Capítulo 2
NÃO DEIXEM DE ME RESPONDER AQUI, MULHERADA KKKK
O QUE ACHARAM DO PRIMEIRO CAPÍTULO? Tadinha da nossa Letícia. Ela e Mari são figuras, não são? Acho que tenho um problema sério de criar amizades maravilhosas kkk
LEMBRANDO QUE AS POSTAGENS SERÃO ÀS TERÇAS E QUINTAS, COM POSSIBILIDADE DE DESAFIO, CONFORME O MOVIMENTO POR AQUI. O QUE ACHAM? SÓ NÃO ME DEIXEM FALANDO SOZINHA QUE FICO TLISTE kkkkk
Obrigada, desde já, pelo apoio, compartilhamentos etc. Se gostou de um quote, compartilhe. Se está gostando da história, passa prazamigas :) É muito importante fazer as pessoas saberem que tá rolando história nova e que, assim que estiver completa, será retirada do Wattpad. Então fiquem ligadinhxs :)
Um beijo grande.
Amo tus!
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Como sempre me pedem, e eu esqueci de postar no outro capítulo (tinha esquecido que aqui o povo quase me mata se não posto fotos kkkkk), estas são as inspirações para os figurinos das meninas no réveillon, com adaptações :)
Encontrar o gato molhado está tão impossível quanto encontrar uma agulha em um palheiro. Faz uns dez minutos que deixei a Mari junto com o carinha dela, que é bem bonito por sinal, e saí para continuar a caça. Não que nenhum outro homem tenha me chamado a atenção, mas eu gosto dessa pequena aventura que criamos. Sempre fui de escolher os caminhos mais difíceis. Saí com dois caras lindos nos outros dias de festa, porém hoje quero algo mais emocionante para o meu ano chegar incrível. É claro que se eu não achá-lo até meia-noite terei que recorrer a outro plano. E faltam apenas vinte minutos.
Meu, cadê você?
Que fique claro que não penso somente em homens, ok? O ano todo é só trabalho, quero mais é aproveitar meu raro momento de diversão. E convenhamos que estou solteira, em pleno festival de réveillon, no Nordeste, onde 85% dos homens são lindos. Poupe-me que não vou querer um rostinho bonito para beijar.
Dez minutos. Meu tempo está acabando. Olhando de um lado para o outro, em meio aos corpos se mexendo ao som de Vanessa Da Mata cantando a versão eletrônica de "Ai, Ai, Ai". Adoro essa música.
Dançando no mesmo ritmo, continuo andando e olhando para os lados. Uns caras tentam chegar e educadamente eu aceno a cabeça dizendo que "não", outros sorriem e brindam de longe na parte da música que diz "vamos brindar a vida, meu bem" e eu levanto meu copo com Gin Tônica, afinal, hoje é dia de maldade.
Duas mulheres chegam ao meu lado e começam a dançar e cantar: Ai, Ai, Ai, Ai, Ai... e eu aproveito a animação e canto também.
Ainda remexendo o corpo, olho para o celular uma vez mais. Cinco minutos! Levanto a cabeça e resolvo fazer minha última tentativa. Dou um passo e não posso acreditar no que meus olhos veem.
O gato molhado está a alguns metros de mim, em uma rodinha com outros caras e algumas mulheres. Porra, ele é muito lindo! Valeu a pena a procura. Enquanto caminho em sua direção, ele sorri de alguma coisa e entorna a bebida que está em seu copo transparente. Cerveja ou talvez red bull com vodca ou uísque, quem sabe. Humm... já imagino sentir seu gosto refrescante na minha boca. Passar minha língua pelos seus lábios avermelhados claramente queimados pelo Sol. A camisa branca de botões meio fechada meio aberta e a bermuda florida só incrementam o seu visual perfeito. Eu poderia me apaixonar facilmente por esse cara...
E então começa a contagem regressiva e o povo se amontoa, impedindo-me de chegar ao meu objetivo. Driblo um, driblo outro, e grito junto cada número, meus olhos nunca deixando de acompanhar o moreno gostoso.
Oito
Sete
Seis
Cinco
Quatro
Três
Dois passos dele. Nem acredito.
Um.
Minha boca é invadida.
Um braço circula minha cintura e uma mão entra nos meus cabelos, pegando-me pela nuca. O gesto é tão possessivo e desesperado que eu me sinto indefesa e menor do que meus 1,65m.
Eu quero me afastar, mas não consigo. Não tenho forças para parar o beijo mais louco e delicioso da minha vida. A pegada, a boca, é o encaixe perfeito. E ao mesmo tempo assustador.
