🔸Capítulo 10🔸
Luke Ribeiro
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Voltar para festa e chegar todo molhado nas calças, não era o tipo de atrativo que eu gostaria demostrar para todos, mas como eu e não tinha opção para isso, eu fiz o que tinha que ser feito e dane-se os outros. Eu estava feliz pelo o que eu tinha feito com a Mel. Eu nunca pensei que fosse ser tão mágico e intenso. Ela realmente aflorava o meu lado mais pecaminoso de ser. Se aquilo era errado, eu não sei; mas eu gostei pra caramba e não iria deixar de lado o que estávamos vivendo, por causa da minha consciência ou do pré-julgamento das pessoas.
A Mel e eu, nem éramos primos de verdade, se fossemos levar ao pé da letra. Ela foi adotada pelos meus tios e crescemos juntos, só isso. Ninguém poderia dizer que não poderíamos nos apaixonar, pois a nossa relação sempre foi muito intensa e próxima. Era difícil dizer que ela não me atraia e não fazia o meu tipo, quando na verdade ela crescia lindamente do meu lado e fortalecia ainda mais quem eu era.
Sempre tive o seu apoio, ao contrário de muitos parentes que não me entendiam. Ela havia se tornado essencial na minha vida; e como não se tornar? Sempre tínhamos um ao outro. E agora, que essa relação havia crescido e evoluído para um outro patamar, eu não pensava em descer novamente para o que éramos antes. Ela era exatamente o que eu queria e precisa. Minha doce Mel.
Era uma felicidade sem igual, saber que você era tão correspondido, quanto o que você queria dar. Jamais pensei que a Mel pudesse ceder para mim e me desejar de alguma forma. Ela era tão fixa no nosso parentesco, que essa possibilidade entre a gente, parecia distante demais para se tornar realidade. Porém, ao ver a sua entrega e o desejo de me possuir da mesma forma, só mostrou o quanto estava enganado quanto aos seus desejos. A Mel também era de carne e osso, e me deseja.
E com um sorriso de ponta a ponta, eu sai de dentro dos matos e caminhava para dentro da casa, na intenção de me trocar, sem chamar muita atenção.
- Ei, rapaz!!! Aonde foi que você se molhou assim? - O meu tio Collins grita, chamando atenção de todos ao seu redor. Digo me referindo ao meu pai, Junior, e o tio Anthony, juntamente com o meu avô Henrique e Pietro.
Ok, plano 1 falhado. Forço um sorriso amigável e tento desfaça o meu desconforto, por ter sido pego. Me fingindo um pouco bêbado, eu me aproximo.
- Acho que me cerveja caiu no mar e eu inutilmente tentei buscá-la. Ou talvez eu vi uma sereia, não sei... Aqui é possível, ver sereias tio? - Zombo da cara do meu tio Collins, o aniversariante, e ele parece enrugar as sobrancelhas, sem entender bem sobre o que eu estava falando. - Deixa, eu acho que o senhor está velho demais, para aparecer uma dessa para você... - Roubo o copo de whisky da sua mão, mas ele logo o pega de volta.
- Você bebeu demais meu jovem, está na hora de parar. Vá lá dentro pegar uma roupa e tomar banho, porque nenhuma sereia vai o querer desse jeito... - Ele tenta zombar de mim, mas mal ele sabe com quem eu estava. - E a minha sereia, eu já encontrei. A sua tia Kat, é a minha deusa dos mares. Quando você encontrar uma, tão bela quanto ela ou a sua mãe... você vai saber. - Ele sorri debochando e eu me controlo ao máximo, para não lhe dizer que já encontrei.
- Ah, tio! Se você já soubesse. - Engulo as minhas próprias palavras e assinto, dizendo que eu já havia visto várias sereias na minha vida. Eles riem de mim, mas sei que só estão brincando comigo. Essa era a nossa forma de interagir.
O meu pai me acompanha até dentro de casa e sei que ele queria falar alguma coisa para mim.
- Ei, mocinho... de mim você não escapa. Sei que você está bêbado coisíssima nenhuma. - Ele aperta o meu ombro e eu me sinto rígido, com o que ele pudesse saber sobre o que realmente aconteceu. - É a Elisa ou a Cris? Vi quando elas foram para o lado dá praia e você, pelo canto dos matos. Tem alguma coisa acontecendo entre vocês? - Ele sorri todo esperançoso, achando que eu pudesse me envolver com alguma delas.
