24. Dominação

"Não deixe isso subir à sua cabeça, mas você é a melhor que eu já tive. Sem querer comentar, essa coisa está inchando, você me faz entrar em transe... Quero você presa em volta de mim como um relógio de pulso... – Hold Tight, Justin Bieber."

– Solta isso aqui pra mim, hum? – ao abrir os olhos outra vez, pude vê-lo ficar de joelhos enquanto seguia retirando aquele objeto de mim – È ora di darmi ciò che è mio.*

– Ah! – inclinei a cabeça para cima, quando aquele consolo de borracha finalmente foi extraído por completo.

– Muito bem, veja só... Já saiu. – Jason se inclinou para colocar o brinquedo sobre a mesinha de cabeceira – Agora preciso que se vire, e empine esse seu rabo gostoso pra mim, Lizzie!

Anunciou ele, enquanto aproveitava para pegar um preservativo na gaveta daquele pequeno móvel de madeira, e eu concordei com um leve aceno de cabeça. Então, após respirar bem fundo, me virei de bruços na cama, arrebitando a minha bunda para cima o máximo que podia. Receio que não tivesse força suficiente para ficar de quatro outra vez, pois o meu corpo ainda se recuperava do meu recente orgasmo, mas confesso que estava louca para recebê-lo ali atrás. Jason havia me instigado bastante com o seu fetiche de fazermos sexo anal hoje, e eu queria muito dar para aquele homem gostoso.

– Assim está bom pra você, Jay? – perguntei com voz manhosa, passando a encará-lo por cima do ombro ao mesmo tempo que afastava as minhas pernas curvando os joelhos para balançar os meus pés de baixo para cima num leve charminho.

– Está perfeito! – ele alcançou um dos meus pés, o qual beijou carinhosamente – Porra, você é sexy pra caralho, pequena... É a mulher dos meus sonhos. A única que eu quero pra mim. Eu sou louco por você.

– Também sou louca por você, amor. – sorri tímida, corando as bochechas após aquela breve declaração recheada de carinho e desejo.

Dava para sentir a intensidade empregada em cada uma das suas palavras, fora que seus olhos não lhe deixavam mentir, o jeito que ele me olhava agora era de arrancar o fôlego. Sem dizer mais nada, Jason se inclinou sobre mim apenas para selar os meus lábios, e o fez como se houvesse uma enorme necessidade disso dentro de si. Sorri doce ao rompermos aquele contato, então seus lábios seguiram em beijos carinhosos pelo meu pescoço e ombros ao mesmo tempo que ele montava em cima do meu traseiro passando uma perna para cada lado.

Depois se pôs a rasgar a embalagem metálica do preservativo entre os dentes, o qual logo tratou de vestir em seu pênis rígido após uma rápida punheta. Ainda o vi alcançar o resto do lubrificante corporal sobre a mesa de cabeceira, o qual espalhou por toda a extensão da camisinha já devidamente colocada em seu membro, e terminou de esvaziar entre as minhas nádegas. Em seguida, tornou a massagear o meu traseiro, se estendendo até o meu ânus em movimentos provocantes a fim de estimular ainda mais o meu prazer.

Arfei pesado quando o seu anelar se forçou para dentro de mim, mas dessa vez notei que deslizou um tanto mais fácil pelo meu interior, indo o mais fundo que podia num breve vai e vem antes de se retirar. Sem perder tempo, Jason reclinou o seu corpo sobre o meu, se pondo a depositar um beijo em meu ombro esquerdo enquanto suas mãos alcançavam as minhas, as quais ele rapidamente conduziu até as minhas nádegas. Não custei a entender o que ele queria, e logo tratei de afastá-las para os lados ficando completamente exposta sob o seu olhar.

Ao se endireitar novamente, Jason me segurou firme pela cintura com uma das suas mãos, tomando uma posição melhor atrás de mim à medida que passava a se encaixar na entrada apertada do meu ânus. No instante que forçou a cabeça do seu pau para dentro de mim, um gemido manhoso me escapou entre os lábios e tive um pequeno espasmo involuntário para frente. Em vista disso, ele precisou me segurar com certa força no lugar para que eu não se movesse. Dessa forma, todo o seu pênis foi deslizando vagarosamente pelo meu interior, afastando as minhas paredes ao passo que se alojava ali atrás.

– Ai! – gemi mais alto, soltando as minhas nádegas para agarrar as cobertas quando o seu quadril se forçou contra o meu traseiro.

– O que foi? Eu te machuquei? – questionou Jason, em tom preocupado.

– Não, só... – franzi a testa, me esforçando para encontrar as palavras – É que o seu pau é tão grande.

– Então você não quer mais isso? – seu tom de voz soou risonho, e eu rapidamente neguei com a cabeça.

– Ah, não, eu ainda quero. – me apressei a responder.

– Tem certeza? – indagou ele, e eu apenas assenti – Tudo bem. Prefere esperar um pouco?

– Acho que sim. – concordei outra vez, e a sua destra apertou uma das minhas nádegas antes de deslizar carinhosamente por minhas costas – É, seria bom, só um pouco.

– Certo, quero que respire devagar e relaxe, vamos no seu tempo, pequena. – ele se inclinou para frente, alcançando um dos meus ombros o qual passou a massagear.

De repente, um arrepio gostoso me percorreu dos pés a cabeça quando os seus lábios macios tocaram a minha pele, depositando alguns beijos molhados por minhas costas, os quais se estenderam numa trilha em direção à minha nuca.

– Tá! – soltei a respiração num leve sorrisinho, adorando receber seus carinhos e cuidados.

Sai, Lizzie, il tuo sorriso è la cosa più seducente che abbia mai visto.* – aquela voz rouca, com sotaque italiano extremamente sexy ao pé do ouvido me fez estremecer inteira.

