Perdidos
Quanto tempo, hm? Desculpa mesmo a demora aa
o capítulo ficou maior do que imaginava hksks
Espero que gostem, o capítulo foi betado pela pinkji-, meu amor <3
Boa leitura e até o final <3
🍜
Seus pés doíam após horas caminhando naquela floresta. Se negava a pensar que estava perdido e que, sentia-se sendo observado.
A estranha sensação dava-lhe calafrio, porém tentava se manter forte. O bebê em seus braços tremia levemente pelo frio, isso fez Naruto pensar em quão tolo e impulsivo foi ao sair e sequer agasalhar seu filhote. Sarada apertava sua mão com toda força que podia pois também estava temerosa e o que virá antes de reencontrar seu pai ômega lhe assombrava.
O loiro percebeu que o cada vez ficava mais escuro, provavelmente por causa do pôr do sol e como a floresta era incrivelmente grande e suas árvores de mesmo porte, altas de galhos longos, a escuridão não demoraria a tomar conta daquele lugar. Tentou manter a calma antes de qualquer coisa, seus filhos não podiam perceber o quão temeroso o ômega estava. Naruto agradeceu por aquilo.
De outro modo, reparou na pequena fumaça que começava a se espalhar, embora fosse quase impossível de percebê-la. No entanto, o loiro já tinha se deparado com algo parecido antes e por isso, desviou seu caminho. Pela marca conseguia sentir o quanto seu marido estava preocupado, provavelmente por não conseguir encontrá-lo em lugar algum da aldeia.
O ex-Uzumaki também temeu pela vida da amiga, que estava sozinha após se separarem de forma trágica e quase dolorosa. Não sabia se fez o certo arrastando ela para fora da aldeia, mas felizmente não conseguia se arrepender pois foi por seus erros que conseguiu a filha de volta.
Andando um pouco mais a frente, Naruto tropeçou em algo que o fez cair de joelho já que soltou rapidamente a mão da pequena alfa e apoiou-se nela contra o chão, tudo aconteceu rápido e como forma de se proteger e a Boruto abraçou-o com um braço enquanto o outro quase fraquejou pelo impacto do peso repentino.
— Papai! — A menina gritou. A feição do loiro deixava notável a sua dor, os joelhos sangravam relativamente pois algumas pedrinhas no chão colidiram com a carne de sua perna.
— Está tudo bem, querida. Papai Naru está bem. — A garotinha tinha um expressão de que logo choraria, porém se esforçava para segurar as lágrimas. Por outro lado, Boruto não poupou o pranto, chorou alto pelo susto que levara. Naruto de forma rápida e cuidadosa tentou se mover e arrastar seu corpo até que suas costas encostasse na árvore e quando foi feito, esticou as pernas e ajustou o bebê em seu colo para acalentá-lo. — Shii... papai assustou você, Boruto? Hm?
Embora usasse o tom calmo e palavras reconfortantes, o menino ainda chorava copiosamente.
— Sarada! O que está fazendo? Venha para cá. Não saia sozinha! — Sarada tinha se afastado um pouco abaixando perto de algumas folhas caídas embaixo de uma árvore menor que muitas ali. Em seguida ela correu até o pai ômega e se ajoelhou perto dele, na verdade, perto do joelho alheio.
Ela colocou algumas folhas sobre a ferida do ômega como se quisesse cobri-las.
— Seu dodói ainda está sangrando papai Naru. — Surpreso, o loiro acariciou os fios negros da moleca que tentava a todo custo limpar o sangue. Naruto sabia que aquela atitude estranhamente parecida com a que já tinha feito com ela e Boruto, porém com acessórios certos e band-aid.
— Vai ficar tudo bem, venha sentar perto de mim. Tenho certeza que logo o seu pai irá no encontrar, certo? Ele é o líder afinal. — Aquela frase poderia ter saído de forma amigável e feliz, porém Naruto se lembrava da briga que ambos tiveram mais cedo e todas as coisas que tinham passado.
