Capítulo 42 - Super-Koda
Não, pessoal, não é miragem, isso aqui é mesmo uma atualização, depois de eras. Peço desculpas pelo sumiço, dessa vez não foi por saúde, graças a Deus, e sim pela falta de tempo de sentar a bunda na cadeira e escrever. Então, me perdoe mais uma vez e boa leitura para vocês.
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Koda observou o pequeno Ângelo escovar os dentes, ele estava vestindo um lindo pijama que tinha dado de presente, a vestimenta era de vários ursinhos que estampava a calça e a blusa, era confortável e bastante colorido, como o menino gostava.
— Terminou? — perguntou Joana do quarto.
— Sim! — respondeu Ângelo lavando a boca. — Olha Koda, minha boca tá limpinha... oh minha língua. — sorriu mostrando a boca.
— Está mesmo. Muito bem, querido. Agora vamos, que está na hora de dormir.
Koda o ajudou a descer do banquinho e de mãos dadas foram para o quarto, encontrando Joana arrumando a bolsa e Devon a cama de casal que a criança iria dormir.
— Cadê meus bonecos? — Ângelo perguntou olhando ao redor.
— Estão aqui já esperando por você. — falou Devon mostrando os brinquedos já deitados na cama.
No mesmo minuto Ângelo correu e tentou se deitar, os fazendo sorrir. O capataz estando perto, o ajudou a se deitar e o cobriu, em seguida beijou em sua testa. O seu sorriso se alargou ao ver o pequeno deitado confortavelmente com os bonecos.
— Ok, hora de dormir. — comentou Joana indo apagar a luz.
— Não.... vocês... vocês poderia contar alguma história para eu dormir? Que nem nos filmes? — pediu timidamente olhando para Koda e Devon com expectativa.
Koda que estava no pé da cama, se segurou para não cair com aquelas palavras que fizeram o seu coração se derreter. Rapidamente assentiu e foi de encontro a ele, se sentou na beirada da cama e acariciou o rosto rechonchudo do garoto.
— Mas é claro que sim. — respondeu sorriso encantado. — Bem, se Joana concorda... o que acha?
— Fiquem a vontade. Deixarei vocês com ele, enquanto isso vou arrumar meu quarto para dormir, qualquer coisa estarei na porta ao lado. E Ângelo, não o façam contar história até de madrugada, ok? Amanhã é ação de graças e não queremos o Devon e Koda cansados, certo?
Ângelo acabou rindo. — Ok... pode deixar, amanhã o Devon não pode ficar cansado, né? — ele balançou com as sobrancelhas na direção do capataz, que assentiu e piscou.
— Epa, pera lá. O que foi essa troca, hein? O que estão aprontando? — o ruivo pôs a mão na cintura e olhou para os dois, que no mesmo momento fizeram de desentendido.
— Que troca, amor? Está vendo coisa? Pois é Joana, parece que o meu namorado já está cansado.
— Digo é nada. Vou indo. Boa noite para vocês e se comporte, Ângelo. — ela beijou em sua testa e saiu após acenar para o casal.
— Ok. — Devon andou até o outro lado e puxou uma cadeira, assim os dois ficaram cada um de um lado cama, ficando o Ângelo no centro. — O que o senhorzinho quer escutar? Que história tem em mente?
— Eu não sei... bem, os garotos falaram lá no orfanato que o Devon contou sobre como o Koda salvou a Penny, vocês poderiam me contar? Eu quero saber como o meu melhor amigo é um herói.
"Ok, era oficial, era hoje que ia acabar morrendo de amores." Com os olhos marejados, Koda engoliu em seco e assentiu. — Certo, meu amor. Mas acho quem deve contar é o Devon, pois foi ele que contou naquela noite da fogueira, né Dev?
— Isso mesmo... é o meu prazer contar essa história. Se prepare Ângelo, pois você vai conhecer uma outra face do teu amiguinho.
— Oba! — bateu palmas alegremente. — Conte, conte! — declarou animado.
— Numa noite fria, após Koda beber vários achocolatados. — o ruivo mordeu o lábio para não rir, o que ganhou um olhar divertido de Devon. — Ele todo agitado e elétrico, como todos que bebem quase dez copos de achocolatados...