– O que... O que isso significa? – tornei a encará-lo por cima do ombro.

– Eu disse que você tem um sorriso sedutor, o mais sedutor que já vi. – respondeu ele, no mesmo tom de antes, depois mordiscou sutilmente o lóbulo da minha orelha, esfregando o seu quadril no meu traseiro de forma carinhosa – Você é tão sensual que chega a ser difícil desviar o olhar.

– Ah, Jay... – gemi baixo, sentindo uma onda de eletricidade transpassar pelo meu corpo.

– Suas curvas me deixam maluco... – seus olhos escurecidos de luxúria mergulharam nos meus, e posso ter desaprendido a respirar por alguns segundos – Ah, minha pequena Lizzie, você é a perdição dos meus pensamentos mais obscenos e depravados. Eu quero provar você toda hoje. Sinto fome do seu corpo, tanta fome...

Devagar, Jason começou a fazer curtos movimentos circulares com o seu membro todo socado dentro de mim, enquanto massageava o meu ombro esquerdo e soprava coisas quentes em meu ouvido com aquela voz rouca sedutora, instigando o meu prazer. À medida que os nossos corpos se esfregavam naquela dança sensual e provocante, eu podia sentir o calor em meu ventre crescer, se alastrando cada vez mais de dentro para fora. Seguimos nessa doce tortura deliciosa por alguns poucos minutos, até que involuntariamente rebolei o meu traseiro a fim de senti-lo melhor ali atrás.

Em resposta, sua destra agarrou firme a minha cintura, e Jason logo iniciou um vai e vem lento, se retirando quase que por completo só para deslizar de volta toda a extensão daquele pênis delicioso para o meu interior. Arfei pesado, fechando os olhos enquanto apertava as cobertas com força, me concentrando no meu próprio prazer e no quanto era gostoso recebê-lo assim com tanto desejo em cada toque. Senti os seus lábios macios distribuírem beijos carinhosos pelo meu pescoço, ao passo que nossos quadris se esfregavam calorosamente, e tornei a encará-lo por cima dos ombros, gemendo baixinho de tesão.

Assim que os nossos olhares se cruzaram, Jason se adiantou a selar os meus lábios apaixonadamente, dando início a um beijo lento e caloroso, ao mesmo tempo que seguia se movendo num vai e vem delirante. Nossas línguas se enroscavam numa dança envolvente, me permitindo explorar cada canto da sua boca e me deliciar com o doce sabor refrescante de hortelã que ela carregava. Rompemos apenas quando a sua destra, que me segurava pela cintura, me puxou um pouco mais em sua direção, à medida que ele aumentava exponencialmente a intensidade das estocadas em meu ânus.

– Que delícia de rabo apertado, minha vadia! – Jason ergueu o peso do seu corpo, apoiando as suas duas mãos em minhas nádegas, as quais apertou com força – Estou abrindo ele todo hoje, está sentindo?

– Sim! – respondi em tom baixo, passando a encarar o nosso reflexo no espelho da porta do closet que ficava a nossa frente – Você está metendo tão fundo em mim, isso é tão gostoso!

– Quer dizer que você gosta desse jeito, Lizzie? – seu quadril esbarrou contra o meu traseiro, fazendo o meu corpo dar um curto solavanco para frente, e ele logo passou a se esfregar com mais força ali atrás – Te dá tesão quando eu te preencho toda assim, é?

– Ah! – cravei minhas unhas nas cobertas, ao passo que Jason fazia algumas investidas num curto vai e vem rápido, bombando com certa força contra o meu traseiro – Sim, eu fico muito excitada quando você faz assim!

– Então empina esse rabo gostoso pra mim, cadela! – estremeci inteira ao sentir o ardor quente da sua palmada estalada em minha nádega esquerda – Oggi ti fotterò come una puttana, puttana mia.* É o que você quer, não é? Adora ser a minha vagabunda na cama, hum?

– Eu sou toda sua! – sorri maliciosa ao ser bruscamente puxada para trás, o que me forçou a se arrebitar ainda mais para ele – Ui! Adoro quando fica bruto assim.

– Então fala pra mim. – sua destra deslizou vagarosa por minhas costas, me provocando alguns arrepios, até se emaranhar entre os meus cabelos – Quero ouvir da sua boca que eu posso te usar como uma puta safada hoje.

– Me usa, sim! Você pode me usar toda... – falei em tom manhoso, ainda observando atenta o nosso reflexo no espelho à frente, à medida que o seu quadril batia cada vez mais rápido e forte contra a minha bunda – Oh, Jason, isso! Me usa pra aliviar o seu tesão!

A cada palavra que ouvia sair da minha boca, suas investidas se tornavam mais rudes, provando o quanto Jason estava adorando me ver se comportar igual uma vagabunda na sua cama. E não posso negar que eu também estava amando me entregar assim, era tão excitante poder falar e fazer o que eu queria sem temer ser julgada. Ele me dava total confiança de mim mesma, e me fazia se sentir uma puta mulher gostosa. Sim, eu era gostosa e foda pra caralho! Prova disso era o quanto aquele homem me desejava, com todo o seu amor, de corpo e alma.

Sorri sacana, apertando mais as cobertas entre os dedos quando a sua destra alcançou os meus cabelos, os quais logo tratou de juntar num puxão que me fez inclinar um pouco a cabeça para trás. Em seguida, pude ouvir o estalo seco da palmada que Jason desferiu em minha nádega esquerda, a qual não tardou a arder. Gemi mais alto quando ele repetiu o ato, enquanto soprava coisas sujas pra mim com aquela voz rouca de arrancar o juízo e me fazer delirar. Acabei arrebitando ainda mais o traseiro, estimulada por toda a nossa safadeza naquele sexo bem quente e provocante.