Por mais que quisesse que o alfa aparecesse naquele momento triste e perigoso, ao mesmo tempo não queria vê-lo pois sentia que se seus olhos pregasse no corpo alto do marido, ele certamente o acertaria um soco. Mas agora sua prioridade era seus filhos e a segurança deles, então esperar Sasuke não era uma escolha.
Tinha andando por horas e não tinha conseguido achar o caminho de volta, para piorar aquela fumaça o seguia parcialmente e a sensação de estar sendo vigiado não sumiu nem por um segundo. Será que Madara estava o seguindo para realmente saber se iria fazer o que tinha lhe mandado? "— Eu não vou trazer Itachi a aldeia.", Pensou ao que a proposta absurda e sem noção lhe veio à cabeça.
O que Uchiha Madara poderia fazer agora que Naruto já tinha sua filha em seus braços? Certamente nada mais era importante que o fizesse colocar a vida do cunhado em risco.
Afinal de contas, o que ele queria?
Por que a família dele?
O que os Uchiha's tinham feito de tão ruim para ele que o homem desejava tirá-los do caminho?
Se bem que pensando por outro lado, Madara poderia muito bem machucá-lo ou sequestrá-lo, fazendo assim ele e seus filhos de refém para conseguir o que queria. Mas não usou. Naruto tinha certeza que algo ele tava escondendo e por isso não o machucou.
O que ele planeja mandando-o de volta para a aldeia?
— Papai? — Sarada chamou após se enroscar no corpo do ômega, tentando se à procura de aconchego. — O que vai acontecer com aquele moço acorrentado?
A mente do esposo do líder parou por um momento. "Moço acorrentado? Eu não vi ninguém além do Madara." — pensou Naruto.
— Que moço acorrentado, filha? Diga-me, para onde aquele alfa perigoso levou você? — Naruto ajustou Boruto que aos poucos parou de chorar.
— O moço que me deu isso — Ela tirou do vestido um belo colar, que atraiu instantemente a atenção do outro. O colar tinha um cordão de cor marrom assim como o nome gravado em um pedaço de madeira pendurado bem no meio do cordão. O coração do loiro parou e sua boca secou, reconhecendo aquele colocar e o nome gravado; Uzumaki.
[...]
Sasuke sentia que estava ficando louco a cada segundo sem informação do seu ômega. Estava agoniado enquanto observava grande parte dos seus homens caçando pelo o esposo do líder, mas não era o suficiente.
Nada.
Nenhuma notícia.
Se Shikamaru não estivesse ali para acalmá-lo, provavelmente já estaria dentro daquela floresta atacando quem quer que tivesse pego sua família. Naruto é teimoso e acima de tudo sempre age sem pensar, principalmente se for algo relacionado aos filhos.
Sentia através da marca o medo, dor e tantas outras emoções que não sabia mais qual era o do Uchiha ômega ou seu. Seus homens agora trabalhavam sob a pressão do líder, entretanto, muito tinham um certo afeto por o dos olhos azuis e lutavam para encontrá-lo vivo e bem. Sasuke também espera encontrar seu esposo em boas condições, se ele tivesse machucado não saberia como agir.
Andando de um lado para o outro, o líder ouviu a voz de Shikamaru.
— Você precisa ficar calmo, assim você irá deixar o Naruto nervoso. Tenho certeza de que ele está bem e logo os alfas o encontrarão. — O moreno chefe parou olhando profundamente para o amigo.
— É o meu ômega que corre perigo, não só ele como minha filha também. Naruto está grávido, suas emoções a flor da pele e eu não sei o que essa pessoa que os pegou é capaz de fazer. Você tem alguma notícia se o Boruto está com o Naruto ou ele está na aldeia? — Um fio de esperança surgiu em seus olhos vermelhos, crendo que o filho mais novo estava seguro.
— Não sei, realmente. Kakashi está falando com os aldeões. — Sasuke assentiu. Shikamaru olhou para fora da tenda vendo que Sakura vinha correndo em sua direção. A rosa chorava copiosamente chamando a atenção de quem estivesse perto ou longe. — Sakura? O que aconteceu?