— Koda, não sabia que tu era viciado em achocolatado. — exclamou o garotinho abismado.
— Então, nem eu. — respondeu rindo.
— Continuando... Após isso, ele inventou que ia dormir, então né, fui com ele, o deixei na cama e sair por alguns momentos, mas o que isso tudo fazia parte de um plano mirabolante, pois o super-Koda ia entrar em ação. — nesse momento Ângelo estava sentado na cama cheio de expectativa. — Koda pegou sua caixa de ferramentas, suas armas para salvar o dia. Vestiu o seu capuz, se camuflou e.... pegou o Kodcarro.
— Você tem o Kodcarro? Eu posso andar nele? — perguntou animado.
— Bem... é claro que sim. — encolheu os ombros sem jeito.
— Oba! — bateu palmas expressando sua alegria. — E depois, Devon, o que o Koda fez?
— O que ele fez? Ele foi até o lugar do inimigo.
— Ohhh. — arregalou os olhos. — Eai, eai... o que aconteceu? Eles os viram? O que aconteceu?
— O Super-Koda não deixou ninguém os ver ou pegá-lo. Ele estava camuflado e andava silenciosamente no estacionamento inimigo, e lá escutou barulhos e sabia que era a indefesa Penny que estava em perigo. Nisso, o Super-Koda foi até lá e deu de cara com um portão trancado com códigos e cadeados. Mas isso não era nada páreo para ele, não mesmo.
— Isso... O Koda é demais!
— Assim eu fico sem jeito. — declarou Koda rindo,
— Mas é, você é demais. — ao terminar de falar a criança o abraçou e ficou assim. — Continue, continue Devon.
— Certo. — o cowboy sorriu assentindo. — O Super-Koda pegou sua caixa de ferramentas e começou a quebrar os códigos e destravar os cadeados e enquanto fazia isso, ele falava docemente para que Penny não se assustasse ou ficasse com medo. Enquanto estava quase terminando de abrir o portão, ele escutou alguns caras conversando, era os inimigos que queria fazer mal a pobre Penny.
— Ah não... o que Koda fez?
— Ele simplesmente abriu o portão silenciosamente, prestando atenção às vozes e os passos. Nisso, foi até a Penny e a pegou nos braços carinhosamente, a cobriu com um pano e em seguida saiu de lá e fechou novamente o portão.
— Ufa. — suspirou Angelo aliviado. Ele escorou a cabeça no peito de Koda, que estava afagando seus cabelos.
— Ufa mesmo! — Devon sorriu. — O Super-Koda e Penny saíram rapidamente dali sem ganhar a atenção de ninguém e assim voltou para o Kodcarro, conseguindo fugir e voltar para o lugar seguro, onde foi que me encontraram, me surpreendendo totalmente. Então, Ângelo, foi assim que o Koda salvou Penny de homens malvados.
— Eba! — comemorou. O seu sorriso se alargou e olhou com os olhos brilhantes para o ruivo. — Você é demais, Koda. Muito bom.... um herói, o meu favorito herói.
— Oh, querido. — tentou conter as lágrimas, mas uma acabou descendo, mas rapidamente a limpou e abraçou fortemente o menino, não deixando ver o seu estado. Devon foi o único que o viu assim, mas também estava do mesmo jeito, emocionado com as palavras e o carinho de Ângelo.
— Ok, agora um certo alguém precisa dormir, né?
— Tá bom. — assentiu rindo. — Obrigado por me contar uma história, foi demais. Obrigado, Devon. — ele saiu dos braços de Koda e foi diretamente para os braços do Capataz, que retribuiu o abraço apertado o beijando em seus cabelos.
Depois dos abraços, Ângelo voltou a se deitar e eles o enrolaram, deixando confortável e em seguida se despediu dando beijos em sua testa. Em seguida apagaram a luz, deixando apenas a do abajur acesa e saíram do quarto de Ângelo, que em instante já estava ressonando.
