Dois anos se passaram desde o dia em que Alessandro e Alice prometeram compartilhar suas vidas. Agora, eles viviam em uma casa aconchegante nos arredores de Gênova, cercada por um jardim florido e com uma vista deslumbrante para a cidade.

O som de risadas infantis preenchia o ambiente enquanto a pequena Sofia, agora com um ano e meio, brincava no tapete da sala com seus brinquedos. Seus cabelos dourados, uma herança clara de Alice, brilhavam sob a luz do sol que entrava pelas janelas. Ela tentava empilhar bloquinhos coloridos, rindo toda vez que a pilha caía.

Alessandro estava sentado no chão ao lado da filha, vestindo roupas casuais e um sorriso tranquilo. Ele tentava ajudá-la, mas Sofia, com seu jeitinho independente, afastava as mãos dele com determinação.

— Não, papai! Eu faço! — disse, balbuciando as palavras com uma doçura que derreteu o coração de Alessandro.

— Certo, senhorita independente, faça do seu jeito — ele respondeu, rindo e cruzando os braços para assistir.

Alice entrou na sala com duas xícaras de suco nas mãos, entregando uma a Alessandro antes de sentar-se no sofá. Ela observava a cena com um sorriso nos lábios, sentindo-se completamente feliz e realizada.
— Vocês dois formam uma dupla incrível — comentou.

Alessandro ergueu os olhos para ela, piscando de forma brincalhona.
— Claro, mas ela claramente herdou sua teimosia.

Alice riu e deu um gole no suco.
— Ou a sua.

Nesse momento, Sofia conseguiu empilhar três bloquinhos e bateu palmas animada.

— Fiz! Mamãe, papai, olhem!

Alice colocou a xícara de lado e foi até ela, pegando-a no colo.
— Você é muito talentosa, minha pequena.

Alessandro passou os braços ao redor de ambas, abraçando-as com força.
— Acho que temos uma futura arquiteta ou engenheira aqui.

Alice riu, balançando a cabeça.
— Vamos deixar que ela escolha o que quiser ser. Por enquanto, ela só precisa ser a nossa Sofia.

O momento foi interrompido pelo som do forno apitando na cozinha. Alice se levantou para tirar o bolo que assava, enquanto Alessandro ficou com Sofia, fingindo ser um "monstro" enquanto ela corria pela sala, gargalhando.

A vida que construíram juntos era tudo o que haviam sonhado: repleta de amor, risadas e momentos simples, mas preciosos. Para Alessandro e Alice, não importava o que o futuro trouxesse. Com Sofia ao lado deles, cada dia era uma nova e maravilhosa aventura.

Alice retirou o bolo do forno, o cheiro doce e reconfortante preenchendo a casa. Ela colocou a travessa sobre a bancada da cozinha, sorrindo ao ouvir o som das risadas de Sofia misturado aos sons das brincadeiras de Alessandro. Ele estava, como sempre, completamente envolvido nas travessuras com a filha.

Ela olhou pela janela da cozinha, apreciando a vista para a cidade de Gênova, com seus telhados antigos e o mar cintilando ao fundo. A paz que sentia agora era fruto de uma jornada intensa e transformadora, onde cada desafio havia sido superado com o apoio incondicional de Alessandro e o amor que tinham construído.

Sofia entrou correndo na cozinha, com as bochechas coradas pela animação, e foi direto para o colo de Alice.

— Mamãe, o papai é um monstro! — Ela disse, entre risadinhas, apontando para Alessandro, que se aproximava com um sorriso travesso.

— É? Um monstro? — Alessandro perguntou, se agachando e fazendo uma expressão feroz enquanto fingia rosnar. — Vou te pegar, Sofia!

Sofia se afastou correndo, com Alessandro a perseguindo de forma brincalhona pela cozinha. Alice observou a cena com um sorriso sereno, sentindo uma onda de felicidade envolvê-la. Ela nunca imaginara que sua vida pudesse ser tão plena, tão cheia de momentos como aquele.

Depois de alguns minutos de diversão, Alessandro finalmente parou, fingindo estar ofegante. Ele se virou para Alice, com um sorriso de satisfação.

— Acho que ela está me vencendo, querida. — Ele disse, passando a mão nos cabelos bagunçados.

Alice riu e olhou para a filha, que agora estava em seus braços, com um sorriso de pura felicidade estampado no rosto.

— Talvez ela seja mais esperta do que imaginamos. — Alice respondeu, com carinho.

Alessandro se aproximou delas, colocando a mão no ombro de Alice, e olhando com ternura para sua filha nos braços dela.

— Eu sempre soube que ela seria especial. E o melhor de tudo é que a vejo crescendo em um lar cheio de amor e carinho, com você ao meu lado. — Ele disse, a voz suave, mas cheia de uma emoção profunda.

