos muito bem, mas os meus pensamentos sempre estiveram em outra pessoa, mesmo quando eu não sabia.
Deixei a Fernanda em casa e segui para o meu apartamento. Ou eu pensei que estava seguindo, até me depara com a estrada de pedras, que dava direto para a casa das filhas Collins. O que eu estava fazendo aqui?
Estaciono perto da pequena mata que ficava ao lado da casa delas e desligo os faróis. No fundo, eu sabia que só queria ter pelo menos um pequeno deslumbre da silhueta da minha Mel. Fico encarando as janelas e esperando ter algum sinal dela, mas tudo me parecia estar silencioso demais. Eu sabia que a Stella não iria dormir em casa hoje, já que havia prometido sair com a sua mãe no outro dia. Assim, só estaria a Mel aqui.
Logo, desço do carro e caminho devagar até o terraço da parte da frente da casa. Os arbustos eram grandes, mas tinha uma pequena entrada que eu havia quebrado outro dia, tentando dar um susto nas meninas. Como tudo estava escuro, deduzia que ela pudesse estar no pequeno batente para o lago. E como previ, lá estava ela; com a sua calça comprida do ursinho Pooh e um casaco preto moletom. As suas pernas estavam cruzadas e o seu olhar, parecia estar perdido em algum lugar.
Aproveitando-me da escuridão e da solitude entre nós, eu fiquei ali, encostado no muro e com os braços cruzados sobre o peito, enquanto lhe observava de longe. Eu parecia meio que um masoquista, por gostar tanto de me massacrar. Porque eu sabia que não podia a ter por completo, mas ainda assim, eu não conseguia me afastar o suficiente. Era como se ela precisasse de mim e eu dela. Sempre foi assim.
E como se ela de alguma forma pudesse sentir a minha presença, ela meio que se endireita e vira o seu rosto para trás, procurando por alguém.
— Quem está aí? — Ela franze a testa e se levanta, respirando fundo como se pudesse se sentir algum cheiro. Eu aproveito esse momento para me esconder nos arbustos novamente. — Luke? — A sua voz sai arrasta e ao mesmo tempo esperançosa.
A minha vontade foi grande, de sair dali e me revelar para ela, enlaçando a sua cintura e me aconchegando no seu abraço, mostrando que nada poderia separar a gente e que jamais me apaixonaria por uma outra pessoa; mas eu sabia que não poderia fazer aquilo. Por ela e por mim. Não tínhamos como dá certo daquele jeito.
Assim, eu me escondi e vir ela enxugando uma lágrima, enquanto encaixava as suas mãos dentro do casaco e se voltava para a parte interna da casa. Ela olha mais uma vez ao redor e fecha as portas de vidro, puxando as cortinas desaparecendo do meu campo de visão.
Pronto, Luke. O espetáculo acabou.
Me obrigo a sair das plantações e voltar para o meu carro. Já havia me massacrado demais por uma noite.
🔸🔸🔸🔸
Olá meu povo...
Cheguei com mais um capítulo.😍👐🏼
Não estou revisando, espero que vcs me desculpem se tiver algum erro de português ou alguma conjugação errada hihi 🙈🙈👀✨(Estou querendo compensar o tempo perdido)
Triste tbm o lado do Luke, hein?
Não sei quem tá pior... 🥺🥺
A Fernanda tbm parece ser uma boa pessoa. E como o Luke falou.. talvez ele fosse o cara certo para ela, se ele não tivesse tão apaixonado pela Mel. 🧡😟
Sobre o final do capítulo.. vcs acham que o Luke deveria ter aparecido para a Mel? 👀🫣🫣(Fiquei na dúvida kk)
Até mais meu amores! 😚♥️♥️
Fiquem com a minha montagem da Mel e do luke kkk... (Tirei onda) kkk..
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top