— Onde está o Naruto? Me diga que ele está bem, por favor. — O líder pergunta desesperadamente, sentindo que estava mais difícil respirar.
Sakura fungou chorando forte enquanto sua esposa, Ino, se aproximava com a filha nos braços.
— Depois da sua briga com o Naruto, nós fomos procurar perto da fronteira, não tínhamos a intenção de ir mais longe. Caminhamos um pouco pela floresta até que caímos, eu tenho certeza que tinha alguém lá, acho que o tal do Madara. Procurei pelo Naruto pois a quero fez com que nós se separasse, mas não consegui achá-lo por causa da fumaça. — Ino agarrou a esposa, tentando confortá-la.
Sasuke caiu na cadeira agarrando os fios, totalmente atordoado.
Estava arrependido por todas as coisas que fez sua família passar. Naruto já sofrera tanto e agora por culpa dele, somente dele, estava sofrendo de novo.
— Me diga que o Boruto está seguro? Você o deixou com sua mãe, certo? — Sasuke perguntou e logo todos olharam para Sakura, que mordeu o lábio negando vagamente. A esposa da rosa fechou os olhos como se estivesse preste a chorar também. — Não posso ficar sentado. Eu vou atrás deles.
Suspirou cansado. A palma da sua mão bateu contra a mesa de madeira causando um barulho extremamente alto.
Shikamaru se sentou e com a mão no queixo ele ficou tempo calado antes de voltar a falar.
— É isso que Madara quer! — Atraindo olhares dos amigos, continuou falando. — Se você for, a aldeia ficará sem a proteção do líder e também mostrar que você sempre irá escolher sua família antes da nossa matilha. Que em primeiro lugar estão eles e não nós, seu povo. Madara deve querer que você escolha entre os dois: família e seu povo. Se você se mostrar um alfa fraco e emocional demais, vão querer que alguém lhe desafie para assumir o seu lugar e nada mais que outro Uchiha assumir.
Aquilo fazia sentido, porém não explicava de fato o que aquele homem miserável queria. Se ele sequestrou Naruto e seus filhos era por querer lhe atingir, mas isso era um pouco demais. Se ele queria desafiar Sasuke, porque não o fez antes? Por que atacou Gaara?
— Ele quer te colocar contra o povo. Você só é o líder porque Itachi não aceitou o destino, com você fora do caminho não resta escolha a não ser que seu irmão volte para a aldeia.
Sasuke riu fraco.
— Em circunstâncias alguma ele viria. Mesmo quando Boruto nasceu ele sequer deus as caras, só viu uma vez Sarada por causa do risco que soube que Naruto corria. Ele não tem intenção de voltar. — Amargurado, Sasuke se levantou e encarou a aliança. — Anos antes dos pais do Naruto desaparecer, ouvir o meu pai falando com um guarda sobre uma aldeia que foi aniquilada por alguns homens de Konoha. Inicialmente eu não acreditei porque afinal ele é o meu pai, mas quando ele falou que deixou um garoto vivo e que queria que encontrasse e matasse ele, vi o quão absurdo era.
— O quê? — Shikamaru se viu chocado. Tinha ouvido uma história sobre uma aldeia que foi aniquilada por os Uchiha's da aldeia e agora com a confissão de Sasuke sabia que era verdade.
— Temo que o garoto que sobreviveu tenha sido esse tal de Madara. Meu pai quem liderou essa chacina e por isso ele deve querer vingança. Ele deve está tentando me atingir pegando as pessoas que eu amo, sabe que eu faria qualquer coisa por eles. — O líder acariciou a aliança pensando em um certo momento com Naruto e os filhos.
"— Papai, olha isso! — Sarada gritava enquanto tentava correr atrás de irmão mais novo que engatinhava atrás de Naruto. Sasuke logo olhou em direção aos alfinhas e se pegou sorrindo bobo.
Naruto se abaixou e abriu os braços esperando o moleque fujão correr para ele, o que de fato aconteceu. Com ciúmes, Sarada também se jogou no pai ômega e o abraçou.
