CAPÍTULO 45

                                             CAPÍTULO 45

* Só outro fato da história: Estamos lendo o carnaval de 2007, em fevereiro de 2007 e a história termina dia 19 de setembro de 2007. 

Voltamos na festa aonde todos estavam muito loucos. Várias pessoas na piscina. Eu estava com frio naquela noite, logo fui tranquilizado que a piscina era de água aquecida.

- Presente do seu irmão aos demais – completou o Bruno me abraçando e passando aquela linguiça em mim – Fico feliz pelo... – começou ele sem graça olhando para as alianças – pelo namoro de vocês dois.

- Obrigado! respondi dando um abraço nele.

"Seria pecado abraçar um grande amigo, sentindo o pau dele encostando na minha mão enquanto meu namorado estava logo ali, em pé na escada!"

Como bom moço que o Bruno era, logo deu um abraço no Murilo e ambos caíram na gargalhada por alguma coisa que não pude ver. O que estava me deixando mal e irritado, eram todas as pessoas ficarem olhando parra o corpo do Murilo. Na verdade, eu queria era socar metade das garotas que, todas as vezes, aproveitava para passar a mão nas costas ou no seu braço. Não tinha uma vez que íamos pegar bebida e uma vaca ficava pendurada em seu bíceps.

- Que é essa cara feia?

- Por que essas biscates tem que ficar relando em ti?

Nem percebi, mas quando tinha visto, a frase já tinha saído. Ele explodiu em risada. Tentou me tranquilizar dizendo que era normal, mas para o meu coração não era. Minha vontade era de esfolar a cara delas no azulejo.

- Olha só quem eu encontro aqui, meu irmão e seu mino – disse o Arthur abraçando eu e o Muca ao mesmo tempo.

O Breno e o Bruno se juntaram ao nosso lado.

- Que o Murilo é o Godizila todos sabem, mas o Alan está fortinho, fala aí Arthur. pois é, e ele nem tomou fermento – disse o Breno pegando nas minhas pernas e meu irmão passando a mão nos meus braços.

- Eu sou o que eu quero ser, parem com essa idiotice de bomba.

- Uhum, parem com essa idiotice de bombas, mas está pegando o cara mais bombado da festa.

- Não sou bombado e nem quero ser.

O Muca deu de ombros e fez sinal "de não ligo pra essas coisas". Mas o Muca começou fazer analise junto aos caras.

"Eu DETESTO que fiquem olhando pra mim."

- O loco! Olha o tamanho que você tá. Olha o tamanho do teu peito. Têm uns três palmos de peito ai – disse ele medindo meu tórax e olhando para o Muca, conferindo se ele aprovava.

- Falei pra você, moleque! – disse meu irmão.

- Eu não disse nada! Disse apenas que você é maior que eu – disse rindo.

- Cara, se você tomar uns "fermentos" ai, tu vai crescer muito bem! – disse o Bruno.

- Será?

- Lógico! Alan, olha teu irmão e olha para você. Idênticos. Esse tórax aberto seu, super valoriza a musculatura.

De repente o jumento do meu irmão, que estava todo solicito ao nosso lado, deu a volta na piscina e depois uma bomba dentro da água, fazendo um tsunami na festa. Molhou todos os copos de cerveja, molhou toda a decoração, molhou todos os cabelos das meninas que estavam dentro d'água e fora também. O pior, era que ele não ligava para nada. Depois o Breno e o Bruno acompanharam o Arthur, pulando junto.

- Oiê! – disse ele com cara de sínico.

- Valeu Miss Rio Preto – disse o Breno abraçando ele pelos ombros – você conseguiu estragar tudo aquilo que demoramos a tarde toda pra fazer.

- Miss Rio Preto é o seu rabo – e pulou em cima do Breno pra dar um caldo nele – sem falar que "foda-se!". Fui eu quem fiz tudo isso aqui – disse pulando em cima do Breno mais uma vez para afundá-lo.

Eu e o Muca ficamos observando os dois brincarem de ser "matar" na água.

- Será que deixamos os dois se afogarem? – perguntou o Bruno olhando para nós. Apenas observando as "crianças" na piscina.

- Pra mim seria uma ótima – disse arrancando um sorriso lindo dele.

- Arthur, antes de você da uma de idiota – ele deu uma pausa quando disse idiota, talvez por achar que o Arthur fosse afoga-lo novamente - estava dizendo para o Alan que ele é grande pra caramba. Da uma olhando no peito dele, tem três palmos de peito. E o Breno disse que se ele tomasse bomba ele ficaria maior ainda – disse o Bruno sério.