No lado de fora, Koda abraçou o namorado e suspirou. — Acho que não irei aguentar até ter a confirmação de que o Ângelo ser nosso... Como irei sobreviver até lá sem ele? Amor... meu coração dói só de pensar que ele, por acaso, poderia ir para outro lugar na próxima semana, o que farei?
— Bebê, não fique assim. — Devon apertou o abraçou e beijou o seu pescoço. — Sabemos que iria ser difícil, mas pensa comigo, depois de tudo isso, esse garotinho que está dormindo nesse quarto vai ser nosso filho e ninguém vai tirá-lo da gente, ninguém. E iremos dar o maior amor do mundo todo para ele, o Ângelo vai ser o garotinho mais feliz e alegre, pois ele é nosso e iremos lutar por ele.
O ruivo se afastou e beijou docemente o amado, até que ambos ficaram sem fôlego. — Eu te amo muito, sabia, né? Eu amo você, amo que iremos formar uma família só nossa. E amo você por tudo e por ter paciência comigo.
— Também te amo muito, bebê. Eu sou sortudo por você e ele. — o beijou novamente e ficaram assim por uns bons minutos.
— Vamos indo, que amanhã vai ser bem corrido. — comentou Devon o puxando na direção do quarto.
— Amor, irei na cozinha, estou com sede, vá indo, que logo volto, ok?
— Ok. — assentiu.
Se beijaram mais uma vez e cada um seguiu um rumo diferente. Koda desceu as escadas e foi na direção da cozinha, tomando cuidado para não fazer barulho. E quando passou pelo corredor que dava para o quarto de seus pais, ele arregalou os olhos e suas bochechas em um instante queimaram.
— Céus. — murmurou envergonhado escutando certos ruídos, que dava para notar que a causa era de prazer, pelo sons, de extremo prazer. Estupefato, correu na direção da cozinha. — Não tirei esses sons da cabeça nunca mais. — resmungou todo sem jeito e correndo. — Santo Batman...
Ao chegar na cozinha, apoiou as mãos no joelho ofegante.
— Er... aconteceu algo?
Koda ao escutar a repentina voz tomou um grande susto, o que acabou gritando, o que fez Joana, que estava ali sentada na grande mesa, gritar junto.
— Meu Deus.... é hoje que infarto. — exclamou Koda se escorando na parede com a mão em cima do peito sentindo o coração acelerado. — Santo Batman... Joana, céus... Hoje eu morro.
— Eu que o diga. O que aconteceu, porque entrou correndo? Aconteceu algo com o Ângelo? — arregalou os olhos e rapidamente foi na direção da porta.
— Não! — gritou Koda a impedindo de passar. — Er, não aconteceu nada com o Ângelo. E também não recomendo você atravessar esses corredores se não quiser ficar traumatizada pelo resto da vida.
Joana deu um passo para trás com um sorriso malicioso. — Oh... você quer dizer dos sons? Hum?
— Oh céus. — arregalou os olhos. — Não me diga que escutou isso... faz quantos minutos? Meu Deus, eles têm fôlegos e apetite, quero ficar que nem eles quando tiver a mesma idade... Ah não, volta Koda... — respirou fundo. — Sinto muito, Jo, por ter escutado isso, ai céus, você vai pensar que é uma casa de pervertidos e vai levar o Ângelo da gente. — por último ficou desesperado.
— Calma, não se desespere. — declarou rindo. — Nunca pensaria nisso, o que pensou e o que estou pensando que nessa é cheia de amor e pessoas adoráveis e que se amam muito. Eu estou honrada em ser amigo de vocês e por saber que o Ângelo estará em boas mãos.
— Ufa. — relaxou. — Graças a Batman, já estava surtando.
— Percebi. — disse divertida. — E o Ângelo, dormiu? Eu vim aqui beber uma água, mas acabei ficando por aqui. Sei que acabei de falar, mas mesmo assim fico um pouco sem jeito de escutar isso. É tipo uma invasão de privacidade.
— Ninguém tá te julgado, mulher. Vamos nos sentar e esperar mais meia hora, se por acaso eles tiveram ainda fazendo isso, irei entrar naquele quarto e pedirei a receita para tanto fogo. — falou a fazendo rir.