Ah, sim! Sem dúvidas, Jason sabia como foder uma mulher, e aquele filho da mãe fodia gostoso. Era bom de cama, muito bom! E tão safado... Um safado de marca maior. De repente, ele me puxou um pouco para trás, deslizando a sua mão livre por minhas curvas até seus dedos experientes alcançarem a minha intimidade, se atrevendo a acariciar o meu clitóris em movimentos circulares que logo foram ganhando agilidade. Eu mordia meu lábio inferior com força, contendo os gemidos enquanto arranhava o forro da cama e o meu corpo dava solavancos para frente.

– Oh, meu Deus, Jason! Assim você vai... – franzi a testa, percebendo a minha vista ficar turva – Vai me fazer gozar de novo.

– Isso, goza, minha puta... – seus dedos intensificaram as carícias em meu clitóris – Mostra o quanto está gostoso, hum? Mostra pra mim!

Sua voz rouca fez o meu corpo inteiro incendiar numa deliciosa explosão de dentro para fora, e um gemido desregulado escapou por entre os meus lábios à medida que me entregava às sensações de extremo prazer e luxúria naquele orgasmo demorado. Talvez o mais longo da noite. Jason sorriu satisfeito ao me ver desabar contra os travesseiros, completamente ofegante, mas logo tratou de se enterrar o mais fundo que podia dentro de mim, antes de reclinar o seu corpo sobre o meu de novo. Senti meus pelos eriçarem com força ao toque macio dos seus lábios em minha pele, e tentei juntar oxigênio aos meus pulmões outra vez.

– Boa vadia! – ele mordiscou o lóbulo da minha orelha – Mas agora preciso que faça mais uma coisa pra mim...

Ri anasalado, negando sutilmente com a cabeça ao mesmo tempo que me questionava em pensamento como o Jason podia parecer não estar nem um pouco cansado? Bom, eu sei que lhe aticei com o lance do bodysuit sexy e tudo mais, porém não era possível que a essa altura ainda estivesse a todo o vapor, certo? Só que, aparentemente, ele estava sim, e pretendia se estender noite a dentro me dando orgasmos. Não que eu estivesse reclamando, pelo contrário não tinha do que me reclamar, só não conseguia entender de onde aquele homem tirava tanto fôlego.

– O que você quer que eu faça? – o olhei por cima do ombro, um tanto curiosa.

– Quero que fique de quatro, Lizzie, e empine bem esse traseiro gostoso. – sua destra apertou firme uma das minhas nádegas – Você pode fazer isso, não pode?

Arfei baixinho quando o seu quadril se pressionou contra o meu rabo, onde se esfregou sutilmente antes de se retirar por completo. Seus lábios seguiram em beijos molhados pela minha nuca, até que Jason se ergueu de joelhos sobre a cama outra vez, me observando em completo silêncio. Assenti mais para mim mesma, quando respirei fundo, e tratei de lhe obedecer me posicionando o mais empinadinha possível a sua frente.

– Assim, amor? – perguntei, após repousar a minha cabeça sobre os travesseiros.

– Exatamente, agora mostra esse rabo apertado pra mim... – pediu ele, acariciando o seu pênis enquanto se reaproximava.

Um sorriso faceiro surgiu em meus lábios e, sem perder tempo, tratei de segurar firme em minhas nádegas, as quais logo afastei para os lados dando algumas leves reboladinhas em provocação. Abri a boca num perfeito "O", mas sem emitir som, quando o Jason tornou a se encaixar na entrada do meu ânus, forçando o seu enorme e delicioso pênis a deslizar para dentro de mim novamente. Suas mãos grandes alcançaram os meus quadris me segurando firme, enquanto ele retomava os movimentos de vai e vem.

Não demorou até o barulho de sexo ecoar pelo quarto de novo, à medida que os nossos corpos suados se chocavam cada vez mais forte, cada vez mais rápido. A cada encontro faminto dos nossos quadris, mais os gemidos que escapavam por minha boca se tornavam altos e desregulados. A certo ponto, soltei as minhas nádegas, agarrando os lençóis como se fossem rédeas enquanto o Jason me devorava feito um animal faminto. 

Suas mãos grandes passeavam por minhas curvas, me apertando toda, estapeando o meu traseiro ou puxando os meus cabelos quase como se estivesse me domando na cama. Bom, acho que ele estava mesmo, e eu gostava disso, gostava do quão dominador era durante o sexo. Mordisquei o meu lábio inferior com força, sentindo o meu ventre incendiar num arrepio gostoso no instante em que os nossos olhares se cruzaram no reflexo do espelho à frente.

– Rebola, vadia! – notei as suas investidas reduzirem a intensidade – Vamos, mostra que sabe agradar o seu homem como uma boa vagabunda, hum?

– Ah, Jay... – inclinei a cabeça para trás quando ele puxou os meus cabelos.

– Começa a rebolar, Lizzie! – seu tom de voz era extremamente autoritário, o que me fez sentir um pulsar mais forte entre as pernas – Quero ver a minha puta rebolando gostoso no meu pau.

Não foi preciso o Jason dizer mais uma palavra sequer, pois rapidamente comecei a mover os meus quadris em reboladas cada vez mais sedutoras, fazendo também o vai e vem eu mesma. Estremeci com o choque quente de uma palmada em minha nádega esquerda, a qual ele logo passou a apertar puxando para o lado, e tratei de intensificar a forma que me movia a sua frente. Seus olhos escurecidos de luxúria e prazer, pareciam se deliciar com o que viam, passeando por todo o meu corpo quase como se estivesse preso em um tipo de transe do qual não queria sair.

