Capítulo 4.1
- Vão logo embora daqui! - Ajudei o moleque a levantar, levei-o até a mãe. Mama Ved'ma estava viva. O tiro havia atingido braço. Ângela olhava o nada, petrificada. - Ângela! Ângela!!!
Matheus ergueu a cabeça. O sangue escorreu pelo queixo e pingou em gotas pesadas e escuras. O rosto voltado ao teto estampava um sorriso de orgasmo.
- Saiam daqui! Anda!!
Ângela voltou de órbita e só concordou com a cabeça. Os tremeliques que percorriam pelo corpo a faziam caminhar desengonçada como uma boneca de marionete. O menino agarrou a mão da mãe e a arrastou em direção à saída, mesmo mancando. O moleque era escroto como o pai, isso tenho que dizer.
Ajudei Mama Ved'ma a ficar de pé.
- Vai, velha! Sai logo daqui!
Não descolei as vistas de Matheus, que parecia ainda anestesiado e viajando com os novos sentidos.
Por acaso agora não deveria estar na hora dos espasmos, dos vômitos e todo aquele papo de dores?
Ele se pôs de pé. Firme e sem resquícios "da ressaca".
- George, George! Como é boa a sensação! Como eu ansiava por isso, por essa imortalidade, esse poder. - Inspirou fundo. - Aaaaaaahhh, que maravilha!
Peraí. Inspirou fundo? Por que demônios ele tava respirando?
Mama, Ângela e o garoto se afastavam, já quase alcançavam a porta.
- Você devorou o próprio filho, seu doente!
- Ah, sim! Enfim ele serviu pra alguma coisa. Foi um sacrifício em prol de algo maior. Não se preocupe, vou honrar a memória dele.
- Cara, você é completamente pirado!
- Sua utilidade se foi, George. Tá na hora de encerrar os experimentos, espécime dois.
Disparou em minha direção. Matheus deixou de ser uma carcaça seca e quase inútil e, de forma "mágica", parecia um atleta fitness premiado. Gotículas de sangue esvoaçavam quando as botas atingiam as poças. As veias do pescoço estufaram, o rosto furioso avançava sedento pela minha cabeça.
Chegou ao meu alcance. Tentei um soco desengonçado e facilmente esquivado. O punho dele respondeu com um gancho. Devo ter voado uns dois metros antes de o chão duro receber meu corpo. Os ossos dos cotovelos, bacia e tornozelo tomaram a maior parte do impacto. Recebi um, dois, três chutes nas costelas. Algumas fizeram um troc-trec parecido com batatas chips quebradas entre os dedos. Rolei para fugir do seu alcance e me ergui. Arrisquei outro soco, ele aparou e apertou meu punho, entortando-o para cima, obrigando-me a cair sobre um dos joelhos. Quando fiquei "na medida" que ele quis, a joelhada marretou meu maxilar. Com a porrada, meu corpo subiu e eu quase fiquei de pé... quase! Porque o soco no esterno me arremessou para trás e me jogou sobre uma máquina grande.
Aquele troço tinha uma broca gigantesca, usada para furar chapas de aço. Matheus me agarrou pelo pescoço e colou minha nuca na base da máquina, bem abaixo da broca. Com a outra mão, agarrou o pegador, na lateral da parte superior, que mexia a parte móvel para cima e para baixo, acionou o botão de liga/desliga e a espiral de aço girou como um furacão demoníaco. O único problema é que era minha cabecinha lindinha ao invés de uma chapinha de metalzinho. Atraquei as mãos na peça móvel e forcei o máximo que podia para que o objeto não perfurasse meu crânio.
Mas a força dele era descomunal. Nem Russo era tão forte. Uma mão firme do caçador garantia que minha cabeça não saísse do lugar, a outra puxava a furadeira gigante, vencendo qualquer resistência, devagar, um centímetro por vez.
Meus braços tremiam de esforço, o coração bombeava o sangue sem economia.
O objeto chegava mais perto...
A boca de Matheus se rasgava num sorriso rubro, gotas grossas do sangue de Thiago pingavam sobre meu peito.