"Galera, não me pergunte o por que desses três palmos de peito, que até hoje eu não sei da onde ele tirou essas medidas e quiçá eu sei o que significa. Deve ser gíria de marombeiro, etc."

- Ele é grande, eu sempre digo isso a ele, mas ele nunca me ouve. Ele prefere ouvir os fãs dele de fora a ouvir o cara mais "fodástico" do mundo – dizia ele batendo no peito - Mas galera, chega mais, convenhamos que.. – disse ele abraçando os quatro - ... eu sou o mais gostoso da festa, fala aí? – completou puxando os quatro pra debaixo d'água.

Ai foi à vez dos três afogarem o Arthur.

- Não se acha não Miss Rio Preto – disse o Breno – Que numa hora dessas nem fígado você tem mais.

- Falo aí o cara que só come alface e só faz fotossíntese – e todos riram.

- Muca, eles estão todos ouriçados assim por sua causa cara. Todos querem um pedacinho de Murilo. Incluindo aquelas filhas das putas ali que não param de olhar pra você..

- Não fique com ciúmes, não! To aqui com você – repetiu ele me mostrando o Um Anel.

Ele foi até o freezer encher o nosso copo. O pior era que as gurias estavam atacando cada vez mais a ele. Por enquanto elas estavam "light", apenas se segurando nos braços dele e dando beijinhos na bochecha.

"Vai saber o que essas "demônias" iriam fazer quando estivessem tri-loucas?"

E com certeza isso estava me irritando, um pouco. Acho que um pouco não, estava irritando demais.

"O que é isso heim Alan, ciúmes?" pensei.

Precisava relaxar. Pulei dentro da piscina, de short mesmo e fiquei lá no fundo para esfriar a cabeça. Sai da água e fui buscar uma cerveja ou algo que fizesse aquele ciúmes besta passar. Enchi um copo grande com gelo e coloquei um pouco de Black Label e Red Bull. Sentei-me a beira da piscina deixando apenas os pés dentro da água, tomei um gole "daqueles" que eu adoro dar e comecei a observar todos paparicando o Murilo. Virei todo o copo e entrei na água de novo, deixando aquela sensação boa tomar conta do meu corpo. Soltei todo o ar dos pulmões e fiquei lá, submerso, bem no fundo, curtindo a pressão da água contra mim e o silêncio que lá embaixo havia. Meu corpo aos poucos fora pedindo oxigênio e, quando sai da água, dei de cara com o Muca na borda.

- O que foi que meu Ursão está aí escondido na piscina? – disse ele dando aquele sorriso gostoso.

- Tô aqui ué? – eu disse fazendo bico agora.

- E por que você não fica perto de mim?

- Ué, porque todos querem ficar perto de você? – disse olhando para água.

- Hum. Tô vendo que tem alguém com ciúmes, também? – disse ele arqueando uma sobrancelha.

- Só das gurias que ficam te agarrando toda hora – disse fazendo-o rir - Espera aí, como assim ciúmes "também"? – perguntei sem entender.

- Ué, eu mal saio de perto de você e você já pula na piscina e fica ai lado-a-lado com esses gêmeos, com esses corpoões. Fora, aquilo lá dentro da sunga – ele disse sorrindo.

- Nada a ver! - disse dando uma risada de blefe.

- Ué, se você tem ciúmes das garotas, por que cargas-d 'água, eu e não posso ter ciúmes dos gaviões ali? – ele disse apontando com o nariz os gêmeos.

Realmente era de ficar com ciúmes. Os gêmeos eram simplesmente maravilhosos. De sunga, então, era de parar o trânsito.

- Mas o gêmeos são da família...

- Assim como eu que vivi entre Bortolozzos!

- Então, vou ficar com a pessoa que mais me interessa nessa festa ou não? – disse ele sorrindo e passando a mão na minha cabeça.

- Até que enfim vou ganhar um pouco de atenção do "Novo Dono da Festa" – eu disse ironicamente.

- Se você tivesse me chamado antes, eu pararia tudo o que estava fazendo para ficar com você. Só deixei você um pouco quieto porque achei que estivesse triste, ou sei lá, chateado com seu irmão. Sem falar que estou "paparicando" seu irmão, justamente para ele não pegar no seu pé em hipótese alguma – ele disse agora sério.