Seguimos assim por alguns minutos, até que de repente um dos seus braços me agarrou firme pela cintura e me puxou para cima, me fazendo ficar de joelhos sobre a cama. Não tive nem tempo de pensar direito quando o seu peitoral suado se chocou contra as minhas costas, e as suas duas mãos se precipitaram a puxar tão forte a renda do meu bodysuit que o rasgou em farrapos sobre a cama. Em seguida, seu rosto se emparelhou bem ao lado do meu, e senti os pelos da nuca eriçarem junto a todo o resto do meu corpo.

– Mas o que... – minha fala foi interrompida quando ele alcançou as minhas mãos, as quais conduziu até os meus seios completamente expostos – Jason!

– Aperta esses peitos, cadela! – sua voz rouca sussurrou quente em meu ouvido – Vamos lá, eu quero ver a minha puta se exibindo toda pra mim...

Depois de soprar aquilo, os seus lábios macios e provocantes se encaminharam até a curvatura do meu pescoço onde se esfregaram devagar, me arrancando mais um arrepio que se estendeu por todo o meu corpo. Ao passo que Jason distribuía beijos molhados por minha pele quente, a sua destra seguia caminho entre os meus seios em direção a minha barriga. Engoli em seco, puxando os meus mamilos rígidos, ao sentir os seus dedos alcançarem carinhosamente a minha intimidade outra vez.

Não demorou nada até que ele passou a apertar sutilmente o meu clitóris, entre o polegar e o indicador, em leves estímulos que faziam a minha respiração pesar. Sem que eu desse conta, já rebolava de novo me esfregando contra o seu quadril, ansiando que aquele homem gostoso voltasse logo a me comer. E, como se lesse os meus pensamentos, a sua mão livre agarrou firme o meu pescoço à medida que Jason tornava a se mover num lento vai e vem, soprando algumas sacanagens no meu ouvido.

Gemia manhosa, apertando os meus seios, enquanto os seus dedos acariciavam o meu clitóris em movimentos circulares que iam ganhando intensidade. Aos poucos, suas investidas contra o meu traseiro foram se tornando mais rudes até que, a cada encontro dos nossos quadris, os meus seios davam curtos solavancos para frente. Seguimos assim, em meio a estímulos e deliciosas provocações por alguns bons minutos, ao mesmo tempo que observávamos o nosso próprio reflexo no espelho à frente, o que só tornava tudo ainda mais prazeiroso.

Sorri maliciosa em meio aos gemidos desregulados que escapavam da minha boca, ainda apalpando e massageando os meus seios de forma extremamente erótica, assim bem como o Jason queria. Quando, de repente, senti uma forte onda de calor se estender por todo o meu corpo, fazendo os meus pelos eriçarem dos pés à cabeça. Eu sabia exatamente o que aquilo significava e, pelo sorriso malicioso que surgiu no canto dos seus lábios, desconfio que ele também.

– Jason, eu vou... – fechei os olhos com força, e logo fui empurrada contra os travesseiros, onde repousei o meu rosto de lado.

Estávamos quase lá, sei que Jason também podia sentir. Sua destra acelerou as carícias em meu clitóris, enquanto a sua outra mão agarrava firme os meus quadris, ao passo que as suas estocadas se intensificavam ainda mais. Alcancei as cobertas, cravando as minhas unhas ali, antes de gemer o seu nome em voz alta, me derramando em mais um orgasmo intenso. Somente após apreciar os curtos espasmos involuntários do meu corpo, suas investidas cessaram e ele se retirou por completo de dentro de mim, arrancando a camisinha para bater uma punheta apressada.

– Caralho, toma aqui o que você merece, minha puta gostosa! – Jason rangeu os dentes, me puxando para mais perto, e finalmente gozou com força, lambuzando as minhas nádegas e costas com jatos de porra quente.

Tornei a abrir os olhos, bem a tempo de vê-lo inclinar a sua cabeça para cima num urro de prazer absoluto que fez até mesmo o meu ventre pulsar. Ao derramar a última gota, Jason soltou a sua respiração de uma só vez, e eu desabei na cama quase sem forças para sustentar o meu próprio peso, puxando oxigênio para os meus pulmões.

Ele fez o mesmo antes de se abaixar sobre o meu corpo para depositar um beijo carinhoso em minha cabeça. Em resposta, eu apenas assenti sorrindo leve, pois a verdade é que não conseguia fazer mais que isso naquele momento. Estávamos exaustos pelo sexo intenso que tivemos e, após se jogar ao meu lado, ele rapidamente me puxou para junto de si.

– O que achou? – perguntou Jason, assim que me aninhei melhor em seu peitoral – Foi bom pra você, pequena?

– Ah, sim, foi uma delícia, Jay. – um leve sorriso me escapou – Mas e você, por acaso gostou?

– Se te restam dúvidas, acho que eu fiz alguma coisa errada, Lizzie. – ele riu fraco, emaranhando os seus dedos entre os fios dos meus cabelos, os quais passou a afagar – Sabe, eu nunca gozei tão gostoso, quanto costuma ser com você, isso é bom pra caralho!

– Eu concordo, isso é bom pra caralho! – fiz das suas, as minhas palavras, o que pareceu pegá-lo de surpresa – Mas acho que agora precisamos de um banho.

– Sim, você tem razão. – o vi assentir – Entretanto, tem mesmo que ser agora nesse momento?

– Não, podemos ficar só mais um pouco aqui juntinhos na cama. – lhe apertei num abraço de lado.

– Mais um pouco é o suficiente. – Jason riu anasalado.

– Eu te amo tanto. – me estiquei para selar os seus lábios.