Encostado na porta, o alfa líder se juntou a família e assim que os olhos do loiro caíram sobre si, brilharam carinhosamente para o marido. Sasuke sentou-se no tapete e puxou Naruto para o seu colo beijando a marca que os ligava. O ômega ronronou esfregando a bochecha contra o peito alheio, em seguida o queixo delicado foi segurado pelos dedos longos do mais velho que o fez olhar para cima.
Encontrando a boca de Sasuke, os dois se beijaram breve e logo foram separados pela mão atrevida do bebê. Sarada logo começou a falar sobre o que tinha feito na escola, Boruto balbuciando palavras incoerente e enquanto o loiro sorria pela animação dos dos filhotes. Ainda que prestasse atenção no que as crianças falavam, o Uchiha alfa não tirava os olhos do esposo, especificamente do seu sorriso."
Eram momentos assim que ele sentia falta, do aconchego da família e paz que reinava sobre eles.
— Se ele machucar o meu ômega, vou matá-lo. — Disse friamente. — Chame Choji, nós vamos entrar na floresta e procurar por eles. Não vou ficar aqui sentado.
— Você ficou maluco? Sabe o que as pessoas vão falar?
Antes que líder falasse alguma coisa após se levantar, Kakashi entrou na tenda rapidamente.
— Ao que parece a notícia de que o esposo e filhos do Líder da aldeia Konoha chegaram a grandes ouvidos, tão rápido quanto. Itachi está a caminho, ele e Deidara e outro homem estão vindo para cá. — Kakashi disse calmo, diferente do quão rápido e nervoso estava quando entrou na tenda.
— Itachi está vindo? — A boca do líder secou.
— Hm. Dois viajantes da nossa aldeia ouviu o próprio Itachi dizer que encontrar Naruto era sua prioridade agora e por isso, estava vindo a Konoha. — Hatake continuou. — Se acalme. Quanto mais ajuda melhor, não é?
Sasuke não ficou menos nervoso. Anos sem ver o irmão mais velho e agora ele estaria de volta, claro que as circunstâncias não eram as melhores e quem ele procurava não era o irmão e sim seu esposo. O Uchiha mais velho estava preocupado com Naruto e sobrinhos. Somente com eles. — Pensou Sasuke.
Aquele não era um momento para ciúmes, mas uma pontinha de insegurança surgiu fazendo-o lembrar o porquê Itachi foi embora e o motivo estava desaparecido com seus filhotes. Sasuke não sabia como encarar o irmão depois de ter se casado com o homem que ele amava, de marcá-lo e formar uma família. Mas ao que parece os sentimentos dele e a preocupação não diminui pelo cunhado.
Ainda que ele estivesse atordoado com a notícia, não teve muito tempo para pensar ou agir, pois logo em seguida a figura do irmão atravessar a fronteira da aldeia. Ao lado dele um rapaz de cabelo longos e loiros olhava ao redor, Itachi falou algo no ouvido do outro homem que estava perto deles que imediatamente saiu para a floresta.
As pessoas olhavam com curiosidade e até com espanto para o moreno. Itachi não dava a mínima para os cochichos que podia-se ouvir, ele caminhou calmamente até tenda onde estava Sasuke, porém ele ainda não tinha notado o irmão. Ao lado dele, o loiro apontava e até ria algumas vezes de algo, mas o alfa Uchiha sequer mudava de expressão. Continuava sério e concentrado em quer que fosse.
Quando mãos perto da tenda do líder, Itachi finalmente conseguiu perceber o irmão mais novo ali. Parado, respirando pesadamente como se fosse difícil respirar.
— Irmão. — Fora tudo que conseguiu falar e ainda que a voz tenha saído falha, o outro foi capaz de ouvir.
— Eu sei que precisamos conversar, mas agora encontrar o seu esposo é a prioridade atual. Preciso de algo que tenha o cheiro dele para que eu e Deidara possamos procurá-lo, não lembro muito bem como é o seu dor, mas neste momento precisamos de algo. Mandei um dos meus amigos vasculhar a área, precisamos ser rápido. — Ainda que sua expressão fosse calma e séria, era possível notar o quão preocupado ele estava.