- Meu irmão? Aff! Você acertou no presente. Você o comprou rapidinho. Depois ele diz que EU sou corrompido rápido demais – disse balançando a cabeça negativamente enquanto olhava para o Arthur ao longe.

- Bom, a partir de agora, meu urso vai estar bem ocupado dando atenção pro boi dele aqui – disse ele batendo no peito.

- Ótimo. Vai por uma sunga e pula aqui comigo – disse fazendo-o sorrir.

- Não precisa – ele disse se levantando – Já estou mais que pronto – completou, se levantando.

Quando se levantou, ele tirou o short e ficou apenas de sunga, cor azul céu.

"Cor perfeita para ver a mala e a bundona dele."

Vi ao longe as garotas fazendo o típico "me abana" com as mãos. Até os garotos parara o que estavam fazendo, para olhar para ele. Todos ali, naquele churrasco, eram fortes e grandes, mas nenhum se comparava ao Murilo. O corpo dele era resultado de anos de trabalhos muito árduos como, o exército, a natação, o futebol, o jiu-jitsu e por último, muita musculação. Era um corpo que fazia todos ficarem com inveja. Ele fora até a área onde ficavam os freezers e fez dois copos de bebida para nós. Pude ver que T-O-D-O-S, sem exceção, não tiraram os olhos dele e o melhor, ele nem dava bola pra ninguém.

"Ele, no mínimo, já é acostumado a ser assediado assim!"

Ele voltou, colocou os copos na beirada da piscina e deu um mega dum mergulho. Daqueles que só se vê em televisão e, quando submergiu, veio para perto de mim, com aquele sorriso.

- As gurias vão sair no tapa para ficar com você hoje – eu disse.

- E quem disse que eu tô procurando meninas? – ele disse sério.

- Nada. Achei que você curtisse... ficar com mulheres. Tipo, fazer aparência – completei.

- Poxa Alan, achei que você tivesse levado a sério o seu pedido de namoro? – disse ele chateado – Além do que, alguém aí comeu alguém aqui. Para com essas besteiras. Estamos juntos. Coisa de moleque sabia?

- Desculpa Muca, achei que você, sei lá, fosse fazer a linha hétero da mamãe. Já vi gays que fazem essa linha de pegar mulheres, apenas para ninguém ficar pegando no pé deles – eu disse ficando sem graça.

- Acho ridículo. Não sou desse tipo de cara. E cá entre nós, você acha que alguém iria falar alguma coisa sobre minha sexualidade, sendo eu, do tamanho de um boi? – perguntou ele com a sobrancelha arqueada.

- Acredito que não!

- Pois é! Um dos motivos que eu amo ser do tamanho que sou, é que NINGUÉM, mexe comigo – disse ele orgulhoso. Sobre aquele assunto lá da bad, você melhorou? Já passou o efeito.

- Sim, sim! Fica frio que se ficar mal eu te aviso.

- Avisa sim que a gente daa um jeito.

Fiquei apenas fitando-o e ele também!

- Alan, eu quero te namorar, e, estou te namorando e não estou afim de ninguém no mundo a não ser você. Será que você pode me levar a sério?

- Desculpe-me! Tudo isso é novo para mim.

- Está arrependido de ter feito esse pedido? – ele me perguntou encarando.

"Arrependido? Jamais", pensei. Eu estava é muito feliz."

- Jamais Boi! Na verdade, estou muito feliz – eu disse dando um abraço nele.

Ele se aproveitou para apertar a minha bunda.

- Há há há há, seu safado!

- Sou mesmo e você sabe disso. Minha rola está trincando já – ele disse abrindo aquele meio sorriso dele – Olha a cara daquelas tontas ali achando que vão ficar comigo, hahaha haha – disse apontando as gurias com o nariz.

- Se elas fizer algo contra você será a minha vez de espantar elas – eu disse zoando.

- Combinado! – ele respondeu como se tudo aquilo o agradasse demais.

- Combinado, está louco? Imagina eu chegar no pescotapa com as gurias porque elas relaram em você? Hhahahahahah.

- Ué Alan, vou achar lindo ver você enciumado.

- É, mas combinado em não dar motivos, lembra? - eu perguntei realmente ficando com ciúmes.

- Prometo, ao meu Ursão, que jamais darei motivos para que ele bata em alguém ou em mim por ciúmes – ele disse com a mão no peito, como se jurasse bandeira e depois cruzou os dedos e deu três beijinhos – Viu Ursão, não precisa mais ficar enciumado?