– Eu te amo mais, Lizzie, muito mais. – sorri doce ao mergulhar o meu olhar no seu, e me precipitei a beijá-lo de novo.

Nos estendemos por mais um tempo namorando gostosinho na cama, numa doce troca de beijos e afagos, curtindo a presença e a companhia um do outro. No entanto, em certo momento, tivemos que fazer o esforço de nos levantar para tomarmos banho, ou acabaríamos pegando no sono completamente suados. Isso sem mencionar o fato de que tomei duas deliciosas gozadas durante o sexo, então me lavar nem era uma opção, mas sim uma necessidade ou secaria na minha pele.

Assim que adentramos o banheiro, tratei logo de me livrar do resto daquele bodysuit aos farrapos, o qual observei por alguns segundos antes de uma ideia acender na minha cabeça. Um sorriso zombeteiro surgiu em meus lábios ao ver o Jason se erguer após alcançar duas toalhas limpas no armário abaixo da pia, as quais deixou sobre o balcão enquanto dizia alguma coisa.

Não prestei muita atenção, mas no segundo que ele se virou de frente para mim outra vez, eu arremessei a minha peça de roupa destruída contra o seu peitoral numa leve brincadeira que me arrancou uma boa risada. Ainda sem entender, as suas sobrancelhas arquearam, mas eu apenas sacudi a cabeça para os lados e fiz menção de seguirmos para o box. Contudo, pausei os meus movimentos ao vê-lo se abaixar para pegar o bodysuit aos farrapos no chão, o qual tratou de abrir para conferir o estrago.

– O que foi? Está admirando a sua baguncinha? – resolvi me aproximar, chamando a sua atenção para mim novamente – Hoje você estava sem controle, me comeu gostoso, gozou em mim como quis, e ainda rasgou a surpresa que eu preparei assim...

– É bom se acostumar, pequena, porque eu gosto de marcar o meu território. – Jason inalou profundamente o meu perfume espalhado naquela peça, após me agarrar com o seu braço livre e me puxar para junto de si – E você é toda minha.

– Você também é todinho meu. – fiquei nas pontas dos pés, apoiando as minhas duas mãos em seu peitoral, apenas para lhe roubar um selinho.

– Que bom que sabe disso. – ele riu fraco, selando os meus lábios outra vez.

– Tá legal, se a gente continuar assim, desconfio que você não vai mais me deixar sair do seu quarto hoje. – lhe dei um leve empurrãozinho, em tom bem humorado – Então se livra logo disso e vamos tomar o nosso banho.

Me referia ao bodysuit todo rasgado em sua mão, e ele não demorou a entender.

– Você que manda, amor! – o ouvi dizer no instante que me virei em direção ao box.

Adentrei a pequena caixa de vidro transparente ainda sozinha, mas antes mesmo que eu conseguisse ligar o chuveiro, pude sentir os seus braços fortes a minha volta. Aquilo me arrancou um sorriso largo, e me arrepiei inteira quando os seus lábios macios tocaram carinhosamente o meu ombro esquerdo. Nosso banho se deu nesse clima de romance misturado com muitos carinhos e beijinhos, o que era uma delícia de curtir. Eu adorava quando o Jason se mostrava tão atencioso assim comigo, e ele também parecia gostar porque a gente sempre acabava se estendendo bastante. Dessa vez não foi diferente.

Ao terminarmos o banho, ele teve que sair primeiro para pegar alguma roupa confortável que eu pudesse usar para dormir, e fiquei secando os meus cabelos com a toalha. Sorri agradecida no instante que o vi voltar já com uma camisa limpa em mãos, então trocamos um selinho e Jason logo se retirou de novo, me dando um pouco de privacidade. Acabou que eu não me demorei muito ali dentro, em vista de que não encontrei nenhum hidratante corporal em seu armário. E, assim que deixei o banheiro, percebi que ele já trocava as cobertas da cama, o que me arrancou um sorriso aliviado.

Confesso que aquilo me fez agradecer mentalmente por não ter que fazer eu mesma, pois estava bastante cansada, mas sabia que alguém precisava trocar os lençóis, afinal melamos tudo com goza durante o sexo. Por sorte, Jason era mesmo um homem e tanto, o famoso "pacote completo", sempre disposto a cuidar de mim desde os mínimos detalhes como se preocupar em trocar as cobertas. Me aproximei sem fazer barulho, o abracei por trás, e depositei um beijinho carinhoso em suas costas, o que rapidamente chamou a sua atenção.

– Obrigada, amor! – sussurrei, com um sorriso doce nos lábios.

Em resposta, Jason apenas sorriu leve assentindo sutilmente com a cabeça, e eu logo o soltei para que terminasse o que fazia, pois não queria lhe atrapalhar. Então me virei, correndo os meus olhos pelo seu quarto, a fim de observar melhor o ambiente já que estava ocupada demais para fazer isso quando chegamos mais cedo. Notei que, assim como o resto do apartamento, aquele cômodo também era bastante espaçoso, e organizado com móveis planejados para harmonizar o ambiente.

Haviam duas poltronas próximas a um sofá que ficava virado de frente para o painel com a TV, mais a diante ficavam as janelas que estavam completamente cobertas pelas cortinas agora. Também tinha uma escrivaninha bem posicionada, com um notebook e duas cadeiras a volta. O chão era todo revestido por um carpete, e a cama, que era bem grande e confortável, ficava em um nível mais alto que o resto do quarto. De um lado tinha o banheiro, e do outro o closet, para onde acabei seguindo.

