CHAPTER ZERO.     A MAGIA ESTÁ DE VOLTA. E AS CONFUSÕES TAMBÉM.

PIPER VIXEN ODEIA O INVERNO. Mas, naquele dia, o frio era apenas um detalhe, cujo a garota decidiu ignorar. Afinal, era primeiro de setembro, e as aulas voltariam em Hogwarts.

Nem todos os alunos bruxos ficavam felizes com o volta às aulas, porém Piper não era um deles. Ao contrário, esse era o seu dia predileto no ano. De qualquer maneira, a Vixen nunca fora do tipo estudioso, como sua melhor amiga Ernestine.

Qual era seu tipo, afinal? Piper Vixen é o tipo de bruxa que vê a beleza na natureza ao seu redor, por isso é sempre um prazer voltar à Hogwarts. Rever Severus, Lily e  Ernestine era sua parte preferida. Não é por acaso que a loira fora resignada à casa de Lufa-Lufa pelo chapéu seletor.

— Como estou, Sappy? — pergunta Piper para o seu sapo de estimação. Em frente ao espelho a garota rodava em círculos admirando o uniforme.

O sapinho apenas coaxou em resposta, o suficiente para que Piper abrisse um sorriso de orelha a orelha, estando satisfeita.

— Perfeito! — exclama em resposta.

A loira endireita a gravata amarela com listras escuras uma última vez, antes de dirigir-se para fora de casa até a estação deKing's Cross, onde o Expresso de Hogwarts estaria a sua espera.

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— Voá-la! — exclamou Piper tocando os pés ao chão, após utilizar o feitiço de aparatação como meio de teletransporte até a estação.

Agora tudo fica mais fácil, a loira apenas precisaria dar um jeito de encontrar a parede certa para atravessar até a Plataforma 9¾ e enfim, conseguir descansar no vagão. Acredite ou não, o que ela mais deseja neste momento é tirar um cochilo.

Assim, a Vixen conduz a sua bagagem e afins pela estação a procura do local certo que a levaria até a escola mágica, porém toda sua pressa é deixada de lado quando Piper dá de cara com Ernestine.

Ernestine não havia mudado muito das férias até setembro. A morena continuava com o mesmo cabelo black-power, pele bronzeada de dar inveja e sua cara clássica de desaprovação. E era exatamente essa cara que Ernestine fazia neste momento.

Piper abriu um sorriso amarelo ao avistar a amiga, incerta do que ela diria em vê-la ali.

— Piper! Ficou maluca? — exclama Tine com o cenho franzido, puxando a amiga para qualquer outro canto da estação, que não fosse chamar a atenção de trouxas.

— Também estou feliz em vê-la de novo, Tine! — Piper ignora o comentário da amiga e a puxa para um abraço apertado.

Ernestine retribui o abraço, porém a mesma não se sente muito bem com contato físico, por isso o momento não dura muito.

— Não tente mudar de assunto, Pipes. — ela cruza os braços, e Piper soube que um sermão estava por vir. — Você não pode usar magia na presença de trouxas, boba.

Piper encara o chão, envergonhada. Ela estava encurralada, não sabia se inventava alguma desculpa esfarrapada ou admitia o erro. De qualquer forma, era difícil demais mentir para Ernestine.

— Mas você é uma! — diz ela em reflexo, suspirando. — Digo, você é uma trouxa. . e bem, sabe usar magia. Além do mais, duvido que alguém tenha visto.

— Bom, eu vi. — Ernestine revira os olhos. — E tenho certeza que o Ministério da Magia não gostaria nem um pouco de saber que as aulas mal começaram e Piper Vixen já está causando confusão. — completa.

— Então parece que terei de torcer para a sorte estar do meu lado esse ano! — Piper dá um fim na discussão.

— Não espere que eu vá estar do seu lado em todas as situações, pelo menos. — a morena solta um suspiro. — Você pode usar mágica a vontade quando estivermos em Hogwarts. Não sei porque ainda insiste em quebrar as regras.

Piper dá de ombros. Então, pega na mão da amiga, conduzindo-a até a Plataforma 9¾.

— Se você prometer ficar calada durante toda a viagem talvez eu pense no caso. — brincou a loira, claramente não levando a conversa a sério.

