Desespero

Oii amores <3 Eu sei que demorei, esse capítulo estava pronto a mais de um mês, porém eu estava esperando a betagem do blog e como ainda não foi enviado, decidi postar assim mesmo rs. Em breve estarei postando outra sasunaru, ela já está postada no spirit então irei deixá-la aqui também.

Boa leitura amores e deixe seu voto, isso ajuda a fanfic crescer mais  <3

*

Sasuke sentiu-se estranho quando ajudou um senhor a entrar no hospital, deixou-o na maca confortável antes de sair do quarto. Estava cansado pela viagem e ainda teria que entregar o relatório aos outros líderes, por isso, saiu o mais rápido que conseguiu do hospital para encontrar com Kakashi. Seus homens também voltaram consigo, todos alarmados com o ataque anterior de Madara contra Gaara. Está fora da aldeia já era um grande motivo para ficarem em alerta.

O líder guiou os homens para a fronteira onde se encontraria com os outros, no entanto, uma dor na marca que o ligava a Naruto o fez parar. Tocou o local ardido, respirando fundo para se concentrar nas emoções do ômega, mas tudo que conseguia sentir era o desespero alheio. Preocupado com o esposo e os filhos, principalmente o que estava na barriga, Sasuke parou agoniado.

— O que foi, Sasuke? — Kakashi questionou ao ver o líder cair de joelho ofegante tocando a própria marca, sem saber o que fazer, o alfa se abaixou para tentar ampará-lo.

— Tem alguma coisa errada com meu ômega, consigo sentir seu desespero e o quão está temeroso. Faz muito tempo que o Naruto não fica desse jeito, algo muito ruim deve ter acontecido para ele ficar assim. Preciso vê-lo.

— E o relatório? — Um dos guardas que os acompanhavam perguntou.

— Deixo isso nas suas mãos, Sai. Eu não posso seguir em frente quando sei que o meu esposo pode estar correndo perigo, ele está grávido. — Disse como se fosse óbvio. Estava verdadeiramente preocupado com o menor, pois, Naruto além de seu ômega, era seu amor. Jurou nunca deixá-lo sofrer. — Vou ao encontro do meu esposo, e você, — Apontou para Sai. — leve dois guardas por precaução e entregue o relatório. Diga que precisei voltar para o meu esposo e conte sobre a condição que ele se encontra.

— Sim! E por favor, tome conta de Naruto. Assegure que ele esteja bem, Sasuke.

— Irei. Agora vá e entregue o relatório. E eu e os outro voltaremos para a aldeia. — Com a ajuda de Kakashi, o moreno retomou o caminho da sua aldeia. Sentia-se fraco e, por isso, os braços do guarda que mais confiava lhe amparava para que chegasse até.

Sasuke estava preocupado demais com o esposo e os filhos para pensar em algum perigo que poderia estar correndo andando livremente e sem a total atenção. Se Madara os atacassem, Sasuke ficaria sem saída. No entanto, não eram esses pensamentos que o perturbavam e sim o do loiro. O homem que amava estava sofrendo e ele não estava lá, uma dor no peito surgiu ao pensar em Naruto chorando e sofrendo na frente das crianças.

Não importava quem tivesse o machucado, Sasuke estava disposto a matá-lo sem piedade.

— Espere por mim, Naruto. Espere por mim.

[...]

Naruto puxava os cabelos sem muita força, andava de um lado para o outro chorando copiosamente enquanto Sakura, que também estava nervosa, tentava acalmá-lo. Todos da aldeia estavam assustados, olhavam para todos os lados tentando encontrar a menina. Naruto por fim gostou de saber que eles estavam ajudando e não o chutando como sempre faziam, contudo, podia notar os olhares questionadores sobre o seu marido, Afinal de contas, onde estava o Líder?

Sakura tentava não chorar, Inojin não largava dela, que segurava Boruto nos braços. O menino pareceu perceber o quão o pai estava apavorado, chorou estendo os braços para Naruto, mas este não o tomou nos braços. Na verdade, o loiro nem sequer percebeu a ação do filho, estava tão preocupado e determinado a encontrar Sarada.