Ao empurrar a porta, percebi que existiam dois seguimentos, suponho que o Jason idealizou um para ele e outro para mim, pois um deles estava completamente vazio enquanto o outro já guardava algumas roupas suas. Ri anasalado, sacudindo a minha cabeça para os lados enquanto caminhava em passos lentos por ali, até que algo me chamou a atenção. Meus olhos cintilaram ao ver as suas costumeiras correntes de diamantes numa das prateleiras, e me apressei até elas.

Eram tão lindas que não me aguentei em tocá-las delicadamente com as pontas dos dedos. Após olhar breve em direção a porta, as peguei com cuidado só para sentir o peso, e sim eram bem pesadinhas. Nesse instante, me ocorreu uma ideia, então me adiantei até o espelho e, sem perder tempo, coloquei ambas em volta do meu pescoço, apenas para ver como ficavam. Aquilo me arrancou uma risada sincera, antes de resolver sair para descobrir qual seria a sua reação.

– Olha só, o que acha? – dei uma voltinha, toda exibida.

– Ficou bom em você. – Jason sorriu largo ao se virar em minha direção – Tudo fica muito melhor em você.

– Está falando sério? – arqueei as sobrancelhas.

– É claro que sim. – ele assentiu, tratando de se aproximar – Me amarro quando usa as minhas coisas, pequena.

– Então posso ficar com elas? – dei uma risadinha faceira, e suas mãos grandes me alcançaram pelos quadris.

– Você pode ficar com o que quiser. – respondeu, me puxando para si.

– Mas assim você vai me deixar muito mal acostumada, Jay. – pousei as minhas mãos em seu peitoral.

– Eu não ligo. – seu rosto se aproximava do meu lentamente.

– Você é real? – arranhei sutilmente sua pele com as pontas das unhas.

– Eu que te pergunto isso, Lizzie... – sua voz soou quase como um sussurro, e senti os pelos da nuca eriçarem – Não tem noção do quanto eu sou apaixonado por você.

– Eu nunca senti nada assim antes. – mergulhei naquele olhar que parecia disposto a me engolir por inteiro – Amar você é tão intenso que às vezes até me assusta.

– Isso tudo também é novo pra mim, mas eu acho que é normal ter medo. – disse Jason, apertando um pouco mais firme a minha cintura – Significa que é importante pra nós dois.

– Eu não consigo mais ficar sem você, Jay. – fui sincera – Quando estamos juntos eu sinto que estou mergulhando de cabeça. Você me estimula como ninguém, e me faz querer mais, sempre mais...

– Mais de quê? – vi a sua testa franzir.

– De mim mesma, de você, de nós dois... De tudo, de nada, de qualquer coisa. – sorri doce – Eu adoro isso! Estou tão feliz que voltou pra casa, que está aqui comigo agora.

– Também estou feliz pra caralho, amor. – sua destra tocou carinhosamente o meu rosto.

– Acho que estou parecendo uma boba apaixonada agora, não é? – senti minhas bochechas esquentarem sob o seu olhar.

– Então somos dois bobos apaixonados aqui, Lizzie. – ele esfregou a ponta do seu nariz no meu bem devagar.

– Eu te amo tanto... – meus olhos lacrimejaram encarando fixamente os seus.

– Eu te amo muito, muito mais do que você possa imaginar. – Jason me puxou contra o seu corpo, acabando de uma vez com o pouco espaço que existia entre nós dois.

Não consegui conter uma lágrima que escapou sorrateira, a qual ele rapidamente tratou de secar com os nós dos seus dedos, aproveitando para fazer um suave carinho em minha bochecha. Espalmei as minhas mãos em direção aos seus ombros, sorrindo largo à medida que sentia as borboletas despertarem num bater de asas em minha barriga enquanto nossos lábios se atraíam para mais perto devagar.

Era evidente a necessidade que tínhamos um pelo outro, o que só parecia crescer quando estávamos juntos assim como agora. Então, fechei os meus olhos e finalmente trocamos alguns selinhos que foram se intensificando, se tornando cada vez mais demorados, até que o Jason pediu passagem com a língua. Sem pensar duas vezes, eu logo cedi, entrelaçando os meus braços em volta do seu pescoço, à medida que as nossas línguas se tocavam gentilmente sem pressa.

Sorri entre o beijo, e percebi ele fazer o mesmo, indicando que estávamos em plena sintonia, o que rapidamente me fez puxá-lo pela nuca, me permitindo se perder no doce sabor refrescante de hortelã em sua boca. Nesse momento, a sua destra se emaranhou por entre os fios dos meus cabelos úmidos, onde segurou firme antes de começar a intensificar o nosso contato. Nos estendemos o máximo de tempo possível agarradinhos no meio do seu quarto, sem nos importar com mais nada, e sorrimos ao romper aquele beijo da mesma forma que o iniciamos.

– Aqui, eu prefiro em você. – retirei as suas correntes de mim, tratando de colocá-las devidamente em volta do seu pescoço – Fica tão sexy.

– Você acha, é? – seu indicador tocou o meu queixo, me fazendo olhar em seus lindos olhos caramelados outra vez.

– Ah, eu acho sim. – assenti, com um sorrisinho nos lábios – Esse ar de vagabundo marrento é excitante.

– Depois pergunta por que eu não te deixo sair do meu quarto não é, mocinha? – Jason sorriu sacana.

– Não está mais aqui quem falou... – dei dois leves tapinhas em seu peitoral.

– Tá certo. – concordou ele, com um rápido aceno de cabeça – Vamos descer e comer alguma coisa, estou cheio de fome.

– Eu também estou. – não era nenhuma mentira – O que tem na sua dispensa?

– Não tem muita coisa. – o vi dar um passo pra trás, para que eu passasse e assim fiz – É que eu não cozinho, então...

– Posso te ensinar uma coisa ou outra. – alcancei a porta do seu quarto, e Jason logo veio no meu encalço.