- Vou acreditar em Boi - eu disse fechando a cara para ele.

- Olha só o Urso ficou nervoso – ele disse se aproximando.

Aposto que ele queria me abraçar.

- Tô brincando Boi, eu disse que vou acreditar, mas se der motivo, aí sim vou ficar cabreiro – disse abrindo um sorriso de lado..

- Ok, jamais irái precisar – ele disse rindo como se toda aquela situação de ciúmes fosse muito prazeroso a ele - Você tá com fome? Porque eu já tô morrendo aqui, queria algo bem gostoso. Topa um sanduba de churrasco?

- Lógico, vamo lá buscar.

- Vamos não. Eu vou! Só para aproveitar e fazer algo que vai deixar você sossegado – ele disse saindo da piscina.

"Nossa, que delicia era ver aquela sunga colada no rabo dele."

- Hei Boi, vem cá – eu chamei ele.

- Que foi Urso?

- Só queria que você soubesse que sua bunda é linda, ainda mais quando sai da piscina – eu disse fazendo-o corar.

- Que Ursão safado, heim? – ele disse e pulou na piscina.

- Você é louco? – eu perguntei sem saber que ele queria.

- Ursão, "fraga" só – ele disse saindo da piscina de novo.

Só que dessa vez, ele saiu bem de frente a mim e bem devagar. Ele fez a sunga "atolar" um pouco entre as nádegas, fazendo eu ter quase uma parada cardíaca. Ele deu "aquela" tirada básica e agachou a borda da piscina novamente.

- Que acho Ursão? – ele disse com aquele sorriso de putão que ele tinha.

- Eu achei que sua bunda é deliciosa. Na verdade, a bunda do "meu namorado" é deliciosa.

- Ai Ursão, mandou bem! – ele disse dando um "toca aí" com as mãos.

Ele se virou e foi lá buscar os sandubas. Enquanto ele preparava as lanches as gurias iam falar com ele e, como sempre, elas tinham que se pendurar a ele. Só que agora que eu entendi o que ele quis dizer com "vou aproveitar para fazer algo que vai deixar você sossegado", ele estava dando tapinhas nos ombros das gurias e mostrando a aliança fazendo elas se afastarem. Duas delas fechou bem a cara e foi rumo à quadra e outra continuou conversando, mas o semblante dele era sério. Minutos depois, ele voltou com nossos lanches e entra na piscina.

- Valeu Boi - eu disse a ele quando ele me entregou os lanches.

- Valeu nada, isso é o mínimo que farei por ti. Você por acaso viu o que eu fiz? – perguntou tirando o lanche da minha mão e dando uma abocanhada "nervosa"

- Vi sim. Você deu um fora nas gurias – disse rindo.

- Isso aí Urso. E aproveitei também para dizer que não curtia que elas ficassem "empoleiradas" em mim, por isso ficaram com cara fechada para mim.

- Melhor você do que eu ter que ir falar para elas pararem. Na verdade, eu ia chegar no tapa já. Auihaiuahuiahaui – eu disse brincando.

- Nossa, que Urso nervoso – ele disse apertando minha nuca.

- Tô defendendo o que é meu – eu disse fazendo gargalhar.

Era uma gargalhada gostosa, gargalhada de alguém apaixonado. Ele deu outra mordida no lanche, fazendo ficar apenas um tequinho. Como ele comida rápido.

- Sabe o que é foda Urso? – ele me perguntou sério.

- O quê?

- Ficar a dez centímetros de você e não poder te tocar, te pegar, te beijar – disse dando um sorrisinho de canto de boca.

- Esse é o preço por ser homossexual, Boi. Mas você também pode me ter na hora que você quiser – eu disse a ele.

- Que bom ouvir isso, me deixa muito melhor. Pois eu estou curtindo tanto você Alan, na verdade, eu sempre curti, mas nunca aceitei esse fato. Ou se eu sonhasse poder um ficar com você, tinha o fato de você me ainda ter que me querer, tá me entendendo? – ele perguntou quando viu minha cara de interrogação.

- Mais ou menos.

- Urso, tô querendo dizer que eu sempre te curti, mas será que algum dia você iria me curtir também? E hoje estou realizando um sonho meu desde guri. Quero que você saiba que serei o melhor homem para você. Estou apaixonado e logo quero te amar, cara. Sabe, sempre sonhei em amar loucamente alguém e acho que você é esse alguém – disse ele enfiando o ultimo pedaço de lanche na boca.