- Desista, George, Algol, ou seja lá qual for seu nome, vampiro!
O maldito nem tremia a voz, fazia aquilo com facilidade. Sacudi o resto do corpo. Esperneei em busca de uma saída.
E a broca avançava.
Tentei erguer a cabeça, era como ter um imã colando-a à máquina, não saiu um milímetro do canto.
Ele mirou meu olho bom, tentava me cegar por completo.
- Unnnnggggg...
A broca venceu qualquer resistência e enfim desceu.
E foi no último segundo que tive única ideia possível. Não dava para erguer a cabeça, mas mexê-la para o lado, mesmo que alguns centímetros, sim. Desviei no último instante e deixei o objeto se cravar no meu olho cego, já que ele não me servia de nada mesmo.
Senti cada centímetro daquilo invadindo minha massa cinzenta e girando lá dentro. Uma dor fina gritava em minha cabeça. Não importa se durou um milésimo de segundo ou várias horas, aquilo foi uma eternidade e, meu querido, imagine alguém cutucando seu cérebro com uma broca! Não, não tem como descrever o inferno que assolou o interior do meu crânio!
Chutei o ar em toda direção possível, até sentir uma resistência contra um destes chutes. Houve o som de fratura óssea e o joelho de Matheus virou para trás. Ele largou meu pescoço e a máquina, levou as mãos ao ferimento e caiu sentado. Empurrei o trambolho para cima, vi pedaços de carne, nervo óptico e meleca cinza voar pelos ares. Quase fui ao céu com o alívio de ter aquela porcaria fora de mim. Uma gororoba pastosa vazou pelo buraco do olho junto com sangue.
E para aumentar minha tristeza, a fratura de Matheus regenerou com o triplo da rapidez que eu conseguiria.
- Hahá! Parece que deu muita merda pra você, George!
Por que Matheus parecia bem mais evoluído que eu? Não fazia sentido. Eu era mais velho, deveria ser superior, mais forte...
Isso! Força. Bingo!
"Tipo... por que eles tem tanta força e por que Matheus está morrendo?"
"Ele tem um parasita no organismo que ninguém conseguiu saber o que é."
Ai, merda. Talvez o parasita tivesse reagido com a transformação dele.
- É, parece... - respondi. O olho estancou o vazamento, a cicatrização começou a trabalhar.
Disparei numa corrida até meu facão, jogado ao chão, o caçador só me assistiu empunhá-lo e estalou os dedos. Fez postura de combate, cuspiu uma risada esnobe.
Avancei girando o facão no ar. Ataquei o rosto, Matheus agachou, percebeu a lâmina descendo e desviou para o lado, girei a arma e rodopiei em torno de mim mesmo, para atacar o abdômen num corte lateral. Ele se manteve ereto e esperou.
Tchoc...
Levantou o braço e deixou o facão se cravar entre as costelas, agarrou o objeto e deu um golpe com a lateral da mão na lâmina. O resultado foi que metade da arma ficou presa nele, metade ficou comigo.
- Mas que bele... uuuuufffss...
Mais um ataque da parte dele, socão destruidor de dentes na lateral do maxilar. Girei, quando tentei me firmar, o maldito já estava sobre mim, grampeando minha camisa com a pegada judoca, puxou meu corpo contra o dele enquanto girava para encaixar o quadril abaixo do meu. A alavanca me jogou sobre ele. Quando virei no ar, Matheus puxou com toda a força que tinha. Meus ossos agrediram o piso com fúria e abriram rachaduras no cimento.
- Hahahaha! Meu Deus, George! Isso nem tem graça. Você é tão inferior... Anda, levanta! - Andava em torno de mim. - Quer tentar outra coisa? Tem marretas naquele armário, maçaricos, picaretas. Ah! Claro que você lembra bem disso. Levanta, seu bostinha!
Envolveu meu rosto com mão e me arrancou do chão.
Minha voz saiu abafada pelo agarrão sobre o rosto:
- Não espere que eu implore pra continuar existindo, Matheus.