Tento me desvencilhar, sem muito esforço, do corpo musculoso ― e que corpo! Minhas mãos não param de tatear o dorso descoberto e os bíceps muito bem definidos ―, mas ele segura os dois lados do meu rosto e mordisca e chupa meu lábio inferior com ímpeto. Nunca senti um desejo tão intenso e palpável com apenas um beijo.
Eu posso estar sendo inconsequente, negligente, até mesmo louca, mas quero ver me julgar se estivesse na minha pele. Ah, também acrescente o fato de que não sou uma garota ingênua e sei muito bem que, se eu quisesse, realmente, eu o teria parado na primeira investida.
Só agora percebo que a multidão está em polvorosa com os fogos. Ouço vozes desejando "Feliz Ano Novo" ao meu lado. Porra! Estou perdendo os fogos! Eu perdi o gato molhado! Meu ano não pode começar sendo uma merda por causa desse desconhecido abusado para caralho!
Uso toda minha força de vontade e empurro o cara que me pegou de jeito. Que porra é essa? Quem ele pensa que é?
― Você é louco?
Ele solta uma risada baixa e grave, mas não vira para mim.
O safado está parado ao meu lado, os braços cruzados contemplando os fogos como se nada tivesse acontecido. Como se não tivesse acabado com os meus planos de beijar um cara lindo, maravilhoso, gostoso, que fiquei procurando a noite toda... Ai, porra! Que frustrante!
O que me resta é levantar os olhos e curtir o restante do show pirotécnico que está lindo. Depois de alguns segundos, olho de soslaio para o homem ao meu lado, mas não consigo ver seu rosto. Ele é bem alto, imagino que deva ter 1,90m, por aí, e o fato de eu estar sem salto não ajuda. Encaro o céu brilhoso e colorido novamente e solto um longo suspiro, recordando ― mesmo não querendo ― do beijo roubado. Eu posso considerar aquilo um beijo roubado? Não encontro outra definição para alguém que te pega de um jeito que fica impossível de se livrar. Impossível... Às vezes eu gosto de me enganar.
Antes que eu perceba, o espetáculo acabou e pela minha visão periférica noto que estou sendo observada. Viro devagar, para não ficar com raiva de mim mesma se o cara não chegar aos pés dos caras lindos que saí durante esses dias e já vou dizendo:
― Você está achando que isso aqui é uma micareta, seu...
Minhas palavras morrem.
― Feliz Ano Novo, Garota Infernal. ― A voz grave perto do meu ouvido me estremece.
Puta! Que! Pariu! Caralho! Porra! Primeiro vêm as palavras de baixo calão para só então conseguir pensar infimamente direito.
Qual a chance de sair com um deus quando eu estaria satisfeita com um mero mortal? O que é este homem na minha frente? Só pode ser um ser de outro mundo!
Os olhos azuis, claríssimos como o mar de Jericoacoara, estão destacados pelo tom dourado de sua pele. Ao contrário de mim, ele parece pegar Sol constantemente. Os cabelos claros são meio revoltados, propositalmente despenteados, a barba por fazer é um adorno à parte e, para completar, a camisa de linho branca que ele veste está toda aberta, expondo seu peitoral e abdômen muito bem definidos e fragmentos de algumas tatuagens, além de estar usando uma calça branca do mesmo material.
(Uma amostrinha do que "atrapalhou" a nossa amada Letícia)
Não consigo fazer outra coisa senão encará-lo, assimilando cada detalhe.
Como eu não falo nada, acho que ele fica sem graça e coça a nuca. Um gesto simples como esse pode ser sexy?
― Desculpe a invasão de privacidade e de ter tomado a sua boca e o seu corpo daquele jeito, mas eu venho te olhando à distância a noite inteira e não costumo deixar passar quando quero algo. Ainda mais que você estava quase chegando no seu objetivo...
Um clique e eu saio do meu torpor. Como é que é?
― O que você acha que sabe, ladrão de beijo?
Ele solta uma risada tipicamente safada que arrepia todos os meus pelos. Até a risada do desgraçado é quente. Como pode?
― Vamos dizer que eu tenho o dom de saber o que as pessoas estão sentindo ou querendo pelas suas expressões corporais.
― Ah, é mesmo? Você também tem o dom de foder com o réveillon das pessoas?
― Prefiro dizer que tenho o dom de foder no réveillon, Garota Infernal. ― Ele pisca um olho obscenamente azul e abre aquele sorriso malicioso que deve deixar muita mulher molhada, mas não me afeto mais. Não mesmo. Foi só o choque inicial.
― Quer parar de me chamar de garota infernal? Você nem me conhece!
― É que eu não consigo resistir. Você é idêntica à Megan Fox no filme Garota Infernal. Desde que te vi não consegui pensar em outra coisa.
