Após o ocorrido com a motocicleta de Wade, comecei a querer ajudá-lo para comprar outra nova.
      
             Alguns podem pensar: "Mas você está dando dinheiro á assim vagabundo? Não.

             Wade foi reconhecido pelo seu talento, junto com a sua turma, fazendo shows de sexta até domingo. O preço que dão a eles é baixo, e por isso estou ajudando a pagar a motocicleta.

               Eu cheguei em casa depois de trabalhar duro no restaurante, tomei um banho, e sentei no sofá, com um sorriso no rosto.
            Ouço barulho de porta se fechando, e logo sinto um cheiro inconfundível de perfume masculino.

              - Olá, docinho.- Ele disse puxando-me pela cintura, e colidindo os lábios, em um beijo entoado.

              - Oi, baby.- Voltei a sorrir largamente, elaborando uma expressão confusa, da parte dele.

              - Está bem?

              - Muito bem!- Vociferei, tomada pela ansiedade, e com isso, ofereci um envelope para ele.

              - Que isso?

              - Rasgue o envelope.- Eu enuncio, saltitante.

                Ele me encarou brevemente e rasgou. Dentro do invólucro, havia dois mil reais em dinheiro, pois era o que faltava para ele conseguir comprar sua motocicleta.

             - S/n... eu nem sei o que dizer.

             - Não diga nada. Apenas aceite.

             - Não posso, docinho.- O próprio disse, devolvendo-me.

             - Recuso-me a aceitar de volta.- Eu mesma disse, aconchegando em seus braços.- Se não aceitar de um jeito, vai aceitar de outro.- Comecei a beijar seu pescoço e queixo, fazendo-o gemer um pouco.

             - Vai aceitar?- Perguntei inocentemente.

             - Desse jeito, eu aceito, docinho.- Ele pronunciou baixinho, roçando seus lábios nos meus.

Eu e ele sempre temos um jeitinho para algo.

FIM

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