Melyssa Collins
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Logo, com um pouco mais das duas horas da manhã, a noite enfim, parece se encerrar. E quando eu penso, que vou poder finalmente tirar os meus 10 cm de sapato alto, o bendito homem aparece ao meu lado.

- Será que cheguei em uma hora tão inoportuna assim...? - ele sorrir zombeteiramente e se senta ao meu lado, quando me ver com a mão no salto alto e bufando de frustação, por então lhe ver por ali. - Deve ter sido bastante cansativo para você hoje... - Ele toma a minha mão e começa a tirar os meus próprios sapatos dos pés.

- H-um.... - Gemo de satisfação e nem percebo o quanto aquele meu som, pode ter parecido tão erótico para alguém; inclusive, para ele. - Nossa, eu... desculpe! - Tento me recompor e recolher o meu pé das suas mãos.

- Não, não se desculpe... Continue. Estava lindo demais, te ver relaxar. - Ele sorri de forma cafajeste e eu sei bem, o que ele estava pensando.

- Sim, claro. Obrigado... Ângelo! É esse o seu nome, não é? - Sorrio, tentando mudar de assunto e amenizar mais o nosso clima.

"O que é que deu em mim, hein? Não era exatamente isso que eu queria? Flertar com alguém e enfrentar as minhas barreiras? E porque agora, eu parecia querer estar fugindo daquilo?" O mesmo cara a minha frente parece notar os meus pensamentos confusos e sorrir.

- É sim, é um prazer lhe conhecer, senhorita Melyssa!! - Ele estende a sua mão esperando eu pegá-la, e assim, eu faço. Porém, ele logo a vira e a beija em uma parte sensível da minha pele; ou seja, no meu pulso. - E então, o que acha de andarmos um pouco pelo gramado? O mato molhado pode fazer bem para os seus pés, não acha? - Ele sorri lindamente para mim, como se nada tivesse feito e eu, apenas assinto para ele.

- Sim, podemos ir... será ótimo para os meus pés. - Lhe agradeço mentalmente, por tem pensado exclusivamente neles.

Assim, partimos em direção ao pátio e depois para o jardim, que ficava logo a direita, perto das cobertas com gazebos e um corredor comprido, que dava em seguida para a área leste do hotel.

Seguimos por esse caminho e uma conversa leve, girava em torno de nós. Ele me contava sobre o seu trabalho, com a rede de hotéis e eu, sobre a minha curiosidade de conhecer o mundo. Papo vai e papo vem, até que sinto uma das suas mãos se entrelaçarem na minha e me puxar para um canto do jardim, tomando a minha cintura para junto de si e alisando levemente a minha nuca.

- Acho que já fiquei longe demais do que tanto almejo, não? Sei que você fica muito nervosa com a minha presença, mas acho que já me apresentei demais, para você relaxar... Não concorda? - Ele lambe os lábios sensualmente e parece esperar quase que uma eternidade pela minha resposta. A sua carícia estava gostosa demais, para mim poder responder. O que posso fazer?

Porém, como eu nada lhe digo naqueles milésimos de segundos, ele logo interpreta aquilo como um sim e aproxima a sua boca da minha, a tomando com uma extrema urgência e parecendo querer a esporar em cada parte bem naquele momento. Ele lambe os meus lábios e os puxa com uma verdadeira volúpia. Ele realmente parecia saber o que estava fazendo. Assim, me deixo levar pelo fervor que estava rolando entre a gente e acaricio fortemente os seus cabelos. O mesmo, faz o que eu fiz e os puxa para trás, descendo os seus lábios pelo meu pescoço e logo em seguida, querendo abaixar uma das alças da minha blusa, para poder tomar um dos meus seios na sua boca e o devorar. E aquilo rapidamente me assusta.

- Ei, vai com calma... - Me afasto um pouco para poder tomar um ar, mas ele parece não me ouvir. - Ângelo!!

- Oi. - Ele me responde meio que com descaso e ainda devora o meu colo, enfiando uma das suas mãos por debaixo da minha blusa; aff... pelo menos ele me deu a resposta de que ainda estava me ouvindo.

- Vamos devagar, eu não estou acostumada com isso... - Tento afastar a sua mão com delicadeza, mas o mesmo, parece insistir e não querer parar. Logo, eu ajo com um pouco mais de força e ele ainda não se afasta; parece gostar de me ver presa nos seus braços. - Ângelo, por favor, me solta... - Começo a ficar nervosa e ele me aperta ainda mais contra si, me empurrando para dentro dos matos.