Sasuke coçou a parte de te trás do pescoço. Ino e Sakura arqueou a sobrancelha antes de sair dali e deixá-los a sós, a não ser por Deidara, Kakashi e Shikamaru.
— O cheiro dele pode ter mudado um pouco. — As bochechas do mais novo se tornaram levemente rubras. — Ele está grávido.
Por um momento a expressão do outro Uchiha mudou. Foi rápido, mas perceptível aos olhos vermelhos de Sasuke, que não soube decifrar se era felicidade ou só espanto mesmo.
— Hm. Parabéns, não esperava menos do Naruto, ele sempre quis ter muitos filhos.
— Sim. Ele realmente gosta de parecer uma bolinha quando está grávido. — A tensão do local suavizou um pouco fazendo Kakashi suspirar e Shikamaru relaxar. Sasuke disse baixo — Vamos a fronteira primeiro, preciso falar com meu homens.
— Líder...
— Eu sei o que você vai dizer Shikamaru, mas eu não posso deixar meus filhos e esposo sozinhos naquela floresta. Que qualquer alfa me desafie, mas eu vou encontrá-los e levá-lo para casa onde é o lugar deles. — Tentando acalmar o amigo, Kakashi colocou a mão em seu ombro para atrair a atenção dele e assim que conseguiu, sussurrou um "tudo bem, vai ficar tudo bem". — E você não vá embora de novo, precisamos conversar. — Itachi assentiu seguindo o irmão.
Todos seguiram para a fronteira e em meio ao percurso, notavam os olhares duvidosos do povo de Konoha e ouviam as mesmas perguntas.
O que um exilado, negador de suas raízes estava fazendo ali?
[...]
Naruto encarava o colar nas mãos da filha completamente chocado. Aquele colar carregava o nome do seu antigo clã além do seu nome: Uzumaki.
Minato e Kushina carregavam esse colar que fora passado de geração em geração. Assim como foi dado a ele antes dos pais desaparecerem e boatos que foram mortos surgirem, no entanto, o loiro lembrava-se muito bem ter colocado o próprio colocar no pescoço do pai antes dele partir e nunca mais voltar.
Os olhos azuis se encheram de lágrimas dolorosas. Naruto não queria pensar ou ter mais um pingo de esperança porque não valia a pena, todo esse tempo de espera não ia resultar em nada. Passou anos ouvindo desaforos, murmúrios de ódio e piada além dele mesmo ser a peça principalmente a quem todos gostavam de implicar.
Somente Sasuke se dispôs a chegar perto dele, a cuidar, amar e tomá-lo como seu. Ainda que fosse o mesmo homem que não lhe dará tanta atenção atualmente, no fundo o ômega do líder sabia que era amado de todo coração e só isso bastava.
— Porque está chorando, papai? — A garotinha perguntou após ver as lágrimas rolarem pela bochecha alheia. A menina também assumiu uma expressão chorosa.
— Está tudo bem, papai não está chorando. Eu estou bem, pequena. — Acariciando o rostinho dela, o ômega trouxe-a para perto.
Quando estava preste a colocá-la em seu colo, um barulho entre as árvores o assustou. Naruto permaneceu imóvel após puxar Sarada e aprender em seu abraço, a menina não reclamou, ela suspirou mais calma porque não estava sozinha. Um homem de vezes azuis saiu de trás da árvores e se aproximou lentamente e cauteloso.
— Você é o esposo do líder, certo? — A voz soava com serenidade para não assustá-lo, o que não deu muito certo pois Naruto estava com medo. — Não vou machucá-lo. Vou levá-lo de volta para sua aldeia, você se afastou de mais.
— Onde está o Sasuke e quem é você? — O homem soltou uma risada fraca antes de encará-lo. — O que há de tão engraçado?
— Você é um ômega arisco como as pessoas costumam falar por aí. — Naruto bufou. — Por favor, me deixe levá-los para Konoha. O líder Uchiha está com enlouquecendo e é muito perigoso ficar aqui. — Ainda receoso, Naruto aceitou a ajuda. — Me chame de Kisame. E eu não conheço realmente o seu marido, mas ouvir muito a respeito dele.