Alice olhou para ele, os olhos brilhando.
— Nós dois construímos isso, Alessandro. Cada dia ao seu lado tem sido um presente. E ver Sofia crescer tão feliz é a realização de todos os nossos sonhos.

Sofia, agora com os olhinhos brilhando, se virou para os dois, como se compreendesse a conversa, e deu um beijo em cada um de seus pais, antes de correr novamente pelo cômodo, cheia de energia e curiosidade.

Alessandro e Alice se entreolharam, e em um simples gesto, como sempre, se compreenderam. Eles estavam em paz. O futuro era incerto, mas com a base de amor que haviam criado, sabiam que poderiam enfrentar qualquer desafio juntos.

— Amor — Alice começou. — Minha mãe ligou mais cedo. Eles pediram para irmos até San Lorenzo para passar o feriado com eles em família.

Alessandro ergueu as sobrancelhas, interessado.
— Claro, será bom para Sofia ver os avós. Mas... isso é tudo? Por que você está com esse sorriso misterioso.

Alice riu enquanto começava a arrumar a mesa para o almoço.
— Parece que Gabriel tem uma surpresa para a família.

— Gabriel? Surpresa? Isso soa intrigante. — Ele disse, cruzando os braços e inclinando-se na cadeira.

— E você conhece o Gabriel, né? Ele é cheio de surpresas. — Alice olhou para ele, divertida.

Alessandro balançou a cabeça, rindo.
— Se for algo no estilo dele, podemos esperar qualquer coisa. Ele não é exatamente o tipo de pessoa previsível.

Alice deu uma risada, mas logo balançou a cabeça.
— Eu confirmei a nossa presença... Tudo bem para você?

— Claro... Sem problemas. — Alessandro sorriu, se levantando para ajudar Alice a terminar os preparativos.— Mas, você tem ideia do que se trate.

— Vindo do meu irmão, eu posso esperar qualquer coisa...

Alessandro sorriu com o comentário de Alice e, com um gesto suave, a beijou de forma doce, sentindo a tranquilidade do momento se instalar entre eles. Quando se afastou, ainda com o sorriso no rosto, ele a olhou nos olhos com uma expressão carinhosa.

— Eu estava pensando... — ele disse, a voz baixa e cheia de ternura.

Alice levantou uma sobrancelha, curiosa.

— No que exatamente? — perguntou ela, com um sorriso curioso, sabendo que algo especial estava por vir.

Alessandro hesitou por um segundo, observando-a como se quisesse garantir que o momento fosse perfeito. Depois, com um brilho nos olhos, ele continuou:

— Que tal se dermos um irmãozinho para a Sofia?

Alice parou por um momento, surpresa, e então seu sorriso se alargou, revelando um brilho de felicidade em seus olhos. A ideia de aumentar a família tinha sido algo que ela já começara a imaginar, mas ouvir isso de Alessandro, naquele momento, a encheu de uma emoção inexplicável.

Ela olhou para ele com carinho, e o sorriso em seus lábios foi instantâneo.

— Você realmente acha que estamos prontos para isso? — ela perguntou, tocando levemente o rosto dele, com um olhar cheio de amor.

Alessandro a puxou um pouco mais para perto, colocando a mão delicadamente em sua cintura, seu olhar fixo no dela.

— Com você, Alice, eu sinto que estou pronto para tudo. Sofia já nos trouxe tanto amor, e eu sei que mais uma criança só vai aumentar isso. Mas o que mais importa é que, com você ao meu lado, eu sei que qualquer coisa que a vida nos traga, seremos capazes de enfrentar juntos. E cada dia que passo ao seu lado, eu me apaixono mais pela nossa vida, pela nossa família, e por tudo o que construímos.

Ele pausou, respirando fundo enquanto deixava a emoção do momento tomar conta. Então, com uma expressão suave e cheia de sinceridade, ele declarou:

— Alice, você é o meu tudo. E eu te amo mais do que palavras podem expressar. Você me mostrou o verdadeiro significado do amor, da parceria e da felicidade. Eu te amo hoje, e vou te amar para sempre, com todo o meu coração.

Alice não conseguiu conter o sorriso ao ouvir suas palavras, e com os olhos brilhando de emoção, ela o abraçou, sentindo todo o amor e a sinceridade daquelas palavras. Ela sabia que, com Alessandro ao seu lado, qualquer sonho que tivesse para o futuro era possível.

— Eu também te amo, Alessandro. E, juntos, podemos fazer qualquer coisa.

E com isso, eles se perderam mais uma vez em um beijo suave, selando a promessa de que o amor que compartilhavam não conhecia limites, e que juntos, sempre enfrentariam o futuro com a certeza de que eram completos um para o outro.

Fim