- Ângelo... Eu vou gritar!! Você está me ouvindo? - Lhe ameaço, quando vejo que o mesmo não vai se afastar.

- Vai, é?! Você gosta quando eu te aperto assim, ou é só um charminho? - Ele devora a minha boca e eu agora começo a sentir nojo, daquele nosso contato.

- Você está maluco? Eu quero é que você me solte imediatamente. Eu não estou brincando. - Tento lhe parecer séria e incisiva, mas ele não parece me levar tão a sério.

- Adoro esse seu cheiro sabia... tão doce e sensível. Esse seu lado mandona, é um grande afrodisíaco para o meu lado selvagem. - Sinto as suas mãos apertarem os meus seios e em seguida, descerem para a minha bunda.

"Mas qu-e..., mas que porr* que ele estava fazendo?" Sinto-me pequena diante daquele homem e me vejo praticamente sem forças, para poder gritar.

Eu sabia que não deveria ter saído com ele. Lá no fundo, eu deveria ter escutado o meu eu. Um homem que lhe encurralava e lhe chamava de linda e tudo mais, vindo com palavras doces e sensuais, com certeza já tinha um plano todo arquitetado por trás. Ele jamais iria devagar e lhe conheceria primeiro, antes de querer ir para cama com você. Esse papo todo de tentar te fazer relaxar, não tem nada de verdadeiro. Eu estava me sentindo totalmente em desespero ao seu lado.

E por estar presa em suas garras, longe de todo mundo e jogada bem no meio de uns arbustos grandes e fechados no jardim, ficava meio que difícil de pensar em alguma alternativa para fugir dali. Logo, os meus olhos começam a se encher de lágrimas e penso que não seria assim, que eu gostaria de enfim perder a minha virgindade. Não seria justo, eu esperar por tanto tempo assim e acabar ali, transando com um homem qualquer e ainda mais sendo forçada a isso.

Sentindo que eu não tinha mais forças para poder lutar, eu me lembro dos meus grandes saltos compridos, que estavam presos nas minhas mãos, e tenho uma brilhante ideia de como fugir dali. Logo, reunindo toda a coragem que eu ainda tinha dentro de mim, eu jogo fora toda a minha compaixão e empatia pelas pessoas do mundo e taco-lhe uma tamancada na cabeça, lhe enfiando em seguida os dedos pelo nariz e os empurrando para trás.

Assim, imediatamente eu me jogo por entre as árvores e o escuro da noite, rezando para que ele ao menos não soubesse sobre o caminho que havia escondido ali por trás, por dentro do jardim. Eu conhecia aquele hotel de ponta a ponta, várias vezes eu já havia procurado por crianças naquelas imediações. Não tinha uma parte daquele lugar, que eu não conhecesse. Logo, eu usaria aquilo ao meu favor. Eu só pediria para que aquele maluco, metido a empresário, não tivesse estudado toda a planta do Hotel Golden Palace.

Assim, sentindo o meu pulmão trabalhar a todo vapor para poder me dá o ar suficiente, eu não noto quando um pequeno galho rasga o meu short e deixa um fino rastro de sangue na minha coxa. "Merda!!"

Xingo-me mentalmente e tento tampá-lo, para que não continuasse a sangrar. Aquela noite estava sendo uma das piores da minha vida. Vendo que voltar para a recepção não seria uma boa opção para aquele momento; porque ele poderia estar lá, me esperando para inventar uma enorme desculpa e me acusar de alguma coisa que eu não tenha realmente feito; eu prefiro voltar pelo caminho dos fundos e sair juntamente com as pessoas do almoxarifado.

Sentindo o meu coração aos poucos desacelerando, eu começo a pensar em tudo isso que eu havia acabado de passar. Eu realmente poderia estar sendo estuprada e abusada naquele lugar. Porque era exatamente assim que eu estava me sentindo. Sendo tocada e beijada totalmente contra a minha vontade. Não vou mentir que no começo eu queria; "e quem não queria? Ele parecia o próprio príncipe encantado, me desvendando por inteira e me oferecendo o paraíso com os seus gracejos."; mas logo, ele mostrou a sua cara e a sua impaciência para com a sua princesa.

Argh! Que nojo eu havia começado a sentir daquele homem.

Logo, sentindo o frio me abater e os meus braços desnudos se arrepiarem, por ter deixado o meu blazer encima da cadeira e a minha bolsa com todos os meus documentos e a chave do carro dentro dela, eu me vejo sem saber como voltar para casa.