A Cris e a Elisa não parentes nossa, mas elas também viveram e cresceram com a gente. A sua mãe, Merlinda, era amiguíssima da tia katarina, mãe da Mel. Logo, elas sempre viviam onde nós estávamos; mas eu nunca fui tão próxima delas quanto da Mel; apenas brincávamos e nos confraternizávamos juntos. Não era nada, além de uma grande amizade e consideração que eu tinha por elas. Não sei de onde, o meu pai tinha tirado aquilo da cabeça dele.
- O quê? Não... a Cris e a Elisa? Você está maluco, pai? Elas são praticamente as minhas primas/irmãs... De onde você tirou isso? - Lhe olho incrédulo, esquecendo a minha fingida embriaguez.
- Ué... Dá a proximidade de vocês. A Cris é uma boa menina, filho. Eu faço gosto dela com você... Ela gosta da área criminal também. Talvez vocês tenham isso em comum, não acha? - Ele me indaga e eu fico mais desconcertado ainda.
- Não, não acho. Você está vendo coisas demais, aonde não tem. Eu e a Cris só somos belos amigos; a considero muito, mas não para isso, não para termos algum tipo de relacionamento... pode esquecer. - Ando, me sentindo atônico com aquela possibilidade. Será que alguém mais pensava isso?
Rapidamente me lembro da Mel e espero que essas ideias, jamais cheguem até ela; pois, do jeito que eu a conheço, sei que ela vai ficar criando várias caraminholas na sua cabeça. E eu não quero perder o que acabei de construir com ela; do que acabamos de descobrir. Fico tenso com aquela possibilidade e o pai logo percebe, a minha farsa sobre a embriaguez.
- Sei... pelo visto até as suas alucinações, sobre sereias passaram, né? - Ele zomba de mim, levando aquilo como uma confirmação, a respeito do que ele tinha me sugerido. Merda!
- Não é nada disso do que você está pensando... Eu não tenho nada com ela. - Fico sem saber como rebater, sem necessariamente falar da Mel.
- Fica tranquilo, filho... Eu tive a sua idade. Aproveite. Eu nada falarei a respeito. - Ele sorri dando tampinhas no meu ombro e indo até a cozinha, pegar alguma coisa por lá.
- Merda!! - Esbravejo irritado, por não ter tido como me defender ou lhe retrucar.
Sentindo a minha animação indo embora, eu vou até o andar de cima e pego uma roupa, juntamente com uma toalha e vou até ao banheiro. Porém, ante de chegar até lá, eu me deparo com a Mel, subindo as escadas e indo em direção ao seu quarto; mas antes dela virar e abrir a sua porta, ela se volta para mim e morde os lábios, com os seus olhos brilhantes.
Ela era a perfeição em pessoa. Nem acredito que conseguir conquistá-la.
Solto um beijo para ela e a mesma me retribui, olhando primeiro para os cantos e verificando se não tinha mais ninguém conosco, antes de solta o mesmo beijo com as mãos para mim.
Eu finalmente entro no banheiro e tomo meu banho. Era exatamente a ducha, da qual eu precisava. Ensaboou o meu corpo e depois passo o shampoo e o condicionador nos meus cabelos, lembrando dos deliciosos momentos em que a Mel os puxou para si, querendo mais de mim. A sua pele era tão macia, quanto imaginei. Os seus pelos loirinhos erriçados, era tudo o que eu queria. Era a entrega e a confirmação do quanto eu também mexia com ela. Pelo visto ela não era tão imune assim a mim.
Me enxáguo e rapidamente me seco, desejando vê-la novamente o mais rápido possível. Queria poder ficar a admirando e esperando o momento certo, para podermos ficar juntos e sozinhos mais uma vez. Talvez fosse loucura, mas essa necessidade de nos escondermos dos outros, era até gostoso de sentir. Me fazia voltar a adolescência e a puberdade, era tudo muito intenso e fascinante; e a Mel me fazia sentir tudo isso.