– Seria uma boa, já que agora eu meio que moro sozinho. – seus braços me agarraram por trás, à medida que descíamos pela escadaria.

– Não faz drama com isso, você aprende a se virar rapidinho. – pousei as minhas mãos sobre um dos seus antebraços – Na dúvida, o senhor google está aí pra tudo.

– É, eu sei, mas você sabe o que eu queria de verdade. – seu rosto se meteu entre a curvatura do meu pescoço – O meu plano original era ter você aqui comigo.

– Um dia, quem sabe... – ri fraco – Daqui uns anos.

– Anos? – senti o seu olhar incrédulo recair sobre mim, e precisei segurar o riso.

– É, eu ainda vou pra faculdade, esqueceu? – franzi o cenho.

– Tem gente que até se casa e monta família nesse meio tempo. – justificou Jason, não muito satisfeito – A faculdade não é tipo uma prisão, não precisa parar a sua vida, Lizzie.

– Está dizendo que vai me pedir em casamento? – indaguei em tom risonho.

– Depende, você aceitaria? – ele resolveu entrar na brincadeira.

– Com dois dias de namoro? – fingi pensar – Não, de jeito nenhum!

– Esperar mais uma semana, anotado! – disse ele, como se fizesse uma nota mental ou algo assim.

– Cala a boca, seu idiota retardado! – me virei breve, apenas para estapear o seu ombro – Não inventa coisa, a gente está muito bem indo devagar.

– Hey, eu só estou brincando... – se queixou, como se sentisse uma forte dor, mas também acabou rindo – Ou talvez não.

– Ha-ha-ha! Muito engraçado. – rolei os olhos assim que alcançamos a cozinha – Agora chega dessa conversa, vamos ver o que você tem aqui.

– Podemos pedir uma pizza se você preferir. – ele me soltou, e rapidamente me adiantei em direção a dispensa.

Estava curiosa para ver o que tinha ali dentro, pois dependendo faria um jantarzinho no capricho para nós dois, até tinha alguns pratos em mente. E, a julgar pelos vinhos expostos no bar da sala, uma boa massa de espaguete com molho branco casaria muito bem. Fora o fato de que cozinhar com o Jason poderia ser divertido, isso com certeza nos aproximaria um pouco mais hoje. No entanto, todos os meus planos caíram por terra quando acendi a luz e vi as suas compras do mercado empilhadas numa única prateleira.

– É sério, Jason? – bufei o ar pelo nariz – Você só comprou macarrão instantâneo?

– Qual é? – ele estava de pé, escorado na porta com um sorriso zombeteiro nos lábios – Tem de todos os sabores, e fica pronto bem rápido.

– É, talvez porque o único ingrediente que se acrescenta a receita seja água fervida. – cruzei os braços, inconformada.

– Tá aí uma coisa que eu sei fazer sozinho. – sua resposta só conseguiu aumentar a minha vontade de tacar aquelas embalagens de macarrão na sua cabeça.

– Você é uma piada! – ralhei em pura decepção.

– Eu já disse, podemos pedir uma pizza ou qualquer coisa que você quiser. – seu tom de voz era risonho, como se achasse mesmo graça daquilo.

– Não, vamos comer essa porcaria que você comprou, estou com muita fome pra ainda ter que esperar o entregador chegar. – apanhei a primeira embalagem que alcancei entre as demais.

– Você que sabe... – ele deu de ombros.

– Escolhe a droga do sabor que você vai querer, eu já peguei o meu e vou colocar a água pra ferver. – esbarrei em seu braço ao deixar a dispensa.

– Mulher com fome é mesmo um perigo, não é? – ouvi sua risadinha.

– Não vem de gracinha, palhaço! – deixei a minha embalagem sobre o balcão de mármore – Vamos fazer as compras amanhã mesmo, e é melhor abrir a carteira, porque eu vou colocar comida de verdade nessa casa.

– Você que manda, pequena. – Jason sacudiu a cabeça, ainda risonho, e o vi adentrar a dispensa para apanhar o seu sabor.

Enquanto isso, me adiantei a pegar uma panela num dos armários, na qual coloquei um pouco de água e levei ao fogão para ferver. Aos poucos, essa situação também acabou se tornando cômica na minha cabeça, afinal como é que aquele garoto conseguia ser tão estupidamente idiota? O que ele achava? Não é possível que pensasse que se eu aceitasse a ideia de morarmos juntos, só usaria a cozinha vez ou outra para esquentar uma água... Eu me recuzava a acreditar que o Jason pensava assim de mim.

Não que eu vivesse cozinhando, mas gostava muito de aprender pratos novos, e adoraria lhe ensinar os que já sabia fazer. Bom, por motivos óbvios isso ficaria para outro dia. Sem muito para fazer, segui até geladeira onde apanhei algumas folhas de alface e uma cenoura, da qual cortei duas rodelas, e logo tratei de servir o jantar do Buster que correu para comer todo feliz. Ele era tão fofinho, um pitico todo peludo. Também aproveitei para trocar a água do reservatório na sua gaiola, pois não sabia exatamente quando o Jason tinha feito isso.

Em seguida, voltei para o fogão enquanto, no balcão da pia ao meu lado, Jason abria as embalagens de macarrão instantâneo que escolhemos para o nosso jantar. Estávamos com bastante fome, mas também, com todo aquele sexo delicioso que fizemos, era de se esperar que precisássemos repor as energias em algum momento. Infelizmente, não tinha nada com sustância de verdade, mas por ora acho que aquilo dava para o gasto. Sorri leve com os meus pensamentos, sacudindo sutilmente a minha cabeça antes de desligar a boca do fogão e alcançar a panela pelo cabo.

