Capítulo 9💕

Eu queria ter postado ontem a noite, mas a Claro novamente ficou com rede apenas para chamadas de emergência, ou seja, sem internet😢. Não sei se é só por aqui, mas isso já vem acontecendo faz um tempo e não é só no meu celular, então o problema só pode ser da operadora mesmo. Peço desculpas as garotas pra quem eu prometi postar até ontem.🙇
Espero que gostem. ^-^

💕💕💕

Charlote

Muito diferente do que eu esperava, ela já estava quase pronta quando entrei em seu quarto.

A passos trôpegos, Tavinho correu para Camila assim que o coloquei no chão.

— Oi, meu amor — disse ela com sua típica animação enquanto o envolvia num abraço. — Como você tá bonito. Nós mal nos vimos ontem, senti sua falta, sabia? Você sentiu a minha?

Mesmo que Tavinho não estivesse com uma chupeta na boca naquele momento, eu duvidava que ele pudesse dar uma resposta a enxurrada de palavras de Mila.

— Você é a madrinha mais carente de atenção que eu já vi na vida — sorri, vendo-a beijar-lhe o topo da cabeça. — Está com um ótimo humor. O encontro foi tão bom assim?

Sentei em sua cama deixando a bolsa pequena com algumas coisas de Otávio ao meu lado e vi seu sorriso sumir.

— Muito pelo contrário, foi totalmente entediante — franziu o nariz, desgostosa. — Mas não vou estragar essa dádiva que chamamos de dia de folga com detalhes que não são importantes. O shopping irá curar todas as minhas decepções.

Meu filho estendeu a mãozinha para mim e o peguei novamente, deixando que Camila terminasse de se arrumar.

Seus cabelos loiros estavam um pouco cacheados e presos num rabo de cavalo alto, deixando que a franja lhe emoldurasse o rosto. Sua maquiagem estava bem leve e ela vestia um vestido verde sem mangas mais comportado que o normal e sandálias sem salto. Camila era assim, mesmo que na maior parte do tempo se vestisse de forma provocante, vez ou outra adotava um visual mais “menininha”. Eu ainda não tinha conseguido descobrir no que suas escolhas se baseavam mesmo que fôssemos melhores amigas a anos, mas não conseguia parar de pensar no quanto tudo isso era estranho. Principalmente a parte de ela ficar parecendo uma anã ao meu lado sempre que eu usava saltos e ela rasteirinha. Geralmente era o contrário.

— O que acha desses? — perguntou erguendo um par de argolinhas douradas do seu porta-joias.

— São bonitos — aprovei.

Assentindo satisfeita consigo mesma, Camila colocou os brincos e começou a selecionar vários anéis logo depois. Se tinha uma coisa com que ela nunca saía sem, eram eles.

— Estou pronta — sorriu virando-se para nós. — Vamos logo buscar a Ana. Não quero perder nem um minuto a mais.

💕💕💕

Enquanto eu dirigia o carro que tinha pego emprestado de Nick, me perguntava o que Stephan e Hilary estavam fazendo naquele momento. Se ele tinha mesmo a levado ao parquinho ou não.

Se tiverem ido, será que ela estava se divertindo? Será que estava conseguindo se aproximar das outras crianças? Era muito cedo para que eu começasse a ter tantas expetativas, mas não conseguia deixar de ficar ansiosa com as possibilidades. Mal podia imaginar o quanto Stephan deveria estar perdido se as coisas não estivessem ocorrendo tão bem quanto o planejado.

O que ele estava enfrentando agora era algo muito mais difícil do que ser um pai de primeira viagem.

— Você tá suspirando mais que o normal — disse Mila me surpreendendo.

Lhe olhei de esguelha e vi que ela estava virada no banco, fazendo careta para Tavinho que estava na cadeirinha no banco de trás.

— Ei, deixa ele em paz e senta direito — bati os nós do dedos em sua cabeça, fazendo-a se encolher. — E eu não estou suspirando.

— Está sim — desta vez ela olhou para mim. — Você faz isso quando está preocupada. Tem feito um monte nessas últimas semanas. E agora eu sei que o motivo sempre foi o mesmo: Stephan.

— Não viaja, eu não estava preocupada com ele.

— Estava preocupada com o seu irmão e com Tiago, que por sua vez estavam preocupados com ele, então dá no mesmo.

Franzi a testa.

— Que tipo de raciocínio estranho é esse?

— Não é estranho — contradisse. — E então, como o novo bonitão da casa está?

— Não fale como se ele morasse com a gente — suspirei. — Nesse momento deve estar aproveitando uma ressaca maravilhosa — respondi com ironia. — Encontrei ele dormindo no sofá esta manhã, cheirando a bebida cara. Parece que Nick e Tiago o deixaram fazer o que quisesse ontem.

— Hum… algumas pessoas só conseguem esquecer um pouco os problemas dessa maneira.