E agora, com os cabelos penteados e uma roupa cheirosa e limpa, eu vou atrás dela. Eu estava destinado a aproveitar cada momento ao seu lado. Descendo as escadas, uma a uma, o mais rápido possível, eu não vejo quando o meu pai estava conversando com a Mel e apontando para Cris, o que será que ele estava falando. O meu coração se acelerar e rapidamente chego até eles. A Mel me olha meio que sem graça e não me parece a mesma, que a poucos minutos atrás.
- E aí, tudo bem por aqui? - O meu pai, estranha a minha pergunta e logo se pronuncia.
- Ué, é claro que está!! - Escuto ele responder, mas não tiro os meus olhos da Mel. Eu queria que ela mesma me respondesse.
- Mel?? - Indago, querendo ouvir da própria boca dela.
- Sim, está. - Ela abaixa o olhar e depois olha para fora de casa. O que será que a tinha perturbado?
- Relaxa, filho!! Eu só falei o quanto a Cris cresceu e merecia alguém como você... Honesto e trabalhador. Ela vem passando uma grande barra no trabalho. A minha mídia não é um caminho fácil de se seguir. - Ele fala dá Cris, a respeito da sua carreira jornalística e do seu antigo namorado do ramo.
Agora sei, o motivo da carranca da Mel. Ok. Eu bem que previ isso. O meu pai disse que não iria falar a respeito das suas ideias, mas ele meio que já insinuou isso e ainda mais, para pessoa errada. Merda!
- Eu já falei para você parar com isso, pai. A Cris com certeza vai achar alguém que realmente a mereça. Nós só somos amigos, somos praticamente irmão; você sabe disso! - Afirmo mais uma vez, para que ele pare com aquelas insinuações sem lógicas.
- Eu sei, eu sei..., mas o amor da sua mãe por mim, veio de uma grande amizade, sabia? Nem esperamos namorar e logo depois, ela engravidar. Foi tudo tão rápido..., mas eu não faria nada diferente. - Ele sorri todo melancólico e nostálgico. - Vale apena aproveitar enquanto jovens... Não se esqueçam disso. Hoje, ainda sou muito feliz pelas minhas escolhas. Vão se divertir crianças. - Ele se despede e dá mais um gole da sua bebida.
Ele, é quem deve estar bêbado.
- Ele nos chamou de crianças? - Tento brincar com a Mel, mas ela simplesmente sorrir, sem mostrar muito os dentes. - Ei, não vai ficar assim por causa dele não, não é? Ele só está criando maracutaias, na cabeça dele; você sabe que eu e a Cris não temos nada. Ele só está falando coisas com coisas. - Me seguro, para não me aproxima ainda mais dela e alisa o seu rosto. Por isso, simplesmente encaixo as minhas mãos no bolso da minha calça.
Ela assente, mas não parece tão confiante assim das minhas palavras.
- Vamos lá para dentro, precisamos conversa. -Me viro para ela, disposto a esquece a descrição, para que ela acredite em mim. Ela rapidamente esbugalha os olhos, ao ver que eu fazia menção de me aproximar mais.
- Luke! Aqui não. - Ela sussurra, tentando conter as minhas investidas.
- Então mais tarde... lá minha casa. - Eu a induzo a aceitar.
- Está bem! Está bem! Agora me deixe ir. - Ela se vira, me empurrando de leve com o ombro.
Sorrio, sabendo que quando estiver só nós dois, seria muito mais fácil provar para ela, de que eu não tinha nada com a Cris e nem queria, ter com outra mulher; apenas com ela mesma e com mais ninguém. Ela era a minha preciosa Mel e não a deixaria escapar.
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Eita que o pai do Luke o encrencou sem nem saber! 🤭🤭👀 Será que esse discurso dele, não se encaixaria melhor com a Mel, não? 😏 Kkk... Não digo é nada.
Tadinha da Cris kkk..😁👁️👄👁️
O que será que vai rolar nesse apt do Luke... Tenho certeza que vai ficar cada vez mais difícil esses dois esconderem. 😙😆🙈💣 Supresas virão... E fogo tbm 🔥🔥 não era isso que vcs queriam kkk.. 😂😈
Até mais ver, meu povo kk .. 😜✌🏼✨
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