– E lá vou eu. – me virei, seguindo em direção a pia com um sorriso nos lábios.

– Até que enfim. – Jason me deu espaço – Já estava começando a pensar que uma pizza chegaria mais rápido.

– Não seja tão dramático, nem demorou tanto assim. – servi a água quente em seu macarrão primeiro, e só depois fiz o mesmo com o meu – E voilá... Agora é só esperar uns três minutinhos antes de se livrar da água e misturar os molhos dos saquinhos.

– Tá, deixa essa parte comigo, não quero que se queime. – disse ele, em tom humorado.

– Está me chamando de desastrada? – arqueei as sobrancelhas, após deixar a panela quente dentro da pia.

– Não, longe de mim. – um riso anasalado escapou, enquanto ele fechava as embalagens outra vez.

– Ah, vê se cala a boca! – rolei os olhos, fingindo estar ofendida.

Entretanto, bastou os nossos olhares se cruzarem para cairmos na risada, e Jason logo me puxou pela cintura em sua direção. Trocamos alguns selinhos enquanto aguardávamos o macarrão ficar pronto e, assim que os três minutos se passaram, eu o ajudei a fazer os furinhos na tampa para se livrar da água quente.

– Espero que goste, não me deram muitas opções aqui, então essa é a única especialidade da chefe essa noite. – brinquei em tom risonho, passando uma mecha de cabelo para trás da orelha assim que nos dirigimos para o balcão.

– Eu não sei não, a chefe me ofereceu outras especialidades que eu adorei comer hoje. – sua voz me soou um tanto maliciosa quando o seu braço direito me alcançou, se precipitando em me arrastar para a sua frente – Na verdade, eu nunca comi tão bem assim.

Jason sussurrou quente em meu ouvido, fazendo os pelos da minha nuca eriçarem com força, mas disfarcei ao me sentar em seu colo, puxando a minha tijela para perto da sua.

– Você é um safado, Jason. – ri fraco, abrindo o saquinho com o molho para misturar no meu macarrão instantâneo.

– E você é uma gostosa, Lizzie. – sua mão livre pousou em minha coxa esquerda, a qual ele apertou sutilmente.

– Às vezes penso que você é uma máquina, porque não importa o quanto a gente transa, sempre quer mais. – meneei a cabeça – Mas já vou avisando que nesse ritmo eu não consigo te acompanhar não.

– Ah, tá... – Jason passou a abrir o seu molho, o qual também misturou com o macarrão – Fui eu que decidi provocar hoje lá na cama né, mocinha?

– Em primeiro lugar, eu não fiz nada demais. – neguei em tom risonho, apanhando o meu garfo sobre o balcão – E em segundo lugar, vamos comer antes que esfrie.

– Ótimo jeito de fugir do assunto. – provocou ele.

– Eu não estou fugindo de nada, mas saco vazio não para em pé, meu bem. – dei de ombros, me apressando a enrolar o macarrão no garfo.

– Sei... – ele fez o mesmo que eu – Você vai dormir hoje aqui, né?

– Depende... – o olhei rápido por cima do ombro – Você tem que ir trabalhar como fez ontem?

– Não, só se me ligarem. – seu olhar desviou para o garfo que levava à boca.

– Então tomara que não liguem. – voltei a minha atenção para frente, mas sentia a minha língua coçando para seguir adiante com aquela conversa – Não gosto de saber que você se mete com gente perigosa.

– Eu também não sou nenhum anjo, Lizzie. – disse Jason, de boca cheia.

– Não importa, essa vida que você leva me deixa muito preocupada. – fui sincera – De um lado tem gente ruim que pode te machucar, e do outro... Eu não quero que acabe preso, ou pior que isso.

– Relaxa, tá legal? Não vai acontecer nada disso comigo. – ele me apertou num abraço singelo, e soltei a minha respiração bem devagar.

– Ah, não? E você tem uma bola de cristal agora, por acaso? – indaguei, não muito satisfeita com toda aquela autoconfiança – Se ainda não percebeu, enquanto não largar essa gangue idiota, infelizmente está suscetível a essas coisas.

– Eu não posso largar nada agora, Lizzie, ainda tenho assuntos pendentes para resolver. – foi tudo o que ele disse, antes de levar o garfo até a boca de novo.

– Está falando do assassino do seu pai? – arqueei as sobrancelhas, mas não tive nenhuma resposta – Sei que você entrou nisso por vingança, mas não acho certo.

– Não quero falar sobre esse assunto. – seu tom de voz soou um tanto incomodado.

– Você nunca quer, mas a gente precisa conversar sobre isso. – me virei um pouco para encará-lo – Sabe que está jogando a sua vida fora, não sabe?

– Você não entende... – o vi negar com a cabeça, como se tentasse se controlar.

– Eu entendo sim. – insisti, franzindo o cenho – Entendo que o seu pai era importante, e que deve ter sido muito difícil pra você quando ele morreu, mas nada do que faça agora vai trazê-lo de volta.

– Eu já disse que não quero falar sobre esse assunto! – tomei um susto quando Jason alteou o seu tom de voz, esbarrando a sua mão com tanta força contra a sua tijela de macarrão que a arremessou para o outro lado do balcão...

[...]

NOTA:
*TRADUÇÃO1: "É hora de me dar o que é meu."
*TRADUÇÃO2: "Sabe, Lizzie, seu sorriso é a coisa mais sedutora que já vi."
*TRADUÇÃO3: "Hoje vou te foder como se fosse uma prostituta, a minha prostituta."

🦋. O que dizer desse final? 😳 Se você gostou do capítulo e já quer muito ler o próximo, não deixe de votar na ⭐️ Um beijo 😘

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