— Espero que tenha sido fofocas boas sobre ele. — O loiro riu rápido e com a ajuda do rapaz foi levantado. Sarada não o largou nem por um segundo, ela agarrou a camisa alheia para assim se sentir segura. — Venha filha, fique perto de mim.
Enroscada no pai ômega, Sarada não o soltou de modo algum. Com o joelho ardendo, Naruto caminhou sem reclamar da dor ou da ardência, o cansaço falava mais alto pois ele tentava dar o máximo de si até que estivesse nos braços de Sasuke de novo.
Pensar no marido lhe dava calafrios porque provavelmente ele estaria arrancando os cabelos por causa do seu sumiço, principalmente por causa da ligação. Vivendo todo esse tempo com o Uchiha, o loiro sabia que, apesar da ausência em casa, Sasuke não conseguia dormir se Naruto não tivesse ao seu lado.
Todas as noites ou melhor, madrugadas, quando o moreno chegava cansado e tomava um banho rápido, ele passava no quarto dos filhos para beijá-los e desejar bons sonhos. Em seguida seus passos apressados seguiam para o quarto ao lado com quem o dividia, deitava ao lado do ex-Uzumaki puxando-o para o seu corpo, colando para que pudesse deixar seu calor e cheiro nele. Era assim basicamente todas as noites.
Depois de uma longa caminhada, Naruto finalmente avistou a fronteira da aldeia. Muitas guardas rondavam o local preocupados, o ômega se culpou por aquilo. Quando se aproximou mais avistou Sasuke e Kakashi, o líder falava algo com alguns guardas, a expressão séria e atordoada fez os olhos ômega lacrimejar.
Uchiha Sasuke realmente estava enlouquecendo.
Quando os olhos vermelhos do alfa encontram o do seu ômega, foi reação em cadeia. Ele não poupou ou ligou para modos e postura de líderes, ele correu até o seu homem desesperadamente e o envolveu em seu braço.
Naruto e seus filhos finalmente estavam em seus braços e seguros.
Aquele abraço caloroso e confortável fez o loiro desatar o choro e se agarrar ao homem com quem casara. Claro que não tinham se esquecido da briga que tiveram, mas resolveriam isso depois.
— Eu estava tão preocupado! — O abraço desajeitado impossibilitava que colassem o tronco já que Boruto estava nos braços do mais baixo. — Nunca mais faça isso, quase enlouqueci.
— Precisava encontrar nossa filha. — O menor resmungou. Sasuke sentiu sua perna ser abraçada por uma criaturinha pequena de fios pretos.
— Achei que tivesse perdido vocês. — Disse, limpando as lágrimas insistentes que rolavam pela bochecha do esposo.
Naruto suspirou com o toque e seguida, recebeu os lábios de Sasuke contra os seus. Envergonhado pelos olhares dos guardas e os aldeões, Naruto logo se afastou.
— E eu achei que tivesse perdido nossa filha. Perder meus pais já foi o suficiente. — Comentou com a voz triste e amargurada. — Eu quero ir pra casa.
Sasuke sabia que o que aconteceu havia traumatizado o marido e agora algo parecido com o que ocorreu com seus pais. Ele estava frágil, vulnerável e que tudo que ele mais queria era fugir de toda aquela atenção que os aldeões curiosos davam. Pegou Sarada no colo para guiá-lo para casa até se lembrar de uma coisa... Mas antes que pudesse falar, Naruto olhada para trás de si com arregalados.
— Itachi? — Realmente não conseguia acreditar que o cunhado estava ali.
Será que Madara já sabia que o exilado estava de volta?
*
Espero que tenham gostado. Aliás amores, também tenham paciência que logo logo as coisas são explicadas, ok?
Para quem escreve fanfics sasunaru/narusasu, tenho uma coleção de capas que estou doando, caso esteja precisando pode entrar em contato, certo? @chimminiez.
Até o próximo capítulo amores ❤️
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