Reviro meus olhos. Não pode ser. Mais uma pessoa...
― Aposto que já te disseram isso, não é? Viu? Não é uma cantada barata. Eu não teria por que te comparar com uma das mulheres mais gostosas do mundo. Mas você dá de dez nela, só para constar.
― Você não tem vergonha na sua cara, não? Me ataca à força, acaba com os meus planos e ainda fica me assediando...
Ele chega mais perto porque a música ficou mais alta e diz próximo ao meu ouvido, causando um leve tremor em meus joelhos:
― Primeiro, eu nunca ousaria pegar uma mulher à força. ― Cada palavra é entoada com veemência. ― Segundo, eu dei um beijo, cabia a você me afastar, mas não foi o que aconteceu...
Tento argumentar, mas ele não deixa.
― Terceiro, confesse que você gostou tanto quanto eu. Ainda mais quando tomou ciência de que o homem que te beijou era muito melhor do que o garoto que você estava perseguindo.
Para fechar com chave de ouro, seu nariz roça meu pescoço e aspira meu perfume, antes de dizer:
― Quarto, você tem um cheiro maravilhoso. Vamos sair daqui?
Convencido, prepotente, lindo, gostoso... Esse é o momento em que eu saio, curto o resto da festa e tento encontrar o gato molhado, ou desfruto da companhia do descarado à minha frente. Se a Mari estivesse aqui e visse o rosto e o corpo desse homem, sei muito bem o que ela escolheria, mas ainda tenho um pouquinho de orgulho antes de dar o braço a torcer.
Sem que eu consiga responder sua pergunta, sou empurrada por uma galera que já está muito louca e que passa correndo até chegar na frente do palco onde uma banda começa a se apresentar. Dou conta de que o que me impediu de cair foram as mãos grandes do ladrão de beijo me segurando pela cintura. Ele aperta um pouco mais a minha pele e, quando não vê resistência, puxa o meu corpo junto ao seu, protegendo-me do alvoroço à nossa volta.
Por que eu me sinto tão confortável com esse cara? Eu acabei de conhecê-lo!
― Eu sei no que essa sua cabecinha bonita está pensando. ― Ele coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e levanta meu queixo com o indicador. ― Mas sejamos sensatos: já estamos em um novo ano, temos a madrugada toda para aproveitar de uma maneira muito melhor do que se ficarmos aqui, procurando menos do que merecemos.
Mordo o lábio inferior quando ele sorri de lado, deixando à mostra seus dentes brancos e perfeitos, o maxilar anguloso e... covinhas. Puta que pariu! Covinhas! Nossa! Esse cara deve ter me dado alguma droga, não é possível. Ele tem alguma coisa, fora a beleza divina, que me deixa incapaz de agir.
E ele não desiste:
― Eu consigo sentir que nós dois queremos a mesma coisa. Pelo que tudo indica, você está solteira, eu também, ambos estamos à procura de uma companhia e eu adoraria passar as próximas horas com uma mulher linda como você. Com apenas um beijo eu soube que meu ano não poderia começar melhor, mas eu quero muito mais... Eu. Quero. Você. Por. Inteiro!
As últimas palavras saem num sussurro arrastado, os lábios tocando minha orelha sensível, e eu fecho os olhos.
Meu... Como um cara que acabei de conhecer pode mexer comigo desse jeito? Eu estou completamente rendida e ele não precisou fazer muita coisa. Ao longo dos meus 29 anos, nunca passei por algo parecido e isso me assusta. Muito!
Coloco uma mão em seu peito e afasto meu corpo do dele, antes de dizer:
― Olha, você conseguiu ferrar com todos os meus planos para essa noite. Eu ainda estou com raiva, confu...
Mas é claro que ele não me deixa terminar de falar. Em um segundo sua boca está colada à minha. Esse cara deve ter algum problema, não é possível. Porém, diferente de antes, ele não me beija com desespero. Até a sua calmaria é deliciosa, experiente. Sua língua pede passagem, lambendo meus lábios bem devagar, e suas mãos vão diretamente para o meu rosto, descendo até o meu pescoço, chegando à nuca, agarrando uma parte dos meus cabelos.
Foda-se!
Seja o que for que este ano me reserva, deve haver um bom motivo para tudo ter mudado de repente. Como diz a Mari, serei positiva. E nem vai ser tão difícil com um homem como esse.
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Gente kkkkkkkk
BABADO PURO. Gato Molhado ficou pra trás kkkkkkkk E aí? O que acharam? Contem tudinho pra TM :) Amo tus!
Famoso Festival de Réveillon em Jericoacoara com seis dias de muita música, sol e mar.
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