- Que lindo Boi! Você falou tão bem que eu nem tenho palavras – disse sem graça.

- Não tem problema! Uma hora elas vão surgir e quando isso acontecer, apenas as diga com todo coração.

- Viu? Você foi foda mais uma vez!

- Queria te abraçar – ele disse com aquela carinha de colo dele.

- Vem cá – eu disse puxando para os meus braços.

Apertei bem ele e o senti me apertando, quer dizer, me esmagando. O abraço não durou mais que dez segundos, mas fora suficiente para muita gente ficar nos encarando.O que eu mais curtia, até então no relacionamento, era que ele me dava energia. Perto dele eu me sentia confiante, protegido, e ele, fazia questão de ser meu escudo. Ou seja, não estava me importando para o que os outros dissessem. Ele me soltou e ficou me encarando, sorrindo por um tempo. Os olhos dele brilhavam de felicidade e algumas vezes enchiam de água.

- Tô muito feliz Urso! – ele disse virando o copo de bebida que estava na beirada da piscina – e com frio também!

Ele saiu da água e, mais uma vez, fazendo "aquela" graça para mim. Ele se deitou na borda para secar. Eu fiquei dentro da piscina ao lado dele, conversando.

- Ursão, tô ficando bêbado cara! – disse ele dando um sorrisão.

- Ué Boi, vamos comer algo a mais, então – eu sugeri.

- Quero comer "outra coisa" – ele disse abrindo aquele sorriso bad boy safado.

- Você só pensa nisso?

- Não, penso em te beijar, fazer carinho, te morder, viajar contigo, ir ao mercado para fazer compras para nossa casa, malhar juntos, tomar banho juntos e fazer amor toda hora. Então não penso em só sexo, penso em ter uma vida contigo. Agora, se falo de sexo contigo, é porque você me da muito tesão – ele me disse se virando levemente de lado.

Fez isso para que todos não pudessem ver a rola dura dele, deu uma pulsada no pau e voltou a se deitar de barriga para baixo.

"Agora, que jeito que o MEU pinto iria abaixar? Eu também estava meio "de fogo" por causa do álcool e fiquei morrendo de tesão com aquela bunda empinada dele."

- Imagina Urso, nós dois agora, deitados numa cama gigante, com ar condicionado, meio bêbados e fazendo amor? Que delicia! – ele dizia e prensava seu corpo contra o chão para sentir o próprio pau.

- Imagino sim! Imagino também você deitado desse jeito na cama e eu só dou aquela abaixada na sua sunga e caio de boca

Ursão, você vai me matar em ti – disse fazendo-o arregalar os olhos.

- Nossa aqui. Sem falar que, agora que você me ascendeu, terá que cumprir o que disse – disse ele alisando minha cabeça.

Esperei até que o pessoal todo fosse para área das churrasqueiras, então, sai bem rápido para pegar as toalhas que estavam na mureta ao lado da piscina. Uma eu me enrolei e a outra dei pro Muca. Ele se enrolou rapidão e fomos para o meu quarto. Enquanto eu fechava as janelas, trancava a porta, ligava o ar condicionado e apagava as luzes, ele se deitou na cama de barriga para cima e fez sinal para que eu pulasse em cima dele. Foi o que eu fiz. Ele me agarrou com aquele abraço de Ursão que ele dava e me encheu de beijos.

- Que foi Boi, tá carente? – eu perguntei me afastando dele um pouco.

- Muito. Senti a falta do teu corpo cada segundo naquela piscina e agora estou com você aqui – ele dizia e beijava meu lábio, meu pescoço e dava mordidas na minha nuca.

Como a chácara fora um presente do meu irmão aos amigos, nada mais jutso que ficamos com o quarto principal. O quarto era imenso, lembrava aqueles filmes do Drácula, imenso com uma cama de casa ao centro, daquelas que tinha um teto (para se por forro mosqueteiro) e ao lado outra cama de casal. Meu irmão, como dono oficial pegou uma cama e ofereceu a segundo para mim e para o Muca. Antes de capotarmos, ele foi até o quarto dar o sermão de "nada de sexo" aqui dentro. Como seu eu fosse a irmã virgem e intocada que ele tanto prezava. Pelo menos o Muca, no meio do sermão, prontificou a dizer que "tudo o que eu e ele fossemos fazer a dois, seria fora dali. Mas as gargalhadas na noite se deram ao fato do Arthur e o Breno dividirem a cama principal. Entrei nos braços pesados do Murilo, que serviram de cobertor e apagamos. Acordamos na, na manhã seguinte, na mesma posição que dormimos. Era bem cedo, coisa de 08 da manhã quando o seu telefone tocou e do outro lado o Guazira já o apressava.