E que casa, Melyssa? A Nella com certeza iria se sentir enraivecida, com o que havia acontecido comigo. Seria capaz de mover céus e terras, juntamente com os nossos pais, para poder descobrir quem seria aquele homem e acabar de uma vez por todas com a sua vida. Eu não sentiria pena dele naquele momento, mas eu também não queria arrumar confusão para a minha família. Eu já era muito grata por eles terem me adotado e me considerado parte da família. Eu só queria poder lhes dar orgulho e gratidão, por poderem me ter ao seu lado. E aquilo só seria mais um vexame e um problemão para todos eles. Assim, eu só me via recorrendo a uma única pessoa, a que sempre vivia me salvando dos perigos e das encrencas da vida; o Luke.

Agradecendo aos deuses e a tudo que pudesse ser uma divindade no mundo, eu sinto o meu pequeno celular dentro do bolso do short.

- Ai, céus!! Obrigada!! - Enxugo rapidamente as minhas lágrimas do rosto e tento manter a minha voz sob o controle, para não preocupar tanto o Luke, quando por fim, ele me atendesse.

Logo, com três chamadas depois, eu o consigo ouvir do outro lado da linha.

LIGAÇÃO ON -------------------------------------------

(Melyssa) - Luke?? - A minha voz sai embargada e tento segurar o meu choro.

(Luke) - Mel?? Você está bem... - A sua voz sai meio que preocupada e sonolenta.

(Melyssa) - Desculpe... você deve estar dormindo, não é? - Fungo o meu nariz que estava enxarcado de lágrimas e me arrependo imediatamente, de ter o ligado naquela hora. - Nossa! Em pleno sábado e eu aqui... no meio da madrugada, te ligando e atrapalhando o seu belo sono, depois de uma grande e intensa semana de trabalho; eu só devo ser uma sem noção mesmo. Eu sinto muito, Luke. Eu... eu não queria ter ...

(Luke) - Mel!! Pare com isso... Você sabe que eu não me importo com o horário que você me liga. - Ele me interrompe bruscamente, mas logo depois suaviza a sua voz, sabendo que eu sempre faço isso, de começar a falar um monte de coisas quando eu me sinto nervosa. - Não fique resguardada... eu sempre estarei disponível para você. - Seu timbre sai doce e eu pareço me derreter diante das suas últimas palavras. Ele me conhecia muito bem.

(Melyssa) - Eu... Eu sei disso. - Fungo o meu nariz mais uma vez e tento controlar as minhas lágrimas, que escorriam silenciosamente pelo meu rosto. Alguns segundo de calmaria se passam, quando um barulho de um motor estridente, se faz ouvir e me deixar extremamente em estado de alerta. Os meus olhos rapidamente se esbugalham e penso que talvez possa ser o louco do Ângelo, vindo atrás de mim e com algum carro desgovernado.

(Luke) - Mel...? Você está aí...

(Melyssa) - Luke... Eu... - Começo a mexer as minhas pernas e a andar mais rápido, quando um forte farol é direcionado para mim e a vim na minha direção.

(Luke) - Melyssa!! Diga-me o que está acontecendo. - A sua voz sai firme do outro lado da linha e me faz lhe dizer abruptamente, a minha real situação.

(Melyssa) - Eu estou sendo perseguida, Luke!! Um homem que conheci na festa hoje, me beijou e depois tentou abusar de mim. Eu fugir dele inesperadamente e ele agora parece ter me encontrado. - Digo nesse momento olhando para trás e começando a correr, quando o carro surpreendentemente começa a cantar pneu. - LUKE!!!!! ELE ESTÁ VINDO!! AI, MEU DEUS!!

(Luke) - MAS QUE DROGA!!!! ONDE VOCÊ ESTÁ MELYSSA??

(Melyssa) - Poft... (O aparelho celular dela cai no chão).

LIGAÇÃO MUDA ---------------------------------------

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Olá, meus lermores! 😍😁👐🏼
Estou eu, aqui de volta! Kk.. eu não queria deixar vcs na ânsia... 😂🤭

E aí, caíram na lábia do Ângelo.. igual a Mel? 🙀👀👀 Quem diria hein? Que ele fosse um nojentinho?😒 Será que ele a está perseguindo mesmo? Oq vcs me dizem?😟

Esse o hotel Gold Palace é maravilhoso, né? Hahaha ✨✨😌😏

E o Luke, estavam com saudades? 😚😚😚🥰🥰🥰O próximo cap é dele!

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