Por fim, as duas atravessam a parede juntas.

Sempre fora assim desde seu Primeiro Ano em Hogwarts, era quase como uma tradição. Se elas não o fizessem Piper acredita que terá azar durante todo o seu ano, diferente de Tine, quem acha tudo uma bobagem.

— Você tem sorte por eu ter paciência, porque se fosse o contrário, eu já teria dado um chute na sua bunda, Pipes. — pigarreou a amiga, após atravessar até a Plataforma, em resposta a Piper.

— Pode crer. .! — Piper dá um soco brincalhão no ombro esquerdo de Ernestine, não contendo o riso.

Por sua vez, Ernestine esboça uma expressão de quem diz: "dúvida quanto?", e então apanha a sua varinha, mirando diretamente na direção da Vixen, e solta um feitiço de azaração: embolotus, ela sussurra.

Em um piscar de olhos, o feitiço atinge os pés de Piper, e seus cadarços amarram-se um no outro, fazendo com que ela tropeçasse para frente, caindo.

— Ei-  — Piper protesta, mas sua chance de revidar é interrompida quando sente o seu corpo colidir contra o de outro aluno que passava por ali.

Piper balança a cabeça, sentindo tontura por conta do impacto. Brevemente, ergue a cabeça na direção do aluno para pedir desculpas, enquanto desamarra os cadarços.

Consequentemente, percebe que estavam estendendo-lhe a mão, por isso, aceita sem pensar duas vezes,  abrindo um sorriso simpático:

— Obrigada! E. . hã. . perdão. — desculpa-se Piper, sem graça pela situação vergonhosa. — Eu e minha amiga só estávamos- — ao erguer o olhar, finalmente encarando quem estava diante dela, Piper interrompe a si mesma, sentindo suas bochechas queimarem.

Ela havia esbarrado em James Potter.
James. Potter. A primeira coisa que desejou naquele momento era ter uma capa da invisibilidade consigo, para desaparecer de uma vez dali.

A segunda, bem, era dar um soco na cara de Ernestine por tê-la deixado numa situação como aquela.

Afinal, todos sabiam que ela tinha uma paixãozinha pelo Potter. E se Piper tiver sorte e não acabar por se atrapalhar na frente dele, talvez ele não perceba isso.

Porém, antes que ela pudesse pensar em uma escapatória daquela situação embaraçosa, Potter solta um riso nasalado em sua direção.

— O que foi. . o gato comeu sua língua? — indaga o rapaz, com um sorriso travesso estampado em seu rosto, enquanto seus amigos riam atrás de si.

Como é de se esperar, ao perceber que ela tinha uma plateia, os cabelos loiros de Piper rapidamente transitão para uma cor escurecida, escura como a noite, passando lhe uma impressão de falta de confiança.

Sirius Black. Peter Pettigrew. Remus Lupin.
Atrás de si, Piper conseguiu ouvir Ernestine bufar. Eram os marotos. Eles causavam esse efeito nas pessoas. Bom, na maioria das vezes, eram suspiros — vindo das garotas.

Porém, Ernestine sabia muito bem da lábia dos rapazes. Ainda mais quando o principal passatempo de Potter era caçoar de sua melhor amiga.

Piper, por sua vez, soltou um riso. Ela não sabia se era de nervoso ou por simplesmente sentir-se bem com a situação. Afinal, James tinha de certa forma uma risada contagiante.

E então, seus fios escuros voltam a se clarear, o que traz certa surpresa vindo de James, que a observava de maneira curiosa.

Sua capacidade rara de modificar a aparência era um dos motivos pelo qual Potter decide por implicar especificamente com ela.

Ao perceber a situação da amiga, Ernestine revira os olhos. Piper Vixen não tinha jeito mesmo. Talvez ela devesse pensar duas vezes antes de fazer laços de amizade com uma lufana da próxima vez.

Quer dizer, uma lufana já é o suficiente, aguentar duas é impossível. Com certeza.

— Você é engraçada, Vixen. — disse Potter, por fim, percebendo que a loira ria de volta em sua direção, enquanto seu cabelo mudava a cor.

Então, James vira-se na direção aposta as duas bruxas, deixando Piper sozinha, quem agora, permanece parada sem reação.