Alguns aldeões procuravam pelas redondezas tendo a ajuda dos guardas que Sasuke deixou de prontidão, Naruto também procurava, mas mantinha-se longe da floresta que cercava aldeia. Seu corpo estremecia só de se imaginar naquele lugar perigoso, os animais violentos e caçadores sem piedade. As lágrimas pioraram quando pensou em Sarada entre aquelas árvores monstruosas, por deus, sua menina devia estar chorando, se sentindo sozinha.

Tanto Sarada quanto Boruto, ambos eram grudentos com Naruto. O pobre ômega sempre estava rodeado pelas crianças e não tinha tempo para si, entretanto, supria assim a falta do marido. Seus filhos eram a melhor coisa que já lhe tinha acontecido, gostava de apreciar quando a filha mais velha brigava com Sasuke por chegar tarde ou quando Boruto tentava mordê-lo, tão ciumento quando o pai alfa.

Todos perguntavam onde estava o líder, onde estava o marido daquele ômega desesperado. Porém, quando o loiro virou para ir até onde alguns guardas se reuniam, ouviu o barulho das conversas ficarem mais alta, todos olhando para a entrada da aldeia, até que seus olhos encontraram Sasuke. Ele era amparado por Kakashi, estava vermelho, suando enquanto procurava algo.

Assim que os olhos dele caíram no corpo trêmulo do esposo, o moreno desesperou-se com o choro alto. Naruto caminhou furioso até ele, o Uchiha mais velho foi solto quando ômega já estava perto o suficiente. A recepção não foi uma das melhores, o menor socava o peito do marido com força, apesar de não machucá-lo verdadeiramente. Contudo, descontava toda a raiva que sentia por tudo e sem entender o que acontecia, Sasuke segurou os pulsos magros tentando fazê-lo parar.

— Ele levou nossa filha! Minha filha! — Naruto gritou e o rapaz franziu o cenho. Quem pegou Sarada? Algumas pessoas olhavam-nos curiosos e até envergonhados pela discussão que se iniciava. — Você é um idiota. Todo esse tempo mantendo-se longe da sua família, nunca fomos importantes para você! Nunca perguntou como nós estávamos, se sentíamos ou não sua falta, nunca. Por que não me contou que tínhamos uma ameaça na aldeia? Isso teria evitado que aquele homem fosse na nossa casa e o rapto da nossa filha. Mas você nunca se importou, estava ocupado demais.

— Quem esteve na nossa casa? Quem era o homem, Naruto? Onde está nossa filha? — Sasuke soltou os pulsos alheios arrependendo-se em seguida quando o ômega voltou a socar seu peitoral.

— Um homem Uchiha Madara esteve lá essa manhã procurando por você, mas ele não o encontrou, obviamente. Ele conversou com a Sarada, mas quando eu cheguei na sala me perguntou sobre você. Senti que tinha algo estranho nele. — O loiro se afastou do marido quando Sakura se aproximou e entregou Boruto para os seus braços. Estava com raiva, queria socar o rostinho lindo do rapaz com quem era casado. — Eu tirei os olhos só por um segundo, estávamos no parque quando ele a pegou.

— Droga! Eu falei para não irem pra lá. — O Alfa rosnou breve, mas ao notar o quanto havia assustado o filho mais novo, suspirou. Boruto escondeu o rosto entre o pescoço e ombro do menor, que olhava descrente para o líder.

Arqueou a sobrancelha, contendo-se para não avançar novamente sobre aquele ser.

— Então a culpa é minha agora? Você mal dá as caras em casa, não me notifica sobre o perigo que estamos correndo e agora diz que é culpa minha?

— Wow. Calma rapazes. Vamos manter a calma, por favor. — Sakura disse puxando Naruto quando o mesmo se aproximou perigosamente do alfa. A mãe da rosada pegou a neta rapidamente. — Você precisa ficar calmo, está grávido e Boruto já está assustado o suficiente, ver uma briga entre os pais não vai melhorar em nada. — O grávido assentiu e decidiu evitar o marido. — Naruto não teve culpa de nada, eu que pedir para que a Sarada pudesse brincar com a Inojin no parque. Se quiser culpar alguém culpe a mim, mas não desconte a frustração de ser tão idiota e fazer sua família sofrer por você ser tão ausente. Seu ômega se sentiu sozinho todo esse tempo e seus filhos? Eles nem sabe mais o que é ter a presença do pai em casa.