— Preciso também.
Koda foi direto para a geladeira e pegou uma jarra de leite e em seguida foi nos armários procurar alguma coisa para degustarem, enquanto começaram a conversar. Falaram sobre a adoção, da ação de graça e do futuro. Na última parte, ambos já estavam quase terminando os oreos que o ruivo encontrou.
— Então, o que vai fazer quando for embora para sua cidade natal?
— Sinceramente, Koda? Não faço a mínima ideia. Eu vou voltar por força maior, já que não tenho lar próprio e com quem ficar e lá tenho meus irmãos, mas sei que serei um incômodo, principalmente por não nos ver a vinte anos ou até mais. — deu de ombros. — Não pense que não nos demos bem, eu amo eles, mas não sei. Voltar para lá e voltar a ser aquela adolescente que vai ficar dependente deles novamente, não é o que quero, mas é a minha doença que me obriga a fazer.
— Bem complicado e te entendo. — suspirou. Ele olhou para seu copo quase vazio e palavras de sua tia infiltrou seus pensamentos. — E se por acaso, se tiver uma oportunidade para ficar aqui, você ficaria?
— Com certeza. — riu. — É o que mais quero. Além de que não quero me separar da minha amiga Veronica e nem de vocês. — sorriu. — Mas é impossível disso acontecer. — deu de ombros desanimada.
— Olha, o que tenho para falar é o que estava pensando alguns dias e tive uma conversa com minha tia sobre isso, porém estava receoso por falar sobre, mas depois dessa conversa, tenho absoluta certeza que é uma boa.
— Ok... me deixou curiosa, o que é?
— Você por acaso aceitaria, tipo, depois que terminar tudo com o orfanato e vir trabalhar aqui? Como ajudante, até que finalmente o Ângelo possa ser meu filho e você será tipo, uma babá para ele e claro que não interfira nada em seu tratamento e que iremos dar todo apoio a você. Lhe daremos um quarto aqui na casa grande, se quiser, ou podemos construir uma casa aqui no rancho mesmo, você escolhe. Além disso vai receber um salário com tudo o que tem direito, a segurança de trabalho, plano de saúde e o resto. — disse rapidamente. — Mas é claro, não se sinta pressionada para aceitar, mas que fique claro que queremos você aqui com a gente, pois sei que vai ser ótimo para o Ângelo, ele vai sentir sua falta e ter você aqui, Joana, ele vai amar e a gente também, o que acha?
— Oh... ok, você me pegou desprevenida e estou surpresa.
— Olha, não precisa se decidir agora, pode pensar o quanto quiser, mas veja bem, não seria ótimo ficar aqui? Com a gente, com o Ângelo, a Veronica...
— Seria sim, mas... não sei. — suspirou.
— Pense, por favor, é o que peço.
Ela mordeu o lábio inferior nervosa e assentiu relutante. — Ok, pensarei a respeito. Mas não crie esperanças, ok? Eu agradeço muito a oferta, mas não quero que me contrate por pena...
— Joana, pelo amor de Batman. Quem falou de pena aqui? Eu quero você aqui, quero que você faça parte deste rancho, da vida do Ângelo e que nossa amizade cresça ainda mais e quero te ver bem. Ok? Não pense que é por pena da sua doença, por favor.
— Sinto muito, Koda. É que você me pegou de desprevenida e nem sei o que fazer a respeito disso. Desculpa, mas não se preocupe, irei pensar e fico imensamente grata por pensar em mim. — Joana ao falar pegou nas mãos gorduchas de Koda e apertou. — Você é especial, um anjo. E eu sabia que o Ângelo está em boas mãos. Koda, você será um excelente pai, tenho certeza absoluta com isso. E me pedir para fazer parte disso, é uma honra... Obrigada. — quando terminou de fala, Joana se levantou e abraçou-o.
— Assim eu choro. — murmurou Koda retribuindo o afeto. — Você é demais, Joana. É incrível, mulher.
— Ok. — riu e se afastou. — Acho que o corredor está limpo para passarmos? Pois precisamos dormir, amanhã vai ser cheio e muito especial, muito especial mesmo!