- Ah, não! Não quero isso. Na verdade quero que você resista, quero que você tente me enfrentar. - Colou a boca ao meu ouvido. - Quero te ver sofrer muito ainda! Você tirou o que eu mais amava nessa vida, George. Matar o meu Miguel foi gravar o próprio nome numa lápide!
Ergueu-me acima da cabeça, apoiou a outra mão em minha lombar. Quando me deixou na horizontal, puxou-me contra o joelho. Foi como ter eletricidade transmitindo uma dor fina e insuportável por todo o corpo. A dormência abraçou minhas costas e as pernas não respondiam mais aos comandos.
- Aaahh! Filho da puta... aaaaahhhh! Minhas costas!!
Ele agarrou o cós da minha calça e a gola da minha camisa. Girou comigo uma vez e me lançou ao outro lado do salão, contra o armário de materiais de tortura. Atingi a porta metálica com a cabeça antes de ir ao chão.
Tempo. Precisava de tempo.
Pensa, George, pensa!!
O que diabos eu poderia fazer para parar uma criatura superior a mim, resistente às minhas ilusões, com perícia marcial extrema. Para piorar, o demônio passou quase um mês estudando tudo sobre mim, sobre nós. Cada detalhe, externo e...
Interno!
Ele me esperava. Queria que eu me recuperasse até que não tivesse mais sangue. Tenho certeza que o Hitler brasileiro ia me torturar pela eternidade.
Mas a eternidade é muito tempo... e o título de demônio era meu!
A coluna voltou para o canto, coloquei-me de pé, as fraturas se recuperavam. Abri a porta do armário.
O maçarico estava sem o gás, merda! Haviam também duas marretas e um machado, o qual empunhei. Virei para encarar o caçador, deslizei um dedo sobre a lâmina da ferramenta, meu olho brilhou em amarelo vivo, rilhei os dentes para exibir as presas gigantes.
- Fica tranquilo, Matheus, vou providenciar seu reencontro com aquele bastardo fedorento.
Os olhos dele também se acenderam. Posicionou-se para receber meu ataque.
Uma coisa era certa, travar luta corpo a corpo com aquele cara era praticar suicídio. De modo que minha ação seguinte foi de uma contradição sem igual.
Saltei sobre ele, machado acima da cabeça zumbindo um corte no ar. As mãos ágeis do caçador agarraram o cabo no meio do caminho, caímos e rolamos pelo chão, engalfinhados. A testa de Matheus golpeou a minha, ele tentou puxar a arma de mim e encontrou resistência. Começou a bolar por cima, dominando-me em uma luta de solo precisa... Só esqueceu que estávamos em um momento tipo "vale-tudo-pra-permanecer-existindo". Preparou um arm-lock, passou a primeira perna sobre meu peito e deitou na transversal, cruzou os braços por dentro dos meus, na intenção de puxar para quebrá-lo e me fazer soltar o objeto. Quando passou a outra perna sobre meu rosto, cravei os dentes na parte de trás do joelho que seguraria minha cabeça contra o chão, numa mordida que puxou carne e tendões. Matheus desistiu da chave e me largou, mas agarrou o cabo do machado. Girei para o lado oposto e puxei outra parte do cabo. A madeira partiu e cuspiu farelos do local arrebentado. Fiquei com uma metade do cabo na mão, a outra, que tinha a lâmina, ficou com ele. Era muito azar!
- Minha perna... - a ferida já estava quase cicatrizada. - Ora, ora, George! Parece que não foi de muita serventia, não é mesmo?
Levantei-me sem pressa e escancarei um sorriso, balancei um dedinho irônico, pisquei o olho cego.
- Engano seu, jovem aprendiz. - Meu rosto se vestiu numa carranca. - Engano seu!
Então, no melhor estilo Criss Angel, desapareci a plena vista.
Pluft! Chablim! Alakazam! Hocus pocus!... Essas coisas.
O plano havia dado certo.
Matheus retorceu as sobrancelhas. Girou em torno de si mesmo várias vezes, virava a cabeça em todas as direções possíveis.