- Preciso ir a Base Militar. Volto no final da tarde, tudo bem? – perguntou o Murilo entre beijos e carinho.

- Tudo bem!

- Quer ir conhecer o meu trabalho, passar o dia comigo? – perguntou ele esfregando seu rosto ao meu – tá gostoso esse bafo de gente morta ao acordar?

- O bafo tenho que aguentar, já que estou namorando, mas aceito passar o dia com você numa próxima vez, tudo bem?

- Lógico! Agora é pra sempre, não é?

- Pra sempre!

Nos levantamos e fomos até o banheiro tomar banho. Ele colocou calças pretas grossas, daquelas que fazia calor só de olhar. Uma camiseta polo branca, passou seu Polo e seguimos até a entrada. Ele conseguia ficar gostoso em qualquer roupa que ele colocava. Eu tinha alcançado aquele estágio que queria transar todas às horas, já que fiquei 22 anos da minha vida só na mão.

- Minha mochila está no seu carro Muca!

- Quer buscar, tem algo lá que precisa pegar? Vamos lá, me acompanhe até a saída – pediu ele me dando a mão.

Naquela hora, ninguém estava acordado. Atravessamos toda a chácara que, só agora eu podia ver o quão linda era. Estávamos na encosta de um MEEEEEEEEGA penhasco. Durante a noite era breu, mas agora, pude ver o cânions. Aproveitamos mais uns minutinhos nos beijando na porta do carro. Paramos apenas ao ver os caseiros, que era um casal de velhinhos (ESTUPIDAMENTE DISCRETROS E SIMPÁTICOS, POR SINAL) que acenavam para nós. Peguei algumas roupas, sungas e deixei o resto dentro do carro do meu namorado.

- Tá vendo isso? – perguntou ele me entregando o pacotinho com drogas.

- Que isso Murilo? Guarda isso já!

- Não Alan. Isso, me escute bem, é para usar APENAS. EU DISSE APENAS, em caso de você passar mal. Se você ficar muito bêbado, use muito pouco e depois esconda como sua vida.

Meu coração deu um solavanco. Meu estômago afundou na hora. Senti uma palpitação. Não era vontade, mas era medo de estar fazendo algo ilegal. Senti um frio na barriga por estar segurando algo que não sei se eu ia controlar, após bêbado.

- Alan, você vai usar isso só em caso de emergência. Caso contrário, me espere. Me espere que fazemos juntos. Repetindo, use somente se você ficar num nível alcoólico que necessite de glicose. Um pouquinho apenas e você volta a vida, ok?

- Ok!

- bom garoto. Às 18 horas estou aqui! – disse ele me beijando muito gostoso. Beijo de apaixonado - não fique com essa cara de medo. Você vai usar em caso de estar passando mal, fim. Não falo mais!

Nos despedimos com outro beijo e fiquei na estrada de terra até ele desaparecer. Enfiei a droga no bolso e fui até a cozinha preparar meu café. Cozinha de carnaval era uma fartura. Em cima de uma imensa mesa de madeira, havia sacos e mais sacos de pão francês. Dezenas deles. Sacos de tomates, sacos de cebola. Tudo à vontade. Dois fardos de leite e muito achocolatado. Peguei leite gelado, coloquei pedras de gelo, achocolatado e bati tudo no liquidificador. Lá fora dava para ouvir o som de um carro chegando. Supus que fosse o Murilo voltando, já que nem fazia seus 15 minutos que tinha ido. Continuei a bater meu leite e depois bebi tudo dentro do copo de liquidificador. Os passos lá fora iam aumentando, aumentando até ouvir a porta da cozinha se abrindo. Continuei de costas para porta, na tentativa de ser surpreendido com um beijo na nuca, mas ao invés disso, a melhor voz do mundo falava comigo:

- Você vai morrer e continuará a beber shake com essa boca suja dentro do copo do liquidificador?

Sim, lá estava ele parado. Me olhando, com aquele sorriso torto.

"Respira Alan!" – disse o meu cérebro.

Engoli o shake que desceu rasgando na garganta, dando até uma dor, após atolar tudo do esôfago. Ai o ar saiu. O ar saiu com tanta força que comecei a rir de felicidade. Ria tanto que saia shake pelo nariz. 

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