— O que há de errado comigo, Tine? — indaga Piper tristonha, finalmente voltando a encarar a amiga, quem presenciou toda a cena.

Apesar do questionamento da Vixen, Ernestine apenas segura-lhe pelos ombros conduzindo-a até o trem, cujo estava à espera.

— Lily e Severus já devem estar no vagão. Você não quer se atrasar, não é?

— De jeito nenhum. .! — exclama Piper, bruscamente mudando o humor.

Ela e Severus haviam passado o verão inteiro trocando correspondências, e Piper podia sentir que este seria o ano.

Nada poderia dar errado.

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Finalmente, — dessa vez, sem usar magia — Ernestine e Piper encontraram o vagão onde Lily e Severus acomodaram-se.

As duas haviam feito inúmeras paradas inesperadas dentro do vagão, já que Piper insistiu em comer caramelo antes da viagem começar, e isso quase resultou em um desastre, já que a loira quase ingeriu um Caramelo-Íncha-Língua, o que não seria bom para o primeiro dia.

Ernestine exibia um semblante cansado e ao ver a amiga, não foi difícil para que ambos amigos, já acomodados no vagão, perceberem que Tine dormiria durante toda a viajem.

Por isso, os dois entreolharam-se, abrindo espaço para que Piper e Ernestine se sentassem.

— Deixa que eu lhe ajudo com as bagagens, Tine. — oferece a Evans, sempre com uma disposição de se orgulhar, não é atoa que a ruiva está na Grifinória.

Por outro lado, Snape permanece calado, e apenas gesticula para que Piper ocupasse o lugar ao seu lado.

Mesmo possuindo personalidades distintas, Snape e a Vixen sempre se deram bem. Além disso, Piper é uma das poucas pessoas — se não a única, a perceber a paixão do amigo por Lily.

Apesar de querer ajudá-lo, ela o conhece o suficiente para saber que se ele realmente quisesse sua ajuda, Snape já teria a pedido.

Por isso, eles nunca chegaram a conversar sobre tal assunto. Não era como se Piper não conhecesse a sensação de se apaixonar por alguém da Grifinória.

— Comprei isso para você. — sussurra Snape, quieto como de costume.

Ernestine e Lily pareciam estar entretidas em uma conversa sobre algo que parecia fora da zona de compreensão de Piper. Às vezes elas tinham esses momentos.

A Vixen abre um sorriso de orelha a orelha ao perceber que tal presente era um sapinho de chocolate. Os favoritos da loira.

— Obrigada Snape. — a metamorfoga sorri, seus olhos então, brilhavam como dois diamantes, agora azuis. Porém o momento foi rápido, já que a loira rapidamente comeu o sapo, e o tom azulado logo desapareceu.

Depois deste momento as coisas aconteceram naturalmente. Foi rápido para que o quarteto começasse uma conversa sem fim. Primeiro, compartilharam suas férias, e depois discutiam planos para o novo semestre.

Tudo parecia estar indo bem. Ernestine já havia caído no sono, e Piper permanecia com o cabeça apoiada no ombro de Severus, sonolenta.

Porém, algo estava à espera. E Piper Vixen percebeu que aquele ano não seria como os demais, quando a atmosfera de repente tornou-se mais fria e foi possível ouvir um estrondo vir de alguns vagões a frente.

A única coisa possível de assimilar antes que o caos se estabeleça no local foi um grito:

— Dementadores!

oioi, amores! estou de volta e acreditem, estava muito ansiosa para começar isso aqui.

espero que vocês tenham aproveitado a leitura, não sou completamente expert no universo HP, como eu já disse. Mas, espero que tenha ficado bom rsrs.

adoro críticas construtivas então comentem muuito, porque isso me motiva ♡

enfim, postei atrasado? sim, mas me perdoem, juro que estou escrevendo isso com todo o meu coração e eu realmente queria que o começo saísse bom!

dividi esse capítulo em duas partes, a próxima será mais intensa rsrs, vou tentar escrever o mais rápido que conseguir, se a escola deixar né :)

se cuidem, se eduquem e espero que todos estejam bem nesta quarentena, se alguém quiser conversar meu inbox está sempre aberto! ♡