Koda a olhou sem entender, mas assentiu. — Acho que os pombinhos já foram dormir com todo o esforço que fizeram...
— Quem foi dormir?
Joana e Koda olharam rapidamente para a porta e viram Mattos, ele estava apenas vestindo um short de malha e olhava confuso para eles, que se entreolharam e caíram na gargalhada, deixando o outro ainda mais confuso.
— O que eu perdi?
Ainda rindo, Koda foi até ele, e ia bater em seu peito cabeludo, mas por fim achou melhor não. Meses atrás estaria babando nele, mas agora só via Mattos como uma figura paterna, mas confessaria que o seu pai era um homem muito gostoso.
— Nada, papai. Acho melhor irmos dormir, pois amanhã promete. E acho que certas pessoas já adiantaram a comemoração, né Joana?
— Oh. — respondeu Joana sorrindo. — Vamos lá. Boa noite, Mattos, Koda. Vou indo nessa.
— Calma, que vou indo também.
Eles saíram rindo da cozinha juntos, deixando Mattos olhando sem entender nada, apenas deu de ombros e foi direto para a geladeira, pois com todo esforço que fez, seu corpo pedia água. Nisso, um pensamento surgiu em sua mente, na mesma hora suas bochechas esquentaram.
— Porra... eles escutaram. — exclamou envergonhado, mas por final deu de ombros. — Bem, na próxima vez lembrar de fechar a porta. — disse pegando a jarra com água. — Vamos lá, preciso hidratar meu homem, a noite só começou. — murmurou para si mesmo.
[...]
— Cásper, por favor, se você não calar a boca, eu mesmo pego um avião para San Francisco e te calo. — exclamou Koda tentando limpar seu rosto de purê. — Na verdade, deixa você vir para o casamento, só aguarde. — estreitou os olhos para a tela do notebook, que estava em uma videochamada com Cásper, Simon e Cary. Os três estavam gargalhando.
— Primo, por favor, não tenho culpa se o purê preferiu a sua cara do que a vasilha. — disse Cásper gargalhando. — E eu não sabia que tinha dotes culinários. Devon, tu arranjou um belo namorado, hein.
Devon que estava pegando um pano, foi até o namorado e o ajudou a se limpar. — Pois é, tenho o melhor namorado do mundo, que até o purê prefere ele do que qualquer outra coisa.
— Devon! — exclamou o ruivo irritado e envergonhado, o que fez todos rirem.
— O que tá acontecendo? Por que tá limpando o Koda... calma Mister Peru, coloco você já no chão. — disse Ângelo entrando no recinto e junto dele vinha Mattos.
— Oh, essa é a voz do Ângelo? E quem é Mister Peru? — perguntou Cary curiosa.
Nisso Koda pegou Ângelo e o fez se sentar na cadeira e direcionou a câmera para ele e em seguida colocou o Mister Peru ao lado do garoto, e olhou para a tela, começando a rir pela expressão chocada deles em ver o animal que seria a ceia totalmente vivo.
— Porque esse peru ainda está....vivo? — perguntou Cásper sem entender.
— E porque não estaria vivo? — indagou Ângelo inocente. — Olá... eu sou Ângelo. — acenou com a mãozinha gorda. — Quem são vocês?
— Oh... somos Cásper, Simon e Cary, primos de Koda.
— Oh... Prazer em conhecer vocês... Esse aqui é o Mister Peru, meu novo amiguinho.
— Papai, posso ter também um Mister Peru? — indagou inocentemente Simon.
Cásper que ainda estava chocado pelo que via, acabou se engasgando com a própria saliva pela fala do filho, o que fez todos rirem, fazendo as duas crianças ficarem sem entender.
— Hein, papai? Posso?
— Querido, acho que teu pai não curte muito um peru em casa, quer dizer, não desse jeito. — respondeu Cary sorrindo maliciosamente. — Além disso, o prédio de vocês não aceitariam uma ave dessa, a não ser no fo...