- O q...?
Projetei minha voz como se saísse de milhares de alto-falantes ao mesmo tempo, de várias direções:
- Ora, ora, grande caçador-vampiro! Você ainda não aprendeu a fazer esse truque super divertido, né?
- Aparece covarde!
- Mas vejam que palavra bonita essa: covarde! - Várias cópias minhas apareceram, em diferentes pontos do ambiente. Sobre a galeria, próximos às portas, em cima do guindaste, atrás dele, enfim. Se um George incomoda muita gente, vários Georges... - Por acaso me manter preso, sob tortura, sem a menor chance de defesa, é um ato e tanto de heroísmo, Martheus.
E imagine a confusão na cabeça dele, quando viu que cada réplica fazia exatamente o mesmo movimento e falava de forma sincronizada. O olhar firme cedeu a uma careta pasma, a boca pendeu. Ele tateou os bolsos.
- Isso não é possível... não deveria funcionar com...
- Ah, é! Acho que você perdeu isso, lindão.
Todos os Georges tiraram, ao mesmo tempo, um objeto do bolso, circular, feito de contas, como um terço. Ângela disse que aquilo era uma das muitas formas de um objeto chamado Baguá, era o que os protegia das ilusões. Aquele era artesanal, feito de madeira e cordão, com letras chinesas dispostas sobre as contas. Adivinha quem criou o brinquedo pros caçadores? Se você disse "A velha", acertou na mosca.
As réplicas balançaram os baguás ao lado dos rostos e abriram aquele sorrisinho artificial e implicante. Na outra mão empunhavam o pedaço de madeira quebrado.
- Como foi que você disse mesmo Matheus? Ah! Acho que deu muita merda pra você!
- Então?! E agora? Acha que vai me derrotar assim? Uma hora você vai precisar tentar a sorte e sabe que não tem chances no mano a mano!
- Pra você tudo se resume a força bruta, meu querido. Então tente adivinhar qual sou o verdadeiro e boa sorte.
Uma coisa que aprendi e sempre amei no jogo de poker: nem sempre vence aquele que tem a melhor mão. Um bom blefe pode te garantir boas fichas. Ficar preso durante todo este tempo permitiu que eles me estudassem, e o inverso não era verdadeiro? Ademais, aprender sobre mim, também foi aprender sobre o que ele é agora.
Matheus cerrou o punho e encarou a cópia que estava à distância de um braço. Outro George avançou pelas costas em minúsculos passos, sorrateiro, aguardando o momento do bote. A cópia da frente, estática, com o terço à mostra ainda. Meu inimigo preparou o soco, um pé à frente, postura de ataque. A cópia de trás armou-se para um salto silencioso, com a estaca improvisada em riste.
Acontece que ele não era um caçador tão bom à toa e no momento de desferir o ataque girou em torno de si e golpeou a cópia que avançava às costas, pouco antes do bote. O punho arrebentou o maxilar e fez voar pelo menos metade dos dentes junto de uma liga asquerosa de sangue. A cervical estalou quando extrapolou os noventa graus de rotação. Matheus assistiu àquele George tombar duro para trás, sorrindo em vitória.
- Sempre um covarde, George! Previsível e cov...
Acontece que eu não era um sobrevivente tão bom à toa e a cópia que ele achava ser a verdadeira, que atacava pelas costas, garantiu apenas a distração para que eu, antes parado à sua frente, agora estivesse na retaguarda. Sim! Como já citei, foi um estudo mútuo; aprendi tanto sobre ele, quanto ele sobre mim.
- Sim, chutador de cachorro morto! E, no fim, mais esperto!!!
Concentrei a força para mandar um golpe brutal com a estaca no coração dele. O buraco aberto espirrou gotículas de sangue, a ponta abriu caminho pelo peito, banhada em vermelho escuro e grosso. Foi quase como ter um orgasmo ver aquele mel rubro escorrer pela madeira e chegar às minhas mãos.