— Sei disso melhor do que ninguém — falei, lembrando-me vividamente do meu aniversário de dezoito anos. — Mas ele tem uma criança para cuidar agora. Pelo bem da Hilary, espero que essa tenha sido a última vez.

💕💕💕

No primeiro andar da casa de Ana funcionava o café onde eu tinha trabalhado durante meus primeiros meses de gravidez. Cumprimentei alguns clientes que eu conhecia e a mãe de Ana, enquanto Camila foi chamá-la.

— Quer bolo? — Dona Edna me perguntou gentilmente quando sentei numa banqueta a sua frente.

— Ah, não, obrigada. Camila quer aproveitar o dia ao máximo, então vamos sair logo. Como a senhora está?

Ela sorriu.

— Estou bem, querida. Obrigada por perguntar. Faz um tempo desde a última vez que veio aqui, apareça para uma visita a qualquer hora está bem?

Dei de ombros com um sorrisinho.

— O trabalho tem exigido muito de mim e acabo aproveitando os fins de semana pra descansar, mas pode deixar, assim que puder venho aqui de novo.

Dona Edna era alguém muito importante para mim, mesmo antes, sempre soube da sua personalidade gentil e compreensiva, mas depois de começar a trabalhar para ela e ficar sob seus cuidados, gentiliza e preocupação contantes, ela passou a ser o meu modelo de mãe perfeita.

Estávamos falando sobre o quanto Otávio tinha crescido desde a última vez que estivemos ali quando as meninas desceram correndo.

— Hora de ir! — exclamou Ana atraindo atenção desnecessária.

Usava uma saia longa com estampas em espirais e uma blusa curta que deixava seu umbigo à mostra. Os cabelos acobreados permaneciam da maneira que estavam sempre que eu a via, uma confusão de cachos que iam até a metade de suas costas. Ana era quase dois anos mais nova que eu e assim como Camila, tínhamos nos conhecido no ensino médio. Ela e Camila eram costumeiramente tão espontâneas que quem visse de fora, poderia achar que o nosso grupo era estranhamente desequilibrado, mas felizmente tínhamos uma quarta componente para pôr ordem nesse grupo estranho. Infelizmente Fernanda não tinha tido a nossa sorte de ter um dia de folga e com certeza já devia estar trabalhando naquele momento. Ana só ajudava no café uma vez ou outra, então não precisava se preocupar com isso.

Nos despedimos de Dona Edna e saímos para o sol lá fora nos encaminhando para onde o carro estava estacionado. Parecia que seria um daqueles bons dias onde sempre queremos que o tempo demore mais a passar.

E mais uma vez, não sabia o quão errada estava ao ter esse pensamento.

💕💕💕

Eu já tinha perdido a conta da quantidade de lojas pelas quais tínhamos passado. Enquanto Camila, já carregada de sacolas, dava sua opinião sobre como ficavam as roupas que Ana tinha escolhido, eu olhava com dúvidas dois vestidos de criança.

— Filho, qual é o mais bonito? — aproximei Tavinho da arara de roupas perto das opções que eu tinha gostado.

Qi. — disse ele puxando a saia de um vestido branco com uma fita vermelha na cintura. Eu não sabia se ele tinha entendido ou se só gostava de puxar coisas mesmo, mas estava satisfeita escolha.

— Ok, tenho certeza de que ela vai gostar. Vamos levar esse.

Eu estava prestes a pegar o vestido quando meu celular começou a tocar. Franzi a testa na hora, não porque aquilo fosse incomum, mas porque era o toque de Evandro.

— Você não deveria estar numa reunião importante agora? — perguntei como comprimento.

A linha ficou muda.

— Van? — falei novamente, após alguns segundos.

Ouvi um suspiro trêmulo.

— Eu vou pegar um voo de volta, Charlote — Meu sangue gelou ao ouvir a emoção em sua voz. Era como se ele tivesse chorado. — Estou indo pro aeroporto agora.

— O que aconteceu? — questionei preocupada, com um monte de teorias passando pela minha cabeça. Para ele ter uma mudança de planos tão drástica assim, só poderia ser coisa séria.

Novamente a linha foi tomada pelo silêncio e quando estava pronta para exigir explicações ouvi sua resposta frágil.

— Foi a Elisa… Charlote, a Elisa acordou.

E de repente, foi como se o mundo tivesse parado de vez.

💕💕💕

Pessoas que leram Aos 18, quem aí lembra da Elisa?

Quem não lembra, ou quem não sabe quem ela é, vai saber no próximo (que vai ser narrado pelo Stephan).

Muito obrigada a quem está lendo/votando/comentando. Fico muito feliz por saber que gostam de ler MAPV tanto quanto eu gosto de escrever.😊

Vou postar uma foto do Stephan no próximo capítulo, mas ainda não decidi quem pode ser a Charlote😅, alguma sugestão?

Enfim, se gostou e puder votar e comentar, eu adoraria saber sua opinião.😍

Bjka! 😘

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