O loiro arregalou os olhos quando a de fios rosas desabafou tudo que tinha falado pra ela, todos seus sentimentos perante ao alfa.

— Sakura!

— Estou dizendo a verdade Naru. Ele não sabe de todas as dificuldades que você vem enfrentando, como quando o Boruto teve febre e você passou o dia no hospital com ele. Provavelmente Sasuke sequer descobriu isso ou que um dos guardas dele é loucamente apaixonado por você, afinal de contas seu marido é um idiota e lerdo para prestar atenção nas coisas.

Sasuke se surpreendeu. Era um verdadeiro idiota, mas não saber o que acontecia com a família era como receber o título de inútil, o qual sempre quis fugir.

— Boruto esteve doente? Que droga, deveria ter me contado. Vamos conversar sobre isso depois. — Tentou se aproximar do ômega, mas o rapaz desviou do seu toque. Aquilo doeu tanto em Sasuke quanto no menor, por isso, o alfa recolheu a mão. — Agora eu quero que volte para casa, deixarei Kakashi e mais dois guardas escoltando-o e fazendo a segurança.

— Eu não vou. Vou procurar pela minha filha, não ouse me negar isso. — Bateu contra o peito alheio antes que saísse dali com Sakura no seu encalço. Sua barriga doía levemente, isso foi o bastante para alertá-lo que precisava se acalmar. Perder um filho já era doloroso, dois, seria pior ainda. — Ainda não procuramos nos aos arredores, entre as árvores.

— O quê? Ficou maluco de vez, Naru? Você sabe quão perigoso é lá fora e pior ainda com esse Madara a solta. — A mulher ajudou Naruto passar por um amontoado de pessoas, pararam em frente a uma barreira que protegia-os do lado mais perigoso da floresta.

— Vale a pena tentar, Saky. Estamos atrás da minha filha. Vamos lá.

[...]

Sasuke tinha perdido o esposo de vista após ele sair com Sakura. Instruiu para todos os guardas a procura filha dentro e fora da aldeia, que eles mantivessem o foco em achá-la e caso Madara estivesse por perto, o capturassem. Iria torturá-lo assim que colocasse as mãos nele.

Seu coração estava disparado desde que sentiu que o ômega não estava bem, seu esposo mentira e ocultara todos os problemas que estavam passando em casa durante sua ausência. Sabia o quanto o filho de Minato estava decepcionado consigo, afinal de contas, havia falhado não só com ele como com os filhos também e era sua culpa a alfa ter sumido.

Ajudando os guardas a procurar pela filha mais velha, Sasuke pediu permissões a cada pessoa que morava na aldeia para entrar nas casas. Porém, nada foi encontrado e isso só aumentava seu desespero. Esperava que a pequena morena não tivesse machucada, além que, Naruto surtaria. O próprio líder sentiu que precisava procurar pelo amante já que também não o encontrou em lugar algo desde que ele havia sumido.

— Shikamaru, preciso que me ajude a procurar o Naruto. Não o vejo desde que a Sakura e ele saíram, estou preocupado. — Sasuke entrou na tenda onde os líderes ficavam, Shikamaru assentiu. — Ele está bravo comigo por não ter contado sobre Madara.

— Você deveria ter o alertado, se tivesse feito nada disso teria acontecido. Madara não entraria tão facilmente na sua casa e a sua ausência em casa só ajudou aquele maldito Uchiha. — O guarda arrastou a cadeira para trás, levemente irritado com o líder. Sasuke era cabeça dura e mesmo que todos o alertasse do que o invasor era capaz de fazer, ainda assim ele prosseguiu e não contou nada para o esposo. — Choji disse que viu Naruto e Sakura perto da fronteira.

O moreno rosnou incrédulo.

— Aquele ômega ficou louco? Está correndo perigo e ainda entra naquela floresta sabendo que Madara pode estar por lá? — Shikamaru correu atrás do Uchiha quando ele saiu da tenda. — Me diga que tinha algum guarda escoltando-o?