Matheus travou por completo, a pele esticou sobre os ossos e ficou quase transparente. Larguei o cabo e assisti o rosto dele se arrebentar contra o chão. Não houve nenhuma reação de se proteger da queda, os braços tesos junto ao corpo. A aparência dele era a de um cadáver de semanas e lembrava um animal empalhado. Coloquei-o de rosto para cima.
Os olhos.
Os malditos olhos ainda se mexiam, grudaram-se em mim e eu podia ouvir o grito de socorro através das pupilas. Naquele momento eu abri um dos sorrisos mais sinceros e gostosos da minha vida e morte.
- Rá! Achei que você ia virar pó como nos filmes. Mas não tem problema, afinal, o que você pode fazer agora não é mesmo? Obrigado por me ensinar tanto sobre nós, Matheus!
Ele só me olhava, nem falar conseguia, nenhum som partia da boca esturricada sobre os dentes.
A autópsia. Algo tão grotesco e psicótico acabou por ser minha salvação. Se o coração era o único órgão a permanecer "vivo", e ter fundamental importância em nossa condição de existência, não me pareceu uma má ideia tentar "matá-lo". Tá... e um pouco da cultura (não tão) inútil dos filmes também ajudaram, vai.
Segurei a gola da camisa dele e o arrastei até a estrutura de tortura "da vaca". Prendi cada parte do corpo dele como fizeram comigo por dias a fio. As articulações estalavam com os movimentos, ressecadas, a pele chegou a "trincar" em alguns pontos.
Deixei-o sozinho no curral por um momento, retornei com um tonel de ferro e o funil. É, aquele que brincaram de enfiar em mim incontáveis vezes. Enfiei-o na goela dele com a delicadeza de um mecânico cultivando flores. Acho que alguns dentes desceram junto.
- E agora... - Arranquei a tampa do tonel. O aroma pesado de gasolina empesteou o ar. - Tcharaaaaam!
Os olhinhos desesperados de Matheus buscavam a origem do cheiro. Com a cabeça voltada para o teto, e a boca escancarada, só pôde ver quando eu entornei o depósito de metal, e a gasosa desceu pela entrada do funil. Conforme o combustível invadia o corpo dele, algumas lágrimas de sangue desceram pelos cantos dos olhos.
- Você devia ver sua cara agora, babaca! Hahahahááá...
Decidi que era o suficiente, despejei o resto da gasolina por pontos de combustão no curral. Voltei à ele.
Risquei um fósforo, a chama ficou ali, entre meu rosto mascarado de vingança cumprida e a carcaça do líder dos Lança.
- Tenho certeza que toda a dor que você me causou aqui, nesse exato lugar, vai ser fichinha diante disso. Adeus, filho da puta!!
O fósforo mergulhou pelo funil, a labareda queimou de dentro para fora e disparou pela garganta de Matheus. Nem quero imaginar o que ele sentiu. Queimar daquele jeito e não poder mover um músculo. Só sei que quando o ouvi gemer, percebi que ninguém jamais conseguirá descrever como deve ser aquela dor.
Era o fim deles, dos Lança.
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O líder começava a virar cinzas, blocos do corpo despencavam e se esfarelavam ao chão, o pó mais fino revoava e dançava diante dos meus olhos, flutuando sob a luz que enfocava a estrutura de ferro de tortura.
Ergui o corpo de Ed e o pus sobre o ombro. Era pesaroso olhar para a cabeça ferida, devo admitir.
Passei por dores extraordinárias desde que ressuscitei, mas jamais poderia saber que a pior delas seria a de carregar um amigo morto.
Ganhei o ar da noite, os passos leves e sem pressa, o complexo ardia em chamas atrás de mim.
O homem sobre meu ombro mostrava que eu nunca venci aquela guerra.
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Well, well, mais um capítulo escrito com o coração para vocês que dispendem um pouco do seu tempo pra prestigiar esta história. Obrigado pela leitura de mais um capitulo e rumo ao próximo!
Se você gostou, não esqueça de deixar aquele votinho camarada. E, de novo, podem mandar feedback, principalmente se virem algo errado na história.
Abraço e até o próximo capítulo!
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