— Cary! — Koda a interrompeu. — Entendemos. — revirou os olhos e apontou para Ângelo, que por sinal observava atentamente para o notebook sem perder nada. — E Simon, infelizmente aí você não poderá ter um peru, mas quem sabe quando vier para cá, você poderá adotar um que nem o Ângelo, hum?
Maria suspirou colocando as mãos na cintura. — Cristo amado, as minhas aves vão acabar virando animais de estimação. — murmurou. — E agora?
— Ok, tio Koda. Mal posso esperar para ter o meu próprio peru. — declarou animado. — E Ângelo, podemos brincar quando eu tiver ai, o que acha?
— Ok. — respondeu tímido. — Bem, se eu ainda estiver aqui. — deu de ombros tristonho.
Koda ao escutar aquilo fez com que seu sorriso se apagasse por meros segundos, para entornar aquele momento, se abaixou e abraçou o menino de supetão.
— Claro que estará aqui. E tenho certeza que vocês dois serão ótimos amigos.
— Bom, se você diz... Koda... Tia Jo, posso brincar lá fora? De novo?
— Só se você prometer não se sujar. — respondeu Joana mexendo uma panela no fogão. — Certo?
— Prometo... Vamos Mister Peru, vamos desvendar os mistérios.
Nisso, Devon o ajudou a descer e o acompanhou para fora junto com a ave, o que fez todos observar a cena, até que eles saíram do recinto e segundo depois se entreolharam com enorme sorriso no rosto.
— Koda... — exclamou Cásper chamando a atenção para si. — Espero mesmo que você consiga vencer essa batalha da adoção, pois pelo que acabei de presenciar, e Cary também deve concordar, é que esse garotinho aí já é seu. Ele fisgou o seu coração junto com o de Devon e ao mesmo tempo, vocês fisgaram o dele.
— Isso mesmo. — assentiu Cary concordando. — O Ângelo já é o nosso sobrinho e eles vão ver isso.
O ruivo sentiu flutuar e seus joelhos ficarem fracos, assim se sentou na cadeira que antes Ângelo ocupou. — Espero mesmo que dê certo. Pois se não, não saberemos o que seremos da gente, mas Devon e eu só queremos o bem dele. Se a adoção não dê certo, esperamos que o Ângelo encontre uma família que cuide e ame ele como a gente.
— Oh, ursinho. — Miro que estava tentando roubar alguma comida de sua mãe e da namorada, largou a colher que pegara e foi de encontro ao amigo e o abraçou. — Vai dar tudo certo, você vai ver. Devon e você já tem o principal para essa batalha, que é o apoio incondicional de sua família e amigos e segundo, é o amor que todos tem por vocês e para o Ângelo. E claro, nem muito menos importante, é que por acaso você tem um melhor amigo que é o melhor, repito, o melhor detetive e policial de Nova York, então...
Koda acabou rindo e assentiu. — Ok... o que você vai aprontar, hein?
— Tudo, se for para ver você sorrindo e ter esse garotinho aqui, correndo pela casa e adotando todos os animais do rancho e fazendo a gente virar vegetariano. — declarou os fazendo rir e ao mesmo tempo, fazendo com que o ruivo chorar emocionado pelas palavras ditas pelo detetive. — E sem choro, ursinho. Ainda não está na hora, deixa para a noite.
— Quê? — indagou confuso limpando o rosto.
— Que o quê? Disse nada não... vem, você tem que ajeitar o purê antes que fique ruim.
— Ok... e Cary, aproveita e me fala sobre o que aconteceu nas compras do Black Friday.
— Sim, sim. Ia me esquecendo... Bem, apenas digo uma coisa: Foi uma loucura...
— Claro que foi uma loucura. — Cásper a interrompeu. — Ela teve a audácia de usar o distintivo para pegar as coisas e também usou o distintivo para pagar primeiro. Ela é louca!
— Não foi bem assim, quer dizer. Isso daqui deve servir para além de prender bandido. — declarou mostrando o distintivo. — E meu bem, serviu direitinho. Comprei tudo o que queria por preço de banana. Amo ser policial. — enfatizou. Todos já estavam rindo da situação que acabara de ouvir e a conversa continuou a fluir e a comida fora feito entre risadas e amor, principal tempero para a vida.
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