— Sinto muito, senhor.

O líder suspirou chamando mais três guardas para procurar pelo ômega.

[...]

— Eu deveria ter batido nele com mais força. Você não acha, Saky?

A de fios rosas encarou o amigo concordando, porém, voltou a prestar atenção aos arredores. Tudo estava calmo por ali, nenhum animal ou barulho dos pássaros, no mínimo estranho. Mas não podia reclamar nunca entrara naquela parte da floresta, era calmo e diferente do que todos relataram.

— Naruto, você não acha melhor voltarmos? Estou com mau pressentimento. — A de fios rosas parou, o vento arrepiando sua pele e a assustando com o frio que começava a tomar conta do ambiente. Seu olfato apurado capturou o cheiro de sangue, a mulher puxou o loiro para trás. — Vamos voltar. Agora!

Assustado com a reação da Haruno, o grávido balançou a cabeça seguindo-a. O caminho de volta para a aldeia parecia totalmente diferente, apesar disso, Sakura estava focada em achar o caminho certo, pois, sentia que estava sendo vigiados.

A neblina que se espalhava fez com que a rosada se atrapalhasse e caísse rolando, sendo separada do Uchiha. Boruto tremeu nos braços do pai enquanto o mesmo tentava achar a amiga, falhando miseravelmente. Os olhos lacrimejados dificultavam sua visão, estava cada vez mais difícil fugir do que ou quem estava atrás si, o barulho dos galhos sendo chacoalhados só servia para assustá-lo ainda mais.

Com medo, se abaixou perto de uma árvore abraçando fortemente o filho. Queria gritar pela rosada, estava com medo. Não deveria ter ido para aquela parte da floresta, depois de tantos avisos, ainda assim estava lá. Agora corria perigo e não tinha ninguém para ajudá-lo, era tão idiota quanto o marido.

— Papai!

Sua boca secou. Piscou desnorteado quase com um sorriso no rosto, aquela era voz doce da sua bebê. Reconheceria a voz do seu fruto em qualquer lugar.

— Sarada? — Devagar e com cuidado, se levantou do esconderijo para procurar de onde vinha o som da voz pequena alfa. Mas não precisou de muito porque ela estava sua frente, contudo, não sozinha. Madara estava ao seu lado, um sorriso triunfal e os olhos brilhando em sua direção. O braço da menina estava preso entre os dedos do homem, Naruto ficou vermelho de raiva. — Solte-a. Agora.

— Fique calmo, não fiz nada com sua filha, apenas levei ela para conhecer um lugar. Eu não a machuquei e nem vou machucá-lo, não são vocês que eu quero. — Só agora o loiro percebeu que a filha estava sem nenhum arranhão, estava bem fisicamente. Mas só naquele momento ela havia entendido em que situação estava, por isso, tentava se livrar das mãos do maior. — Você terá sua filha de volta, se fizer o que eu mandar.

Desconfiado, o ômega assentiu e esperou que o outro rapaz soltasse Sarada, mas ele não o fez.

— Diga o que quer que eu farei, bastardo. — Madara sorriu e soltou a menina, permitindo que a mesma voltasse para os braços do progenitor, que a abraçou fortemente.

Se aproximou deles assustando Naruto, que quase recuou. Ouviu a voz de Sasuke gritar seu nome, mas sequer era possível vê-lo. Então Madara aproximou, sem muita pressa, os lábios no seu ouvido e sussurrou lentamente para que lembrasse das palavras roucas e assustadoras:

— Traga Itachi Uchiha para a vila.

Os olhos azuis se arregalaram, Naruto não teve coragem de olhar para aquele ser novamente. Assentiu para confirmar que faria o que ele estava pedindo, em seguida ouviu o barulho dos passos pesado se afastando e a presença dele já não era sentida. Quis chorar porque sabia que Madara queria machucar Itachi, até mesmo Sasuke. Agora não podia voltar atrás, aquele alfa rabugento era perigoso e não fazer o que ele pedia traria grandes consequências e nenhuma delas seriam boas. 

*

Espero que tenham gostado do capítulo, o 5 está pronto e assim que eu terminar de revisar eu posto, ok?  Até o próximo capítulo. Amo vocês <3

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